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Transcript

Heterónimo Alberto Caeiro

''Olá, guardador de rebanhos''

Trabalho Realizado por:

  • Patrícia de Sousa;
  • Yasmin Velozo Pereira.

Índice

Índice

  • Introdução;
  • Nota sobre Alberto Caeiro;
  • Declamação do poema selecionado;
  • Análise do poema:

-Tema;

-Estrutura interna;

-Compreensão e interpretação do poema;

-Recursos expressivos;

-Valor simbólico de elementos;

-Estrutura externa (estrutura estrófica, métrica e rimática).

  • Conclusão.

Sobre o autor

Nota sobre Alberto Caeiro

Alberto Caeiro foi criado por Fernando Pessoa a 8 de Março de 1914.

Segundo Pessoa:

  • Nasceu em Lisboa, em 16 de abril de 1889;
  • Era pouco instruído;
  • Passou a sua vida no campo;
  • Era de estrutura média, louro e de olhos azuis;
  • Morreu tuberculoso em 1915, aos 26 anos.

Era considerado o ‘’Mestre’’ dos outros heterónimos e do próprio Fernando Pessoa Ortónimo.

Motivos poéticos/Temas

  • Predomínio das sensações, sobretudo visuais – sensacionista;
  • Poesia deambulatória (passeios pelo campo);
  • Atenção à variedade e ‘’eterna novidade do mundo’’;
  • Integração e comunhão com a Natureza;
  • Panteísmo: crença de que as coisas naturais são divinas – misticismo naturalista.

Estilo e linguagem

  • Vocabulário e imagística do campo semântico da Natureza;
  • Linguagem simples, familiar, carregada de tautologias (linguagem próxima da infantil);
  • Simetrias, paralelismo de construções;
  • Verso livre;
  • Métrica irregular;
  • Predomínio da comparação.

Poema

Declamação do poema selecionado

X «Olá, guardador de rebanhos

«Olá, guardador de rebanhos,

Aí à beira da estrada,

Que te diz o vento que passa?»

«Que é vento, e que passa,

E que já passou antes,

E que passará depois.

E a ti o que te diz?»

«Muita coisa mais do que isso,

Fala-me de muitas outras coisas.

De memórias e de saudades

E de coisas que nunca foram.»

«Nunca ouviste passar o vento.

O vento só fala do vento.

O que lhe ouviste foi mentira,

E a mentira está em ti.»

Estrutura Interna

O guardador de rebanhos encontra-se à beira da estrada, e o interlocutor pergunta-lhe ‘’Que te diz o vento que passa?’’

Estrutura interna

Constata-se a resposta do sujeito poético referente à questão do interlocutor.

X «Olá, guardador de rebanhos

«Olá, guardador de rebanhos,

Aí à beira da estrada,

Que te diz o vento que passa?»

«Que é vento, e que passa,

E que já passou antes,

E que passará depois.

E a ti o que te diz?»

«Muita coisa mais do que isso,

Fala-me de muitas outras coisas.

De memórias e de saudades

E de coisas que nunca foram.»

«Nunca ouviste passar o vento.

O vento só fala do vento.

O que lhe ouviste foi mentira,

E a mentira está em ti.»

O Interlocutor apresenta uma resposta muito mais elaborada e totalmente diferente, dando um sentido conotativo e uma visão subjetiva da realidade ao vento.

O sujeito poético remata com serenidade o poema, dizendo que o interlocutor nunca ouviu o vento. Afirma ainda que a mentira está dentro de si, está entranhada na sua cabeça, isto é, na sua racionalização

Compreensão e interpretação do poema

Este poema, também conhecido como poema X de Alberto Caeiro, manifesta um diálogo entre o sujeito poético e o interlocutor que se cruzam numa estrada. Ambos expõe as suas opiniões sobre o significado do vento, o que acaba por proporcionar dois pontos de vistas distintos sobre: o real objetivo na ausência dos pensamentos e/ou sentimentos e a relação com tempo (passado, presente e futuro).

Recursos Expressivos

Recursos expressivos

Apóstrofe

Enumeração

Aliteração

Anáfora

X «Olá, guardador de rebanhos

«Olá, guardador de rebanhos,

Aí à beira da estrada,

Que te diz o vento que passa?»

«Que é vento, e que passa,

E que já passou antes,

E que passará depois.

E a ti o que te diz?»

«Muita coisa mais do que isso,

Fala-me de muitas outras coisas.

De memórias e de saudades

E de coisas que nunca foram.»

«Nunca ouviste passar o vento.

O vento só fala do vento.

O que lhe ouviste foi mentira,

E a mentira está em ti.»

Antítese

Personificação

Valor Simbólico de Elementos

Valor simbólico de elementos

  • O Guardador de Rebanhos;
  • O Interlocutor;
  • O vento;
  • A estrada.

Estrutura Externa

Estrutura externa (estrutura estrófica, métrica e rimática)

No aspeto formal, este poema é típico de Alberto Caeiro, devido ao uso do verso livre, metricamente irregular, constituído por um terceto e três quadras e estruturalmente organizado à volta de duas interrogações. A linguagem é extremamente acessível e repetitiva (própria de quem não tem mais estudos que a 4.ª classe).

Conclusão

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