Introducing 

Prezi AI.

Your new presentation assistant.

Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.

Loading…
Transcript

What is this presentation about

Personal or Business

Introdução

A Liturgia

A Liturgia

Carta Encíclica

Mediator

Dei

CARTA ENCÍCLICA

MEDIATOR DEI

SOBRE A SAGRADA LITURGIA

Sua Santidade, o Papa Pio XII

O dever fundamental do homem é certamente este de orientar a si mesmo e a própria vida para Deus. "A ele, com efeito, devemos principalmente unir-nos como indefectível princípio, ao qual deve ainda constantemente aplicar-se a nossa escolha como ao último fim, que perdemos pecando, mesmo por negligência, e que devemos reconquistar pela fé, crendo nele". Ora, o homem se volta ordinariamente para Deus quando lhe reconhece a suprema majestade e o supremo magistério, quando aceita com submissão as verdades divinamente reveladas, quando lhe observa religiosamente as leis, quando faz convergir para ele toda a sua atividade, quando - para dizer resumidamente - presta, mediante a virtude da religião, o devido culto ao único e verdadeiro Deus.

Uma ordem sobrenatural

Note-se ainda que esse é um dever particular dos homens, porquanto Deus os elevou à ordem sobrenatural. Assim, se consideramos Deus como autor da antiga Lei, vemo-lo proclamar preceitos rituais e determinar acuradamente as normas que o povo deve observar ao render-lhe o legítimo culto. Estabeleceu, para isso, vários sacrifícios e designou várias cerimônias com que deviam realizar-se e determinou claramente o que se referia à arca da aliança, ao templo e aos dias festivos; designou a tribo sacerdotal e o sumo sacerdote, indicou e descreveu as vestes para uso dos sagrados ministros e tudo o mais que tinha relação com o culto divino.

Esse culto, aliás, não era mais do que a sombra daquele que o sumo sacerdote do Novo Testamento havia de render ao Pai celeste.

Entrando, depois, na sede da beatitude celeste, quer que o culto por ele instituído e prestado durante a sua vida terrena continue ininterrupto. Já que não deixou órfão o gênero humano, mas o assiste sempre com o seu contínuo e valioso patrocínio, fazendo-se nosso advogado no céu junto do Pai, assim o ajuda mediante a sua Igreja, na qual está indefectivelmente presente no correr dos séculos, Igreja que constituiu coluna da verdade e dispensadora de graça, e que, com o sacrifício da cruz, fundou, consagrou e conformou eternamente.

Ensinamento da verdade

A Igreja, portanto, tem em comum com o Verbo encarnado o escopo, o empenho e a função de ensinar a todos a verdade, reger e governar os homens, oferecer a Deus o sacrifício, aceitável e grato, e assim restabelecer entre o Criador e as criaturas aquela união e harmonia que o apóstolo das gentes claramente indica por estas palavras: "Não sois mais hóspedes ou adventícios, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, educados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, com o próprio Jesus Cristo por pedra angular, sobre a qual todo o edifício bem ordenado se levanta para ser um templo santo no Senhor, e sobre ele vós sois também juntamente edificados em morada de Deus, pelo Espírito".

A ação litúrgica inicia-se com a fundação da própria Igreja. Os primeiros cristãos, com efeito, "eram assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, e à comum fração do pão e à oração".

O Ano Litúrgico

O Ano litúrgico da Igreja, de doze meses, é dividido em tempos litúrgicos, onde se celebram os mistérios de Cristo, assim como os Santos. O Ano Litúrgico tem três ciclos, anos A, B e C, que se repetem. Cada ano tem uma sequência de leituras próprias. Assim, a organização das leituras próprias para cada ano dá, ao católico, a possibilidade de estudar toda a Bíblia, em suas partes mais importantes, tanto do Antigo como do Novo Testamento, desde que participe de todas as Missas diárias ou estude a Liturgia Diária nesse período de três anos. Mesmo quem só participa das Missas aos domingos, ao longo dos três anos do Ciclo litúrgico, pode meditar os principais textos bíblicos, que alimentam a fé e renovam no coração a certeza da Salvação.

