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Transcript

A escrita como companheira

o

início da estrada

Liliam Ricarte de Oliveira

Professora de Educação Infantil da rede municipal de Campinas - SP

Mestranda pelo Mestrado Profissional em Educação Escolar da FE/UNICAMP

Caminhante,

não há caminho,

se faz caminho ao andar...

Antonio Machado

o início da estrada

Professora de Informática numa escola particular de Campinas - SP

Professora da 2ª série na rede pública de Itaquaquecetuba - SP

Professora auxiliar na mesma escola particular de Campinas - SP

Ensino fundamental.

O início da estrada

Educação Infantil

a mudança de caminho

Novos caminhos...

Novas paisagens...

Um novo caminho

Paisagens nunca vistas antes...

Estranhamento.

O caminhar com a

equipe de apoio

a

equipe de

apoio

Entre encontros e desencontros, como dialogar com a paisagem que nem sempre se mostrava clara e explícita?

O diálogo com a equipe de apoio sobre a paisagem

A pedagogia Freinet

BAGAGEM

O início da escrita

o diário de bordo

  • Contar da caminhada
  • Compartilhar o maravilhamento
  • Encontrar novos caminhantes em outras estradas

Micro rede

Outros caminhantes

Entre 2004 e 2006

Entre 2007 e 2011

Um novo caminho

um

novo caminho

Escola Particular

Escola Pública

A escrita como companheira

Solidão

ESCRITA aliada ao desejo de

  • compartilhar o caminhar
  • conversar sobre os estranhamentos da paisagem
  • formar novas parcerias
  • buscar de alguma maneira a equipe de apoio

- Me ajuda a olhar!

-Eduardo Galeano

Busca

Aproximação com a

Pedagogia Freinet

A escrita como companheira

compa-nheira

companhia e companheira

Pequenas narrativas que traziam o cerne de acontecimentos marcantes

“Mônadas que têm como característica serem produções sintéticas, rápidas, adequadas a um tempo concebido, igualmente, como passagem rápida, urgência. Mônadas que como pequenos cacos de um vaso de porcelana têm a potencialidade de propiciar a compreensão mais ampla do todo – portanto, muito diferentes dos fragmentos concebidos em moldes positivistas. […] Trazem a irrupção do fragmento, como possibilidade do fragmento, como possibilidade de estraçalhar a linearidade do caminho muitas vezes prevalecente na cultura escolar (bem como acadêmica), no que diz respeito à produção de saberes docentes" (GALZERANI, 2013, p.87)

Benjamin

A pedagogia Freinet como parceira

parceria

Princípios assumidos

princípios

[...] na classe Freinet, a criança tem a palavra, não para que seja preservada em sua espontaneidade, mas porque ela é cidadã. Não há cidadania sem o direito à palavra, através da qual se expressa e se interroga o mundo e a sociedade em que se vive. Através da qual se exprimem desejos e sentimentos. Através da qual se forma o elo que liga as pessoas no complexo que é a sociedade. Através da qual se exprimem as leis que queremos que organizem a sociedade. Através da qual transformamos essas leis (JOFFILY, 2012, p. 4).

Pedagogia construída na prática

prática

Teoria e prática se retroalimentam constantemente num processo dialético.

Roda de conversa

  • Espaço para traçar a rota diária;
  • retomar as vivências individuais e coletivas;
  • compartilhar experiências, causos, acontecimentos, novidades;
  • elaborar e rever regras de convivência, retomar situações de conflito;
  • encaminhar trabalhos de pesquisa;
  • brincadeiras, músicas, leituras;

Motorista

motorista

organizar e mediar o caminhar...

papel das crianças que, do banco traseiro, participam ativavemente e são também responsáveis pelo que acontecem ali.

Estão organizando a Roda. Tem duas fileiras de crianças, uma encostada na parede e outra logo em frente. Chego e pergunto:

– Isso é uma roda?

– Nããããããão.

– Então, como é uma roda?

– Tem que rodear assim… – vai mostrando com a mão. – disse o Jopê.

– Rodear, como?

– Assim – mostrando com a mão de novo – fazendo um círculo. – disse o Edi.

– E como a gente consegue fazer esse círculo? O que a gente pode usar pra ajudar? Com a fita crepe no chão ajuda?

– Não, acho que com as cadeiras a gente consegue mais. – disse o Jopê.

Cadeiras

[...]

Ontem, eu virei e falei:

– A gente já está se organizando bem legal pra roda, mas eu tenho que ficar um tempão aqui falando que vai começar e tem gente que demora pra perceber… A gente tá perdendo tempo… Vamos combinar uma coisa pra todos saberem que a roda está começando?

Todos concordaram.

– Pode ser uma música? A gente combina uma música. Aí quando a gente cantar, já sabe que logo depois vai começar a roda. Alguém tem alguma ideia de música?

Silêncio. Em seguida, o Cagab diz:

– Roda, roda, roda, pé, pé, pé…

Daí, combinamos! Treinamos uma vez para ver se daria certo! Deu!

Música

Uso democrático

[…] alguns falam de mais, outros de menos, mas todos têm pedido para falar. Até os mais tímidos, como o Ga, que chega todo dia, desde o primeiro dia do ano, chorando de vergonha de entrar na sala. E é vergonha mesmo, não é outra coisa. Ele não consegue entrar sozinho. Fica todos os dias na porta me esperando, às vezes, chorando, outras prendendo o choro, mas não consegue entrar sozinho… Até hoje!

