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Filoctetes, ferido, é abandonado pela expedição grega a caminho de Tróia, detalhe de um stamnos ca. 460 aC (Musée du Louvre)
A CICATRIZAÇÃO:
- Cascata de eventos celulares e moleculares.
- Reconstituição do tecido reparação em um período de 3 meses.
- As feridas podem ser agudas traumáticas ou cirúrgicas.
- Tempos previsíveis
Medical artist´s interpretation ;1990
EXIGE CONHECIMENTOS :
-Anatomia, histologia, bioquímica, imunologia e farmacologia.
-A perda tecidual pode atingir a derme completa ou incompletamente, ou mesmo atingir todo o órgão, chegando ao tecido celular subcutâneo.
-A reparação faz-se pela reepitelização dos anexos epiteliais da pele adjacente não acometida.
O PROCESSO CICATRICIAL É COMUM A TODAS AS FERIDA
- É sistêmico e dinâmico e está diretamente relacionado às condições gerais do organismo.
- A cicatrização de feridas consiste em perfeita e coordenada cascata de eventos celulares.
Classificação esse processo em 3 fases divididas:
1-Fase inflamatória,
2-Fase de proliferação
3-Fase de remodelação ou de maturação.
(Urdiales ; 2006)
Fases da cicatrização
(DEALEY, 2001).
Etapas do processo angiogênico:
ativação de células endoteliais, secreção de proteases e degradação da membrana basal
A figura 2 retrata as fases do processo angiogênico, na qual se vê: em (A) a ativação de células endoteliais, (B) a secreção de proteases que irão degradar a membrana basal e a matriz extracelular, (C) a formação do broto capilar após migração das células, (D) o crescimento do vaso; (E) a formação do lúmen e da nova membrana basal; (F) a união de dois brotos para formar a alça capilar e (G) a formação da segunda geração de brotos capilares.
com princípios ativos para fins terapêuticos .
(BRASIL, MS, 2006 ; WU et al., 2012)
RDC22/2014
Asteraceae
-É a segunda maior família do grupo que apresenta flores em sua composição.
-23.000 espécies.
-Florestas nativas do território brasileiro apresentam grande diversidade de espécies.
Vanillosmopsis erythropappa
Schultz – Bip
Família Asteraceae.
(DUTRA et al., 2010).
Vanillosmopsis erythropappa Schultz – Bip
A candeia apresenta um grande potencial econômico.
(DUTRA et al., 2010)
Áreas de ocorrência e exemplar de espécie
(www.reflora.jbrj.gov.br)
Estudos dos constituintes fitoquímicos
(SILVERIO, 2004; SILVERIO et al., 2008).
Gerais
-Avaliar o efeito cicatrizante da pomada obtida a partir dos extratos das folhas de Vanillosmopsis erythropappa Schultz – Bip
-Avaliando , in vitro e em in vivo através de feridas cutâneas induzidas em ratos
Específicos
Obter os extratos das folhas de V. erythropappa Schultz– Bip;
Avaliar o efeito dos extratos, empregando o teste de proliferação celular in vitro em culturas celulares de fibroblastos humanos;
Avaliar a atividade antibacteriana dos extratos obtidos sobre Sthaphilococcus aureus;
Avaliar o extrato ativo por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas CG/MS, bem como a identificação de substâncias biotivas;
Avaliar o extrato ativo por cromatografia líquida LC/MS acoplada a espectrometria de massas, bem como a identificação de substâncias biotivas;
Avaliar o efeito cicatrizante do extrato ativo das folhas de V. erythropappa Schultz– Bip in vivo.
Análise qualitativa do colágeno, bem como a identificação e quantificação das fibras colágenas.
Os 90 animais foram distribuídos aleatoriamente em cinco grupos.
(Tabela 1)
Grupos experimentais
Teste de proliferação celular in vitro em culturas celulares de fibroblastos
O meio de cultura RPMI 1640 suplementado com soro fetal bovino inativado (SFB, 10%), penicilina (100 UI/ml) e estreptomicina (100 micro g/ml).
Os fibroblastos humanos (NIH3T3) mantidos em estufa, a 37° C, num ambiente enriquecido por CO2 a 5%.
5000 células por poço em uma placa de 96 poços.
O meio de cultura anteriormente adicionado (RPMI, 10% SFB) substituído por meio novo acrescido do extrato de folhas de candeia .
Incubada nas mesmas condições por mais 48h, aos poços, foram adicionados 200microL de DMSO.
As Amostras foram lidas ELISA em 540 nm.
ONNUSAMYet al. (2015).
Eutanásia
Após 7, 14 e 21 dias de tratamento, seis animais de cada grupo foram eutanasiados segundo as diretrizes brasileiras de prática de eutanásia (BRASIL, 2012).
