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Elementos da natureza em deuses gregos (amor, tempo, etc)
Diferença entre antítese e Paradoxo:
Na antítese, apresentam-se ideias contrárias em oposição. No paradoxo, as ideias aparentam ser contraditórias, mas podem ter explicação que transcende os limites da expressão verbal.
Antítese: "o ódio e o amor andam de mãos dadas."
Paradoxo: “Dor, tu és um prazer!” (Castro Alves)
Hiato é quando duas vogais estão juntas porém em sílabas vizinhas.
"a" vogal átona + vogal
1 2 3 4 5 5 6 7 8 9 10
"A/o/ mun/do a/ luz/ quie/ta e /du/vi/do/sa,"
"o" vogal átona + vogal
Hiato em qui/e/ta
"do" é a sílaba tônica, portanto não contamos o "sa"
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
" Não/ te es/que/ças/ da/que/le a/mor/ ar/den/te"
"a" vogal átona + vogal
"e" vogal átona + vogal
"den" é a sílaba tônica, portanto não contamos o "te"
Faça a separação silábica do poema abaixo
Construção
(Chico Buarque)
a/mou/ da/que/la/ vez/ co/mo /se/ fos/se a/ úl/ti/ma
bei/jou/ su/a/ mu/lher/co/mo/ se/ fos/se a/ úl/ti/ma
e/ ca/da/ fi/lho/ seu/ co/mo/ se/ fos/se o/ ú/ni/co
e a/tra/ves/sou a/ ru/a/ com/ seu/ pas/so/ tí/mi/do
su/bi/u a/ cons/tru/ção/ co/mo/ se/ fos/se/ má/qui/na
er/gueu/ no/ pa/ta/mar/ qua/tro/ pa/re/des/ só/li/das
ti/jo/lo/ com/ ti/jo/lo/ num/ de/se/nho/ má/gi/co
Faça a separação silábica do poema abaixo
Construção
(Chico Buarque)
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Todos os versos possuem 12 sílabas poéticas
Al/ma/ mi/nha/ gen/til/ que/ te/ par/tis/te
-> versos decassílabos
4 versos
Repare na antítese
4 versos
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
3 versos
Elemento platônico presente, pois o autor nunca conseguirá alcançar a amada, uma vez que ela está morta
3 versos
Não se sabe ao certo quando nem onde Camões nasceu. Supõe-se que por volta de 1524 em Lisboa ou Coimbra.
Camões tinha uma sólida cultura humanística. Não se sabe. contudo, onde e com quem teria estudado. "Nem me falta na vida honesto estudo, / Com longa experiência misturado" (Os Lusíadas, canto X, estrofe 154). O "estudo" é comprovado por sua obra e a "experiência" pelo fato de ele ter sido artista, cortesão, soldado, marinheiro, prisioneiro, exilado e amante.
A lírica amorosa- O paradoxo do amor
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Camões procura conceituar a natureza paradoxal do amor racionalmente, com fundo intelectual.
O sentir e o pensar são opostos: o sentir deseja e o pensar limita. Sendo assim, como não é possível separa-los, textualmente o resultado é o acúmulo de contradições.
A primeira estrofe fala sobre os efeitos corporais da paixão. A segunda expressa a intensidade subjetiva com que o apaixonado se entrega aos caprichos do amor. A terceira revela a opção do amante por um sentimento que prende, submete e mata. Já a última revela a surpresa da pergunta "como é possível amar, se o Amor é tão contraditório, instável e impossível de conhecer?"
repare no paradoxo!
Versos decassílabos com rimas alternadas nos quartetos e intercaladas nos tercetos
A repetição do verbo ser ("É") configura uma sucessão de anáforas, uma cadeia anafórica
A/mor/ é um/ fo/go/ que ar/de/ sem/ se/ ver,
É/ fe/ri/da/ que/ dói, e/ não/se/sen//te;
É/ um/ con/ten/ta/men/to/ des/con/ten//te;
É/ dor/ que/ de/sa/ti/na/ sem/ do/er.
É/ um/ não/ que/rer/ mais/ que/ bem/ que/rer;
É/ um/ an/dar/ so/li/tá/rio en/tre a/ gen//te;
É/ nunca/ con/ten/tar/-se e /con/ten//te;
É/ um/ cui/dar/ que/ ga/nha em/ se/ per/der;
É/ que/rer/ es/tar/ pre/so/ por/ von/ta//de;
É /ser/vir/ a/ quem/ ven/ce, o/ ven/ce/dor;
É/ ter/ com/ quem/ nos/ ma/ta/, le/al/da//de.
Mas/ co/mo/ cau/sar/ po/de/ seu/ fa/vor
Nos/ co/ra/ções/ hu/ma/nos/ a/mi/za//de,
Se/ tão/ con/trá/rio a/ si/ é/ o/ mes/mo A//mor?
