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Prof. MATTEO RASCHIETTI
Fundação do Studium generale em Colônia
Comentário ao Corpus aristotelicum. Disputa sobre o direito de lecionar na Universidade de Paris
Os mendicantes não aderem a uma greve na universidade e são expulsos
Viagem para para Anagni [1ª viagem na Itália, até 1257].
Alexandre IV pede ao dominicano de sustentar uma disputa sobre a tese de unicidade do intelecto
Redação da disputa
inserção da disputa na 2ª parte da sua Summa Theologiae
ALMA
- forma do ser humano
- princípio do qual se originam todas as funções vitais o ser humano
vegetativa sensitiva intelectiva
“A alma é a primeira atualidade de um corpo natural que tem em potência vida” (De Anima II, 1, 412 a 27)
2 princípios fundamentais da sua Metafísica
a- toda coisa é em ato pela sua forma; b - todo ser, enquanto é, é uno
levam Aristóteles a excluir que sejam 3 almas diferentes.
CONHECIMENTO = passagem da potência ao ato
objeto real ------ forma impressa nos sentidos (imagem sensível)
5 sentidos -------- senso comum + imaginação (fantasia) ------ conhecimento
objeto do conhecimento intelectivo ------- CONCEITO UNIVERSAL
pode ser predicado expressa a essência da coisa além da contingência (E / T)
Para Aristóteles, acima da sensação está o INTELECTO, “a parte da alma pela qual a alma conhece e entende” (De Anima III, 4, 429 a 10)
Intelecto em Potência (apto a se tornar todas as coisas)
Intelecto Agente (apto a produzi-las todas)
SEPARADO - IMPASSÍVEL - NÃO-MISTURADO - ATO POR ESSÊNCIA
O intelecto agente é como a que torna as cores em potência, cores em ato
“O intelecto vem de fora e apenas ele é divino” (De generatione animalium, II, 3, 736 b 27)
Na alma, é a ESPÉCIE INTELIGÍVEL que faz passar o intelecto da potência ao ato
Subdivisão lógica inferior ao GÊNERO, abaixo da qual há somente a multiplicação dos indivíduos: ESPÉCIE, portanto, é “homem”, “cavalo”, etc. Toda espécie é caracterizada por uma ou mais DIFERENÇAS ESPECÍFICAS, que as distinguem das outras espécies do mesmo gênero.
TOMÁS DE AQUINO distingue
species sensibilis species intelligibilis
IMAGENS DOS REPRESENTAÇÃO
SENTIDOS DA ESSÊNCIA
(CONCEITO)
1252:
o De Anima se torna um dos textos básicos do ensino na Faculdade de Artes
3 traduções:
1) do grego (Thiago de Veneza, sec. XII – translatius vetus)
2) do árabe (Miguel Escoto, 1225)
3) do grego (Guilherme de Moerbecke,
1267– translatius nova)
Comentário de AVERRÓIS
Problema:
inseriu a doutrina do conhecimento numa doutrina da alma de tipo físico.
O Intelecto possível é uma substância ÚNICA e SEPARADA, ligada ocasionalmente às almas humanas como um motor
a um móvel.
AVICENA
ALMA RACIONAL = substância independen-te do corpo. Ela é o verdadeiro sujeito das operações que exerce através das suas faculdades.
INTELECTO AGENTE: entidade ÚNICA e SEPARADA das almas humanas individuais
De unitate intellectus
De Homine
De natura et origine animae
De intellectu et intelligibili
De quindecim problematicus
Summa Theologiae (2ª pars)
Comentário ao De Anima
Alberto
- substância - ato primeiro de um corpo
2 pontos complementares
em relação ao corpo em si mesma
FORMA do corpo e SUBSTÂNCIA completa independente dele.
