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O fixismo considera que as espécies são fixas, permanecendo imutáveis ao longo do tempo sem se modificarem, permanecendo iguais desde o momento em que surgiram até aos dias de hoje. Se opõe à teoria da evolução!
Mais recentemente surgiu uma nova concepção, pseudocientífica - o design inteligente.
Para seus defensores, uma inteligência superior moldou o curso da evolução, justificado pelo fato de que os sistemas biológicos são tão complexos e as diferenças entre as espécies são enormes demais para serem explicadas apenas pelo mecanismo da evolução.
Processo através no qual ocorrem as mudanças e/ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Evidências da evolução
A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam fósseis ou atuais.
Homologia - semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a uma mesma origem embriológica, que podem exercer ou não a mesma função.
A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas evolutivas que originaram várias espécies diferentes, fala-se em irradiação adaptava.
Semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução da mesma função.
Essas estruturas:
Irradiação adaptativa - diferenciação de organismos a partir de um ancestral comum dando origem a vários grupos diferentes adaptados a explorar ambientes diferentes
Convergência evolutiva - adaptação de diferentes organismos a uma condição ecológica igual
Aqueles que, em alguns organismos, encontram-se reduzidos e geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum.
Alguns animais produzem ou acumulam substâncias químicas nocivas e apresentam coloração vistosa, chamada coloração de advertência sinalizando que eles não devem ser ingeridos. Quem tenta se alimentar de um desses organismos aprende a não comer outro semelhante.
Um exemplo é a borboleta-monarca Danaus plexippus, que possui coloração laranja e preta muito vistosa, sendo um animal facilmente visível no ambiente. Essa espécie de borboleta produz substâncias que as tornam não-palatáveis aos seus predadores. Eles aprendem a associar o padrão de coloração ao sabor desagradável e evitam capturar essas borboletas.
Antes da industrialização da Inglaterra, predominavam as mariposas claras; mas as vezes apareciam mutantes escuros, dominantes, que, apesar de serem mais robustos, eram eliminados pelos predadores por serem visíveis. Depois da industrialização, no século passado, os mutantes escuros passaram a ser mimetizados pela fuligem. Estes passaram a ser menos predados, por estarem "escondidos", o que aumentou a sua frequência na população. Os predadores das mariposas, como por exemplo, os pássaros atuam como agentes seletivos.
Camuflagem - capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem para tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu predador.
Existem dois tipos de camuflagem, a Homocromia, onde o animal tem a mesma cor do meio onde vive (ursos polares, que têm o pelo branco que confunde-se com a neve) e a Homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compôe o meio (bicho-pau, que tem forma de graveto e fica em árvores que têm galhos semelhantes à forma de seu corpo).
Mimetismo - semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com intuito de parecer quem não é.
Mimetismo de Defesa
Batesiano - No mimetismo batesiano, um animal inofensivo (não venenoso) imita as características de outro animal parecido que é mais perigoso. Borboletas, moscas e abelhas são exemplos de animais que fazem o mimetismo batesiano..
Mülleriano - duas espécies (ou mais) imitam características para se proteger de outros predadores. Nesse caso, todas as espécies devem ser impalatáveis (não são agradáveis quando são comidas).
Mimetismo de ataque
Peckhaminano: os animais se misturam a outros parecidos, para se aproximar da presa. Exemplo: bútio, se aproxima do bando de outras aves para se aproximar da presa.
Mimetismo de reprodução
Algumas espécies de orquídea, por exemplo, são capazes de imitar a forma e o cheiro das abelhas. Com isso, elas conseguem atrair um zangão para distribuir seu pólen e aumentar a reprodução da espécie.
O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características exclusivas e as semelhanças diminuem.
Fóssil é qualquer indício da presença de organismos que viveram em tempos remotos da Terra.
Dentre estes podemos citar os fosseis, como:
A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.
