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GRAMÁTICA

Safira Alcântara

A sintaxe é a área da gramática que estuda a função de palavras dentro das frases e orações. Ela também estuda as orações dentro do período simples e composto.

É por meio da sintaxe que percebemos o que faz ou não sentido dentro da língua portuguesa.

A sintaxe é importante também para a produção escrita. Sim, através de seu estudo conseguimos entender a relação que cada classe de palavras desempenha dentro dos períodos e posteriormente como os períodos devem se relacionar entre si para formar textos coerentes, concisos e coesos.

A sintaxe nos permite ainda conhecer algumas regras de pontuação, por exemplo, como porque as vírgulas acontecem ou não.

O que é análise sintática?

faz parte de uma grande área chamada de sintaxe. Ela estuda a função que as diferentes classes gramaticais exercem quando estão dispostas dentro de uma oração.

A análise sintática trata então das funções sintáticas, como o complemento nominal, o sujeito e os tipos de predicado.

Análise Sintática

FRASE

A Frase é um enunciado com sentido completo, ela se inicia com letra maiúscula e termina com um ponto, que pode ser o final, de exclamação ou interrogação, a depender do sentido que você quer dar.

A frase pode ser constituída de:

  • UMA SÓ PALAVRA

INÍCIO

  • COM VÁRIAS PALAVRAS VERBAIS OU NÃO VERBAIS

Oração

é um enunciado que se estrutura em torno de um verbo.

ORAÇÃO

Período

é constituído por uma ou mais orações. Quando o período possui apenas uma oração, é conhecido como simples. Mas se ele possuir duas ou mais orações será conhecido como período composto.

Período

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Predicativo do Sujeito

  • é o termo do predicado que tem a função de atribuir uma qualidade ao sujeito.

  • Essa função é feita por meio de um verbo que pode ou não ser de ligação. Nesse caso, a função do verbo é informar algo relacionado ao sujeito.

  • O papel do predicativo do sujeito numa sentença pode ser desempenhado por um adjetivo, substantivo, numeral, advérbio ou pronome.

Predicativo do Sujeito

Sandy é uma cantora incrível

Sujeito = Sandy

Verbo de Ligação = é

Predicativo = uma cantora incrível

As crianças correm felizes.

Sujeito = As crianças

Verbo de ação = correm

Predicativo = felizes

Sujeito simples

O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja, um termo principal, por exemplo:

  • O empregado da casa vendeu seu carro. (núcleo: empregado)
  • Eles estão sempre omitindo a verdade. (núcleo: Eles)
  • A folha caiu. (núcleo: folha)

Camila fez uma prova hoje.

“Quem fez uma prova hoje?” Resposta: “Camila”. Logo, “Camila” é o sujeito da frase.

O sujeito tem apenas uma palavra e, assim, um único núcleo. Por esse motivo, ele é classificado como sujeito simples.

Todas as crianças da turma passaram de ano.

A ação principal da frase é "passar de ano" e o sujeito que a pratica é “todas as crianças da turma.”

Embora o sujeito seja composto por 5 palavras, seu núcleo é composto por apenas uma: "crianças".

Tipos de Sujeito

Sujeito composto

Sujeito composto e simples: qual a diferença?

A diferença entre sujeito simples e composto está no NÚCLEO. Enquanto o sujeito composto apresenta mais do que um núcleo, o sujeito simples apresenta somente um.

Exemplos de sujeito simples:

A Ana vai à festa sozinha (sujeito: “a Ana”, cujo núcleo é “Ana”).

As amigas vão à festa (sujeito: “as amigas”, cujo núcleo é “amigas”).

O fato de estar no plural, não quer dizer que o sujeito seja composto. O que importa é o núcleo, ou seja, o número de palavras, e não o número de pessoas que a palavra subentende.

Apesar de “amigas” indicar mais do que uma menina, não quer dizer que o sujeito seja composto.

Apresenta mais do que um núcleo do sujeito, que é o termo mais importante.

  • Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (núcleos: Ana Maria, Joaquim)
  • Livros de ficção cientifica e cinema de comédia são o meu passatempo preferido. (núcleos: Livros, cinema)

Sujeito composto

Concordância verbal com sujeito composto

Há diferentes regras para concordar o verbo com o sujeito composto. Elas dependem se o verbo vem antes ou depois do sujeito:

Sujeito antes do verbo

Quando o sujeito vem antes do verbo, o verbo deve ir para o plural (Eu e ele trabalhamos juntos).

Atenção para as seguintes situações:

Quando os núcleos do sujeito são palavras sinônimas, o verbo pode ficar no singular ou no plural: Cansaço e fraqueza é/são a origem do seu desempenho.

Quando os núcleos do sujeito são palavras em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito: Calma, paciência são necessários para enfrentar esta situação./Calma, paciência é necessária para enfrentar esta situação.

