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O algodoeiro é uma das espécies cultivadas mais antigas e importantes para a humanidade, sendo responsável pelo sustento de milhões de pessoas em todo o mundo. É uma planta de origem tropical, bastante versátil e de grande adaptação, sendo encontrada nos mais diversos locais, na forma selvagem, e cultivada sob as mais diversas condições de solo e clima. O seu plantio e colheita ocorram durante o ano todo.
INTRODUÇÃO
A melhoria da qualidade da fibra é uma demanda comum a todos os sistemas, como decorrência da modernização e dos avanços tecnológicos constantes para o aumento de produtividade dos processos têxteis. Isso exige uma constante atualização dos objetivos dos projetos de melhoramento genético para lançamento de cultivares.
O Brasil ocupa o quinto lugar em volume de produção, com uma área plantada de 848 mil hectares e a maior produtividade mundial de sequeiro, tendo como maiores produtores os estados do Mato Grosso, Bahia e Goiás.
Gossypium hirsutum L.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Género: Gossypium L.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
As origens espacial e temporal do gênero Gossypium não estão bem esclarecidas; entretanto, sabe-se que as referências remontam a milhões de anos, e que os centros primários de diversidade compreendem o sul do México, a Austrália e o nordeste da África e Ásia. Com base no maior número de grupos genômicos diploides associados, Saunders (1961) propõe que a África Central seja o centro de origem desse gênero.
. O marco inicial do melhoramento genético do algodoeiro no Brasil data de 1924, no Estado de São Paulo, com a criação da Seção de Algodão no Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
. Como resultado das primeiras seleções de plantas, o IAC, em 1926, entregava para multiplicação os primeiros lotes de sementes melhoradas a serem distribuídas aos produtores.
. Dentre as cultivares que o IAC tornou disponível para o mercado, a IAC 17, IAC 19, IAC 20 e IAC 22, dentre outras, fizeram história na cotonicultura brasileira.
. Desde então, com a criação de outros programas de melhoramento genético do algodoeiro por parte de instituições de pesquisa públicas e privadas, as cultivares vêm sendo desenvolvidas com características que atendem a variadas demandas.
. A partir de 1995, aconteceu a retomada do crescimento da cotonicultura e novas demandas para o melhoramento foram criadas.
. Demandas centradas em cultivares mais produtivas, com alta qualidade e melhor rendimento das fibras, resistência a pragas e herbicidas.
. A atenção a essas necessidades, vieram inicialmente a partir de cultivares oriundas de outros países, posteriormente prosseguiram nos programas regionais de melhoramento, acompanhando a expansão da cultura e colocando o Brasil em destaque no cenário mundial.
. Depois de alguns anos, em 2005, é aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio),o algodão Bt , primeiro algodão transgênico no Brasil.
Um grande impacto no setor foi causado pelo surgimento do bicudo (Anthonomus grandis) do algodoeiro, entre os anos de 1982 e 1983, nos Estados de São Paulo e do Paraná, além da região Nordeste.
HISTÓRICO
Desenvolver cultivares com maior produtividade, estabilidade de produção, resistência à pragas, herbicidas, para atender produtores e consumidores.
OBJETIVOS DO MGV
MÉTODOS DE MELHORAMENTO
O algodoeiro é uma espécie com alogamia parcial.
- taxa de fecundação cruzada entre 10 a 50%.
Os métodos de melhoramento usados possuem particularidades dos métodos de autógamas, assim como dos de alógamas.
Geralmente utilizada como forma de explorar e ampliar a variabilidade genética e então, aplica-se uma das formas de condução da população segregante.
Cultivares com nova coloração de fibras;
Transferência de caracteres de interesse para o Gossypium hirsutum.
HIBRIDAÇÃO
SELEÇÃO RECORRENTE
Melhoria da população;
Aumento da frequência de genes desejáveis para o caráter sob seleção;
Manutenção da variabilidade genética.
Programas de melhoramento da Embrapa, desenvolvidos em Mato Grosso e em Goiás:
. Obter populações que concentrem genes para resistência a viroses e doenças foliares;
. Características de fibras, superiores aos padrões comerciais, quanto ao comprimento e resistência das fibras.
Grande número de cultivares obtidos por este método.
Seleção individual de plantas baseada em características fenotípicas, com estudo posterior das progênies.
