Introducing
Your new presentation assistant.
Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.
Trending searches
''Olá, guardador de rebanhos''
Trabalho Realizado por:
-Tema;
-Estrutura interna;
-Compreensão e interpretação do poema;
-Recursos expressivos;
-Valor simbólico de elementos;
-Estrutura externa (estrutura estrófica, métrica e rimática).
Alberto Caeiro foi criado por Fernando Pessoa a 8 de Março de 1914.
Segundo Pessoa:
Era considerado o ‘’Mestre’’ dos outros heterónimos e do próprio Fernando Pessoa Ortónimo.
X «Olá, guardador de rebanhos
«Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?»
«Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?»
«Muita coisa mais do que isso,
Fala-me de muitas outras coisas.
De memórias e de saudades
E de coisas que nunca foram.»
«Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.»
O guardador de rebanhos encontra-se à beira da estrada, e o interlocutor pergunta-lhe ‘’Que te diz o vento que passa?’’
Constata-se a resposta do sujeito poético referente à questão do interlocutor.
X «Olá, guardador de rebanhos
«Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?»
«Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?»
«Muita coisa mais do que isso,
Fala-me de muitas outras coisas.
De memórias e de saudades
E de coisas que nunca foram.»
«Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.»
O Interlocutor apresenta uma resposta muito mais elaborada e totalmente diferente, dando um sentido conotativo e uma visão subjetiva da realidade ao vento.
O sujeito poético remata com serenidade o poema, dizendo que o interlocutor nunca ouviu o vento. Afirma ainda que a mentira está dentro de si, está entranhada na sua cabeça, isto é, na sua racionalização
Este poema, também conhecido como poema X de Alberto Caeiro, manifesta um diálogo entre o sujeito poético e o interlocutor que se cruzam numa estrada. Ambos expõe as suas opiniões sobre o significado do vento, o que acaba por proporcionar dois pontos de vistas distintos sobre: o real objetivo na ausência dos pensamentos e/ou sentimentos e a relação com tempo (passado, presente e futuro).
Apóstrofe
Enumeração
Aliteração
Anáfora
X «Olá, guardador de rebanhos
«Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?»
«Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?»
«Muita coisa mais do que isso,
Fala-me de muitas outras coisas.
De memórias e de saudades
E de coisas que nunca foram.»
«Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.»
Antítese
Personificação
No aspeto formal, este poema é típico de Alberto Caeiro, devido ao uso do verso livre, metricamente irregular, constituído por um terceto e três quadras e estruturalmente organizado à volta de duas interrogações. A linguagem é extremamente acessível e repetitiva (própria de quem não tem mais estudos que a 4.ª classe).