Posteriormente,segui-se a exsanguinação por punção cardíaca, a fim de obter amostras de sangue para análises bioquímicas.
Finalmente, a eutanásia foi realizada por choque hipovolêmico
(BORGES et al., 2007).
Os dados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA), com as comparações de médias realizadas pelo teste de Tukey.
Para a avaliação estatística dos resultados de imunoistoquímica, foi utilizado teste estatístico One way Anova não pareado com teste-T. O nível de significância adotado foi de 0,05%, para diferenças estatísticas significativas.
Análise Antibacteriana dos Extratos Etanólico e Hexânico
De acordo com os resultados obtidos no teste em todas as placas testadas, o extrato de hexânico de Vanillosmopsis erythropappa Schultz – Bip não foi efetivo para inviabilizar as bactérias em teste. Já o extrato etanólico de Vanillosmopsis erythropappa Schultz – Bip foi muito efetivo, inviabilizando as bactérias na menor concentração testada (0,0625 mg/ml)
Análise da Proliferação Celular In Vitro em Culturas Celulares
6.Resultados e discussão
Análise do Extrato ativo por Cromatografia Gasosa - espectroscopia de massa (CG/MS)
Análise do Extrato ativo por Cromatografia Gasosa - espectroscopia de massa (CG/MS)
Figura 12 – Cromatograma do extrato hexânico das folhas de V. erythropappa Schultz – Bip obtido pela análise de CG-EM. Picos numerados de 1 a 9: 1) α-cariofileno; 2) 2-metil-hexacosano; 3) Tetracontano; 4) Lupenona; 5) Acetato de Lupeol; 6) α -amirina; 7) Lupeol; 8) Friedelan-3-one; 9) Acetato de Lupanol, correspondem aos compostos de maiores intensidades no extrato
Análise do Extrato ativo por Cromatografia Líquida (Método LC/MS) Apigenina e Luteolina
Análises dos Resultados de Feridas Tratadas com Extrato de V. erythropappa Schultz – Bip
No período do estudo não houve sinais de desenvolvimento de infecção nas feridas e os parâmetros clínicos dos animais, como higidez, alerta e apetite se mostraram dentro da normalidade
Análise da Contração da ferida
Ao analisar as fases da cicatrização, durante a fase inflamatória (1º ao 7º dia) a pomada veículo (G4) se mostrou mais eficiente, com o maior percentual de redução da ferida (134,4%), já na fase proliferativa (7º ao 14º dia) os grupos G1 e G3 também apresentaram aumento no percentual de contração, com resultados próximos ao da pomada veículo, mostrando-se também como eficazes na redução da área da ferida, embora sem apresentarem diferenças estatísticas significativas (P>0,05%).
O tratamento com as pomadas contendo extrato de V. erythropappa Schultz – Bip não causou nenhuma alteração patológica nos animais, de forma que não promoveu desenvolvimento de infecção.
Não foi tóxico ao sistema renal e hepático, uma vez que os valores de ureia, creatinina, TGO e TGP também se mostraram satisfatórios, e não tóxicos quando comparados aos controles, sendo portanto, eficaz no tratamento de feridas cutâneas.
Avaliação da Imunoistoquímica para VEGF
Figura 25 – Expressão imunoistoquímica do VEGF nas células teciduais de feridas tratadas, contendo o extrato de V. erythropappa Schultz – Bip nas concentrações 1% (G1), 3% (G2) e 5% (G3), com a pomada veículo (G4) e com a pomada Fitoscar® (G5). * Apresentaram diferença estatística significativa (P<0,05%) quando comparados com o grupo controle positivo (pomada veículo) e controle negativo (pomada Fitoscar®).
Avaliação Qualitativa e Quantitativa do Colágeno (tipo I e tipo III)
Figura 26 – Fotomicrografia obtida sob microscopia de polarização com coloração Picrosirius e aumento de 400x, que mostra a distribuição das fibras de colágeno tipo I (vermelho) e III (verde) no tecido cicatricial da pele de ratos tratados com pomadas contendo extrato de V. erythropappa Schultz – Bip nas concentrações 1% (G1), 3% (G2), 5% (G3), pomada veículo (G4) e Pomada Fitoscar® (G5) nos dias sete, quatorze e vinte e um de pós operatório.
Figura 27 – Percentual de colágeno tipo III (verde) encontrado nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, no sétimo dia de tratamento. 1 representa diferença significativa em relação ao grupo G1 (1%), 3 representa diferença significativa em relação ao grupo G2 (3%), 5 representa diferença significativa em relação ao grupo G3 (5%), C representa diferença significativa em relação ao grupo G4 (Veículo), F representa diferença significativa em relação ao grupo G5 (Fitoscar®).
