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Transcript

APRENDER A CONVIVER

VALORES

Temática 2

QUESTION

Projeto de Vida

QUESTIONÁRIO

"Prezados estudantes,

"Prezados estudantes,

No questionário que vocês responderão, nós queremos conhecer mais sobre vocês e alguns dos hábitos seus. Também queremos conhecer o seu interesse sobre temas relacionados a competências socioemocionais, clima escolar, saúde mental e temas similares. Vale dizer que se trata de uma avaliação anônima - sua família, seus amigos, colegas e professores da escola não saberão de nada do que você responder aqui – e suas respostas não terão nenhum efeito na sua nota na escola.

É muito importante que vocês levem esse momento à sério, respondendo de forma verdadeira com a alternativa que você mais sente que corresponde a você, se concentrando ao máximo e dando seu melhor para responder as questões.

Por favor, não façam conversas paralelas - quanto mais silêncio, mais rápido vocês terminam o questionário.

Lembrem-se que as respostas são individuais.

As suas respostas contribuirão para um futuro melhor para você e outros jovens do nosso estado. Não há respostas certas ou erradas, apenas seja sincero ou sincera em todas as respostas.

Obrigado(a)!"

ACESSO AO LINK:

MEUS

VALORES

MINHAS VIRTUDES E AQUILO QUE NÃO

É LEGAL, MAS QUE POSSO MELHORAR

Já refletimos sobre a importância da origem familiar na sua formação pessoal. A família tem um papel muito importante na construção da sua identidade, pois é a sua primeira fonte de formação na vida, a partir da qual você desenvolve valores, comportamentos e costumes.

Mas, afinal, o que são valores? Todas as pessoas possuem os mesmos valores na vida? O que cada um dá mais importância na sua forma de viver? Quais são os seus valores?

Estas são reflexões que você fará nesta aula!

O que são valores?

Os valores são princípios que orientam a vida das pessoas. São fundamentos éticos e morais considerados importantes na vida de cada um, pois valorizar alguém ou alguma situação significa dar-lhe importância.

Veja o significado de valores no dicionário:

Valores: são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como estas se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.

Se liga na definição:

Princípios: o que serve de base para alguma coisa.

Fonte: www.dicio.com.br

Como os valores aparecem no dia a dia?

Os valores, em geral, são expressados por substantivos como: realização, ousadia, amor, tranquilidade, alegria, etc. Mas também podem ser usados em pequenas expressões, como:

▪ Ser amado;

▪ Sentir alegria;

▪ Receber elogios.

Ou ainda, em frases:

▪ Acho importante presentear as pessoas;

▪ É fundamental demonstrar sentimentos.

Os meus valores

Você já observou quais são os valores que tem na sua vida? O que é importante para você valorizar, respeitar, agir e se comportar no seu dia a dia? Valores sobre sua postura como estudante, no seu lazer, na sua vida familiar, na sua convivência com as pessoas e com o meio ambiente.

Observe a imagem e reflita:

▪ Quais os sentimentos ela desperta em você?

▪ Qual é o valor que aparece nesta imagem?

De onde vêm os valores?

A medida que cada pessoa se desenvolve, os valores vão sendo construídos e organizados, formando a identidade de cada um.

Os valores são estruturados de acordo com as vivências que cada pessoa tem, pode surgir totalmente ou parcialmente através da influência da família, da escola, dos amigos, da religião, da mídia, da cultura, etc. Ou seja, a sua base de valores é construída a partir da sua história de vida, seus sentimentos e as relações que você desenvolve com as pessoas ao seu redor e com o mundo.

Os valores são diferentes para cada pessoa?

Você já parou para pensar que duas pessoas que vivem no mesmo ambiente e são da mesma família podem ter valores diferentes?

Sim, isso pode acontecer! E acontece porque, apesar da influência que o ambiente em que cada um vive tem na construção de valores, a forma como cada pessoa sente o que está vivendo é diferente. Cada pessoa tem sentimentos diferentes em relação aos outros, e isso pode levar a uma construção de valores diferentes também. Além disso, os valores podem ser diferentes de acordo com determinada época e sociedade em que as pessoas vivem.

Os valores podem mudar?

Os valores não estão totalmente pré-determinados na vida das pessoas. À medida que cada um se desenvolve, os valores podem mudar, podem se multiplicar ou se transformar. Isso depende das crenças que as pessoas adquirem, a partir das experiências vividas, dos exemplos dos familiares e amigos, da cultura e do ambiente em que vivem.

Importante:

Você pode, a qualquer momento, se perguntar sobre os valores que tem: estão de acordo com o que você acredita, com o que pensa e age?

Os valores podem mudar!

O que descobrimos nesta aula?

▪ Os valores são as características que determinam a sua interação com as outras pessoas e com o mundo em que vive;

▪ Os valores são desenvolvidos a partir da convivência com a família, escola, amigos, grupos sociais, entre outros;

▪ Cada pessoa tem um conjunto de valores que pode ser diferente de outras pessoas, pois cada um tem sentimentos e experiências

diferentes;

▪ Os valores podem mudar ao longo da vida, de acordo com suas experiências.

Vamos praticar um pouco sobre o que você aprendeu nesta aula?

Para o início dessa atividade, é muito importante que você defina o seu próprio conceito de valor. Sendo assim, responda à seguinte pergunta:

O QUE É VALOR?

Dado o seu próprio conceito de valor, analise as imagens abaixo e descreva uma situação provável para cada uma delas e as sensações que elas despertam em você.

DICA DE FILME

Patch Adams - O Amor é Contagioso

Dirigido por: Tom Shadyac Com: Robin Williams, Josef Sommer e Bob Gunton.

Gênero: Comédia

Nacionalidade: EUA

Sinopse: Conta a história de uma pessoa que deseja ser médico para poder ajudar as pessoas. Assim, essa pessoa ao entrar na faculdade de medicina utiliza-se de métodos poucos convencionais que conquista seus pacientes.

Eu, meus Amigos e o Mundo

Se as coisas vão mal no mundo, isso é porque algo vai mal com o indivíduo, porque algo vai mal comigo. Portanto, se sou uma pessoa sensata, vou me endireitar primeiro.

"Rubato" - por ESMA

ESMA é uma escola de artes aplicadas!

"Ecole Sup d'Arts Appliqués"

Curta animado CGI 3D sobre um músico de rua que vive em pobreza e solidão. Após um encontro com um cão vira-lata, sua vida está prestes a tomar outro rumo. Criado na ESMA e dirigido pelos talentosos Félix Ferrand, Florian Magnin, Jordan Mercredi, Corentin Provost, Marjolaine Robin!

EU, MEUS AMIGOS E O MUNDO

Este é o título que o poeta Manoel de Barros deu à 4ª parte de seu Livro sobre nada - Os Outros: o melhor de mim sou Eles

Nessa parte do livro, ele conta coisas que aprendeu com os amigos mais diversos; fala dessas marcas aparentemente desconectadas, às vezes inesperadas, que, com o passar do tempo, descobrimos que os amigos deixaram em nós, e que acabaram se incorporando ao que somos.

Nesta aula, vamos seguir uma trajetória de reflexão que parte do eu, prossegue com uma atividade em dupla seguida de outra em pequeno grupo e culmina com uma reflexão em grande grupo.

Objetivos Gerais

  • Refletir sobre o papel dos amigos na direção e no sentido do Projeto de Vida;
  • Listar e definir requisitos essenciais para ser amigo e ter amigos;
  • Reconhecer o papel da educação no desenvolvimento de atitudes, posturas e qualida des que constituem requisitos para aproximar-se das pessoas e tecer laços de amizade;
  • Identificar semelhanças e diferenças entre os vínculos de amizade no plano real e os vínculos de amizade das redes sociais;
  • Situar-se quanto ao seu nível de interesse e disposição para estabelecer vínculos com os outros, com relação a diferentes aspectos e valores envolvidos em “ser amigo” e “ter amigos”

Aprender a ser amigo e ter amigos.

