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ORIGEM DA VIDA

Big Bang - a formação do Universo

Atualmente, há duas correntes de pensamento entre os cientistas com relação à origem da vida na Terra: uma que teria surgido a partir de outros planetas (panspermia), e outra, que teria se desenvolvido gradativamente em um longo processo de mudança, seleção e evolução.

Surgimento do Universo

Os cientistas supõem que, há cerca de 14 bilhões de anos, uma massa compacta de matéria explodiu – o chamado Big Bang, espalhando seus inúmeros fragmentos que se movem até hoje pelo Universo, caracterizando contínua expansão.

Esses fragmentos ao se tornaram mais frios, os átomos de diversos elementos químicos, especialmente hidrogênio e hélio, teriam sido formados.

O Sol teria se formado por volta de 5 a 10 bilhões de anos atrás. O material que o formava teria sofrido compressões devido à força de atração gravitacional, e ele teria entrado em ignição, liberando grande quantidade de calor. Com isso, outros elementos, derivados do hélio e do hidrogênio, teriam se formado. Da fusão de elementos liberados pelo Sol, com grande quantidade de poeira e gases, teria se originado inúmeros planetas, entre eles a Terra.

Como surgiu a vida no ambiente terrestre?

E como ela evoluiu? Para responder a essas duas questões, pode-se recorrer a argumentos científicos ou não. Existem muitas evidências científicas, muitas delas apoiadas por procedimentos experimentais, de que a vida surgiu e evoluiu de maneira lenta e progressiva, com a participação ativa de inúmeras substâncias e reações químicas, de processos bioenergéticos e, claro, com a participação constante do ambiente. O estudo científico da origem da vida e da evolução biológica, unificadora das diversas áreas biológicas, é um dos mais fascinantes desafios da Biologia atual. Porém existe uma hipótese de que a vida tenha vindo de fora da Terra. Essa é a Panspermia Cósmica.

Surgimento

da vida

Panspermia cósmica

Impacto violento de asteroides e meteoritos na superfície da Terra teria feito com que fragmentos se desprendessem e seguissem diferentes trajetórias orbitais, podendo retornar ao próprio planeta ou atingir a superfície de outros astros.

Dessa maneira, muitos cientistas acreditam que seres vivos extremófilos e blocos construtores da vida, como aminoácidos e outros compostos orgânicos, possam ter alcançado a Terra a partir do espaço, hipótese conhecida como panspermia (do grego pan, todo, esperma, semente).

Evidências como diversos aminoácidos em fragmento de meteorito de 4,5 bilhões de anos encontrado na Austrália e a descoberta dos seres extremófilos, corroboram para o fortalecimento dessa hipótese.

Geração espontânea ou Abiogênese

Até meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição; que rãs, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos rios.

Essa interpretação sobre a origem dos seres vivos ficou conhecida como hipótese da geração espontânea ou da abiogênese (a=negação, bio=vida, genesis=origem; origem da vida a partir da matéria bruta).

Pesquisadores passaram, então, a contestar a hipótese de geração espontânea, apresentando argumentos favoráveis à outra hipótese, a da biogênese, segundo a qual todos os seres vivos originam-se de outros seres vivos preexistentes.

Abiogênese e Biogênese

Biogênese X Abiogênese

Experimento de Redi

Em 1668, Francesco Redi investigou a suposta origem de vermes em corpos em decomposição. Ele observou que moscas são atraídas pelos corpos em decomposição e neles colocam seus ovos. Desse ovos surgem as larvas, que se transformam em moscas adultas. Os “vermes” que ocorrem nos cadáveres em decomposição nada mais seriam que larvas de moscas. Redi concluiu que essas larvas não surgem espontaneamente de cadáveres, mas são resultantes da eclosão dos ovos postos por moscas atraídas pelo corpo em decomposição.

Para testar a sua hipótese, Redi realizou o experimento: colocou pedaços de carne crua dentro de frascos, alguns cobertos com gaze e outros abertos. Segundo a abiogênese, deveriam surgir vermes nascidos da decomposição da carne. o que não aconteceu. Nos frascos mantidos abertos verificaram-se ovos, larvas e moscas sobre a carne, mas nos frascos cobertos gaze nenhuma forma foi encontrada na carne. Esse experimento confirmou a hipótese de Redi e comprovou que não havia geração espontânea de vermes a partir de corpos em decomposição.

Os experimentos de Redi conseguiram reforçar a hipótese da biogênese até a descoberta dos seres microscópicos, quando uma parte dos cientistas passou novamente a considerar a hipótese da abiogênese para explicar a origem desses seres.

Segundo esses cientistas, os microorganismos surgem espontaneamente em todos os lugares, independentemente da presença de outro ser vivo. Já outro grupo de pesquisadores não aceitava essas explicações. Para eles os microorganismos somente surgiam a partir de “sementes” presentes no ar, na água ou no solo. Essas “sementes”, ao encontrarem locais adequados, proliferavam (interpretação coerente com a hipótese da biogênese).