O Jogá é o contrário: fala, fala, fala e quer contar tudo o que consegue lembrar e inventar quando chega a sua vez. E nessa roda, ele começou contando o que aconteceu quando ele acordou, foi fazer isso, fazer aquilo… Tive que ajudá-lo. Falei:

– Jogá, agora é o momento de contar UMA novidade para a turma, não dá pra contar tudo o que aconteceu com você. Olha quanta gente ainda quer falar… – e mostrei a fila de inscrição no livro da vida. – De tudo o que aconteceu, o que você mais quer contar para a turma?

Aí ele contou o que queria e a roda seguiu-se até todos contarem o que desejava.

No outro dia, vamos começando a roda e o Jogá levanta a mão. O Jopê, ao seu lado, diz:

– Ai, ai, ai, lembra, né? Não é pra ficar contando tudo que demora muito, é pra contar só UMA coisa!

Contar 1 coisa

[…] roda de avaliação que fazemos ao final do dia.

E ontem foi: eu não gostei que fulano me bateu, eu não gostei que fulano bateu no outro, ciclano bateu, etc…

Quando terminou, o Jopê diz:

– Noooooooooooossa, quanta gente bateu hoje… [...]

Conscien-tização

[…] Cas diz:

– Eu não gostei quando o Edi desmanchou o meu castelo de areia.

Edi rapidamente responde:

– Mas era hora de guardar os brinquedos, a prô já tava chamando.

Talvez o Cas estivesse tão absorvido em sua brincadeira que não ouviu o chamado para a saída do parque.

Talvez o Edi estivesse tão absorvido em sua tarefa de guardar os brinquedos que não percebeu que o Cas ainda estava brincando.

Conversando a gente se entende.

Conver-sando a gente se entende

Ver e dar-se a ver

Como pesquisadora

mobilizadora do necessário diálogo entre os conhecimentos, as experiências de formação e da profissão, funcionando também como plataforma de reflexão sobre si mesmo e sua atuação pedagógica.

ver-se e dar-se

a ver

Exercício de metarreflexão sobre a prática

Benjamin apresenta uma outra forma de produção de conhecimento que permite, na partilha, o ressentir e o reviver a experiência vivida e a possibilidade de um novo acesso à ela. Deste modo, permite ressignificar o passado através do presente, gerando assim uma expectativa de futuro.

O professor que escreve sobre a sua prática em sala de aula, encadeando o presente e o passado, ressignifica e firma imagens e responsabilidades relativas ao ato de ser professor.

Pesquisa-formação

“[…] a produção de intensas e dinâmicas relações entre diferentes e não hierarquizados saberes. Diferentes saberes docentes, diferentes saberes discentes. Saberes escolares, fundados, sim, na racionalidade, mas que não dispensam o afeto, as emoções, a imaginação, os sonhos. Saberes docentes e escolares, sempre inacabados, sempre abertos ao repensar, à ressignificação e que sempre devem estar articulados ao encadeamento das temporalidades, de maneira a reencantar o próprio presente” (GALZERANI, 2013, p.90).

ver-se

Eu estava arrumando os bonecos do folclore na parede para a exposição e as crianças foram junto comigo.

A Má, pra qualquer um que passava, falava:

– Olha! Foi a gente que fez!

Quando o perueiro veio buscá-la, ela puxou-o pela mão e levou-o lá para ver os bonecos!

Ela tava tão orgulhosa!

Bagagem

bagagem

BOLIVAR, Antonio. O esforço reflexivo de fazer da vida uma história. In Revista Pátio. Porto Alegre, n. 43, agosto/outubro 2011.

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. 9a ed. Porto Alegre: L&PM, 2002.

GALZERANI, Maria Carolina B. Contar a aula, reencantar a ecola, (re)inventar a imagem de produção de saberes docentes. In:CAMPOS, Maria Cristina; PRADO, Guilherme do Val Toledo (orgs). Pipocas Pedagógicas: narrativas outras da escola. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.

JOFFILY, Ruth. Por que Freinet?. Palestra proferida no I Encontro Campinas de Educadores Freinet. Campinas, 2012. (transcrição original fornecida pela autora)

MUNHOZ, Lucianna M. M. Escrever, inscrever, reescrever: reflexões sobre a escrita docente no Movimento de Professores da Pedagogia Freinet. Dissertação (Mestrado em Educação). Campinas: Faculdade de Educação – UNICAMP, 2010.

OLIVEIRA, Anne Marie M. Celestin Freinet: raízes sociais e políticas de uma proposta pedagógica. Rio de Janeiro: Papéis e cópias de Botafogo e Escola de professores, 1995.

PROENÇA, Heloísa H. D. M. Supervisão da prática pedagógica: percursos formativos em parceria e diálogo com os profissionais da educação. Dissertação (mestrado em educação). Campinas: Faculdade de educação, Unicamp, 2014. Citado por RODRIGUES, Nara C.; PRADO, Guilherme do Val Toledo. Investigação Narrativa: construindo novos sentidos na pesquisa qualitativa em educação. In Revista Lusófona de Educação. Lisboa, n. 29, p. 89-103, 2015.

RODRIGUES, Nara C.; PRADO, Guilherme do Val Toledo. Investigação Narrativa: construindo novos sentidos na pesquisa qualitativa em educação. In Revista Lusófona de Educação. Lisboa, n. 29, p. 89-103, 2015.

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