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Transcript

CASO CLÍNICO

SEJA BEM VINDO, DOUTOR!

INSTRUÇÕES

Olá! Você é o novo Médico Veterinário responsável pelo setor clínico da CLÍNICA VETERINÁRIA SIMULADA UNIFACVEST.

Este é o seu primeiro paciente.

Contamos com a sua competência para diagnosticar e oferecer o melhor tratamento a ele.

Lembre-se que o que está em jogo é uma vida muito importante e que depende de você.

Clique nos círculos para obter as informações necessárias. Cada tópico pode ter subtópicos para pesquisa.

Boa sorte!

DADOS DO PACIENTE

PACIENTE

PACIENTE: Tita

ESPÉCIE: canina

PESO: 2,5 Kg

IDADE: 2 meses e meio

QUEIXA PRINCIPAL: APATIA E VÔMITO

Anamnese

ANAMNESE

Paciente encaminhada para consulta por se apresentar extremamente apática. Amanheceu desta forma.

Não quis comer nada.

Proprietária se preocupa porque sempre foi muito brincalhona e "comilona"

Hoje, está vomitando bastante.

Proprietária administrou 5 gotas de Plasil, mas não resolveu. Inclusive vomita tudo o que lhe é oferecido.

Antes de vir para a clínica apresentou um episódio diarréia líquida.

Relata que ofereceu leite de forma forçada hoje de manhã e questiona se não foi isso que provocou a diarréia.

ALIMENTAÇÃO

Alimenta-se de ração, porém proprietária não consegue controlar alimentos "extras" fornecidos por seus filhos pequenos, como restos de alimento, pão, biscoito, etc.

VERMIFUGAÇÃO

Foi desverminada aos 2 meses, com uma dose de "Canex". Não repetiu a dose.

VACINAÇÃO

Recebeu 1 dose de vacina Vanguard quando tinha 45 dias.

Mãe era vacinada.

Outra dose estava marcada para 3 dias atrás.

USO DE MEDICAMENTOS

O único medicamento administrado além do vermífugo, foi o Plasil hoje.

USO DE MEDICAMENTOS

CONTACTANTES

Convive com um outro cão, de 4 anos de idade que não apresenta sintomas.

CONTACTANTES

ACESSO À RUA

Não tem acesso à rua.

ACESSO À RUA

OUTRAS INFORMAÇÕES

Foi adquirida em um estabelecimento comercial há uma semana. Não conhece histórico familiar.

EXAME FÍSICO

EXAME FÍSICO

  • Elasticidade da pele (6 a 10 segundos)
  • Mucosas secas
  • Desidratação 10 %
  • Mucosas hipocoradas
  • TPC - 4 segundos
  • Escore corporal - normal
  • Temperatura retal - 39,9ºC
  • Nível de consciência - apático
  • Apresentou diarréia líquida no momento da consulta (sem sangue)
  • Presença de pulgas

SUSPEITAS CLÍNICAS

SUSPEITAS CLÍNICAS

Os sinais clínicos, associados aos hábitos alimentares e manejo preventivo (vacinas e vermífugo) fazem com que o diagnóstico sugestivo seja bem amplo.

Inclusive, deve-se pensar na possibilidade de patologias concomitantes.

Giardíase:

GIARDÍASE

A giardíase não pode ser prevenida por protocolo comum de vermifugação.

Deve-se sempre se suspeitar da patologia na presença da diarréia, que pode se apresentar de leve a grave.

O vômito pode ser uma consequência da inflamação intestinal pelo protozoário.

Coccidiose

COCCIDIOSE

A coccidiose (principalmente por Isospora) pode provocar diarréia de leve a grave, e é uma causadora comum de diarréia, que pode ser grave em filhotes.

Enterite de origem alimentar

ENTERITE DE ORIGEM ALIMENTAR

A enterite aguda de origem alimentar deve ser suspeitada, pois a paciente apresenta diarréia e vômito.

Além disso, seus hábitos alimentares (o acesso a alimentação caseira e outros tipos de alimentação) foram importantes para se determinar esta suspeita.

Enterite de origem parasitária

ENTERITE DE ORIGEM PARASITÁRIA

O esquema de vermifugação só é efetivo para eliminação dos helmintos adultos, devendo, assim, ser realizado um protocolo de duas doses com 15 dias de intervalo.

Além disso, as pulgas podem transmitir o Dipylidium e a vermifugação não promove prevenção.

Enterite por Parvovirus

PARVOVIROSE

A dose recebida de vacina pode ter sido inativada pelos anticorpos maternos (mãe vacinada). Neste caso, recomenda-se que a vacinação se inicie com 8 semanas.

Como a paciente foi adquirida em uma loja, pode ter tido contato com animais doentes. O tempo de incubação do virus pode ser de até 14 dias.