Tudo começa muito cedo na infância. A criança tem o pé no presente, e isso lhe permite abaste cer-se daquilo que, no futuro, vai servir de base para seus julgamentos e decisões.

As primeiras lições vêm dos adultos. Com exemplos e palavras, eles mostram e ensinam que é bom ser gentil e respeitoso com os outros, e que é preciso seguir algumas regras para estar junto com outras pessoas em harmonia e com prazer

Tudo começa com pequenas lições como estas:

  • Dizer “obrigado” e “por favor”;
  • Falar sem gritar e sem choramingar;
  • Pedir para entrar na brincadeira;
  • O que fazer quando espirrar ou tossir;
  • Cumprimentar os outros;
  • Deixar alguém passar na sua frente;
  • Pedir desculpas quando esbarra em alguém;
  • Não bater nos outros;
  • Não pôr a culpa nos outros;
  • Não apontar as falhas dos outros;
  • Esperar sua vez;
  • Não interromper quem está falando;
  • Experimentar coisas novas (pratos, brincadeiras, lugares etc.);
  • Observar as reações e expressões dos outros

Já na adolescência, expressar-se e conhecer o que os outros expressam ajuda a construir reflexões acerca da visão de futuro. O que “os outros” (os companheiros) pensam e fazem ganha um peso novo, pois a necessidade de se situar na sociedade humana é grande no adolescente. Talvez a palavra AMIGO seja a mais importante para o adolescente, e são muitos os que se avaliam pelo número de amigos que têm.

Agora, você está na fase da vida em que pode examinar suas experiências de criança e adolescen te à luz de novos conhecimentos, e isso ajuda a encontrar um jeito pessoal de se situar no mundo e nele interferir. Você já sabe que os laços de amizade criam uma aliança com base no futuro, e não na origem. E sabe que, para se situar e intervir no mundo, precisa da companhia e da ajuda dos amigos, que são os parceiros escolhidos por nós com os quais compartilharemos nossa traje tória pelo planeta Terra.

SER AMIGO exige de você certas atitudes, comportamentos, modos de agir, escolhas. A depen dência desses fatores dirá em que medida você vai TER AMIGOS.

DINÂMICA

Escreva seu nome no balão...

Depois, encha-o...

E solte-o no chão da sala!

Atividade Relâmpago: Três regras de ouro

Escreva abaixo, na coluna da esquerda, três “regras de ouro” para ser amigo – as primeiras que vierem à mente:

REGRAS DE OURO PARA SER AMIGO

Mostre a um colega suas três “regras de ouro” para ser amigo e leia as que ele escreveu. Acres cente-as à sua lista, na coluna da direita.

Para refletir Real X Virtual

Hoje é possível ler em bibliotecas virtuais, fazer operações em bancos virtuais, fazer reuniões vir tuais... Será que existem amigos virtuais?

Originalmente, a palavra VIRTUAL refere-se a algo que tem uma existência aparente e não real. Sua imagem no espelho é um excelente exemplo disso. Você real está diante do espelho. Você virtual está diante de você real, como se fosse um outro você atrás do vidro do espelho. Milhões de pessoas hoje fazem amigos por meio de conexões eletrônicas, por meio da internet, isso é verdade. Mas esses amigos são pessoas reais, com sentimentos, medos, dúvidas, paixões...

Não são, de maneira nenhuma, seres virtuais.

Os amigos do Facebook (que é a maior rede social do mundo) hoje são uma parte importante da vida de mais de um bilhão de pessoas espalhadas pelo mundo.

Alguns amigos fazem bem, ajudam, incentivam, alegram, mas outros nos tiram do sério...

Um post polêmico

VAMOS LER um exemplo autêntico de conversa entre amigos do Facebook, e trata exatamente da questão dos amigos “reais” e “virtuais”. (Os nomes foram alterados.).

1. Depois de ler o post de MB e os comentários de seus amigos, cada membro do grupo tem um minuto para dizer o que pensa do assunto. Escute com atenção as ideias dos colegas do grupo.

2. Use o espaço “Escreva um comentário...” no final para registrar resumidamente o que você e seus colegas “reais” pensam sobre o assunto (três frases no máximo)

Entre Amigos - Martha Medeiros

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de tes temunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído.

São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empres ta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confis são, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

Debate em grande grupo: Lista de material de construção de amizade

Debate em grande grupo: Lista de material de construção de amizade Compartilhe suas ideias, ouça as dos colegas e registre abaixo os itens sugeridos e adotados de comum acordo por sua classe (discussão coordenada pelo educador):

Lista de material para construção de amizade

Um dos 10 livros mais lidos no mundo trata de SER AMIGO e TER AMIGOS.

É O pequeno príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Éxupéry, tra duzido em 162 línguas e dialetos.

Veja como esse livro surgiu graças à presença e às ideias de amigos:

  • Saint-Éxupéry estava exilado nos Estados Unidos e hospitalizado para tratar de feri mentos (ele era piloto na guerra). Uma amiga, para distraí-lo, lê em voz alta a história infantil A pequena sereia, de Hans Christian Andersen. Esse gesto da amiga o encanta e lhe vem a vontade de escrever uma história como aquela.

  • Seu amigo e também editor americano lhe tinha sugerido que escrevesse um livro para crianças, já que ele vivia rabiscando um desenho de um menininho de cabelos loiros em guardanapos e pedaços soltos de papel.

  • Outro amigo lhe dá de presente um estojo de aquarelas, e ele começa a dar vida e cor ao pequeno príncipe de seus desenhos.

  • Saint-Éxupéry escreve as aventuras de um pequeno príncipe que visita planetas e en contra uma raposa, uma rosa, um piloto no deserto... Ele dedica o livro a seu melhor amigo, com estas palavras

Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio. Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então este livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso). Corrijo, portanto, a dedicatória:

A LÉON WERTH QUANDO ELE ERA PEQUENINO

Os temas de O pequeno príncipe

• Atrás das aparências, cada ser esconde um tesouro, um mistério que só podemos descobrir com o coração, e não com os olhos;

• O espírito torna as coisas únicas e cria vínculos; cada um se torna responsável pelos vínculos que constrói;

• É criando vínculos ("cativando") que se pode separar da "massa" um ser que passa, então, a ser "único no mundo", porque poderá ser conhecido e apreciado em sua sin gularidade;

• As "pessoas grandes" que se esquecem de que foram crianças só se preocupam com o que é útil e julgam com base nas aparências, no preço, no salário, na roupa

A FACE

OCULTA

NOVELA ESCOLAR

CAPÍTULO 1 - Inimiga do Sol

CAPÍTULO 2 - O real mundo virtual

CAPÍTULO 3 - Perseguição Implacável

CAPÍTULO 4 - Ataques Torturantes

CAPÍTULO 5 - Comemorando a Vitória

CAPÍTULO 5 - Os Ataques Continuam...

CAPÍTULO 6 - ... E as famílias são chamadas

CAPÍTULO 7 - Redimensionando o problema

CAPÍTULO 8 - Ameaças e novas ideias

CAPÍTULO 9 - Vítimas e Algozes

CAPÍTULO 10 - Confronto e consequências

Leitura do livro por capítulo!

Companheirismo

RELAÇÕES DE COMPANHEIRISMO

PARA VOCÊ, O QUE É SER

COMPANHEIRO?

MINHA VISÃO DE MUNDO

Nos textos de Monteiro Lobato, que vamos ler e na música de Roberto e Erasmo Carlos, que ouviremos, é possível encontrarmos relações de companheirismo.

Ambos apresentam exemplos de atitudes e comportamentos que

ajudam ou atrapalham o ser humano na sua contínua construção de relações positivas ao longo da vida.