Experimentos de Needham e Spallanzani

Em 1745, o cientísta inglês John Needham realizou vários experimentos em que submetia à fervura frascos contendo substâncias nutritivas. Após a fervura, fechava os frascos com rolhas e deixava-os em repouso por alguns dias. Ao examinar essas soluções ao microscópio, Needham observava a presença de microorganismos.

A explicação que ele deu a seus resultados foi de que os microorganismos teriam surgido por geração espontânea. Ele dizia que a solução nutritiva continha uma “força vital” responsável pelo surgimento das forças vivas.

Posteriormente, em 1770, o pesquisador italiano Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos de Needham, com algumas modificações, e obteve resultados diferentes.

Spallanzani colocou substâncias nutritivas em balões de vidro, fechando-os hermeticamente. Esses balões assim preparados eram colocados em calderões com água e submetidos à fervura durante algum tempo. Deixava resfriar por alguns dias e então ele abria os frascos e observava o líquido ao microscópio. Nenhum organismo estava presente.

Spallanzani explicou que Needham não havia fervido sua solução nutritiva por tempo suficiente para matar os microrganismos e, assim, esterelizá-la. Needham respondeu dizendo que, ao ferver por muito tempo as substâncias nutritivas em recipientes hermeticamente fechados, Spallanzani havia destruído a “força vital” e tornado o ar desfavorável ao aparecimento da vida.

Nessa polêmica, Needham saiu fortalecido.

Experimentos de Pasteur

Somente por volta de 1860, com os experimentos realizados por Louis Pasteur, conseguiu-se comprovar definitivamente que os microorganismos surgem a partir de outros preexistentes.

Os experimentos de Pasteur estão descritos e esquematizados na figura ao lado:

A ausência de microrganismos nos frascos do tipo “pescoço de cisne” mantidos intactos e a presença deles nos frascos cujo “pescoço” foi quebrado mostram que o ar contém microorganismos e que ao entrarem em contato com o meio nutritivo e estéril, desenvolvem-se. No balão intacto, esses microorganismos não chegam ao meio nutritivo e estéril, ficando retidos no “filtro” formado pelas gotículas de água surgidas no pescoço do balão após o resfriamento. Já nos frascos em que o pescoço é quebrado, o “filtro” deixa de existir, e os micróbios do ar entram em contato com o meio nutritivo, encontrando condições para seu desenvolvimento.

A hipótese da biogênese passou, a ser aceita universalmente pelos cientistas.

Hipótese de Oparin e Haldane

Oparin, Haldane, Miller e Fox

Trabalhando independentemente, o cientista russo Aleksander I. Oparin e o cientista inglês John Burdon S. Haldane propuseram na década de 1920, hipóteses semelhantes sobre como a vida teria se originado na Terra. Apesar de existirem pequenas diferenças entre as hipóteses, basicamente eles propuseram que os primeiros seres vivos surgiram a partir de moléculas orgânicas que teriam se formado na atmosfera primitiva e depois nos oceanos, a partir de substâncias inorgânicas.

A hipótese

O processo, de modo simplificado, é entendido como: as condições da Terra antes do surgimento dos primeiros seres vivos eram muito diferentes das atuais. As erupções vulcânicas eram muito frequentes, liberando grande quantidade de gases e de partículas para a atmosfera que ficaram retidos por ação da força da gravidade e passaram a compor a atmosfera primitiva.

Sobre a composição da atmosfera primitiva, foi proposto que, provavelmente, era formada por metano (CH4), amônia (NH3), gás hidrogênio (H2) e vapor d’água (H2O). Não havia oxigênio (O2) ou existia em baixíssima concentração, não havendo oxidação. Nessa época, a Terra estava passando por um processo de resfriamento, que permitiu o acúmulo de água nas depressões da sua costa, formando os mares primitivos.

A hipótese

As intensas descargas elétricas e as radiações teriam fornecido energia para que moléculas presentes na atmosfera se unissem, originando moléculas maiores e complexas: as moléculas orgânicas. É importante frisar naquela época, não havia o escudo de ozônio (O3) contra as radiações, especialmente a ultravioleta, que, assim, atingiam a Terra com grande intensidade.

Moléculas orgânicas

As moléculas orgânicas

Não se sabe como a primeira célula surgiu, mas pode-se supor que, se foi possível o surgimento de um sistema organizado como os coacervados, podem ter surgido sistemas equivalentes, envoltos por uma membrana formada por lipídios e proteínas e contendo em seu interior a molécula de ácido nucleico. Com a presença do ácido nucleico, essas formas teriam adquirido a capacidade de reprodução e regulação das reações internas.

Nesse momento teriam surgido os primeiros seres vivos que, apesar de muito primitivos, eram capazes de se reproduzir, dando origem a outros seres semelhantes a eles.

As moléculas orgânicas formadas eram arrastadas pelas águas das chuvas e passavam a se acumular nos mares primitivos, que eram quentes e rasos. Esse processo, repetindo-se ao longo de muitos anos, teria transformado os mares primitivos em verdadeiras “sopas nutritivas”, ricas em matéria orgânica. Essas moléculas orgânicas poderia ter-se agregado, formando coacervados, nome derivado do latim coacervare, que significa formar grupos. No caso, o sentido de coacervados é o de conjunto de moléculas orgânicas reunidas em grupos envoltos por moléculas de água.

