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Filosofia da Religião
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A dimensão religiosa
Introdução:
Existência de Deus
A filosofia da religião examina criticamente conceitos religiosos fundamentais como o conceito de Deus, o conceito de fé, a noção de milagre e a ideia de omnipotência.
Examinar criticamente um conceito complexo como o de Deus é fazer duas coisas: distinguir as conceções fundamentais de Deus que têm surgido na religião e decompor cada conceção nos seus componentes fundamentais.
Será que Deus existe?
O problema da existência de Deus é um dos problemas centrais da reflexão filosófica.
Ao procurarem justificar a crença que Deus existe, os filosófos desenvolveram argumentos que podem ser agrupados em dois tipos:
O problema da sua existência
O que é o Teísmo:
Conceito teísta
É o conceito que defende a existência de deuses. Entidades divinas superiores que teriam sido os responsáveis pela criação do universo e de todos as coisas que nele existem.
O teísmo suporta a ideia da existência de um (monoteísmo) ou vários deuses (politeísmo), portanto não é considerado um tipo de religião. Este conceito limita-se a classificar apenas aquilo que está relacionado com a existência de deuses.
Ateísmo:
Ateísmo
Ateísmo, é a ausência da crença na existência de divindades, é o oposto de teísmo que, no geral, é a crença de que existe ao menos uma divindade.
O ateísmo desenvolveu-se a partir do crescimento de ideias baseadas no ceticismo científico e da difusão do pensamento livre.
Não é uma religião, pois não se baseia nos preceitos básicos das doutrinas religiosas.
Neste tópico, iremos explicar três argumentos que tentam justificar a existência de Deus e os seus contra-argumentos.
Sendo estes mostrados e explicados como premissas e as suas conclusões.
Argumentos
O argumento ontológico é um argumento a priori. Na verdade, de todos os argumentos a favor da existência de Deus que vamos ver, o argumento ontológico é o único a priori.
Isso significa que esse argumento pretende estabelecer a existência de Deus a partir da mera análise do conceito de Deus, sem utilizar qualquer evidência com origem na experiência.
Santo Anselmo apresentou o argumento pela primeira vez no capítulo 2 do livro Proslogion.
Argumento Ontológico
O argumento cosmológico, mais do que um argumento específico, é um tipo de argumento e, por isso, as três primeiras vias de São Tomás constituem outras tantas formas do argumento cosmológico.
Se este argumento tem tido muitos defensores, tem tido também muitos críticos. Hume e Kant são dois dos seus mais importantes críticos.
Argumento Cosmológico
A versão mais famosa do argumento do desígnio é a de William Paley no livro Teologia Natural.
Paley limita-se a afirmar algo que todos nós aceitamos sem dificuldade.
Tal como o desígnio dos objectos fabricados pelos homens exige um autor inteligente, também o desígnio dos objectos naturais exige um autor inteligente, que é Deus.
Argumento Teológico
Conceito Fideismo:
O fideísmo considera que acreditar em Deus é dar um salto para lá dos limites e da capacidade de compreensão da razão. Segundo esta perspetiva, a fé e a razão são incompatíveis, não se podendo colocar no mesmo cenário.
Fideísmo procura proteger a fé através de um isolamento intelectual.
Posição Fideísta
Conceito Fideísmo:
Esta doutrina defende assim, que as verdades morais, metafísicas e religiosas, como a justiça divina após a morte e a imortalidade não se alcançam por via da razão, apenas sendo compreendidas por intermédio da fé.
Os fideístas defendem que as questões religiosas não podem ser explicadas por meio de argumentos ou provas, podendo ser apenas entendidas por via da fé.
Continuação
Segundo Pascal:
Os nosso métodos de justificação normal através do argumentos ou provas são insuficietes para justificar a crença em Deus: apenas podemos "conhecer" Deus pela fé.
Porém, a razão não está em conflito com a fé, mas em assuntos religiosos, em que a razão não nos pode ajudar, devemos seguir a fé.
Portanto, para Pascal é legitimo acreditar que Deus existe, apesar de não haver provas conclusivas a seu favor.