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Transcript

Poetas Contemporâneos

Beatriz Correia, Cristóvão Rego, Francisca Santos e Rita Ribeiro

12º ano

Manuel Alegre

Manuel Alegre

Biografia

1936-1975

Manuel Alegre de Melo Duarte

1961

1975

1974

(2 de maio)

1936

(12 de maio)

1975-2009

Manuel Alegre de Melo Duarte

1976

1975

2005

2009

1995

2002

2010-hoje

Manuel Alegre de Melo Duarte

Maio 2010

Abril 2010

Maio 2016

2017

janeiro 2010

Novembro 2016

Ulisses

Ulisses

"Deixai-me junto à costa coroado de espuma

que Ulisses já não tem

arco

não tem rainha. Ulisses já sem reino e já sem

barco.

Deixai-me coroado

Ulisses já sem coroa

nem resposta

quando pergunta (quando pergunto)

por sua (minha) cidade Lisboa.

Deixai-me desarmado

junto

à costa

Ó mar ó noite ó voz das coisas silenciosas

já Penélope deposta

o meu reino conquistado

De espuma (como de rosas)

coroado

deixai-me junto à costa

Meu reino por um barco. E por meu arco"

Lenda de Ulisses

Lenda de Ulisses

Análise Ulisses

Análise do poema

Título

Ulisses é uma referência de um herói pois, mesmo andando à deriva, este nunca desistiu e sempre procurou ir mais além.

Título

1ª estrofe

"Deixai-me junto à costa coroado de espuma

que Ulisses já não tem

arco

não tem rainha. Ulisses já sem reino e já sem

barco.

1ª estrofe

  • Glórias antigas que tivemos devido aos descobrimentos, à viagem e a todo o conhecimento que daí adveio
  • Os portugueses já não tem motivos para continuar a lutar e descobrir

2ª estrofe

Deixai-me coroado

Ulisses já sem coroa

nem resposta

quando pergunta (quando pergunto)

por sua (minha) cidade Lisboa.

Deixai-me desarmado

junto

à costa

2ª Estrofe

  • Foca na coroa para mostrar a nacionalidade do sujeito poético, como se a nossa coroa fosse sermos portugueses
  • Sente dúvida relativamente à sua identidade
  • Pedido para regressar a casa, como na 1ª estrofe

3ª estrofe

Ó mar ó noite ó voz das coisas silenciosas

já Penélope deposta

o meu reino conquistado

De espuma (como de rosas)

coroado

deixai-me junto à costa

Meu reino por um barco. E por meu arco

3ª Estrofe

  • Pedidos a entidades/ evocações para regressar a casa (à sua Penélope)
  • O mar é como se fosse o "ouro" de Portugal, ou seja, o mar é o melhor que os portugueses têm.

Ulisses

Esquema Rimático

a b c b c d e f g e d h f i j k i k j k

Formal

Interpolada

Cruzada

Interpolada

Solto

20 versos - 3 estrofes

Quintilha, Oitava e Sétima

Não existe métrica

Recursos Expressivos

Recursos Expressivos

"Deixai-me junto à costa coroado de espuma

que Ulisses já não tem

arco

não tem rainha. Ulisses já sem reino e já sem

barco.

Deixai-me coroado

Ulisses já sem coroa

nem resposta

quando pergunta (quando pergunto)

por sua (minha) cidade Lisboa.

Deixai-me desarmado

junto

à costa

Ó mar ó noite ó voz das coisas silenciosas

já Penélope deposta

o meu reino conquistado

De espuma (como de rosas)

coroado

deixai-me junto à costa

Meu reino por um barco. E por meu arco"

Jorge de Sena

Jorge de Sena

Quem a tem...

Quem a tem...

"Não hei de morrer sem saber

qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser

desta terra em que nasci.

Embora ao mundo pertença

e sempre a verdade vença,

qual será ser livre aqui,

não hei de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,

é quase um crime sem viver.