Figura 28 – Percentual de colágeno tipo III (verde) encontrado nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, no décimo quarto dia de tratamento. 1 representa diferença significativa em relação ao grupo G1 (1%), 3 representa diferença significativa em relação ao grupo G2 (3%), 5 representa diferença significativa em relação ao grupo G3 (5%), C representa diferença significativa em relação ao grupo G4 (Veículo), F representa diferença significativa em relação ao grupo G5 (Fitoscar®).
Figura 29 – Percentual de colágeno tipo III (verde) encontrado nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, no vigésimo primeiro dia de tratamento. 1 representa diferença significativa em relação ao grupo G1 (1%), 3 representa diferença significativa em relação ao grupo G2 (3%), 5 representa diferença significativa em relação ao grupo G3 (5%), C representa diferença significativa em relação ao grupo G4 (Veículo), F representa diferença significativa em relação ao grupo G5 (Fitoscar®).
Figura 30 – Percentual de colágeno tipo I (vermelho) encontrado nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, no sétimo dia de tratamento. 1 representa diferença significativa em relação ao grupo G1 (1%), 3 representa diferença significativa em relação ao grupo G2 (3%), 5 representa diferença significativa em relação ao grupo G3 (5%), C representa diferença significativa em relação ao grupo G4 (Veículo), F representa diferença significativa em relação ao grupo G5 (Fitoscar®).
Figura 32 – Percentual de colágeno tipo I (vermelho) encontrado nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, no vigésimo primeiro dia de tratamento. 1 representa diferença significativa em relação ao grupo G1 (1%), 3 representa diferença significativa em relação ao grupo G2 (3%), 5 representa diferença significativa em relação ao grupo G3 (5%), C representa diferença significativa em relação ao grupo G4 (Veículo), F representa diferença significativa em relação ao grupo G5 (Fitoscar®).
Figura 31 – Percentual de colágeno tipo I (vermelho) encontrado nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, no décimo quarto dia de tratamento. 1 representa diferença significativa em relação ao grupo G1 (1%), 3 representa diferença significativa em relação ao grupo G2 (3%), 5 representa diferença significativa em relação ao grupo G3 (5%), C representa diferença significativa em relação ao grupo G4 (Veículo), F representa diferença significativa em relação ao grupo G5 (Fitoscar®).
-Grupos controle (G4) e Fitoscar® (G5) tiveram maior quantidade de fibras do tipo III, consideradas imaturas.
-Grupos tratados com as pomadas contendo extrato 1% e 5% (G1 e G3, respectivamente) tiveram maior quantidade de fibras do tipo I, consideradas maduras, indicando que tais formulações foram efetivas para a cicatrização das feridas, com G3 apresentando o melhor resultado.
De maneira geral, essa análise indicou que a pomada foi eficaz em promover inicialmente formação de novo tecido sobre o leito da ferida (colágeno III ), o qual passou por maturação (colágeno I), tornando o tecido cicatricial mais forte e resistente.
- O extrato hexânico foi o que se mostrou eficiente para a proliferação de fibroblastos cultivados in vitro, sendo assim, definiu-se por utilizá-lo na formulação das pomadas a serem aplicadas como tratamento das feridas.
- A análise deste extrato – hexânico – por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas mostrou que é composto por substâncias como o lupenol e a lupenona
.
- Por cromatografia líquida mostrou que é composto por dois principais flavonóides: Apigenina e Luteolina. Esses compostos encontrados no extrato dão a ele importante caráter antioxidante e cicatrizante.
- Os efeitos foram observados nas análises das feridas, nas quais as pomadas contendo o extrato hexânico de V. erythropappa Schultz – Bip (1%, 3% e 5%) promoveram cicatrização da ferida, mostrando ser eficaz na fase proliferativa da cicatrização, resultando em melhor índice de contração da ferida.
- As pomadas contendo o extrato hexânico apresentaram resposta mais efetiva ao tratamento, quando comparadas com o fitoterápico , o que indica a possibilidade do uso dessa planta como cicatrizante no tratamento de feridas, chamando atenção para seu possível uso como medicamento fitoterápico.
No Brasil existem cinco indústrias de óleo de candeia natural bruto e três de alfabisabolol, o obtido a partir da destilação do óleo.
Segundo Silva et al. (2014) o plantio da Candeia em espaçamentos maiores – 1,5 x 3,0 m – é preferível por ser mais lucrativo e por apresentar menor risco de resultados desfavoráveis. Ainda, segundo os autores, a idade ótima de corte, sendo a melhor rotação econômica, é de 12 anos.
Agradecimentos
Aos orientadores e co-orientadores
BENFATTI, C. S., CORDOVA, S. M. D., GUEDES, A., MAGINA, M. D. A., &CORDOVA, C. M. M. D. Atividade antibacteriana in vitro de extratos brutos de espécies de Eugenia sp frente a cepas de molicutes. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 1, 33-39, 2010
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