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Sociologia

TEMA 05: QUESTÃO RACIAL NO BRASIL -PARTE 2

O que queremos dizer aqui é que, embora a raça não exista cientificamente, ela existe socialmente. E é só neste sentido, isto é, socialmente, que podemos dizer que há raças. Ou seja, o termo raça não deve ser entendido como um conceito biológico que designa espécies distintas (e/ou desiguais) física e mentalmente de seres humanos.

Alguns conceitos

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A realidade das raças limita-se, portanto, ao mundo social." (Guimarães, 1999, p. 09). Finalizando, Raça é uma construção social e não um conceito biológico ou uma realidade natural.

Raça é um termo que deve ser entendido aqui como "um conceito que não corresponde a nenhuma realidade natural. Trata-se, ao contrário, de um conceito que denota tão somente uma forma de classificação social, baseada numa atitude negativa frente a certos grupos sociais, e informada por uma noção específica de natureza, como algo endodeterminado.

Nós, particularmente, adotamos o seguinte conceito: racismo é a doutrina ou o ideário que atribui inferioridade ou superioridade biológica e cultural a determinados grupos sociais, especialmente em função do fenótipo e/ ou cor/raça destes grupos, proporcionando assim o surgimento de crenças, atitudes e práticas que têm como resultado discriminação e desigualdades raciais.

Por fim, acreditamos que ainda se faz necessário definirmos o que é discriminação e, consequentemente, preconceito. Estes termos apresentam semelhanças entre si, pois partem de ideias, sentimentos e atitudes negativas com relação a um grupo social e positivas com relação a outro grupo social (geralmente o grupo discriminador).

Assim, como o preconceito é um sentimento interior, ele pode estar presente nos indivíduos sem necessariamente se transformar em ato/ação de discriminação.

Porém a discriminação presume a ação de um grupo social ou indivíduo contra outro grupo social ou indivíduo. O preconceito pressupõe crenças prévias sobre as capacidades intelectual, física, moral, entre outras, dos indivíduos ou grupos sociais, sem levar em conta fatos que contestem estas crenças pré-concebidas.

Embora seja difícil o autocontrole para evitarmos que nossos preconceitos sejam transformados em discriminações, este autocontrole não é impossível. Um indivíduo pode não gostar de negros, de homossexuais, de nordestinos, entre grupos socialmente segregados.

Entretanto, ainda assim pode ter consciência de que deve respeitar a Constituição Federal, ou seja, o nosso Contrato Social, e assim não praticar discriminações contra os indivíduos ou membros dos grupos supracitados, respeitando os seus direitos.

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