O Ciclo Litúrgico

Quando começa?

Cada Ano Litúrgico começa com o tempo do Advento, quatros semanas antes do Natal, e termina com a Solenidade de Cristo Rei, no último domingo do Ano Litúrgico, no mês civil de novembro. A Igreja quer que as leituras bíblicas da liturgia dominical voltem a ser lidas novamente após três anos. No Ano A, lemos o Evangelho de São Mateus; no Ano B, o Evangelho de São Marcos; e no Ano C, o Evangelho de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para ocasiões especiais, principalmente festas e solenidades.

Seguindo esse Ciclo dos três anos Litúrgicos A, B e C, consegue-se ter uma grande visão de toda a Bíblia. Assim, nas celebrações dominicais são proclamados textos que falam do anúncio do Messias, da encarnação, da Sua vida pública (missão), do anúncio do Reino, dos sinais que Jesus realizou, do chamado dos discípulos etc., até culminar com Sua morte e ressurreição e, assim, se chegar à esperança da construção do Reino de Deus: a Parusia, com a solenidade de Cristo Rei do Universo.

Quando Termina?

O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento(cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. É bom saber que, o Ano litúrgico da Igreja tem também leituras bíblicas apropriadas para as celebrações de cada santo em particular. São as 15 solenidades e 25 festas, com leituras obrigatórias; as 64 memórias obrigatórias e 96 memórias facultativas, com leituras opcionais. O Calendário apresenta também 44 leituras referentes à ressurreição de Jesus Cristo, além de diversas leituras para os Santos, Doutores da Igreja, Mártires, Virgens, Pastores e Nossa Senhora.

.

Por que a divisão dos anos?

Comumente, o ano litúrgico é dividido em ano A, B e C. Por que dessa divisão? Maneira pedagógica das leituras lidas aos domingos voltarem a ser lidas novamente após três anos. Na liturgia do domingo, são lidas duas leituras, uma do Antigo Testamento e outra do Novo Testamento, acompanhada do Salmo e do Evangelho.

Nesta divisão, cada Evangelho tem seu lugar próprio e exclusivo. No ano A, é lido o Evangelho de São Mateus; no ano B, lê-se o Evangelho de São Marcos; no ano C, lê-se o Evangelho de São Lucas. Quanto ao Evangelho de São João, ele é lido, de modo particular, em ocasiões especiais, isto é, festas e solenidades.

Por que a divisão dos anos?

O que narram as leituras?

Uma particularidade dessa divisão: o cristão que acompanha, assiduamente, os três ciclos litúrgicos – A, B e C – tem uma visão geral de toda a Sagrada Escritura, tendo em vista que, nos três anos são lidas as principais leituras que narram a história da salvação. Sejam as leituras do Antigo Testamento, que anunciam a vinda do Messias; seja a do Novo Testamento, que relata sua chegada.

A leitura de cada Evangelho, acompanhada das demais leituras, leva o fiel a percorrer, em ordem cronológica, toda a vida de Jesus, isto é, desde o nascimento à ascensão. A liturgia de cada tempo litúrgico relata uma realidade da vida de Jesus. O Advento possui dupla característica: a primeira vinda de Jesus, celebrada com a festa do Natal, bem como a expectativa da segunda e definitiva vinda de Jesus nos fins dos tempos.

No Natal, recorda-se o mistério da Encarnação. Jesus, para salvar o gênero humano, fez-se homem e veio habitar entre nós (Cf. Jo 1,14). Em seguida, no tempo comum, o fiel aprende sobre a vida pública de Jesus, sua missão como Filho de Deus. O cume de todo tempo litúrgico é a festa da Páscoa, celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, e o término se dá com a Festa de Cristo Rei do Universo, que é a esperança da parusia final, pois Jesus reinará sobre todas as nações.