A CIGARRA E AS FORMIGAS

I – A formiga boa

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas. Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passa vam o dia cochilando nas tocas. A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém. Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu _ tique, tique, tique... Aparece uma formiga, friorenta, embru lhada num xalinho de paina.

- Que quer? - perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

- Venho em busca de um agasalho. O mau tempo não cessa e eu...

A formiga olhou-a de alto a baixo.

- E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa? A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse:

- Eu cantava, bem sabe...

- Ah! ... Exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?

- Isso mesmo, era eu...

- Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos propor cionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho.

Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.

A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

II - A formiga má

Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a re peliu de sua porta. Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com o seu cruel manto de gelo. A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro, e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se, nem folhinhas que comesse. Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o per mitisse. Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.

- Que fazia você durante o bom tempo?

- Eu... Eu cantava!...

- Cantava? Pois dance agora,[...] ! - e fechou-lhe a porta no nariz.

Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha ; e quando voltou a primavera o mundo apresen tava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?

Os artistas - poetas, pintores e músicos - são as cigarras da humanidade.

Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo

Roberto Carlos

AGORA ...

Discutam, em pares, quais são os exemplos de companheirismo no texto e na música e quem são os agentes envolvidos nessas relações.

Eles diferem?

Como?

Atividade em grupo:

FAZENDO A DIFERÊNÇA!

SITUAÇÃO 1

Domingo de jogo, estádio cheio, você entra em campo com seu time diante de sua torcida. A partida já começa disputada com as duas equipes buscando a vitória. Em determinado momento, você recebe a bola e parte para o gol sendo marcado direto por um jogador do time adversário, mas, na disputa, seu oponente cai machucado e, sendo também atleta, você percebe logo que a

lesão é grave.

SITUAÇÃO 2

Final de ano letivo na escola, você recebeu as notas e... Que bom! Passou de ano, agora é curtir as férias. Um de seus colegas de turma, bom estudante e com boas notas, se complicou um pouco e foi parar no temido exame final em uma matéria que você domina muito bem.

Sabendo de sua habilidade com a matéria, esse colega o procura perguntando se você poderia dar uma ajudinha. Acontece que, como já estará de férias, você agendou várias atividades para o período em que o colega precisaria dessa ajuda.

A delícia de ser companheiro!

"Comprometer-se com a comunidade é comprometer-se consigo mesmo, é agir como protagonista de sua própria vida, através de ações que beneficiem a todos. É gostoso aprender, ainda jovem, que a melhor maneira de ajudar a si mesmo é pertencer e participar de grupos sociais é compartilhar experiências, direitos e deveres com outros seres humanos. Pessoas que têm consciência da sua contribuição para o bem-estar coletivo vivem melhor, pois esse sentimento é uma grande fonte de prazer e aprendizado."

Para você ...

a) Quais as competências pessoais que uma pessoa companheira precisa ter?

b) Quais as atitudes ou posturas que você melhoraria nas suas relações de amizade para ser uma pessoa mais companheira/solidária?

E A CONVERSA COMEÇA...

OU A ARTE DE DIALOGAR

VALORES

Ao falármos de VALORES, uma das principais constatações, são os problemas concernentes à banalização deles, que é a banalização da palavra.

E A CONVERSA COMEÇA...

OU A ARTE DE DIALOGAR

HOJE, usamos a palavra irresponsavelmente ao ponto de esvaziarmos os seus significados.

Um grupo social, qualquer que seja ele, só chega a esse estado de coisas através de uma outra prática banal: o esvaziamento do vínculo entre as pessoas – vínculo que também se expressa na qualidade de seus diálogos

VÍNCULOS...

Em qualquer lugar onde o vínculo humano perdeu a importância, as pessoas se encontram, mas não dialogam, mesmo que falem sem parar: uma anseia pelo calar do outro para chegar a sua vez

de falar.

Os encontros se tornam, então, previsíveis e automáticos, sem nenhuma criatividade.

Perde-se a maior graça do encontro: o seu ineditismo; a possibilidade de criar, juntos, novos sentidos, outros significados para o que se vive e para a experiência de mundo. E é justamente esse ineditismo a natureza do diálogo.

O que é o DIÁLOGO...

Dialogar não é simplesmente falar. É também ouvir. E silenciar. Pois é no silêncio que ponderamos, “esperamos o terceiro pensamento”, como escreveu Guimarães Rosa. “Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos”, disse Carlos Drummond de Andrade. Não dialogamos para reforçar o que “já sabemos”, mas para construir novos significados. É uma forma de se relacionar, de criar com o outro

NÃO DIALOGAMOS, TAGARELAMOS...

O barulho e o bulício cotidianos, principalmente nas grandes cidades, mas não apenas nelas, são em parte fruto do alcance global dos meios de comunicação de massa. O apelo incessante para sempre estarmos “ocupados”, “fazendo algo”; as informações prontas, efêmeras e velozes nas timelines das mídias sociais; o apelo incessante para que opinemos sobre tudo, mesmo desconhecendo o assunto em pauta... São muitas as formas que, disfarçadas de comunicação, nos distanciam do diálogo. Assim, quanto mais nos “comunicamos”, menos criamos novos significados.

Como observou o pensador francês Gilles Deleuze, na falta do que dizer, só resta “um incessante tagarelar”.

No mundo do AUTOMATISMO desenfreado do “tagarelar”, desconhecemos a potência da nossa própria fala, de tanto a lançarmos no vazio. E desconhecemos a potência do outro, pois não sa bemos escutá-lo. O dizer se torna, assim, inútil, e as palavras perdem a força, isto é, a potência de significar.

A proposta desta aula é criar espaços e condições propiciadoras de diálogo, abordando situações frequentes no cotidiano, problematizadas a partir da sua recorrência no uso das mídias sociais.

Atividade: “SE A CARAPUÇA SERVIU..."

Um dos posicionamentos mais desastrosos para o cultivo do diálogo em mídias sociais é a mistura constante da vida pública com a vida privada. Desde as confissões dos afetos mais íntimos à publicação de fotos tiradas em momentos reservados da vida pessoal. Mas um tipo de posta gem que desperta imediatamente desconfiança e constrangimento é aquele que, por não conter um destinatário explícito, nem especificar o contexto em que foi enviado, pode gerar uma série de mal-entendidos. Qualquer pessoa pode se identificar com a mensagem e pensar que é com ela, ou dela, que estão falando.

Dado o mal-estar que costumam gerar, as mensagens indiretas dizem mais sobre quem as escreveu e não sobre a quem foram endereçadas. É esse território perigoso, onde nunca sabemos quem exatamente está nos observando, que esta aula pretende problematizar

ALGUMAS DIRETAS/INDIRETAS

Tem gente que se acha #aff

Gente que posta “fotinha” fazendo biquinho pro espelho #VocêEstáFazendoIssoErrado

Inveja mata, viu! #BeijinhoNoOmbro

Eu vou cuidar da minha saúde, porque da minha vida já tem quem cuide #AinvejaTem Facebook

A fila anda, tá? #SouMaisEu

Gente que não sabe nem escrever direito #AgenteVêPorAqui

VAMOS LISTAR OUTRAS QUE VOCÊS USAM?

RESPEITO

É BOM E TODO MUNDO GOSTA...

RESPEITAR E SER REPEITADO

É um prazer saber que somos referência para alguém. Por isso a conquista do respeito está conectada a nossa autoestima, ao conhecimento de nós mesmos, a nossa forma de colocar limites aos demais, a nossa forma de respeitar o outro.

OUÇAM...

A crônica “História de um olhar” de Eliane Brum, acompanhem a leitura

HiStÓrIa dE Um OlhaR

O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar.

Que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva. Inclui.

Esta é a história de um olhar. Um olhar que enxerga. E por enxergar, reconhece. E por reconhecer, salva.

Esta é a história do olhar de uma educadora chamada Eliane Vanti e de um andarilho chamado Israel Pires.