Mas, embora escondam tudo

e me queiram cego e mudo,

não hei de morrer sem saber

qual a cor da liberdade."

Mito de Sísifo

Mito de Sísifo

Análise do poema

Análise

Tema e 1º dístico

  • Tema principal: Liberdade

Eu lírico VS Eles (Estado Novo)

  • Dístico: Introdução ao tempo da qual o poema se refere

Tema e dístico

Sextilhas

1ª sextilha

"Eu não posso senão ser

desta terra em que nasci.

Embora ao mundo pertença

e sempre a verdade vença,

qual será ser livre aqui,

não hei de morrer sem saber".

Realça a dificuldade de viver num país sem liberdade e o sujeito poético não quer morrer sem saber o que é a liberdade, ou seja viver num Portugal sem ditadura

Duas sextilhas

2ª sextilha

"Trocaram tudo em maldade,

é quase um crime viver.

Mas, embora escondam tudo

e me queiram cego e mudo,

não hei de morrer sem saber

qual a cor da liberdade."

Consequências da Ditadura em Portugal como por exemplo o facto de as pessoas não serem livres para dar a sua opinião;

Intensificação do desejo de liberdade em Portugal;

Análise Formal

Interpolada

a b a c d d c a b a e e a b

Formal

Interpolada

Emparelhada

14 versos - 3 estrofes

1 dístico e 2 sextilhas

Métrica: Predomínio de octassílabos - exceções: primeiros e últimos dois versos (heptassílabos)

Recursos Expressivos

Recursos expressivos

Repetição/Anáfora

Metáfora

Hipérbole

Perífrase

"Não hei de morrer sem saber

qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser

desta terra em que nasci.

Embora ao mundo pertença

e sempre a verdade vença,

qual será ser livre aqui,

não hei de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,

é quase um crime viver.

Mas, embora escondam tudo

e me queiram cego e mudo,

não hei de morrer sem saber

qual a cor da liberdade."

Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade

Os trabalhos da mão

"Começo a dar-me conta: a mão

que escreve os versos

envelheceu. Deixou de amar as areias

das dunas, as tardes de chuva

miúda, o orvalho matinal

dos cardos. Prefere agora as sílabas

da sua aflição.

Sempre trabalhou mais que sua irmã,

um pouco mimada, um pouco

preguiçosa, mais bonita.

A si coube sempre

a tarefa mais dura: semear, colher,

coser, esfregar. Mas também

acariciar, é certo. A exigência,

o rigor, acabaram por fatigá-la.

O fim não pode tratar: oxalá

tenha em conta a sua nobreza."

Reconhecimento do envelhecimento

Oposição entre o passado e o presente da mão do sujeito poético

Consciência da efemeridade da vida

"Começo a dar-me conta: a mão

que escreve os versos

envelheceu. Deixou de amar as areias

das dunas, as tardes de chuva

miúda, o orvalho matinal

dos cardos. Prefere agora as sílabas

da sua aflição.

Sempre trabalhou mais que sua irmã,

um pouco mimada, um pouco

preguiçosa, mais bonita.

A si coube sempre

a tarefa mais dura: semear, colher,

coser, esfregar. Mas também

acariciar, é certo. A exigência,

o rigor, acabaram por fatigá-la.

O fim não pode tratar: oxalá

tenha em conta a sua nobreza."

Análise Geral

V.1 - 7

Contraste entre o tempo de juventude (v.3-5) com a velhice associada à aflição. Contraste passado-presente.

V.8 - 10

Caracteriza a mão que se dedicou a escrever (personificação).

V.11 - 14

A mão que escreve também é a mão que trabalha e tudo que ela faz laboralmente (semear, colher, coser, esfregar), pode também fazer na escrita, ou seja, semear palavras, colher ideias, coser versos e esfregar rimas...

Análise

Contudo esta mão de tanto trabalhar está cansada, ou seja, o próprio poeta e a sua escrita revelam algum envelhecimento sem nunca perder o seu rigor.

