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Grupos vegetais e reprodução

Introdução

As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres - são autotróficas.

Utilizando a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.

As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra.

Célula vegetal

A célula vegetal é eucarionte, e tem como principais características uma parede celular protegendo a membrana celular, a presença de cloroplastos, que são organelas responsáveis pela fotossíntese. Possui também grandes vacúolos,e diferentes tipos de plastídios. O núcleo da célula é ligado à membrana membrana celular.

Evolução das plantas

Evolução das plantas

Segundo a hipótese mais aceita, as plantas evoluíram a partir de ancestrais protistas, provavelmente, tipos de algas pertencentes aos protistas que se desenvolveram na água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas verdes como nas plantas, lenvando a supor que as algas verdes aquáticas seriam ancestrais diretas das plantas.

Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens como:

  • maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água,
  • facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese.

Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida?

No ambiente terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também, a maior parte dela está acumulada no interior do solo.

A sobrevivência vegetal só ocorreu porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitaram desenvolver no ambiente terrestre e ocupá-lo eficientemente, como:

  • estruturas que permitem a absorção de água presente no solo;
  • estruturas que impedem a perda excessiva se água.

Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aquático.

Classificação das plantas

Para classificar seres em diferentes grupos, é preciso determinar os critérios identificados por suas semelhanças e diferenças entre eles.

O reino das plantas é constituído de organismos pluricelulares, eucariontes e autótrofos fotossintetizantes.

Em geral, se consideram como critérios importantes:

  • a característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos condutores de água e sais minerais e matéria orgânica;
  • ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor).

Classificação das plantas

Grupos de plantas

Grupos de plantas

Briophyta: bryon = musgo e phyton = planta. Esta palavra significa, "planta pequenas em forma de musgo.

Pteridophyta: pteridon = feto e phyton = planta. Esta palavra siginifica plantas com folhas que apresentam forma da posição do feto humano no útero materno.

Gimnosperma: gimmno = descoberta e sperma = semente. Esta palavra significa, "planta com semente e descoberta" ou "semente nua".

Angiosperma: angion = vaso (que neste caso é o fruto) e sperma = semente. A palavra significa, "planta com semente guardada no interior do fruto".

Bryophyta

Briófitas (do grego bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:

  • rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
  • cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
  • filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.

Bryophyta

Estrutura das briófitas

Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes e de água.

Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente é transportada de célula para célula (difusão). Esse tipo de transporte é lento e limita o desenvolvimento. Assim, as briófitas são sempre de pequeno porte. Nem todas plantas que possuem vasos condutores são altas, porém uma coisa é certa: se a planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes preferencialmente úmidos e sombreados.

Musgos, hepáticas e antóceros são os principais representantes das briófitas.

Os musgos e os antóceros são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.

Estrutura

Reprodução

No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.

As briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.

O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase efêmera porque morre logo após produzir esporos.

Reprodução

Os musgos são plantas sexuadas que representam a fase duradoura chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.

Os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos.

Os gametófitos masculinos (anterídeo) produzem gametas com flagelos: os anterozoides.

Já os gametófitos femininos (arquegônio) produzem gametas imóveis, as oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados a planta feminina por gotas de água da chuva que caem e respingam.

Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera a fecundando e originando o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina a fase assexuada - esporófito, a fase produtora de esporos.

Pteridophyta

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas.

Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.

Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.

Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.

Estrutura

O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.

A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

Estrutura

Reprodução

O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que formará o embrião.

O embrião se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.

Tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.

A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito

Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.

Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.

O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.

Exercícios

Gimnosperma

As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

São espermatófitas, pois possuem sementes e heterosporadas, pois seus esporos são de tamanho diferentes

Exercícios

Estrutura

As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.

Conceitos

importantes

Conceitos importantes

  • O esporófito (2n) é a fase predominante. Os gametófitos (n) são reduzidos.
  • Os esporófitos maduros formam estróbilos, que podem ser femininos ou masculinos.
  • Nos estróbilos masculinos, os microsporângios (2n) produzem micrósporos (n).
  • Nos estróbilos femininos, cada óvulo é constituído de megasporângio (2n) envolto por tegumento e produz um megásporo (n).
  • Realizam polinização: o microgametófito imaturo (grão de pólen) é levado pelo vento até o óvulo de outra planta.
  • Não dependem da água para o encontro de gametas (células espermáticas).
  • Os gametas masculinos são transportados até os femininos pelo tubo polínico.
  • Formam semente, que protege o embrião e proporciona nutrientes para a germinação.
  • Em muitas espécies, a semente possui expansão alada, favorecendo a dispersão pelo ar

Reprodução

Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião

Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.

A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.

Reprodução

Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em algumas gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados micrósporos. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge uma grande célula Megásporo.

Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.

No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.

Angiosperma

Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.

A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa' ou urna, e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do Reino Plantae ou Metaphyta.

Angiosperma

Flor, frutos e aquisições evolutivas

Estrutura

As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.

As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes exalam odor agradável e produzem néctar que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.

É das flores que são produzidas as sementes e frutos.

Partes da flor

Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:

  • pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
  • receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.

Estrutura da flor

Órgãos de proteção

Órgãos de proteção

Órgãos que envolvem as peças reprodutoras, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.

  • cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
  • corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.

Órgãos de reprodução

Órgãos de reprodução

Folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as femininas o interno.

  • androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete e pela antera;
  • gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.

Diagrama floral

Pode-se representar uma flor através do seu diagrama floral.