Um olhar que nasceu na Vila Kephas. Dizem que, em grego, kephas significa pedra. Por isso um nome tão singular para uma vila de Novo Hamburgo. Kephas foi inventada mais de uma década atrás pedra sobre pedra. Em regime de mutirão. Eram operários da indústria naqueles tempos nada longínquos. Hoje, desempregados da indústria. Biscateiros, papeleiros. Excluídos.

Nesta Kephas cheia de presságios e de misérias vagava um rapaz de 29 anos com o nome de Israel. Porque em todo lugar, por mais cinzento, trágico e desesperançado que seja, há sempre alguém ainda mais cinzento, trágico e desesperançado. Há sempre alguém para ser chutado por expressar a imagem-síntese, renegada e assustadora, do grupo. Israel, para a Vila Kephas, era esse ícone. O enjeitado da vila enjeitada. A imagem indesejada no espelho.

Imundo, meio abilolado, malcheiroso, Israel vivia atirado num canto ou noutro da vila. Filho de pai pedreiro e de mãe morta, vivendo em uma casa cheia de fome com a madrasta e uma irmã doen te. Desregulado das ideias, segundo o senso comum. Nascido prematuro, mas sem dinheiro para diagnóstico. Escorraçado como um cão, torturado pelos garotos maus. Amarrado, quase violado. Israel era cuspido. Era apedrejado. Israel era a escória da escória.

Um dia Israel se aproximou de um menino. De nove anos, chamado Lucas. Olhos de amêndoa, rosto de esconderijo. Bom de bola. Bom de rua. De tanto gostar do menino que lhe sorriu, Israel

o seguiu até a escola. Até a porta onde Lucas desaparecia todas as tardes, tragado sabe-se lá por qual magia. Até a porta onde as crianças recebiam cucas e leite. Israel chegou até lá por fome. De

comida, de afago, de lápis de cor. Fome de olhar

Aconteceu neste inverno. Eliane, a educadora, descobriu Israel. Desajeitado, envergonhado, qua se desaparecido dentro dele mesmo. Um vulto, um espectro na porta da escola. Com um sorriso inocente e uns olhos de vira-lata pidão, dando a cara para bater porque nunca foi capaz de es condê-la.

Eliane viu Israel. E Israel se viu refletido no olhar de Eliane. E o que se passou naquele olhar é um milagre de gente. Israel descobriu um outro Israel navegando nas pupilas da educadora. Terno, especial, até meio garboso. Israel descobriu nos olhos da educadora que era um homem, não um escombro.

Capturado por essa irresistível imagem de si mesmo, Israel perseguiu o olho de espelho da edu cadora. A cada dia dava um passo para dentro do olhar. E, quando perceberam, Israel estava no interior da escola. E, quando viram, Israel estava na janela da sala de aula da 2ª série C. Com meio corpo para dentro do olhar da professora.

Uma cena e tanto. Israel na janela, espiando para dentro. Cantando no lado de fora, desenhando com os olhos. Quando o chamavam, fugia correndo. Escondia-se atrás dos prédios. Mas devagar, como bicho acuado, que de tanto apanhar ficou ressabiado, foi pegando primeiro um lápis, depois um afago. E, num dia de agosto, Israel completou a subversão. Cruzou a porta e pintou bonecos de papel. Israel estava todo dentro do olhar da educadora.

E o olhar começou a se espalhar, se expandir, e engolfou toda a sala de aula. A imagem se multi plicou por 31 pares de olhos de crianças. Israel, o pária, tinha se transformado em Israel, o amigo. Ganhou roupas, ganhou pasta, ganhou lápis de cor. E, no dia seguinte, Israel chegou de banho tomado, barba feita, roupa limpa. Igualzinho ao Israel que havia avistado no olho da professora. Trazia até umas pupilas novas, enormes, em forma de facho. E um sorriso também recém-inventa do. Entrou na sala onde a professora pintava no chão e ela começou a chorar. E as lágrimas da pro fessora, tal qual um vagalhão, terminaram de lavar a imagem acossada, ferida, flagelada de Israel.

Israel, capturado pelo olhar da educadora, nunca mais o abandonou. Vive hoje nesse olhar em formato de sala de aula, cercado por 31 pares de olhos de infância que lhe contam histórias, pu xam a mão e lhe ensinam palavras novas. Refletido por esses olhos, Israel passou a refletir todos eles. E a educadora, que andava deprimida e de mal com a vida, descobriu-se bela, importante, nos olhos de Israel. E as crianças, que têm na escola um intervalo entre a violência e a fome, des cobriram-se livres de todos os destinos traçados nos olhos de Israel.

Israel, não importa se alguém não gosta de você. O que importa é que você siga a vida, aconselha

Jeferson, de oito anos. Israel, não faz mal que tu sejas grande e um pouco doente, tu podes fazer tudo o que tu imaginares, promete Greice, de nove. Israel, se alguém te atirar uma pedra eu vou chamar o Vandinho, porque todo mundo tem medo do Vandinho, tranquiliza Lucas, nove. Israel, tu me botas na garupa no recreio?

E foi assim que o olhar escorreu pela escola e amoleceu as ruas de pedra.

Israel, depois que se descobriu no olhar da educadora, ganhou o respeito da vila, a admiração do pai. Vai ganhar uma vaga oficial na escola. Já consegue escrever o “P” de professora. E ninguém

mais lhe atira pedras. A educadora, depois que se descobriu no olhar de Israel, ri sozinha e chora à toa. Parou de reclamar da vida e as aulas viraram uma cantoria. A redenção de Israel foi a revo lução da educadora.

Em 7 de Setembro, Israel desfilou. Pintado de verde-amarelo, aplaudido de pé pela Vila Pedra.

[18 de setembro de 1999]

QUAL É O SEU OLHAR?

REFLITA!

ATIVIDADE

Sente-se de frente para o colega, fale um pouco de você para ele e ouça com atenção o que ele tem a dizer sobre si mesmo. E como em toda conversação respeitosa, a regra de ouro é: olho no olho. Ouvidos, olhos e coração abertos.

  • Conte um pouco sobre a sua origem e trajetória.
  • O que geralmente as pessoas falam de você, mas que não é verdade?
  • Como você acha que é visto pelos outros?
  • Como você gostaria de ser visto?
  • Quais as suas dificuldades e habilidades no trato com os outros?

TODOS NÓS TEMOS DIAS BONS E

DIAS RUINS

TODOS NÓS TEMOS DIAS BONS E

DIAS RUINS.

A sinceridade, por ser um valor individual, depende da consciência de cada pessoa. Ou seja, ser sincero depende das próprias experiências vividas, percepção de mundo e características de per sonalidade que determinam as intenções de cada um.

Ser sincero requer coragem e integridade, ter uma visão crítica a respeito de si mesmo.

Requer um olhar profundo de cada um nas profundezas do próprio ser, saber administrar senti mentos e certezas que muitas vezes nos machucam.

Além dos conflitos internos gerados pela prática da sinceridade, ela também pode levar a desa pontar algumas pessoas do convívio social e com isso, trazer conflitos e perdas difíceis de reparar.

Assim sendo, essa aula tem como objetivo levar os estudantes a refletirem sobre a prática da sin ceridade a partir da reflexão de suas próprias posturas

Atividade Individual: A verdade

Ao contrário de um mágico que faz a mentira parecer verdade, o espetáculo teatral As estrelas cadentes do meu céu são feitas de bombas do inimigo tenta transformar a realidade em ficção. Baseada em relatos verdadeiros de crianças e adolescentes durante conflitos de guerras, a peça da Cia Definitivo-Provisório será encenada hoje, às 20h, no Sesc Sorocaba. […].

Com direção de Nelson Baskerville, a montagem do espetáculo foi construída a partir de trechos dos livros Diário de Anne Frank e Vozes roubadas - diários de guerra, de Zlata Filipovic e Melanie Challenger. Há ainda referência à guerra particular do tráfico de drogas no Brasil, baseado no depoimento de um menino paulistano extraído do documentário Jardim Ângela, de Evaldo Mo carzel.