- única forma do corpo
- "todo potencial” (totum potentiae)
- sem múltiplas formas substanciais
- sem múltiplas almas distintas em ato
- substância imaterial
- motor em relação ao corpo
- piloto; composta pelo Intelecto e por tudo aquilo que
ele determina como forma última
“agere sequitur esse”
o modo de operar da alma deve ser compatível com sua natureza imortal
ATIVIDADE COGNITIVA:
atividade principal da alma sobre
O conhecimento parte da EXPERIÊNCIA:
INTELECTO POSSÍVEL ---- INTELECTO AGENTE ---- INTELECTO ADQUIRIDO (adeptus)
Incorruptível
define o ser humano na sua essência
não precisa dos sentidos
parte imortal da alma
extrair as formas inteligíveis dos fantasmas,
precisa da LUZ do Intelecto Divino do qual é imagem
“Cristianização de Avicena”
TEORIA DOS GRAUS DE ATUALIZAÇÃO DO INTELECTO POSSÍVEL
1º GRAU = potência absoluta
2º GRAU = Intellectus possibilis
3º GRAU = Intellectus adeptus (Intelecto adquirido).
Intellectus in habitu
Graus superiores:
Intelecto santificado
Intelecto assimilado
Intelecto Divino ou Divinizado
Progresso contínuo do ser humano:
De unitate intellectus, Summa de creaturis,
Comentário ao De Anima,
De natura et origine animae De intellectu et intelligibili
conjunto de obras que tratam os problemas colocados pela psicologia aristotélica
- Data de composição: 1263/4
Argumento: a imortalidade pessoal do ser humano, negada pela tese da unicidade do intelecto
moral
Consequências no plano
escatológico
ESTRUTURA DO TEXTO:
1ª parte: 30 objeções em favor da unicidade do intelecto post mortem
2ª parte: 36 argumentos em favor da tese oposta
Solutio + respostas às objeções da 1ª parte
"Junto àqueles que ensinam filosofia existe a dúvida se a alma é separada do corpo, e, se ela for separada, o que dela permanece e, concedendo ser o intelecto aquilo que permanece, qual a relação do intelecto que permanece após a separação de uma alma com o intelecto que permanece após a separação de outra alma, se por ventura é o mesmo dele ou diferente. É necessário apurar, por meio de razões e silogismos, o que cumpre julgar e sustentar. Por isso, qualquer coisa que diga nossa religião, deixemo-la agora totalmente de lado, aceitando exclusivamente as verdades recebidas pela demonstração através do silogismo".
- Abordagem exclusivamente filosófica.
- Conclusão: negação da imortalidade individual = inaceitável do ponto de vista filosófico.
- Alberto Magno se opõe a toda tradição peripatética, desde Alexandre de Afrodísia até Avicena, Averróis e Avempace.
- 11 argumentos são derivados de autores não latinos; os outros 19 são anônimos
separação, não-misturabilidade do intelecto com a matéria
(a) 2 princípios da filosofia aristotélica
princípio de individuação
Na natureza só a matéria corpórea é divisível.
Logo, o intelecto deve ser indivisível e único.
(b) Universalidade do intelecto
A espécie sensível abstraída da imagem sensível permanece assim
só se o intelecto que a recebe for também universal único.
c) Analogia entre o intelecto e a luz solar
Esta, sem deixar de ser única, espalha-se sobre todos os corpos
“Há um exemplo disso na luz do sol, que, uma na substância, é participada por
muitas realidades e nelas possui potências diferentes, mas em si permanece uma só” [14].
ESTRATÉGIA DE ALBERTO MAGNO
Mostrar que o Intelecto (mesmo separado da matéria) pertence ao ser humano, enquanto faculdade que flui da alma dele.
O Intelecto, embora imaterial, é individualizado como faculdade da alma
I) METAFÍSICOS:
se o Intelecto é a diferença específica do homem, então deve ser ATO, logo, múltiplo.