V.16 - 17

O sujeito poético está consciente da finitude de vida, esperando apenas que este trabalho seja reconhecido da mesma forma que foi executado, ou seja, de forma nobre.

Análise

Análise formal

17 versos - 1 estrofe

Sem rima

Sem metro

Análise Formal

Recursos Expressivos

Sinédoque

Enumeração

"Começo a dar-me conta: a mão

que escreve os versos

envelheceu. Deixou de amar as areias

das dunas, as tardes de chuva

miúda, o orvalho matinal

dos cardos. Prefere agora as sílabas

da sua aflição.

Sempre trabalhou mais que sua irmã,

um pouco mimada, um pouco

preguiçosa, mais bonita.

A si coube sempre

a tarefa mais dura: semear, colher,

coser, esfregar. Mas também

acariciar, é certo. A exigência,

o rigor, acabaram por fatigá-la.

O fim não pode tratar: oxalá

tenha em conta a sua nobreza."

Alexandre O'Neill

Alexandre O'Neill

Bom e expressivo

Acaba mal o teu verso,

mas fá-lo com um desígnio:

é um mal que não é mal,

é lutar contra o bonito.

Vai-me a essas rimas que

tão bem desfecham e que

são o pão de ló dos tolos

e torce-lhes o pescoço,

tal como o outro pedia

se fizesse à eloquência,

e se houver um vossa excelência

que grite: - Não é poesia!,

diz-lhe que não, que não é,

que é topada, lixa três,

serração, vidro moído,

papel que se rasga ou pe-

dra que rola na pedra...

Mas também da rima "em cheio"

poderás tirar partido,

que a regra é não haver regra,

a não ser a de cada um,

com a sua rima, seu ritmo,

não fazer bom e bonito,

mas fazer bom e expressivo...

Bom e expressivo

Escrever poesia não tem necessariamente de terminar com rima em métrica igual

Análise

Rima mostra que a poesia é pensada, rouba espontaneidade ao ato de escrever e expressar o que se sente

Acaba mal o teu verso,

mas fá-lo com um desígnio:

é um mal que não é mal,

é lutar contra o bonito.

Vai-me a essas rimas que

tão bem desfecham e que

são o pão de ló dos tolos

e torce-lhes o pescoço,

tal como o outro pedia

se fizesse à eloquência,

e se houver um vossa excelência

que grite: - Não é poesia!,

Apesar de ainda haver a ideia de que a arte de bem escrever está associada à poesia

Metáfora para a poesia pensada, pensa rima, métrica

diz-lhe que não, que não é,

que é topada, lixa três,

serração, vidro moído,

papel que se rasga ou pe-

dra que rola na pedra...

Mas também da rima "em cheio"

poderás tirar partido,

que a regra é não haver regra,

a não ser a de cada um,

com a sua rima, seu ritmo,

não fazer bom e bonito,

mas fazer bom e expressivo...

Análise

Pode haver rima, desde que seja espontânea e que surja livremente

A poesia deve expressar o que nós sentimos, deve ser espontâneo e natural, ainda que tal não seja bonito

Metro: versos maioritariamente heptassilábicos

24 versos - 6 estrofes cada uma com 4 versos (quadras); não tem rima

Acaba mal o teu verso,

mas fá-lo com um desígnio:

é um mal que não é mal,

é lutar contra o bonito.

Vai-me a essas rimas que

tão bem desfecham e que

são o pão de ló dos tolos

e torce-lhes o pescoço,

tal como o outro pedia

se fizesse à eloquência,

e se houver um vossa excelência

que grite: - Não é poesia!,

diz-lhe que não, que não é,

que é topada, lixa três,

serração, vidro moído,

papel que se rasga ou pe-

dra que rola na pedra...

Mas também da rima "em cheio"

poderás tirar partido,

que a regra é não haver regra,

a não ser a de cada um,

com a sua rima, seu ritmo,

não fazer bom e bonito,

mas fazer bom e expressivo...

Análise Formal

Enumeração

Antítese

Personificação

Metáfora

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