De fora para dentro, representa-se: as sépalas, (cálice) as pétalas (corola), os estames (androceu) e os carpelos (gineceu). Existe também a fórmula floral, que pode ser exemplificada abaixo:

K5 C(5) A5 G(2)

Onde:

K: representa o número de sépalas

C: representa o número de pétalas

A: representa o número de estames

G: representa o número de carpelos

( ): peças unidas (prefixo gamo ou sin)

Reprodução

A reprodução sexuada, neste grupo, incluiu os seguintes fenômenos: esporogênese, gametogênese, polinização, fecundação e desenvolvimento da semente e do fruto.

Assexuada

Reprodução assexuada

As angiospermas são plantas que têm a capacidade de se reproduzir sexuada e assexuadamente. A reprodução desses vegetais pode ser chamada de propagação vegetativa. A partir das gemas ou dos botões vegetativos dos caules e das folhas das angiospermas, podemos originar novas plantas.

Algumas técnicas são muito utilizadas por jardineiros e agricultores em geral. Entre elas, podemos citar a estaquia, a mergulhia, a alporquia e a enxertia.

Esporogênese e gametogênese

Esporogênese e gametogênese

A megasporogênese é um processo efêmero que ocorre no início da formação do óvulo, que se encontra preenchido por um tecido denominado nucela. É a partir deste tecido que se diferencia a célula-mãe do saco embrionário ou megasporócito. Por divisão meiótica formam-se 4 células, das quais 3 degeneram-se, a restante forma o megásporo que logo passa à fase gametofítica por divisões mitóticas de seu núcleo, originando o saco embrionário, dentro de um óvulo agora maduro. O saco embrionário é formado por 8 células, antípodas (3), sinérgides (2), 2 núcleos polares em uma grande célula central e a oosfera (gameta).

A partir das Pteridófitas a fase esporofítica passa a ser a dominante. Nas angiospermas, a produção das flores representa o estado final na maturação do esporófito.

Durante o processo de microsporogênese, dá-se no interior das anteras, isto é, nos sacos polínicos (microsporângios), a formação dos grãos de pólen ou micrósporos, a partir de divisões meióticas dos microsporócitos. Os grãos de pólen maduros, envoltos por uma parede não contínua de exina, apresentam em seu interior um núcleo vegetativo e um núcleo germinativo. Ao ser depositado sobre o estigma receptivo da flor, este grão de pólen germinará, formando o tubo polínico, que corresponde ao microgametófito, onde se dará a gametogênese. O núcleo germinativo se divide originando os núcleos espermáticos (gametas).

Fecundação

Fecundação

É a união íntima entre duas células sexuais, gametas, até a fusão de seus núcleos. Deste processo resulta a formação da semente e fruto nas angiospermas.

Após a deposição do pólen sobre o estigma receptivo, este germina, produzindo o tubo polínico, que cresce através do estilete, penetrando o ovário e através da micrópila, o óvulo. Ao atingir o saco embrionário, o tubo se rompe liberando os dois núcleos espermáticos, sendo que um fecundará a oosfera, originando um zigoto e o outro se unirá aos 2 núcleos polares, originando um tecido de reserva, o endosperma (3n). Tal processo denomina-se dupla fecundação e é um caráter exclusivo das angiospermas.

A dupla fecundação no saco embrionário desencadeia uma série de mudanças no óvulo e gineceu, e mesmo na flor como um todo, resultando no fruto e semente.

Semente e fruto

Após a polinização e a fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De todos os componentes que foram vistos anteriormente, acabam sobrando apenas o pedúnculo e o ovário. Todo o restante degenera. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e agora dizemos que virou fruto. Em seu interior, os óvulos viraram sementes.

Assim, a grande novidade das angiospermas, em termos de reprodução, é a presença de frutos.

Os frutos serão a proteção e o veículo de dispersão da semente madura, portadora do embrião de um novo indivíduo, fechando o ciclo de vida das angiospermas.

Partes do fruto

Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do desenvolvimento das paredes do ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos óvulos fecundados.

O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada mais externa), mesocarpo (camada intermediária) e endocarpo (camada mais interna). Em geral o mesocarpo é a parte do fruto que mais se desenvolve, sintetizando e acumulando substâncias nutritivas, principalmente açúcares.

Tipos de frutos

Tipos de frutos

Diversas características são utilizadas para se classificar os frutos, entre elas o tipo de pericarpo, se o fruto abre-se ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc.

Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser do tipo baga, quando se originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.: tomate, abóbora, uma e laranja), ou do tipo drupa, quando se originam de ovários unicarpelares, com sementes aderidas ao endocarpo duro (ex.: azeitona, pêssego, ameixa e amêndoa).

Frutos que apresentam endocarpo não suculento são chamados de secos e podem ser deiscentes, quando se abrem ao amadurecer, liberando suas sementes, ou indeiscentes, quando não se abrem ao se tornar maduros.

Tipos especiais de frutos

Nos pseudofrutos a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido. No caju, ocorre hipertrofia do pedúnculo floral. Na maçã, na pera e no morango, é o receptáculo floral que se desenvolve.

Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga você está se alimentando do fruto verdadeiro. No entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está mastigando o pseudofruto.

No caso da banana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é partenocárpico, corresponde ao ovário desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes

Semente

A semente é o óvulo modificado e desenvolvido. Toda a semente possui um envoltório, mais ou menos rígido, um embrião inativo da futura planta e um material de reserva alimentar chamado endosperma ou albúmen.

Em condições ambientais favoráveis, principalmente de umidade, ocorre a hidratação da semente e pode ser iniciada a germinação.

Semente

Classificação

As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.

São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.

São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.

Comparativo

Comparativo

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