Nas primeiras 24-48 horas, os principais sinais clínicos são apatia, anorexia e vômito, evoluindo para diarréia e só depois disso evolui para diarréia sanguinolenta (quadro clínico clássico da parvovirose).

Obstrução intestinal por corpo estranho

OBSTRUÇÃO INTESTINAL

Esta possibilidade deve ser investigada em todo o paciente filhote "brincalhão". A obstrução intestinal por corpo estranho pode acontecer em cães que costumam morder, roer objetos.

Os sinais clínicos podem ser apatia, dor abdominal, vômito e diarréia.

Coronavirose

CORONAVIROSE

Os sinais clínicos da coronavirose são vômito, diarréia e desidratação.

Como tem histórico de aquisição de um comércio de animais, pode ter tido contato com o virus.

Cinomose

A dose recebida de vacina pode ter sido inativada pelos anticorpos maternos (mãe vacinada). Neste caso, recomenda-se que a vacinação se inicie com 8 semanas.

Como a paciente foi adquirida em uma loja, pode ter tido contato com animais doentes.Vômito e diarréia podem fazer parte da manifestação gastrointestinal da cinomose, que tem diversas manifestações.

EXAMES COMPLEMENTARES

EXAMES COMPLEMENTARES

Existe uma variedade de suspeitas clínicas, que podem estar combinadas, ou seja, pode haver mais que uma patologia provocando estes sinais clínicos.

Desta forma, se torna imprescindível a prescrição de exames complementares.

COPROPARASITOLÓGICO

O exame parasitológico de fezes é fundamental para diagnóstico de Giardíase, Coccidiose e Helmintoses (Ancilostoma, Tocoxara, Trichuris, Dipylidium).

Não se esqueça de solicitar pelo menos um método de flutuação e outro de decantação.

Lembrar que para pesquisa de Giardia e Isospora, deve-se repetir o exame de fezes negativo, por 3 vezes

RESULTADO

Positivo para Dipyllidium caninum e Ancylostoma sp

Willis -Mollay

RESULTADO

Amostra negativa

Faust

RESULTADO

Positivo para Giardia spp

Faust - 48h após primeiro exame

RESULTADO

HEMOGRAMA

ERITROGRAMA - anemia regenerativa (macrocítica hipocrômica com aumento de RDW

PROVÁVEL CAUSA: verminose

LEUCOGRAMA - Leucopenia com linfopenia (PROCESSO VIRAL)

- Eosinofilia : parasitas intestinais

PROVAS BIOQUÍMICAS

Neste caso, estas provas bioquímicas não serviram para diagnóstico.

As provas bioquímicas foram solicitadas para ajudar no tratamento.

ALBUMINA - As inflamações intestinais que resultam em diarréia provocam perda de proteína, podendo levar a hipoalbuminemia. A hipoalbuminemia provoca perda da pressão oncótica, o que faz com que os líquidos saiam do vaso e permaneçam no interstício e/ou cavidades

GLICOSE - Filhotes com diarréia desenvolvem rapidamente a hipoglicemia, o que pode levar a choque. Uma causa comum de hipoglicemia nas enterites é a anorexia e outra causa mais grave é a sepse, que deve ser considerada.

URÉIA/CREATININA -a hipovolemia por desidratação pode levar à azotemia pré-renal, que deve ser corrigida. Outro causa grave de azotemia é que as doenças infecciosas podem provocar glomerulonefrite.

RESULTADOS

resultados

ALBUMINA - 1,4 (VR: 2,6-3,3 g/dL)

GLICOSE - 60 (VR: 65 – 118 mg/dL)

URÉIA - 75 (VR: 21-60 mg/dL)

CREATININA - 0,6 (VR: 0,5 – 1,5 mg/dL)

RESULTADOS

OUTROS EXAMES

TESTE RÁPIDO PARA PARVOVIROSE - POSITIVO

TESTE RÁPIDO PARA CORONAVIROSE - NEGATIVO

TESTE RÁPIDO PARA GIARDIA - POSITIVO

TESTE RÁPIDO PARA CINOMOSE - NEGATIVO

RESULTADOS

IMAGEM

A radiografia abdominal (simples e se necessário, contrastada) foi solicitada pela suspeita de obstrução intestinal por corpo estranho.

RESULTADO: AUSÊNCIA DE SINAIS INDICATIVOS DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL. TRÂNSITO INTESTINAL CONTRASTADO NORMAL.

