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PAGU

BIOGRAFIA

Patrícia Rehder Galvão

  • Nascimento 1910, São João de Boa Vista (São Paulo)

  • Falecida em 1962, por conta de um câncer

  • Primeira mulher presa, por motivos políticos, no Brasil

  • Era filha de burgueses e não seguia os padrões da época

  • Aos 15 anos começou a trabalhar no jornal, com o pseudônimo Patsy

  • Ao terminar o seu curso para ser professora, ela conheceu o casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral

  • Participou do Movimento Antropófagico

  • Posteriormente, Oswald de Andrade se separou de Tarsila e se casou com Pagu. Com ele a modernista teve seu primeiro filho, Rudá de Andrade

  • Em sua viagem para Bueno Aires conheceu Luís Carlos Prestes e teve contato com os ideais marxistas

  • Filiou ao Partido Comunista Brasileiro junto com seu marido

  • Ainda com seu marido, fundou o jornal “ o Homem do Povo” que apoiava a esquerda revolucionária

  • Durante o governo de Getúlio Vargas, ela foi presa em uma greve em Santos

  • No ano que publicou sua obra “ Parque Industrial”, em 1934, ela deixou Oswald e seu filho para viajar pelo mundo, como correspondente de um jornal, passou pelos Estados Unidos, Japão, China e União Soviética

  • Em 1935 ela se mudou para França, e lá foi presa por ser uma comunista estrangeira

  • Regressando ao Brasil se separou de Oswald, voltou a trabalhar no jornal e foi presa (novamente) e torturada pela militares da ditadura

  • Após 5 anos na prisão, Pagu tenta suicídio, sai do Partido Comunista e entra para o movimento socialista

  • Ademais, sem sucesso, ela participa da eleição para deputada estadual

  • Casa- se com Geraldo Ferraz e tem seu segundo filho

  • Começa a frequentar a Escola de Arte Dramática de São Paulo

  • Dedica-se a incentivar os grupos de amadores de teatro

  • A partir disso funda a Associação de Jornalistas Profissionais e a União do Teatro Amador

Momento Histórico

O momento em que ela viveu teve grande influência em sua obras, principalmente em relação à política, pelo contexto do Estado Novo que foi um regime ditatorial presidido por Getúlio Vargas. Então ela estava em conflito com o este governo anticomunista, justamente por ela defender o comunismo.

Outra coisa que marcou bastante foi a censura que o governo fazia na imprensa o DIP (departamento de imprensa e propaganda) na qual o estado tentava passar uma imagem super positiva e moral do regime varguista.

Então muitos pessoas se rebelaram em busca de uma liberdade para se expressar, muitos artistas, Vargas usou isso como estratégia contraria, tentando transformar em um nacionalismo e patriotismo massivo.

Tanto que o governo prendeu muitos artistas que estavam em oposição ao governo, e uma delas foi Pagu, que foi presa e torturada nas prisões.

Modernismo de Pagu

movimento modernista rompeu com a tradição clássica e deu início à formação de uma identidade genuinamente brasileira na literatura

Foi um momento de militância entre os artistas, “inquieta musa do modernismo”

Tornou-se um símbolo Modernista, já que sua postura e ações combinavam com os ideais da época. Não participado da Semana de Arte Moderna (na época ela tinha apenas 5 anos)

O seu espírito rebelde e fora dos padrões fortaleceu a segunda fase do movimento

Pagu era considerada a inimiga de Vargas, por ser a primeira mulher presa por motivos políticos MAIS DE UMA VEZ! (23 vezes no total)

Um fato curioso: aos 12 anos teve sua primeira relação sexual com o diretor do primeiro neorrelista brasileiro, Olympio Guilherme

Aos 14, engravidou e abortou, o que não a afetou tanto, dizendo ser apenas uma “fase”. Tanto que foi caracterizada como “uma mulher que procurava pessoas e causas autênticas”

Principais Obras e o Feminismo

  • Defendia as mulheres pobres e criticava o papel conservador da sociedade

  • Feminismo difuso

  • Abordava assunto polêmicos para época como violência sexual, sexualidade, divórcio, aborto, dominação masculina e também defendia a educação da mulher

  • Romance proletário "A Mulher do Povo"

  • Em sua autobiografia relatou suas experiências

  • Pagu foi de extrema importância para a literatura

  • Uma das feministas pioneiras, tratou de temas ainda atuais

"sonham para a filha um lugar

social igual ao deles. Onde a mulher é uma santa e o marido bisa as paixões

quarentonas."

