Introducing 

Prezi AI.

Your new presentation assistant.

Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.

Loading…
Transcript

Eudaimonia

Mediania

2º Ensino Médio - Filosofia

Profª Joce Aquino

De modo

Intro

diferente da concepção ética socrático-platônica, Aristóteles não julgava que conhecer o bem fosse su-ficiente para praticá-lo.

Considerava a visão platônica da virtude excessivamente teórica e abstrata. Numa nova pers-pectiva, defendia a possibilidade de adquiri-la por meio do hábito, ou seja, da prática repetida e constante de ações virtuosas. Mas como saber que atitudes seriam essas, a fim de habituar-se a praticá-las?

A resposta

01

de Aristóteles apontava para a virtude como o meio-termo entre duas atitudes extremas, as quais se caracterizariam como vícios por excesso ou deficiência (falta).

Esse meio-termo, também conhecido como mediania, justo meio ou justa medida, correspondia a um modo de agir marcado pelo equilíbrio e pela moderação.

Ao apresentar a mediania como virtude e submetê-la ao hábito, Aristóteles não apenas abordou de um modo mais prático a questão do controle das paixões pela razão, como ainda destacou a possibilidade de aperfeiçoamento do caráter, a fim de conduzir o ser humano ao seu objetivo mais importante: a felicidade.

Aristóteles...

Ainda assim, ele também associou a virtude e a conduta ética à natureza ou essência humana, caracterizada pela racionalida-de. Nesse sentido, a ética aristotélica é eudaimonista (ou eude-monista), ou seja, marcada pelos fins, que devem ser alcançados para que o ser humano atinja a eudaimonia (felicidade).

02

Aristóteles utilizava a expressão eudaimonia, que foi traduzida como felicidade. Ele representava essa felicidade como a realização das potencialidades da vida racional, uma vez que entendia a razão como a própria essência humana. Logo, apenas os seres humanos poderiam ser felizes, porque a felicidade dependia da alma racional, exclusivamente humana

Autarquia e

Ataraxia

02

Entre os séculos V e IV a.C., um filósofo grego chamado de Antístenes desenvolveu reflexões éticas de grande repercussão na Antiguidade. Propondo um novo modelo de atitudes para a vida prática, ele fundou uma corrente de pensamento que ficou conhecida pelo nome de cinismo. A tese fundamental dessa corrente era a afirmação de que o único alvo humano seria a felicidade decor-rente da virtude. Segundo os cínicos, fora da virtude não existiria o bem. Por isso, eles desprezavam comodidades, riquezas, prazeres e as convenções humanas, acreditando que isso tudo afastava o ser humano de sua condição natural.

Diógenes

01

O mais famoso representante do pensamento cínico, na Grécia, foi Diógenes. Conta-se que ele vivia nas ruas, e que sua casa era um barril.

Conta-se, ainda, que certa vez ele encontrou Alexandre, o Grande, que indagou o que poderia fazer por ele.

A resposta de Diógenes teria sido que o conquistador não poderia lhe dar o que não possuía, querendo dizer com isso que desejava apenas usufruir do Sol, encoberto pela figura do guerreiro à sua frente.

A lenda prossegue e diz que, tempos depois, ao perguntarem quem Alexandre gostaria de ser, ele respondeu convicto: Diógenes.

Cinismo

Conceito

É possível que o termo cinismo derive do nome do ginásio em que Antístenes lecionava, o Cinesargo, ou, então, do termo grego para nomear os cães, kynon, pois muitos consideraram o ideal de vida simples dos cínicos semelhante à vida levada por esses animais.

Levando uma

vida simples, Diógenes e os demais cínicos buscavam estar em harmonia com a natureza e os instintos humanos, livres das convenções e das instituições sociais. A virtude que eles almejavam era identificada como autarquia, que significa comando de si mesmo. Para chegar a ela, julgavam necessário conquistar a apatia, deixando de atormentar-se com as doenças, a morte, o próprio sofrimento ou o dos outros.Durante a ascensão do Império Romano, o cinismo foi difundido em novos territórios, tornando-se comum a presença de filósofos cínicos em cidades dominadas por Roma

03

Conceitos...

Conceitos...

A autarquia (do grego autárkeia) corresponde à autossuficiência do indivíduo que percebe dispor de tudo o que necessita para viver, sem depender de bens materiais ou do reconhecimento social.

Condição do sábio que entende a felicidade como consequência da virtude e não de riquezas, honras ou prazeres.

A apatia (do grego apátheia) corresponde ao estado imperturbável, de quem não se deixa afetar emocionalmente pelas circunstâncias à sua volta.

Estoicismo

Outra escola filosófica que se destacou na Grécia, por volta do século III a.C., foi o estoicismo. Seus membros eram conhecidos como “estoicos”, designação que deriva da palavra grega stoa, cujo significado é pórtico ou, ainda, portal. Fundada por Zenão, de Cítio, que, pela condição de estrangeiro, não podia adquirir imóveis em Atenas, essa escola reunia seus discípulos sob um pórtico dessa cidade. Os estoicos entendiam a Filosofia como vida contemplativa, distante da in-fluência das paixões, pautada pela ataraxia e pela autarquia. Acreditavam que uma pessoa era um microcosmo, ou seja, uma espécie de mundo em miniatura, que refletia o mundo maior – chamado de macrocosmo – e sua ordem necessá-ria, garantida por uma razão divina.

04

Trends

in SEO

Segundo essa visão, processos como a enfermidade e a morte seriam igualmente regidos pelas leis da natureza. Portanto, o ser humano deveria aprender a aceitar o seu destino. Além disso, os estoicos viam, na razão humana, a capacidade de forne-cer normas de ação infalíveis, que constituiriam o direito natural. Este, por sua vez, deveria ser respeitado em relação a todos os seres humanos, inclusive às pessoas escravizadas e aos estrangeiros.

01

Afinal...

02

os estoicos defendiam o cosmopolitismo, ou seja, o reconhecimento universal do outro pela sua humanidade, e não pelo seu pertencimento a este ou àquele povo, a esta ou àquela cidade, como ocorria na Grécia. Dessa maneira, acolhiam homens e mulheres, ricos e pobres, escravizados e livres, cidadãos gregos e estrangeiros. Vale destacar o desenvolvimento do estoicismo também entre os romanos, que legaram à posteridade importantes obras sobre moral e outros temas filosóficos.

Learn more about creating dynamic, engaging presentations with Prezi