KANT- FILOSOFIA MORAL

A filosofia de Kant afirma que não podemos conhecer nada além da maneira pela qual conhecemos as coisas. Em outras palavras, o sujeito possui uma “máquina de conhecer” na mente, e é essa máquina que organiza e que nos faz conhecer o mundo.

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Agora, se o mundo é realmente como essa máquina nos mostra, isso é uma questão totalmente diferente.

Para Kant, não é possível conhecer para além dos limites dessa máquina. A filosofi a de Kant, portanto, nos coloca sob a

seguinte situação: estamos “presos” na nossa própria capacidade cognitiva, de modo que a realidade última das coisas

não nos é passível de compreensão.

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Outro ponto essencial no pensamento de Kant é sua refl exão sobre a ética. Deve fi car claro que o imperativo categórico é uma tentativa de encontrar uma regra universal de conduta. Assim, Kant não aceitaria a imposição de que o certo e

o errado são relativos à cultura. Isso não seria nada fi losófi co para ele. A regra ética deve seguir o mesmo padrão da regra

racional: ser universal, impessoal e válida para qualquer situação

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Kant – Fundamentação da metafísica dos costumes. Fazer a leitura para compreensão da formação e da necessidade do imperativo categórico. Tentar mostrar a intenção de Kant em encontrar uma fundamentação racional e impessoal para uma ética universal

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Se no universo da razão crítica nós somos limitados pelas condições do nosso conhecimento, é no universo da razão prática que somos livres

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os princípios éticos são deduzidos da razão humana e, por conta disso, serão necessários e universais. Ou seja, é a busca de uma ética destituída da opinião pessoal e das influências da época e da cultura.

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Desse modo, os princípios éticos estabelecidos pela razão

prática deverão ser seguidos por qualquer indivíduo sob qualquer circunstância. É por esse motivo que a ética kantiana será a ética do dever,

prescritiva e independente da cultura e da época

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No mundo natural, tudo está construído de tal modo que a causalidade é o fator mais essencial, isto é, o mundo natural é o mundo da necessidade.

Por outro lado, é nas decisões práticas, ou seja, nas decisões éticas, que o ser humano vive sua liberdade. O mundo moral é o mundo da liberdade.

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Kant analisa a existência da ciência para avaliar suas condições de possibilidade,

no campo da moral, refletirá sobre a consciência moral que estabelecerá os princípios éticos.

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o objetivo de Kant é encontrar princípios a priori, ou seja, necessários e universais para a ação ética.

É na análise do sujeito moral que ele encontrará esses mesmos princípios.

É nesse sentido que devemos compreender a ideia de dever em

dever é a obediência a um princípio ético a priori, determinado pela razão prática.

esses princípios- Kant os denomina como

imperativo categórico

podem ser descritos das seguintes maneiras:

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1. “Aja de tal forma que sua ação possa ser considerada como norma universal”.

2. “Aja de tal forma que sua ação tome a humanidade como um fim e

não como meio.”

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toda ação ética deve levar emconta uma finalidade: a humanidade. Não importa se o fim, na prática,

é realizável ou não. Devemos tomar a decisão ética como se fosse possível realizá-lo. A lei ética presente dentro de nós irá servir como lei reguladora e condutora das nossas ações.

a razão prática nos diz que, necessariamente, devemos considerar três coisas:

em primeiro lugar, a crença em Deus, que possibilita o supremo bem e recompensa com a felicidade o sujeito de vida virtuosa.

Em segundo lugar, devemos levar em conta a liberdade, que é o que nos liberta do desejo para escolher o dever. E,

em terceiro lugar, devemos considerar a imortalidade da alma, que é necessária, já que no mundo em que vivemos a virtude e a felicidade não coincidem.

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