"Seguindo a frase de Tennessee Williams [dramaturgo norte-americano], optamos por fazer a verdade parecer mentira", pontua Paula Arruda, atriz e produtora do espetáculo. Paula explica que as experiências de conflito relatadas, sob o olhar de crianças e adolescentes, são tão fortes e impressionantes que coube a todos os integrantes da companhia buscar maneiras de criar ca madas de ilusão sobre a verdade.

"Durante todo espetáculo temos uma névoa de fumaça e há também maquiagem mais lúdica, para dar uma certa distanciada da realidade. Se a peça fosse muito realista, ficaria muito difícil de suportar", completa, lembrando que alguns dos autores dos testemunhos não tiveram chance de chegar à vida adulta. "Há uma delicadeza para falar sobre

coisas duras. Porque não poderia ser de outro jeito. A guerra já é dura o suficiente para ter que reviver e não refletir", detalha Baskerville. (...

1. Assim como o espetáculo teatral dirigido por Nelson Baskerville, na vida também devemos ter delicadeza para falar sobre coisas duras. Nas muitas relações que estabelecemos com as pessoas é necessário saber dominar a sinceridade. A respeito disso, pense em algumas situações da sua vida nas quais as frases abaixo se encaixariam:

a) “Fazer a verdade parecer mentira” ou “A mentira parecer verdade”

b) “Criar camadas de ilusão sobre a verdade”

2. Baseado no que você pensou sobre as frases acima, a sinceridade para você é

VERDADE

Sinceridade

Sinceridade

Ainda escolho o sistema mais antigo

Enxergar dentro do olho

A lisura de um amigo

Tradição que eu persigo

Na ilusão de um sonhador

E é verdade o que digo:

Quem tem honra tem valor (...)

Sinceridade

Palavra bela que me conduz e norteia

Contrapõe a falsidade

Sobrepõe a mentira feia (...)

Sinceridade

Já me deixou muitas vezes em apuro

Por falar sempre a verdade

Sem vacilo sobre o muro

Depois de refletir sobre a letra da música, responda a algumas perguntas:

a) Você já tentou encontrar alguma vez a melhor maneira de contar a verdade? Como você acha que se saiu nessa situação?

b) O que você valoriza numa amizade ou na relação que estabelece com as pessoas?

c) Qual é a sua opinião acerca das pessoas que, para agradar a todos, não conseguem ser verdadeiras em várias situações da vida?

QUANDO AS NOSSAS REGRAS

RESOLVEM SE ENCONTRAR

No ano de 1999, em Paris, a Assembleia Geral das Nações Unidas elaborou o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não Violência, visando à coleta de 100 milhões de assinaturas no mundo in teiro até a virada do milênio. O Manifesto, elaborado por uma comissão de ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, não se destinava às autoridades públicas, mas aos cidadãos comuns, partindo do pressuposto de que o senso de responsabilidade se dá na dimensão pessoal. Dessa forma, o tema da resolução de conflitos ganhou proporções planetárias, enfatizando o uso de formas alternati vas (extrajudiciais) para viabilizar o entendimento entre as pessoas.

A mediação é um dos instrumentos mais

eficazes para a resolução de conflitos

Características de um bom mediador

Ser bom ouvinte

“[…] É importante que o mediador escute e entenda o que o outro diz. Não é buscar a verdade, mas tentar compreender, no discurso dos envolvidos, a leitura que cada um faz do que aconte ceu", explica Catarina Lavelberg, assessora psicoeducacional e colunista de Gestão Escolar. Para isso, ele deve saber devolver para o outro o que compreendeu e confirmar se isso está certo.

Ser capaz de estabelecer um diálogo.

[…] ser capaz de conseguir criar um contexto de comunicação que facilite a expressão das pessoas envolvidas no conflito. Ele deve deixar as pessoas confortáveis para falar, sem que se sintam jul gadas ou previamente apontadas como cu

Ser sociável

Em geral, um mediador de conflitos em uma escola tem facilidade de se aproximar dos membros da comunidade escolar, conquistando sua confiança.

Ser imparcial

Ainda que conhecer os envolvidos seja um bom aspecto, isso não pode interferir na imparcialida de do mediador. Por exemplo, quando ele é chamado para interceder num caso de um estudante que constantemente tem uma atitude inadequada, ele deve avaliar se está tomando partido de um dos lados previamente. "Se o mediador não souber separar, ele já vai pressupor que esse es tudante é o culpado", diz Celia Bernardes

Ter cuidado com as palavra

As palavras que o profissional usa para mediar um conflito também são importantes. Segundo a pedagoga Adriana Ramos, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Educação Moral da Universi dade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a linguagem descritiva, expondo todos os fatos sem juízo de valor, favorece que os envolvidos percebam o que está acontecendo e não julguem a personalidade do outro.

Ter uma postura educativa

Um mediador não deve adotar a postura de que resolverá o conflito. O papel dele é ajudar os estudantes a compreenderem como eles podem resolver a situação por conta própria. “A escola tem de investir em um projeto educacional que preveja que os estudantes, ao longo da escolari dade, sejam capazes de socializar e mediar os próprios conflitos", explica Catarina Lavelberg

Trabalhar com o paradigma da responsabilização

[…] o mediador deve mudar seu paradigma de punição dos envolvidos para o de responsabiliza ção. Isso significa que, em vez de aplicar uma sanção (como uma advertência, suspensão, etc.), ele deve fazer com que os envolvidos assumam a responsabilidade por seus atos, corrigindo-os sempre que possível (pedido de desculpas, reforma de equipamento depredado, etc.).

Atividade: Eu afino e desafino

1. Ódio, rancor, tristeza, frustração, mágoas... Todos nós estamos sujeitos a esses e outros inúme ros sentimentos. Mas agir em função deles na hora de resolver eventuais divergências, geralmen te, é algo desastroso. Ao invés de focar o problema, damos mais importância aos nossos senti mentos e aos “defeitos” dos outros, o que só piora a situação. O melhor a fazer quando sentirmos que não estamos em condições de lidar com os conflitos sozinhos, é convidar uma terceira pessoa que nos ajude a entrar em acordo com a parte conflitante

Acompanhe atentamente a leitura desse fragmento de Fernando Pessoa e, em seguida, reflita sobre o texto a partir das questões sugeridas.

VAMOS comentar o texto lido? As perguntas seguintes podem inspirá-lo nos comentários:

a) Se, segundo o narrador, ambos os amigos diziam a verdade e, consequentemente, tanto um como o outro tinha razão, por que os dois continuavam divergindo?

b) Qual a diferença entre as posições dos dois amigos em conflito e a posição do narrador?

c) Em sua opinião, o narrador é uma pessoa adequada para mediar o conflito que ele nos conta? Por quê? Como ele poderia agir em relação a isso?

2. Agora que você já sabe um pouco mais sobre mediação de conflitos, reflita um pouco sobre você mesmo nessa situação e responda às perguntas a seguir:

a) Você sente em si mesmo qualidades que podem contribuir para a mediação de diver gências entre pessoas da sua convivência? Quais seriam essas qualidades?

b) E quando uma das partes em conflito é você, como procura resolvê-lo em um primei ro momento? Caso falhe essa primeira tentativa, o que você faz?

c) Na ocorrência de um conflito entre você e um colega na escola, a quem você recorre ria, se fosse o caso, para fazer a mediação entre vocês? Por quê?

AULA: ÉTICA E MORAL SÃO COISAS

DA FILOSOFIA?