Quando o sujeito é formado por pessoas gramaticais diferentes, a concordância deve respeitar a seguinte ordem: primeira pessoa, segunda pessoa e terceira pessoa: Tu, ele e eu vamos ao cinema./ Tu e ele vão ao cinema.

Sujeito depois do verbo

Quando o sujeito vem depois do verbo, existem duas possibilidades:

Verbo pode ir para o plural: Nada disseram patrão e empregado.

Verbo pode concordar com o núcleo do sujeito mais próximo: Nada disse patrão e empregado.

SUJEITO OCULTO

está implícito na desinência verbal da oração ou no seu contexto, também chamado de elíptico, desinencial ou implícito.

Sujeito oculto

  • No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que pela conjugação verbal “passei” podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”. Logo, “No trajeto para casa, (eu) passei pelo parque da cidade.”)

  • Gostamos de pular Carnaval. (pela conjugação verbal, identificamos o sujeito oculto da oração: “(Nós) Gostamos de pular Carnaval.”)

  • Armando saiu da escola muito cedo. À tarde levou tudo para casa. (Aqui temos o sujeito “Armando” na primeira oração e na segunda, o sujeito da ação que já foi mencionado anteriormente é “ele”: À tarde (ele) levou tudo para a casa.)

Qual a diferença entre sujeito oculto e sujeito indeterminado?

O que diferencia o sujeito oculto do sujeito indeterminado é o fato de eles poderem ser ou não identificados.

O sujeito oculto é determinado, porque ele pode ser identificado. Mas, o mesmo não acontece com o sujeito indeterminado, como o seu próprio nome indica.

SUJEITO INDETERMINADO

é o tipo de sujeito que não pode ser identificado na oração. Isso acontece quando não conseguimos perceber, pelo contexto ou pelo verbo que o acompanha, quem praticou a ação.

Sujeito indeterminado

Formas de indeterminar o sujeito

1. Frases com verbo na terceira pessoa do plural

Não se consegue identificar o sujeito da oração em frases com verbos na terceira pessoa do plural.

Exemplos:

Disseram para esperar aqui.

Vieram chamar você.

Estão reclamando do atendimento.

2. Frases com verbo na terceira pessoa do singular junto com “se” + preposição

O sujeito não pode ser identificado em frases com verbos na terceira pessoa do singular acompanhado de “se”, com a função de índice de indeterminação do sujeito.

Exemplos:

Falou-se do aquecimento global no simpósio.

Precisa-se de tradutor.

Mente-se para as crianças.

3. Frases com verbo no infinitivo impessoal

Não é possível identificar o sujeito da oração em frases com verbos no infinitivo impessoal.

Exemplos:

Era proibido comer naquela sala.

Apontar para os outros é falta de educação.

Era monótono viver assim.

SUJEITO INEXISTENTE

Oração sem sujeito é aquela que contém verbos impessoais, que são os seguintes:

  • verbo HAVER com o sentido de existência ou acontecimento. Exemplo: Há um ano não aparece;

  • verbo FAZER (e outros) quando indica tempo ou fenômeno natural.

Exemplo: Faz tempo que isso aconteceu;

  • outros verbos que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA, tais como: anoitecer, chover, trovejar.

Exemplo: Chove como nunca

ORAÇÃO SEM SUJEITO

Qual a diferença entre sujeito indeterminado e sujeito inexistente?

O que diferencia o sujeito indeterminado do sujeito inexistente são a identificação e a existência na oração.

Os sujeitos indeterminados existem, mas não podem ser identificados, porque não conseguimos perceber quem praticou a ação.

Nas orações com sujeito indeterminado os verbos são conjugados na 3.ª pessoa do plural (Falaram para eu vir), na 3.ª pessoa do singular acompanhado de “se” (Precisa-se de ajudante) ou no infinitivo impessoal (Amar é preciso).

Termos integrantes da oração

Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles:

Complementos Verbais

Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos.

Complementos Verbais

Objeto Direto

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.

Por Exemplo:

Abri os braços ao vê-lo.

O objeto direto pode ser constituído:

a) Por um substantivo ou expressão substantivada.

Exemplos: O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Exemplos: Espero-o na minha festa. / Ela me ama.

c) Por qualquer pronome substantivo.

Por Exemplo: O menino que conheci está lá fora.

Objeto Indireto

É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos.

Exemplos:

Não desobedeço a meus pais.

Preciso de ajuda

Agente da passiva

É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".

Por exemplo:

A vencedora foi escolhida pelos jurados.

Os jurados escolheram a vencedora

Complemento nominal

É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo.

Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.

Confira a seguir alguns exemplos:

Cecília tem orgulho da filha.

Ricardo estava consciente de tudo.

A professora agiu favoravelmente aos alunos.

Outros complementos

Saiba que:

O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em -mente.

Transitividade verbal

Relembrando:

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