SELEÇÃO GENEALÓGICA
Geralmente usada para a rápida melhoria de alguns caracteres de alta herdabilidade ou na manutenção de cultivares melhoradas.
Usado na fase de acabamento em algumas cultivares de algodoeiro → obter uniformização do caráter morfológico
SELEÇÃO MASSAL
RETROCRUZAMENTO
Útil para a incorporação de poucos genes específicos em cultivares comerciais.
Usado na transferência de genes para resistência a doenças, e na obtenção de cultivares transgênicas de algodão.
INDUÇÃO DE MUTAÇÃO POR RADIAÇÃO GAMA
INDUÇÃO DE MUTAÇÃO POR RADIAÇÃO GAMA
BIOTECNOLOGIA
Até agora, a maior parte dos trabalhos com algodoeiro ligados à Biotecnologia envolve o controle de insetos e tolerância a herbicidas, utilizando a inserção de genes na planta para diminuir as perdas no campo.
Muitos desses genes são provenientes do Bacillus thuringiensis (Bt), um microrganismo encontrado no solo de várias regiões do Brasil.
Diferentes genes Bt têm sido isolados e incorporados ao algodoeiro. Dentre eles, os genes Cry1Ac, Cry2Ab, Cry1F e Vip3A, que produzem proteínas capazes de controlar diferentes populações de pragas.
ALGODÃO Bt
O algodão Bt é o algodão que recebeu genes da bactéria de solo Bacillus thuringiensis, daí a denominação Bt.
Essa bactéria produz proteínas tóxicas a determinados tipos de insetos, principalmente da ordem Lepidóptera.
A partir da introdução de um gene da bactéria na planta, ela passa a expressar a proteína inseticida.
A utilização da tecnologia Bt na cotonicultura controla pragas como o curuquerê do algodoeiro (Alabama argillacea), lagartas-das-maçãs (Heliothis virescens e Helicoverpa zea), lagarta rosada (Pectinophora gossypiella) e lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).
BIOTECNOLOGIA
Genes que conferem às plantas tolerância aos herbicidas à base de glifosato e glufosinato de amônio também estão presentes em cultivares.
Em vários países já estão sendo utilizadas cultivares de algodoeiro com diferentes características combinadas (introdução de diferentes genes com ações específicas numa mesma planta).
TIPOS DE ALGODOEIROS GM COMERCIAIS
RR - Epsps (Agrobacterium tumefasciens).
Bt - Cry1Ac (Bacillus thuringiensis) .
Bt (2) - Cry1Ac e Cry1Ab (Bacillus thuringiensis).
Bt (3) - Cry1Ac e Cry1F (Bacillus thuringiensis).
ATUALIZAÇÕES DO MGV
ATUALIZAÇÕES DO MGV
ATUALIZAÇÕES DO MGV
CONCLUSÃO
Os programas de melhoramento devem continuar a gerar conhecimento para a evolução do melhoramento genético no algodão e para equilíbrio nas relações institucionais e comerciais. Além disso, os setores, público e privado devem conviver de maneira harmoniosa perante as inovações e direitos intelectuais, para que haja disponibilidade de tecnologia para os diferentes segmentos e ambientes, com custos compatíveis com a rentabilidade da atividade.
REFERÊNCIAS
FUZATTO, M. G. Melhoramento genético do algodoeiro. In: CIA, E.; FREIRE, E. C.; SANTO, W. J dos. (Ed.). Cultura do algodoeiro. Piracicaba: Potafos, 1999. p. 15-34.
FREIRE, E. C.; CARVALHO, L. P. Cultivares do algodoeiro. In: BELTRÃO, N. E. de M.; ARAÚJO, A. E. de. (Ed.). Algodão: o produtor pergunta e a Embrapa responde. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2004. p. 33-45.
FREIRE, E. C. Métodos de melhoramento disponíveis para o algodoeiro. São Paulo: ESALQ/USP, 1983. 111p.
GRIDI-PAPP, I. L. Genética e melhoramento do algodoeiro. In: KERR, W.W.Melhoramento e genética. São Paulo: USP, 1969. cap.4, p.75-93.
MOREIRA, J. de A. N.; SANTOS, R. F. dos. Origem, crescimento e progresso da cotonicultura no Brasil. Campina Grande: EMBRAPA-CNPA, 1994. 169p.