DIAGNÓSTICO

A combinação dos resultados dos exames leva a um diagnóstico definitivo com múltiplas etiologias

DIAGNÓSTICO

JUSTIFICATIVA

PARVOVIROSE

PARVOVIROSE - O teste rápido positivo confirma o diagnóstico. Porém, o hemograma (leucopenia/linfopenia) é bem sugestivo, pois o Parvovirus age na medula óssea promovendo leucopenia e no tecido linfóide, levando a linfopenia. A ausencia de diarréia hemorrágica não deve ser parâmetro para descartar a doença, pois ela pode aparecer apenas após 48 horas dos primeiros sinais

JUSTIFICATIVA

GIARDÍASE

A presença do protozoário no exame de flutuação confirma o diagnóstico.

O importante é lembrar que o exame de fezes pode se necessário ser repetido por três vezes, até a exclusão do diagnóstico.

Se o resultado for negativo, mas ainda houver a suspeita, o ideal é fazer o TESTE COMERCIAL - ELISA.

JUSTIFICATIVA

VERMINOSE

O resultado positivo no coproparasitológico confirma o diagnóstico.

Outros achados que levam à suspeita seriam a EOSINOFILIA no hemograma associada à anemia regenerativa.

TRATAMENTO

TRATAMENTO

Deve-se lembrar que o tratamento precisa contemplar 2 fatores:

- tratamento da causa

- tratamento sintomático

Toda enterite deve ser considerada grave em filhotes, principalmente se já tiver vômito e desidratação.

Por isso, recomenda-se INTERNAÇÃO

TRATAMENTO SINTOMÁTICO

CORREÇÃO DA PRESSÃO ONCÓTICA

A hipoalbuminemia provoca redução da pressão oncótica.

Se um animal com hipoalbuminemia receber fluidoterapia intensa, sem a pressão oncótica normal, o líquido recebido sairá do vaso se localizando no interstício e cavidades. É uma causa frequente de morte por EDEMA PULMONAR.

HIDROXIETILAMIDO - 25 a 50 ml IV

10-20 ml/kg IV . Dose única. Pode repetir em 24h

TRATAMENTO SINTOMÁTICO

CORREÇÃO DA DESIDRATAÇÃO

A correção da desidratação deve ser feita antes mesmo do resultado dos exames.

Neste caso, utiliza-se RINGER COM LACTATO

Volume: 250 ml (P x %desidratação x 10)

Para hidratação, deve-se corrigir a hipoalbuminemia antes, para evitar edema pulmonar por queda da pressão oncótica

TRATAMENTO SINTOMÁTICO

O controle de vômito é importante para se prevenir perdas hidroeletrolíticas e para permitir alimentação e administração de medicamentos orais.

Metoclopramida - 0,25 ml (0,5 mg/kg) IM bid (ampola com 5 mg/ml)

Caso não resolva:

Ondasetrona 0,125 ml(0,1 mg/kg) IV bid (ampola com 2 mg/ml)

Caso não resolva:

Maropitant 2,5 ml (1 mg/kg)SC sid (frasco com 10 mg/ml)

CONTROLE DE VÔMITO

TRATAMENTO SINTOMÁTICO

A hipoglicemia é uma condição grave em filhotes e pode levar à convulsão e coma.

DEXTROSE 50% - 12,5 ml IV (2-5 ml IV)

CONTROLE DE HIPOGLICEMIA

TRATAMENTO SINTOMÁTICO E PREVENTIVO

CONTROLE DA HIPERACIDEZ GÁSTRICA

O controle da hiperacidez gástrica auxilia na recuperação gástrica e ajuda a evitar a esofagite por emese excessiva (que pode acontecer na parvovirose, pois o vômito é de difícil controle)

Utiliza-se Ranitidina ou Omeprazol.

Ranitidina: 0,05 ml IV (0,5 mg/kg IM ou IV bid) - ampola com 25 mg/ml

ou

Omeprazol: 0,43 ml IV (0,7 mg/kg IV sid) - frasco-ampola com 4 mg/ml

JUSTIFICATIVA

PARVOVIROSE provoca translocação bacteriana, levando a sepse.

Utiliza-se antibioticoterapia de amplo espectro

Ampicilina 2,5 ml tid (20 mg/kg) - frasco com 200 mg/ml

+

Metronidazol 7,5 ml bid (15 mg/kg) - frasco com 5 mg/ml

Pode-se escolher outras combinações, a critério do veterinário. O metronidazol tem espectro sobre Giardia

ANTIBIOTICOTERAPIA

ALIMENTAÇÃO

O jejum é prejudicial nas enterites. Pode se fazer alimentação forçada, se não provocar vômito ou utilizar sondas de alimentação enteral.

ALIMENTAÇÃO

CONTROLE DE HELMINTOS

Com o vômito controlado, pode-se utilizar:

Fembendazol 1,5 ml VO sid por 5 dias (50 mg/kg) - frasco com 100 mg/ml - Protocolo com espectro para giardíase

ou

Pirantel + Praziquantel - 1/4 do comprimido

CONTROLE DE HELMINTOS

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