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Claire de lune (1905)- Debussy (1862-1918)
WATTS, G.F. Esperança. 1886.
MALLARMÉ, Stéphane. Sugerir. In: ECO, Humeberto. História da belexa. RJ: Record, 2004. p. 348
No Simbolismo:
- há retomada de visão platônica ao contrapor mundo sensível e mundo das ideias;
- há valorização da forma e linguagem para provocar experiências sensoriais no leitor;
- ênfase no mistério como contraponto à ciência e à realidade;
- adota-se postura antirromântica (exagero sentimental evidenciado) -- a experiência do sentir é individual e a arte convida o homem a se projetar no objeto e atribuir-lhe sentido .
Correspondências
A Natureza é um templo onde vivos pilares
Deixam escapar, às vezes, confusas palavras;
O homem ali passa por entre florestas de símbolos
Que observam com olhares familiares.
Como longos ecos que ao longe se confundem
Em uma tenebrosa e profunda unidade,
Vasta como a noite e como a claridade,
Os perfumes, as cores e os sons se correspondem.
Há perfumes frescos como carnes de crianças,
Doces como oboés, verdes como pradarias,
- E outros, corrompidos, ricos e triunfantes,
Tendo a expansão das coisas infinitas,
Como o âmbar, o almíscar, o benjoim e o incenso,
Que cantam os transportes do espírito e dos sentidos.
BAUDALAIRE, C. In: GOMES, A.C. A estética simbolista. São Paulo: Cultrix, 5555. p. 33
Millais (1852)
A água é o elemento da morte jovem e bela, da morte florida, e nos dramas da vida
e da literatura é o elemento da morte sem orgulho nem vingança, do suicídio
masoquista. A água é o símbolo profundo, orgânico, da mulher que só sabe chorar suas dores e cujos olhos são facilmente afogados de lágrimas. O homem, diante de um suicídio feminino, compreende essa dor funérea por tudo o que nele, como em Laertes, é mulher. Volta a ser homem, tornando-se outra vez seco depois que as lágrimas secam. (BACHELARD, 1998, p. 85)
https://www.confrariadovento.com/revista/numero23/ensaio02.htm
Ismália
Alphonsus de Guimaraens
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Para aprofundar a leitura sobre Ismália e Ophélia:
http://periodicos.ufes.br/reel/article/viewFile/11090/7749
UNESP
Os cavalos de Netuno. Walter Crane, 1892.
UNESP - 2017
Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. 2010. Adaptado.
A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):
a) Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
b) Erguido em negro mármor luzidio,
Portas fechadas, num mistério enorme,
Numa terra de reis, mudo e sombrio,
Sono de lendas um palácio dorme.
c) Eu vi-a e minha alma antes de vê-la
Sonhara-a linda como agora a vi;
Nos puros olhos e na face bela,
Dos meus sonhos a virgem conheci.
d) Longe da pátria, sob um céu diverso
Onde o sol como aqui tanto não arde,
Chorei saudades do meu lar querido
– Ave sem ninho que suspira à tarde. –
e) Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia…
Como o cisne de outrora… que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
• Gabarito:B
Os versos nos quais se encontra uma atenuação da subjetividade e do sentimentalismo, e que são de Alberto de Oliveira, estão na alternativa B. Em tais versos, há a descrição de um palácio, e não dos sentimentos do eu lírico. Já nos versos que constam nas demais alternativas, há a expressão direta de um eu lírico – todos apresentam verbos em primeira pessoa –, e de seus sentimentos.