Em suma, os tempos litúrgicos alimentam a fé e renovam, no coração de cada crente, a certeza da salvação. Bem como leva o cristão a entender que o tempo cronológico é passageiro, a liturgia nos leva a passar do “cronos” para o “kairós”, isto é, tempo da graça de Deus.

A natureza repete anualmente as quatro estações e, repetindo, parece renovar-se. É uma caminhada cíclica onde se sente a retomada de forças e de energias. Por meio destas estações se penetra mais no mistério da vida e de suas manifestações. A vida se repete anualmente, mas não de maneira idêntica: ela traz sempre algo novo. É como repassar num mesmo lugar, porém, num plano mais elevado e sempre a caminho do infinito.

Assim acontece com o Ano Litúrgico. Ele volta sempre ao ponto de partida. Anualmente é apresentado o mesmo mistério; por exemplo, o Natal. Só que cada vez ele é iluminado diferentemente pelos diversos evangelistas.

Ano Litíurgico hoje

O Advento

O Advento inicia o ano litúrgico. Traz à mente a longa preparação, antecedeu a vinda do Senhor ao mundo. Ouve a voz dos profetas e, principalmente com Isaías, prepara-nos para os tempos messiânicos. Trata-se de um tempo de espera e de oração. É a preparação feliz para o natal do Senhor. Tem algo de semelhança com a quaresma, enquanto atitude de espera; mas é fundamentalmente diferente, porquanto não leva para a morte mas para a acolhida da vida. Está marcado pela alegria da expectativa. Ouvimos a voz radiosa dos profetas, que culminam com João Batista, vosso precursor e com Maria, vossa mãe.

O Natal

A celebração do Natal, como a da Páscoa, tem seu ápice de noite, diferentemente de todas as demais festas, que privilegiam o dia. Falamos de ‘Missa do Galo”. Vós sois a luz que resplandece nas trevas. Manifestou-se a graça de Deus! Vendo-vos, cheio de graça e de verdade, reconhecemos que de vossa plenitude todos participam.

Destaques para alguns tempos

O Tempo Comum

Nem sempre é festa. É preciso destacar alguns momentos da vida para dar sentido a todo o tempo. Mas não se pode ficar só no destaque. Temos que viver o dia a dia, com os olhos fixos na salvação, que está no Senhor. Viver diariamente, como se víssemos o invisível. De fato, ateu não é aquele que discute sobre conceitos ou que rejeita alguma ideia de Deus, mas aquele que não consegue ou não quer ver além da superfície ou do invólucro das coisas. Não percebe seu sentido nem o que está por detrás de sua existência.

O culto dos santos

Contemplando os mistérios do Senhor e seus ensinamentos, poderia vir-nos à mente a exclamação de que isto é sublime demais para ser verdadeiro, ou que é alto demais para nosso alcance, ou então que não passa de um ideal, impossível de se por em prática. Por isso vossa Igreja, também em sua liturgia, apresenta os frutos concretos de vossa obra, num elenco incrementado de santos, que põe à nossa frente e propõe à imitação. São as pessoas que vos seguiram, com fé e amor, e, por isso, tornaram-se as criaturas mais felizes, mais amadas e mais realizadas da humanidade. A santidade fascina. Colocando-a no contexto da liturgia, a Igreja nos mostra que a fonte de sua vida sois vós; e que venerando-as, na verdade, tributamos culto de louvor, ação de graças e adoração a vós, seu salvador.

Referências:

Site da Canção:

Texto do Professor Felipe Aquino

Texto do Pe. Elenildo Pereira

Livro – Missa – Mistério- Celebração- Organização – Mauro Odoríssio

Livro – A Liturgia Contemplada – Dom Dadeus Grings

Learn more about creating dynamic, engaging presentations with Prezi