“A crença de que as espécies eram produtos imutáveis era quase inevitável enquanto se considerou ser de curta duração a história do mundo [...] A principal causa de nossa relutância a admitir que uma espécie originou espécies claras e distintas é que sempre somos lentos para admitir grandes mudanças as quais não vemos as etapas”. (Charles Darwin, A origem das espécies)
Jean Baptiste Lamarck publicou sua teoria, em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele sustentou que a progressão dos organismos era guiada pelo meio ambiente: se o ambiente sofre modificações, os organismos procuram adaptar-se a ele.
Se baseou em duas Leis:
- Uso e desuso
- Transmissão dos caracteres adquiridos
Lei do uso ou desuso - no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem;
Um exemplo do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das árvores mais altas o pescoço do mesmo acabou crescendo.
Alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.
Na época, as idéias de Lamarck foram rejeitadas, apenas por falarem em evolução. Não se sabia nada sobre herança genética e acreditavam-se que as espécies eram imutáveis. Somente muito mais tarde os cientistas puderam contestar a herança dos caracteres adquiridos.
Mesmo equivocado quanto às suas interpretações, Lamarck foi o primeiro:
- questionar o fixismo e defender idéias sobre evolução
- introduzir o conceito da adaptação dos organismos ao meio.
Darwin foi influenciado pelos trabalhos do astrônomo John Herschel (1792–1871) e o naturalista e viajante Alexandr Humboldt (1767–1835). Este último foi responsável, segundo o próprio Darwin, pelo impulso de viajar a terras desconhecidas em expedições científicas. O trabalho do geólogo e amigo Charles Lyell (1797 – 1875) também marcou o estudo de Darwin.
Darwin também aponta a influência das idéias de Thomas R. Malthus (1766 – 1834) na elaboração do conceito de seleção natural. Em 1798, Malthus sugeriu que a principal causa da miséria humana erro o descompasso entre o crescimento das populações e a produção de alimentos. Disse ele: “O poder da população é infinitamente maior do que poder da Terra em produzir os meios de subsistência para o homem. A população, se não encontra obstáculos, cresce de acordo com uma progressão geométrica”. Esse foi um dos méritos de seu trabalho, que chamou a atenção de Darwin para as idéias de “luta pela vida” e “sobrevivência dos mais aptos”.
Segundo Malthus, enquanto o crescimento populacional se dá em progressão geométrica, a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética. Isso seria uma das explicações para a fome que assola boa parte da humanidade.
A ação da seleção natural consiste em selecionar indivíduos mais aptos a determinada condição ambiental, eliminando os inaptos.
A expressão mais apto refere-se à maior probabilidade de sobrevivência e deixar descendentes no ambiente.
O ambiente não é um sistema constante e estável, o que determina interações diferentes entre os organismos e o meio, propiciando diferentes pressões seletivas sobre o conjunto gênico da população, evitando a eliminação de determinados alelos que, em um ambiente constante e estável, não seriam mantidos. Dessa forma, a variabilidade genética sofre menor redução.
Resistência a antibióticos ou a inseticidas
Imaginemos a existência de indivíduos adaptados a determinada condição ambiental. Se introduzirmos nesse ambiente certa quantidade de antibiótico, haverá grande mortalidade de bactérias, mas algumas, que já apresentavam mutações que lhes conferem resistência a essa substância sobreviverão. Estas, por sua vez, ao se reproduzirem originarão indivíduos com características distribuídas em torno de outro tipo médio.
Se esses indivíduos forem submetidos a doses mais alta desse mesmo antibiótico, novamente haverá alta mortalidade e sobreviverão apenas os que já tiverem condições genéticas para resistir a doses mais altas do remédio. Repetindo-se o procedimento, será possível obter populações cada vez com mais indivíduos resistentes ao antibiótico em questão, podendo ocorrer um deslocamento da média das características no sentindo da maior resistência a determinada substância.
No início do séc. XX, os adeptos da genética acreditavam que apenas as mutações eram responsáveis pela evolução e que a seleção natural pouco influenciava.
Porém, alguns cientistas começaram a conciliar as ideias sobre seleção natural com a Genética, culminando com a formulação da Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo.