Esses coacervados não eram seres vivos, mas uma primitiva organização das substâncias orgânicas em um sistema semi-isolado do meio, podendo trocar substâncias com o meio externo e havendo possibilidade de ocorrerem inúmeras reações químicas em seu interior.

Experimento de Miller e Urey

Experimento de Miller e Fox

Em 1950, dois pesquisadores da Universidade de Chicago, Stanley Miller e Harold Urey, desenvolveram um aparelho em que simularam as condições supostas para a Terra primitiva.

Com sucesso, obtiveram resultados que confirmaram a hipótese de Oparin.

Contribuição de Fox

Contribuição de Fox

A partir daí, vagarosamente ocorrendo as sínteses, as chuvas se encarregariam de lavar a crosta terrestre e levar as moléculas para os mares, transformando-os no imenso caldo orgânico sugerido por Oparin.

Havia, no entanto, outro problema: as reações químicas ocorrem mais rapidamente na presença de enzimas. Atualmente, sugere-se que uma molécula de RNA teria exercido ação enzimática.

Esses RNAs atuariam como ribozimas e sua ação seria auxiliada pelo zinco existente na argila. Outro dado que apóia essa hipótese é o fato de que, colocando moléculas de RNA em tubo de ensaio com nucleotídeos de RNA, ocorre a síntese de mais RNA sem a necessidade de enzimas.

Na década de 1970, o biólogo Sidney Fox aqueceu, a 60ºC, uma mistura de aminoácidos. Obteve pequenos polipeptídeos. A água resultante dessa reação entre aminoácidos evaporou em virtude do aquecimento. Fox quis mostrar que pode ter sido possível a união de aminoácidos apenas com uma fonte de energia, no caso o calor, e sem a presença de água. Recentemente, os cientistas levantaram a hipótese de que a síntese de grandes moléculas orgânicas teria ocorrido na superfície das rochas e da argila em particular, pois ela é rica em zinco e ferro, dois metais que costumam atuar como catalisadores em reações químicas.

Evolução do metabolismo

Analisamos o surgimento das primeiras formas vivas e mencionamos, para essas formas, algumas características para conceituar um ser vivo. Esses primeiros organismos possuem compostos orgânicos na sua constituição, são celulares, têm capacidade de reprodução e possuem metabolismo.

Como deve ter sido a provável evolução das vias metabólicas nos seres vivos?

Todo o ser vivo precisa de alimentos, que são degradados para liberação de energia e realização das funções. Eles podem ser utilizados como matéria-prima na síntese de outras substâncias orgânicas, possibilitando o crescimento e a reposição de perdas.

Duas hipóteses têm sido discutidas pelos cientistas: a hipótese heterotrófica e a autotrófica.

Hipótese heterotrófica

Hipótese Heterotrófica

Segundo essa hipótese, os primeiros organismos eram estruturalmente muito simples, sendo de se supor que as reações químicas em suas células também eram simples. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, mas provavelmente não havia oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, é possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, esses primeiros seres teriam utilizado esse alimento já pronto como fonte de energia e matéria-prima. Eles seriam, portanto, heterótrofos (hetero = diferente, trofos = alimento): organismos que não são capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de compostos inorgânicos, obtendo-os prontos do meio ambiente.

Hipótese autotrófica

Hipótese autotrófica

Alguns cientistas têm argumentado que os seres vivos não devem ter surgido em mares rasos e quentes, como proposto por Oparin e Haldane, pois a superfície terrestre, na época em que a vida surgiu, era um ambiente muito instável. Meteoritos e cometas atingiam essa superfície com muita frequência, e a vida primitiva não poderia se manter em tais condições.

Logo no início da formação da Terra, meteoritos colidiram fortemente com a superfície terrestre, e a energia dessas colisões era gasta no derretimento ou até mesmo na vaporização da superfície rochosa. Os meteoritos fragmentavam-se e derretiam, contribuindo com sua substância para a Terra em crescimento. Um impacto especialmente violento pode ter gerado a Lua, que guarda até hoje em sua superfície as marcas desse bombardeio por meteoritos. Na superfície da Terra a maioria dessas marcas foi apagada ao longo do tempo pela erosão.

Alguns cientistas especulam que os primeiros seres vivos não poderiam ter sobrevivido a esse bombardeio cósmico, e propõem que a vida tenha surgido em locais mais protegidos, como o assoalho dos mares primitivos.

Em 1977, foram descobertas nas profundezas oceânicas fontes termais submarinas, de onde emanam gases quentes e sulfurosos. Nesses locais a vida é abundante, havendo bactérias autótrofas, mas realizam um processo distinto da fotossíntese.

Alguns cientistas acreditam que os primeiros seres vivos foram bactérias, que obtinham energia para o metabolismo a partir da reação entre substâncias inorgânicas. Segundo essa hipótese, parece que toda a vida que conhecemos descende desse tipo de bactéria, que devia ser autotrófica.

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