ÉTICA E MORAL

"O mal e o bem é uma porta que se abre por dentro" Conde Drácula

Não há como falar de moral sem fazer uma abordagem sobre a ética. Pois, a ética e a moral têm um fim semelhante: ajudar o homem a construir um bom caráter, a ser uma pessoa íntegra. A moral é o conjunto de valores concernentes ao bem e ao mal, à conduta correta, ao permitido e ao proibido, válidos para indivíduos, comunidades e/ou sociedades, variando de pessoa a pessoa, de comunidade para comunidade, de sociedade para sociedade. Ou seja, a moral é o conjunto de normas adquiridas pela educação, tradição e pela experiência cotidiana das pessoas. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade ou a dimensão moral do comportamento do homem. Assim, ela justifica e fundamenta a moral, encontrando regras que, efetivamente, podem ser aplicáveis a todos os sujeitos indistintamente.

SER ÍNTEGRO

Segundo algumas correntes da filosofia, tanto a ética como a moral podem modificar-se e evoluir, portanto, não são dadas para todo o sempre.

Sabendo disso, precisamos nos situar diante de nós mesmo e do mundo, refletindo acerca dos valores éticos e morais que impulsionam suas vidas, principalmente, suas decisões – no desenvolvimento da autonomia responsável e consciente.

A FILOSOFIA

Dilemas

morais

e éticos

DILEMAS ÉTICOS

1. Sabendo que a ética é fruto da reflexão dos costumes, das virtudes e hábitos gerados pelo caráter dos indivíduos, leia as perguntas abaixo e discuta com os seus colegas sua resposta:

A) Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir?

B) Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo o risco de morte?

C) Existe alguma ocasião em que seria correto atravessar um sinal de trânsito vermelho?

D) Os soldados que matam numa guerra, podem ser moralmente condenados por seus crimes, ou estão apenas cumprindo ordens?

2. Segundo a filosofia, ser ético significa ter a capacidade de percepção dos conflitos entre o que o coração diz e o que a cabeça pensa, ou seja, ser ético é usar de princípios que o ajudam a decidir se o que você quer é também o que você deve e é aquilo que você pode. Cite alguns exemplos de decisões que você já tomou, explicando se foram orientadas mais pela emoção ou mais pela a razão.

3. Cite exemplos de comportamentos que você acredita ter herdado como hábitos da sociedade em que vive?

Comportamento 1:

Comportamento 2:

Comportamento 3:

Para saber mais:

O caráter diz respeito à índole, ao temperamento e ao feito moral. É ainda o conjunto de traços psicológicos, o modo de ser, de sentir e de agir de um indivíduo ou de um grupo; nesta vertente, sua definição se confunde com a de personalidade.

Para refletir:

(...) Ter valores significa possuir um conjunto de hábitos de reflexão. Significa estar disposto a re petir comportamentos desejáveis, algo próximo das virtudes, mas, além disso, comportamentos desejáveis que assumimos não apenas por tê-lo aprendido, o que seria apenas um hábito mecâ nico, mas porque temos a convicção que devemos manifestá-los. Uma convicção que surge da consideração reflexiva das emoções e das razões que avalizam os hábitos de valor. Portanto, valo res são hábitos que aprendemos – comportamentos que podemos repetir -, mas que, além disso, tornamos nossos, considerando e avaliando – refletindo – as motivações que nos são oferecidas

pelas emoções e razões (...).

Solucionando

problemas

Solucionando problemas

1. A ética orienta as pessoas no momento de suas escolhas, faz uma fronteira entre o que a realidade exige e o que decidimos. Permite distinguir o que é certo e o que é errado. Apesar de estar presente o tempo todo em nossa vida, normalmente, agimos por força do hábito e dos costumes.

Sobre isso, reflita sobre as situações que serão propostas em grupo e diga o que você faria.

2. Agora escolha uma das situações apresentadas anteriormente para formar grupo com os seus colegas e discuta com eles sobre elas seguindo as seguintes orientações:

a) Busque saber dos colegas do seu grupo o que eles fariam em tal situação e o porquê de suas decisões;

b) Discuta com os seus colegas de grupo cada uma das decisões apresentadas por eles e em consenso, decida qual é a decisão mais adequada a ser tomada;

c) Junto com os seus colegas de grupo identifique alguns valores envolvidos em cada situação;

d) Escolha, entre os seus colegas do grupo, uma pessoa para apresentar a decisão mais adequada escolhida pelo grupo e explicar o porquê, assim como, quais os valores que eles identificaram estarem envolvidos em cada situação

Vamos formar grupos?

Cada grupo deve pegar uma situação diferente...

A ORGANIZAÇÃO DA VIDA E DAS

COISAS COMEÇA EM MIM!

ORGANIZAÇÃO

Música

"SOBRE

O

TEMPO"

SOBRE O TEMPO

PATO FU

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei

Pra você correr macio

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei

Pra você correr macio

Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho

Tempo, tempo, tempo mano velho

Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal

Conto contigo pela madrugada

Só me derrube no final

Ah ah ah, ah ah

Ah ah ah, ah ah

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei

Pra você correr macio

Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo…

"AH! Meu sonho era que o dia tivesse 24horas"

Você já estabeleceu METAS para o dia, semana, mês ou ano?

CONTRATO PESSOAL

É PRECISO organizar os valores que devem nortear nossas vidas

Você deverá escrever o seu próprio código de conduta, que irá resumir brevemente os principais pontos que devem formar o seu caráter. Elementos fundamentais para estabelecer boas relações interpessoais e consequentemente contribuir para a construção do seu PROJETO DE VIDA!

ÁRVORE DE AMIGOS

AMIGOS

TER E SER AMIGO

REFLEXÃO SOBRE O TEXTO ÁRVORE DE AMIGOS

É importante observar as pessoas que nos cercam e procurar sempre conhecer um pouco mais delas e fazer novas amizades, aprendendo a respeitar as diferenças e tratá-las com respeito

1- Será colado um cartão com uma determinada ação ou pergunta escrita nas costas de cada aluno com uma fita crepe. Os alunos devem, dado ao sinal, se dirigir a outro aluno, ler o que está escrito no cartão colado nas costas deste e realizar ou responder o que o cartão solicita sem revelar o que está escrito no cartão.

2- Permita que os alunos repitam esse processo por várias vezes entre eles de modo a interagirem com o maior número de colegas possível.

3- Ao final peça para que cada aluno fale o que acha que está escrito em seu cartão a partir das respostas ou ações feitas pelos colegas. Em seguida pergunte aos alunos o que eles acharam da dinâmica.

4- Reflita com os alunos como em muitos momentos não conseguimos perceber o que as pessoas ao nosso redor precisam e agimos em nossas relações de modo superficial, e como essas relações se fortalecem quando dedicamos tempo para conhecer melhor nossos amigos e perceber suas necessidades e ajudá-los.

DINÂMICA

MINHAS

ATITUDES

Quem decidi como eu devo agir?

Um homem acompanhava um amigo à banca de jornal. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro. Quando os dois amigos desceram pela rua, ele perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?

- Sim, infelizmente é sempre assim.

- E você é sempre tão polido e amigável com ele?

- Sim, sou.

- Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?

- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

MINHA BANDEIRA

OBJETIVOS:

Perceber diferentes valores presentes nas

pessoas e em si como parte constituinte da

identidade.

BANDEIRA

MITO DA CAVERNA

AS SOMBRAS DA VIDA

Lei a CHARGE, dessa história de Mauricio de Sousa “A Caverna” com a turma do Piteco você irá perceber que há uma relação com a história que ocorre na Alegoria apresentada por Sócrates no livro VII do livro A República (Platão escreve o livro, mas quem tá na história é Sócrates), os indivíduos socados no fundo da caverna (presos e imobilizados desde a infância) só sabiam o que se passava fora da Caverna por causa das sombras projetadas no fundo da Caverna (não podiam se mexer, apenas olhar pra frente), então eles entendem as sombras como o “Mundo Real”.

VIVER ATRAVÉS

DA SOMBRA

Agora é com você!

Escreva sua análise sobre esta HQ comparando com os dias atuais. O que seria viver vendo a vida passar. Depois faça uma comparação com a forma com que você está levando sua vida.