Cada população possui um conjunto gênico, que pode ser alterado de acordo com fatores evolutivos. Assim, quanto maior for o conjunto gênico da população, maior será a variabilidade genética.
Os principais fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos em duas categorias:
- fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população – mutação e permutação;
- fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida – migração, deriva genética e seleção natural.
Sabe-se que uma população está evoluindo quando se verificam alterações na frequência de seus genes. Atualmente considera-se a evolução como o conceito central e unificador da Biologia, e uma frase marcante que enfatiza essa idéia foi escrita pelo cientista Dobzhansky: “Nada se faz em biologia a não ser à luz da evolução”.
Mutação é uma alteração que ocorre no material genético dos indivíduos. Podem originar-se de forma natural, durante os processos de mitose, meiose ou síntese proteica, ou ser decorrente da ação de algum agente mutagênico.
As mutações podem ser de ordem Molecular, Cromossômica ou Genômica.
Elas podem ocorrer da seguinte forma:
Mutações de ponto ou substituições de nucleotídeo único: substituição de um par de bases de DNA.
Inserções ou deleções de nucleotídeos (indels):
Mutação de mudança de quadro de leitura/ Frameshift:
Missense/mutações de troca de sentido/não sinônimas: alteração em um par de bases de DNA que resulta na substituição de um aminoácido por outro na proteína produzida por um gene.
Sinônimas ou silenciosas: mudança em um par de bases de DNA que altera o códon para outro que codifica o mesmo aminoácido e não causa mudanças na proteína produzida.
Nonsense/mutações sem sentido: mudança em um par de bases de DNA que sinaliza prematuramente o término de uma proteína. Esse tipo de mutação resulta em uma proteína reduzida que pode funcionar inadequadamente ou não funcionar.
Esse tipo de mutação ocorre quando a adição ou a remoção de bases de DNA altera a estrutura de leitura de um gene. Um quadro de leitura consiste em grupos de 3 bases (códon) que codificam para um aminoácido.
Uma mutação de mudança de quadro altera o agrupamento dessas bases e altera o código dos aminoácidos. A proteína resultante é geralmente não funcional. Inserções, deleções e duplicações podem ser mutações frameshift.
A especiação é o processo de divisão de uma espécie ancestral em duas espécies descendentes, isoladas reprodutivamente uma da outra.
Em síntese, especiação é o processo de formação de novas espécies de seres vivos.
O isolamento reprodutivo é o fator determinante para a origem de uma nova espécie.
A especiação e a atual diversidade dos seres vivos, de acordo com sua adaptação ao ambiente e capacidade de transmitir as características para os descendentes, pode ser explicada pela Seleção Natural.
Baseia-se na formação de novas espécies em populações geograficamente isoladas.
Com o isolamento geográfico entre duas populações, os cruzamentos entre seus membros deixam de ocorrer. Assim, o fluxo gênico é interrompido, de modo que alguma característica nova em uma das populações não seja compartilhada com a outra. Com o passar do tempo, a tendência é que a adaptação particular de cada uma conduza a um isolamento reprodutivo.
Ocorre sem que haja um isolamento geográfico. As populações da mesma espécie estão em uma área única, com diferentes habitats adjacentes.
Entretanto, mesmo que não exista uma barreira física para o fluxo gênico, a população não cruza aleatoriamente.
Em geral, ocorre quando a espécie espalha-se por uma grande área, com ambientes diversificados.
Os indivíduos são distribuídos por uma ou mais áreas adjacentes com diferentes nichos e pressões seletivas. Essa situação leva cada população a sua adaptação local e consequentemente a se tornarem novas espécies.
A especiação simpátrica (syn, semelhante, juntos; patriae, local de nascimento) não envolve o isolamento geográfico.
Ocorre quando duas populações da mesma espécie vivem em uma mesma área, mas não há cruzamento entre as mesmas, o que leva a diferenças que resultam na especiação. Neste tipo de especiação, é uma barreira biológica que impede o intercruzamento.
Na natureza, a especiação simpátrica pode ser observada e explicada através de dois mecanismos: a seleção disruptiva e as alterações cromossômicas.