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Ana Luísa Ribeiro Barata do Amaral nasceu em Lisboa, a 5 de abril de 1956.
Poetisa portuguesa, natural de Lisboa. Com nove anos de idade deixou Sintra e foi viver para Leça da Palmeira, distrito do Porto.
Entre os 10 e os 16 anos frequentou um colégio de freiras espanholas e, mais tarde, estudou Germânicas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde veio a lecionar.
Entre outras histórias também é autora de contos infantis.
Livros Infantis
Em 2007 foi-lhe atribuído o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas, com o livro A Génese do Amor e foi galardoada em Itália com o Prémio de Poesia Giuseppe Acerbi.
Em 2008, o seu livro Entre Dois Rios e Outras Noites alcançou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Venceu ainda o Prémio de Poesia António Gedeão com a obra Vozes (em 2010), o Prémio Narrativa PEN CLUB com Ara (2014) e a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Matosinhos, por serviços prestados à literatura (2015).
Foi finalista do Prémio Portugal Telecom com A génese do Amor (2008) e Vozes (2014) e proposta para o Prémio Rainha Sofia em 2013. Em 2018 o seu livro Arder a palavra e outros incêndios foi um dos vencedores do Prémio de Ensaio Jacinto Prado Coelho, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários.
"Ah quando eu escrevia
De beijos que não tinha
E cebolas em quase perfeição!
Os beijos que eu não tinha:
Subentendidos, debaixo
Das cebolas
(mas hoje penso
Que, se não fossem
Os beijos que eu não tinha,
Não havia poema)
Depois, quando os já tinha,
De vez em quando
Cumpria uma cebola:
Pérola rara, diamante
Em sangue e riso,
Subentendido de razão
Agora, sem contar:
Beijo ou cebolas?"
Ana Luísa Amaral fala sobre cebolas e beijos, deixando
uma questão pertinente ao leitor - o que seriam as cebolas e
o que ela quis dizer com isso?
As cebolas seriam as várias camadas de que o mundo é feito, e de que uma pessoa se compõe, ou seja,as suas relações, seus sentimentos, seu meio, etc.
As camadas da cebola mais ao centro,são os sentimentos mais profundos de uma pessoa, coisas que só ela mesma sabe, e as outras seriam aquilo que deixamos expostos ao nosso meio social.
O poema elabora uma ideia de que quanto menos vida amorosa, mais poesia. Porém,
o ''ponto'' ideal seria um meio termo entre os dois.
No fim do poema, a poetisa deixa uma questão: ''Agora sem contar, beijo ou cebolas?'' A autora quis dizer que, ou escolhe ter vida amorosa ou escolhe não ter, o que mais lembra um paradoxo. Pois, se com muito amor não há poesia e com muita poesia não há amor, porque viver num dilema sobre
o que escolher ao invés de juntar o que os dois possuem
de melhor a oferecer?