II) CONSECUTIO ANIMARUM:
3 faculdades da mesma alma
III) DOUTRINA ARISTOTÉLICA DA ORIGEM DA ALMA INTELECTIVA
“a alma do homem é [...] produzida da potência ao ato; pelo fato
de tudo aquilo que é produzido da potência ao ato ser enumerado segundo o número das realidades geradas, segue-se que a alma é enumerada segundo o número dos homens gerados” (24).
INTELECTO AGENTE
ALMA
INTELECTO POSSÍVEL
em nenhum modo [a alma] é em potência por aquilo que depende da causa primeira, mas é ato puro, o intelecto que age universalmente está presente nela. E sendo que ela é em potência por si mesma, como as outras substâncias intelectuais, nela está presente o intelecto possível; com efeito, toda natureza intelectual considerada em si mesma é em potência e, semelhantemente, todo causado em si é em potência; mas, enquanto deriva da causa primeira, é em ato e recebe seu ser por necessidade.”
PROBLEMA DA
INDIVIDUAÇÃO
DO INTELECTO
“Donde, como o sol é algo determinado no gênero dos corpos, mas a potência dele, na medida em que é região das coisas visíveis pela luz, não é algo determinado nem individuado, assim se deve dizer que o intelecto no gênero da substância é algo individuado, mas a potência da luz intelectual, na medida em que é região das espécies intelectuais, não é determinada e nem individuada”.
“um intelecto penetra outro com a luz, como um astro penetra outro com sua luz, e assim nada proíbe que um único universal esteja em muitos intelectos como em uma só região e um só lugar dos inteligíveis”
“Já há algum tempo impregnou-se em muitos um erro, a respeito do intelecto, originado do que disse Averróis, que se esforça por asseverar que o intelecto, que Aristóteles chama de ‘possível’ e ele próprio, com um nome inadequado, ‘material’, é certa substância separada do corpo, de acordo com o ser, e não se une a ele de modo nenhum como forma; mais ainda, que esse intelecto possível é um só para todos os homens, contra o que já escrevemos muito anteriormente” [1].
reabilitar Aristóteles distinguindo a doutrina originária das suas interpretações “perigosas” para persuadir os teólogos mais conservadores da sua ortodoxia.
Estratégia argumentativa do Aquinate:
estritamente filosófica e até filológica.
O alvo dele é Síger de Brabante, um que se professa cristão e que “duvida se isso é contra a fé, [...] e insinua que ele mesmo é alheio a essa religião” [118]
Condena a doutrina da dupla verdade:
“pretendemos mostrar que a
referida posição não é menos
contra os princípios da filosofia
do que contra os testemunhos
da fé” [2
.
A recepção das obras de Aristóteles foi marcada por tentativas de barrar o acesso dos mestres de Artes e de Teologia ao novo saber de matriz grega e árabe.
NOVIDADES PERIGOSAS: Filosofia natural / Metafísica
1ª PROIBIÇÃO: 1210 – Universidade de Paris
1215 – Roberto de Courçon, legado pontifício, reforça a proibição
1228-31 – abertura cautelosa de Gregório IX
1250 – obrigação de ler as obras aristotélicas em Paris e Oxford
PREMISSA AO ELENCO DAS TESES CONDENADAS
10/12/1270 – 13 PROPOSIÇÕES
TEMAS PRINCIPAIS: a unicidade do intelecto, o determinismo astral, a eternidade do mundo, a concepção intelectualista da vontade humana, o conhecimento divino, negação da providência.
07/03/1277 – 219 PROPOSIÇÕES
Pedido do papa João XXI
TEMAS PRINCIPAIS: as mesmas teses de 1270, junto com a natureza da filosofia, a cognoscibilidade de Deus e sua livre vontade, o problema da necessidade e contingência, a felicidade intelectual e sua relação com a ética.
“[Seus autores] afirmam que suas doutrinas são verdadeiras de acordo com a filosofia de Aristóteles, mas não de acordo com a fé católica, como se existissem duas verdades opostas, ou como se nas palavras dos filósofos pagãos se pudesse encontrar uma verdade contrária àquela da Sagrada Escritura”