"Abatida, de olhos úmidos enquanto ele aperta

ainda o corpo machucado"

"De noite chamei o Zezé e fomos assaltar a casa aí na rua do Arouche. Ela mora

com a dona do atelier. As duas sozinhas...Foi um susto dos diabos. Pensaram que

era gatuno. Também o Zezé fez uma cena de faroeste, revólver, lenço preto...Eu

agarrei a pequena na cama...Virgenzinha em folha..."

Poesias Pagudianas

NOTHING

Nada nada nada

Nada mais do que nada

Porque vocês querem que exista apenas o nada

Pois existe o só nada

Um pára-brisa partido uma perna quebrada

O nada

Fisionomias massacradas

Tipóias em meus amigos

Portas arrombadas

Abertas para o nada

Um choro de criança

Uma lágrima de mulher à-toa

Que quer dizer nada

Um quarto meio escuro

Com um abajur quebrado

Meninas que dançavam

Que conversavam

Nada

Um copo de conhaque

Um teatro

Um precipício

Talvez o precipício queira dizer nada

Uma carteirinha de travel’s check

Uma partida for two nada

Trouxeram-me camélias brancas e vermelhas

Uma linda criança sorriu-me quando eu a abraçava

Um cão rosnava na minha estrada

Um papagaio falava coisas tão engraçadas

Pastorinhas entraram em meu caminho

Num samba morenamente cadenciado

Abri o meu abraço aos amigos de sempre

Poetas compareceram

Alguns escritores

Gente de teatro

Birutas no aeroporto

E nada.

"O que você está falando, menina?

Estou falando que.

Que o quê?

Que.

Vamos dizer que a menina, minha amiga

Pretenderia o quê?

Que."

Um Texto.

Um pedaço de trapo que fosse

Atirado numa estrada

Em que todos pisam

Um pouco de brisa

Uma gota de chuva

Uma lágrima

Um pedaço de livro

Uma letra ou um número

Um nada, pelo menos

Desesperadamente nada.

Rita Lee também ama Pagu

Sou rainha do meu tanque

Sou Pagu indignada no palanque

Hanhan! Ah! Hanran!

Fama de porra louca, tudo bem!

Minha mãe é Maria Ninguém

Hanhan! Ah! Hanran!

Não sou atriz, modelo, dançarina

Meu buraco é mais em cima

Porque nem toda feiticeira é corcunda

Nem toda brasileira é bunda

Meu peito não é de silicone

Sou mais macho que muito homem

Nem toda feiticeira é corcunda

Nem toda brasileira é bunda

Meu peito não é de silicone

Sou mais macho que muito homem

Nem toda feiticeira é corcunda

Nem toda brasileira é bunda

Meu peito não é de silicone

Sou mais macho que muito homem

Ratatá! Ratatatá

Hiii! Ratatá

Taratá! Taratá!

Mexo, remexo na inquisição

Só quem já morreu na fogueira

Sabe o que é ser carvão

Hum! Hum!

Eu sou pau pra toda obra

Deus dá asas à minha cobra

Hum! Hum! Hum! Hum!

Minha força não é bruta

Não sou freira, nem sou puta

Porque nem toda feiticeira é corcunda

Nem toda brasileira é bunda

Meu peito não é de silicone

Sou mais macho que muito homem

Nem toda feiticeira é corcunda

Nem toda brasileira é bunda

Meu peito não é de silicone

Sou mais macho que muito homem

Ratatá! Ratatá! Ratatá!

Taratá! Taratá!

2020? Ou seria séc 20?

Em 2017, foram registradas 13.046. Juntas, foram 190.510 internações por conta de complicações pós abortos

A TAL DA MILITANTE

@pagupatipagu

Obrigada!

Por militâncias positivas e guerrilheiras

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