ENTÃO...

Já parou para refletir sobre o efeito das sombras que colocamos sobre nós mesmo ou sobre aquilo que acreditamos. O significado literal de sombra nos ajuda a entender o que elas representam no campo psicológico. Uma sombra é um espaço escuro provocado pela ausência de luz. Ele é criado pela existência de um obstáculo na frente da fonte luminosa. Tem a proporção distorcida com relação ao corpo real que a provoca. Encontrar as nossas sombras exige um trabalho de autoconhecimento. É uma investigação pessoal que deve ser feita por cada um.

Vamos ouvir a música Sombra da Pitty

Pra quê dissimular

Se ela me segue aonde quer que eu vá?

Melhor encarar

E aprender com ela a caminhar

Não vou mais negar

Por todo caminho minha sombra está

Eu quero saber me querer

Com toda a beleza e

abominação

Que há em mim

Isso nunca se desfaz

E quanto a desejo, não há

paz

Isso nunca se desfaz

E quanto a desejo, não há paz

Eu quero saber me…

Já parou para REFLETIR...

Se você está preso a própria sombra ou a sombra dos outros e ou está vivendo desconectado com a realidade apenas conectado com o mundo virtual com as redes sociais.

O gabarito dessas questões está na trajetória de sucesso que você traçou para o seu Projeto de Vida

A VIDA EM PAZ E O

“MELHOR

MUNDO DO MUNDO”

UM MUNDO MELHOR

A educação para a paz adquire importância fundamental quando se descreve como um conjunto de elementos que impulsionam a aquisição de valores éticos, princípios conceituais e padrões de ação psicossocial que influem no comportamento da pessoa em relação a seus semelhantes, tanto no que se refere às suas ações interpessoais no interior de uma sociedade como em suas conexões com o mundo (...)

A minha paz e a sua!

A minha

paz e a sua!

A paz implica, sobretudo, a relação de cada pessoa consigo mesma e com o meio que a cerca. É ocasionada por um estado de quietude e calma existente no âmago de cada pessoa. Sobre isso, leia a crônica de Clarice Lispector e responda às perguntas que seguem:

SOLIDÃO

Solidão e Falsa Solidão

Eu, que pouco li Thomas Merton, copiei no entanto de algum artigo seu as seguintes palavras: “Quando a sociedade humana cumpre o dever na sua verdadeira função as pessoas que a formam intensificam cada vez mais a própria liberdade individual e a integridade pessoal. E quando mais cada indivíduo desenvolve e descobre as fontes secretas de sua própria personalidade incomunicável, mais ele pode contribuir para a vida do todo. A solidão é necessária para a sociedade como o silêncio para a linguagem, e o ar para os pulmões e a comida para o corpo. A comunidade, que procura invadir ou destruir a solidão espiritual dos indivíduos que a compõem, está condenando a si mesma à morte por asfixia espiritual.”

E mais adiante: “A solidão é tão necessária, tanto para a sociedade como para o indivíduo que quando a sociedade falha em prover a solidão suficiente para desenvolver a vida interior das pessoas que a compõem, elas se rebelam e procuram a falsa solidão. A falsa solidão é quando um indivíduo, ao qual foi negado o direito de se tornar uma pessoa, vinga-se da sociedade transformando sua individualidade numa arma destruidora. A verdadeira solidão é encontrada na humildade, que é infinitamente rica. A falsa solidão é o refúgio do orgulho, e infinitamente pobre. A pobreza da falsa solidão vem de uma ilusão que pretende, ao enfeitar-se com coisas que nunca podem ser possuídas, distinguir o eu do indivíduo da massa de outros homens. A verdadeira solidão é sem um eu.

Por isso é rica em silêncio e em caridade e em paz. Encontra em si infindáveis fontes do bem para os outros. A falsa solidão é egocêntrica. E porque nada encontra em seu centro, procura arrastar todas as coisas para ela. Mas cada coisa que ela toca infecciona-se com o seu próprio nada, e se destrói. A verdadeira solidão limpa a alma, abre-se completamente para os quatro ventos da generosidade. A falsa solidão fecha a porta a todos os homens.

Ambas as solidões procuram distinguir o indivíduo da multidão. A verdadeira consegue, a falsa falha. A verdadeira solidão separa um homem de outros para que ele possa desenvolver o bem que está nele, e então cumprir seu verdadeiro destino a pôr-se a serviço de uma pessoa”.

A) “E quando mais cada indivíduo desenvolve e descobre as fontes secretas de sua própria personalidade incomunicável, mais ele pode contribuir para a vida do todo”. Fazendo um paralelismo entre a frase mencionada e a paz tida como um estado interior de “estar e viver em paz consigo mesmo” explique o que você entende sobre isso?

B) Como Thomas Merton classifica a solidão?

C) “A falsa solidão é quando o indivíduo ao qual foi negado o direito de se tornar uma pessoa, vinga-se da sociedade transformando sua individualidade numa arma destruidora”. Sobre isso, cite algumas situações em que a falta de respeito ao ser humano ocasionou algum tipo de conflito violento na sociedade em que vive:

D) Sobre as situações que você mencionou há pouco, para cada uma delas, sugira uma maneira pacifica de resolvê-la:

E...

IMAGINE

(John Lennon - 1971)

IMAGINE

Nos diferentes momentos históricos do mundo encontramos diversas maneiras de enfrentar conflitos violentos de forma pacifica. Sobre isso podemos destacar diferentes expressões artísticas carregadas de conotações pacificas, como por exemplo, a música "Imagine", cantada por John Lennon:

REFLEXÃO

1. Depois de escutar a música responda:

A) Você imagina um mundo como o que é descrito na letra da música? Justifique sua resposta.

B) Embora a música seja da década de 70, ela nos remete a pensar em diferentes conflitos armados vivenciados pela sociedade ao longo da História. A respeito disso, cite alguns conflitos que você conhece que eclodiram no mundo e se enquadram em algum tipo de disputa, como territorial, por autonomia e ou por recursos:

2. Em relação a quais conflitos citados na resposta anterior você assume uma postura de tolerância ou desacordo? Justifique sua resposta.

PARA CASA

Em casa

Esperança por um mundo melhor Não podemos negar o direito de todas as pessoas manifestarem, se posicionarem e quererem mudanças melhores para as suas vidas. Entretanto, não podemos viver ameaçados pela existência de conflitos violentos e por isso, devemos lutar pela construção de um mundo de paz. Sobre isso, responda:

1. Como podemos melhorar as relações entre as pessoas, o homem e a natureza?

2. Em sua realidade, seja a família, escola ou comunidade em que vive, o que precisa ser melhorado por você para a promoção da paz?

3. Quais as organizações de cooperação, defesa da paz ou de luta pelos Direitos Humanos que você conhece?

ESTÁTUA DO TOQUE

Ao som da música, os jovens devem se movimentar de acordo com o ritmo. Quando a música parar, os alunos deverão ficar imóveis, porém tocando no colega. Isto é, abraçando, de mãos dadas, aperto de mão, tocando no cabelo etc.

É eliminado do jogo o aluno que não tocar em nenhum colega, o que fizer algum toque de forma agressiva ou o que se mexer.

DINÂMICA

A Vida É Bela (em italiano: La vita è bella) - é um filme italiano de 1997 do gênero comédia dramática dirigido e estrelado por Roberto Benigni, co-autor do longa juntamente com Vincenzo Cerami.

O filme se passa na Segunda Guerra Mundial onde Guido Orefice, um judeu dono de uma singela livraria judaica na Itália fascista, é capturado e mandado para um campo de concentração em Berlim, juntamente com seu filho, o pequeno Giosué; usando sua inteligência, espirituosidade e bom humor, Guido faz com que a criança acredite que ambos estão em um jogo, com o objetivo de protegê-lo do horror em que estão inseridos. La vita è bella foi parcialmente inspirado no livro In the End, I Beat Hitler, de Rubino Romeo Salmonì, e por relatos verídicos vivido pelo próprio pai de Benigni, que passou dois anos em um campo de trabalho alemão durante a guerra.

