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Transcript

Ódio?

Pedro Castro

Nº 21

12ºA

Biografia

  • Florbela Espanca foi um poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes para a literatura portuguesa.
  • Nasceu a 8 de dezembro de 1894 e morreu no mesmo dia em 1930, suicidando-se com barbitúricos.
  • Aos sete anos escreveu o seu primeiro poema, "A Vida e a Morte".
  • Em 1917, completa o curso de Letras e ingressa no curso de Direito da Universidade de Lisboa.

Poema

Ódio?

Ódio por Ele? Não... Se o amei tanto,

Se tanto bem lhe quis no meu passado,

Se o encontrei depois de o ter sonhado,

Se à vida assim roubei todo o encanto,

Que importa se mentiu? E se hoje o pranto

Turva o meu triste olhar, marmorizado,

Olhar de monja, trágico, gelado

Com um soturno e enorme Campo Santo!

Nunca mais o amar já é bastante!

Quero senti-lo doutra, bem distante,

Como se fora meu, calma e serena!

Ódio seria em mim saudade infinda,

Mágoa de o ter perdido, amor ainda!

Ódio por Ele? Não... não vale a pena...

Análise Formal

Ódio?

Ó/di/o/ por/ E/le?/ Não.../ Se o a/mei/ tan/to,

Se/ tan/to/ bem/ lhe/ quis/ no/ meu/ pa/ssa/do,

Se o/ en/con/trei/ de/pois/ de o /ter /so/nha/do,

Se à/ vi/da a/ss/im/ rou/bei/ to/do o en/can/to,

Que im/por/ta/ se/ men/tiu? E/ se/ ho/je o/ pran/to

Tur/va o/ meu/ tris/te o/lhar/, mar/mo/ri/za/do,

O/lhar/ de/ mon/ja/, trá/gi/co/, ge/la/do

Com/ um/ so/tur/no e e/nor/me/ Cam/po/ San/to!

Nun/ca/ mais/ o a/mar/ já é /bas/tan/te!

Que/ro /sen/ti/-lo/ dou/tra/, bem/ dis/tan/te,

Co/mo/ se/ fo/ra/ meu/, cal/ma e/ se/re/na!

Ó/di/o/ se/ri/a em/ mim/ sau/da/de in/fin/da,

Má/goa/ de o/ ter/ per/di/do, a/mor/ a/in/da!

Ó/di/o/ por/ E/le/? Não/... não/ va/le a/ pe/na...

A

B

B

A

A

B

B

A

C

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D

C

C

D

Intertextualidade na poesia de Florbela Espanca

Amor é um fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.(...)

Camões, Luís. Poesia lírica. Lisboa: Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses, 2ª ed., 1988, pág. 82

Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: Aqui... Além...

Mais Este e Aquele, o Outro e a toda a gente...

Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!

Prender ou desprender? É mal? É bem? (...)

Espanca, Florbela. Sonetos. Lisboa: Europa-América, 4ª ed., 1985, pág. 134.

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