Outra figura de linguagem presente nesse soneto é a personificação, que se da pela escrita da palavra amor com a primeira letra maiúscula.
O versos têm estrutura bimembre e contêm paradoxos entre eles, que se acumulam em forma de gradação
Monte castelo- Legião Urbana
QUANDO DE MINHAS MÁGOAS A COMPRIDA
Quando de minhas magoas a comprida
maginação¹ os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que para mim foi sonho nesta vida.
Lá nüa soïdade², onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro par'ela; e ela então parece
Que mais de mim se alonga, compelida.
Brado: não me fujais, sombra benina³!
Ela (os olhos em mim com brando pejo,
Como quem diz que já não pode ser),
Torna a fugir-me; e eu, gritando: Dina...
Antes que diga mene, alardo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.
Vocabulário:
¹Forma arcaica de imaginação.
²Solidão.
³Forma arcaica de benigna, benfazeja.
O soneto mostra racionalismo e uma reflexão profunda sobre os sentimentos de solidão e amor que se contrapõem entre si, produzindo intensa insatisfação no eu lírico. O poeta se recorda de sua amada, que para ele foi um sonho, pelo menos enquanto estiveram juntos. Ele está em um campo e tem a impressão de ter visto a sua amada, que mesmo em sonho é fugaz e enganosa, já que a visão dela se esvai antes que o autor consiga pronunciar seu nome completo.
A "alma" que foi "sonho" aparece para o poeta em "sonhos" e, mesmo em sonhos, quanto mais ele corre para ela, mais ela se distancia ("alonga") dele.
Versos decassílabos com rimas alternadas nos quartetos e intercaladas nos tercetos
Quando de minhas magoas a comprida
maginação os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que para mim foi sonho nesta vida.
Lá nüa soïdade, onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro par'ela; e ela então parece
Que mais de mim se alonga, compelida.
Brado: não me fujais, sombra benina!
Ela (os olhos em mim com brando pejo,
Como quem diz que já não pode ser),
Torna a fugir-me; e eu, gritando: Dina...
Antes que diga mene, alardo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.
Existe uma relação gradativa em -sono- sonho- sombra- alma, em que cada um desses elementos funciona como degrau para subir ao outro
O DIA EM QUE EU NASCI MOURA E PEREÇA
O dia em que nasci moura¹ e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
Vocabulário:
¹Forma arcaica de morra.
A atitude do autor nesse soneto é de desconsolo. Ele amaldiçoa o dia em que nasceu e cria um cenário monstruoso caso esse dia volte a acontecer. Em seguida, ele prevê a reação das pessoas diante desse dia e pede que elas não se espantem, concluindo dizendo que esse dia trouxe ao mundo a vida mais desgraçada que jamais se viu.
No soneto está presente o feísmo, gosto pelos aspectos cruéis e dolorosos, no verso 7 "Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar". Também está presente o expressionismo, a de formação pelo exagero.
Versos decassílabos com rimas alternadas nos quartetos e intercaladas nos tercetos
O DIA EM QUE EU NASCI MOURA E PEREÇA
O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
Metáfora
Hipérbole
SETE ANOS DE PASTOR JACOB SERVIA
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando se com vê la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida;
começa de servir outros sete anos,
dizendo:-Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida.
O soneto é inspirado no antigo testamento e tem tom de narrativa e esboça uma novela amorosa.
No soneto, Jacob serviu Labão durante sete anos para obter Raquel, que amava, como prêmio desse trabalho. Quando esse longo período acabou, Labão decidiu que Jacob recebesse Lia, outra filha, e não Raquel. Jacob não ficou desiludido e começou a servir Labão durante mais sete anos. As palavras finais do soneto "mais servira, se não fora/para tão longe amor tão curta a vida", pronunciadas pela própria personagem, traduz a ideia de que seu amor transcendia o tempo histórico e projetava-se numa zona ideal, além da malícia e astúcia de Labão. Jacó teria a sua amada a qualquer custo, já que seu sentimento era espiritual, e não carna. Portanto, ele não servia a Labão, mas à amada e, por esse motivo, servia contente.
Versos decassílabos com rimas alternadas nos quartetos e intercaladas nos tercetos
SETE ANOS DE PASTOR JACOB SERVIA
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando se com vê la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida;
começa de servir outros sete anos,
dizendo:-Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida.
emprego de pretérito mais-que-perfeito do indicativo, comum entre os clássicos
Antítese
Ju Palermo - Fala pra Camões!
Parte 2
LISTA DE EXERCÍCIOS DE VESTIBULARES- https://docs.google.com/document/d/186hzjR0dFadRi_GRFXXIi1rnNmP7adzisZPqx7fBb6c/edit?usp=sharing
LISTA DE EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES- https://docs.google.com/document/d/1Tdjw8bO-sx3KqNuKLk72OV-tRD7wQAlS2BNIyiAxjYs/edit?usp=sharing