Lançado em dezembro de 1997 na Itália, o longa se tornou um grande sucesso de crítica e público, apesar das críticas iniciais sobre a utilização da comédia para abordagem do enredo envolvendo os dramas da Segunda Guerra. La vita è bella venceu o Grand Prix do Festival de Cannes em 1998, nove Prêmios David di Donatello na Itália, incluindo o de Melhor Filme, e três Oscars nas categorias de melhor filme estrangeiro, melhor ator (pela atuação de Roberto Benigni) e melhor trilha sonora para um filme dramático durante a cerimônia de 1999.

SINOPSE

A VIDA

É BELA

Viver

entre

gerações

"Minha dor é perceber

Que apesar de termos feito tudo que fizemos

Ainda somos os mesmos e vivemos

Ainda somos os mesmos e vivemos

Como os nossos pais"

Ponderar é preciso

Pense nas mudanças que ocorreram em sua cultura desde o tempo em que seus pais ou avós tinham a sua idade. Complete a pesquisa.

  • MUDOU POUCO

  • MUDOU MUITO

  • MUDANÇA PARA MELHOR OU PIOR

1. Gosto musical

2. Modos à mesa

3. Namoro

4. Vestimenta

5. Pontualidade

6. Formas de tratamento

7. Papel homens/mulheres no

trabalho

8. Papel homens/mulheres em

casa

9. Outros:

Compare e discuta com seu colega algumas de suas respostas e citem três exemplos de mudanças que vocês julgam mais marcantes. Quais foram positivas e quais foram negativas?

Marquem as mudanças um sinal de mais para as mudanças positivas e o de menos para as negativas e expliquem suas razões.

Mudança 1 + -

Mudança 2 + -

Mudança 3 + -

Agora responda individualmente: onde você se situa na comparação entre as gerações: você é mais conservador, moderno ou um pouco de ambos? Você ficou surpreso com o resultado? Concorda com ele? Justifique.

Se eu fosse você

Pais e filhos

Estátuas e cofres

E paredes pintadas

Ninguém sabe o que aconteceu

Ela se jogou da janela do quinto andar

Nada é fácil de entender

Dorme agora

É só o vento lá fora

Quero colo

Vou fugir de casa

Posso dormir aqui com vocês?

Estou com medo, tive um pesadelo

Só vou voltar depois das três

Meu filho vai ter

Nome de santo

Quero o nome mais bonito

É preciso amar as pessoas

Como se não houvesse amanhã

Por que se você parar pra pensar

Na verdade não há

Me diz por que o céu é azul

Explica a grande fúria do mundo

São meus filhos que tomam conta de mim

Eu moro com a minha mãe

Mas meu pai vem me visitar

Eu moro na rua não tenho ninguém

Eu moro em qualquer lugar

Já morei em tanta casa que nem me lembro mais

A última estrofe da canção da banda Legião Urbana faz referência à falta de diálogo e entendimento que geralmente há entre gerações. Baseando-se nas suas respostas dos tópicos da primeira atividade, coloque-se agora na posição de pai ou pessoa mais velha em relação aos hábitos de uma pessoa mais nova. Quais seriam suas atitudes em relação à orientação para a formação do Projeto de Vida dessa pessoa? Justifique.

Eu moro com os meus pais

É preciso amar as pessoas

Como se não houvesse amanhã

Por que se você parar pra pensar

Na verdade não há

Sou uma gota d'água

Sou um grão de areia

Você me diz que seus pais não entendem

Mas você não entende seus pais

Você culpa seus pais por tudo

Isso é absurdo

São crianças como você

O que você vai ser

Quando você crescer?

A última estrofe da canção da banda Legião Urbana faz referência à falta de diálogo e entendimento que geralmente há entre gerações. Baseando-se nas suas respostas dos tópicos da primeira atividade, coloque-se agora na posição de pai ou pessoa mais velha em relação aos hábitos de uma pessoa mais nova. Quais seriam suas atitudes em relação à orientação para a formação do Projeto de Vida dessa pessoa? Justifique.

Em Casa: O quanto somos iguais?

Segundo o psicanalista Jorge Forbes escolher o que é importante para si é ser singular, e suportar nossa singularidade é o primeiro passo para que possamos passá-la no mundo. Para ele, não basta rendermos nossos desejos a qualquer suposta "realidade". E ele continua: "[...] quando entendemos que até mesmo a história é construída e pode ser reelaborada, o mundo torna-se função do desejo. Sendo assim, cabe a cada um colocar-se no mundo com a singularidade do seu desejo [...] querer o que se deseja e, eventualmente, dizer o que se quer ou conduzir-se na sua direção. Não basta render o desejo aos desejos dos outros".60

Nesse trecho, a singularidade do ser é destacada, mas o foco desta aula é a importância da construção de um Projeto de Vida que tenha como base uma mescla do desejo dos mais velhos com o dos mais novos, sem que estes últimos abdiquem das escolhas que fizeram para suas vidas. Assim, responda à seguinte pergunta: em que medida seus desejos se assemelham aos anseios dos seus pais em relação à formação do seu Projeto de Vida?

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS.

CONFLITOS

A mediação é um dos instrumentos mais eficazes para a resolução de conflitos

MEDIAÇÃO

Características de um bom mediador

  • Ser bom ouvinte

  • Ser sociável

  • Ser imparcial

  • Ter cuidado com as palavras

  • Ter uma postura educativa

  • Trabalhar com o paradigma da responsabilização

Para refletir:

A invenção da política, segundo a mitologia grega

A invenção da política, segundo a mitologia grega No começo, só havia o Céu e a Terra. Ambos eram deuses. O Céu se chamava Urano, e a Terra se chamava Gaia. Durante séculos, ficaram se admirando, e um dia, completamente apaixonados, os dois uniram-se. Dessa união, Gaia ficou grávida de muitos filhos, mas Urano não permitia que nascessem. Ele não queria que houvesse outros entes entre ele e a amada e, além disso, temia que um dos filhos fosse mais forte do que ele. Então Gaia tramou um plano com um dos filhos, Cronos, que estava no seu ventre; deu a ele uma foice para que castrasse o pai. E assim foi feito. Impotente, Urano foi lançado para os confins do mundo, e Cronos ocupou o seu lugar.

Cronos não impedia que seus filhos nascessem. Mas, com medo de ser superado em poder, devorava-os tão logo chegavam ao mundo. Cansadas dessa tirania, sua esposa Reia e sua mãe Gaia tramaram outro plano. Quando nasceu outro filho, as duas entregaram a Cronos uma pedra embrulhada em um cobertor. Crente de que se tratava do filho, Cronos a engoliu imediatamente. Isso lhe causou uma dor horrível e, enquanto ele se contorcia, Gaia pegou a criança e a criou escondida do pai.

A criança era Zeus. Quando ele se tornou adulto, retornou para a casa paterna e castrou o pai, que também foi lançado aos confins do mundo. Assim Zeus se tornou o mais forte dos deuses. Mas, disposto a preservar o seu poder, inventou uma estratégia nova para lidar com tantos deuses

poderosos que viviam lutando entre si o tempo todo. Foi assim que ele criou a política, a arte de equilibrar diferentes poderes, através da negociação. Para cada deus, ele deu alguma coisa sobre a qual governar, estabelecendo que ninguém pudesse interferir nos domínios dos outros. Assim é que Poseidon, por exemplo, se tornou o deus dos mares, enquanto Hades passou a reinar sobre ovale dos mortos – um reino que nunca para de crescer.

A partir dessa distribuição, Zeus cuida da sua arte o tempo todo, zelando pela política intensamente. Pois sabe que, ao menor descuido, os poderes podem entrar em conflito novamente, comprometendo a organização do mundo.

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