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Transcript

Manuel Alegre

Trabalho realizado por:

Sofia Varão nº1084;

João Viveiros nº1074;

Felipe Daniel nº1070.

Introdução

I

B

Biografia

Manuel Alegre

  • Nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda;
  • Estudou Direito na Universidade de Coimbra;
  • Foi fundador do CITAC e foi membro do TEUC;
  • Dirigiu o jornal A Briosa, foi redator da revista Vértice e colaborador de Via Latina;
  • Foi obrigado a fazer serviço militar em 1961, em que tenta ocupar a ilha de São Miguel;
  • Em 1962 é transferido para angola onde revoltou-se contra o regime Salazar;
  • É preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante 6 meses;
  • Na cadeia conhece escritores angolanos;
  • Em 1964 foi exilado durante 10 anos em Argel (África);
  • Regressa finalmente a Portugal em 2 de Maio de 1974, dias após o 25 de Abril.
  • Candidatou-se há presidência em 2005 em que obteve mais de 1 milhão de votos, mas perdeu para Mário Soares ficando em 2º lugar;

  • Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua inaugura a Cátedra, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas;

  • Candidatou-se novamente há presidência em 2010, perdendo com o Cavaco Silva;
  • Recebeu inúmeras honras e medalhas;

  • Em 2017 recebeu o Prémio Camões e foi doutorado "honoris causa" pela Universidade de Pádua.(Itália)

Bibliografia

Escreveu 24 livros

  • Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967);

Características formais e temáticas

C

Temática

  • A sua poesia é a sua vida;

  • Musicalidade;

  • Ativista dos direitos humanos.

Formal

  • Cada livro de poemas de Manuel Alegre tem uma individualidade própria, cada livro representa uma etapa, um passo em frente rumo a um ideal de poesia que se foi ele próprio transformando com o tempo.

  • Manuel nunca escreveu para agradar, escreveu simplesmente o que tinha de escrever, o que mais ninguém senão ele poderia alguma vez ter escrito.

A

Análise

Trova do Vento que Passa

Pergunto ao vento que passa

notícias do meu país

e o vento cala a desgraça

o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam

tanto sonho à flor das águas

e os rios não me sossegam

levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas

ai rios do meu país

minha pátria à flor das águas

para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas

pede notícias e diz

ao trevo de quatro folhas

que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa

por que vai de olhos no chão.

Silêncio – é tudo o que tem

quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos

direitos e ao céu voltados.

E a quem gosta de ter amos

vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada

ninguém diz nada de novo.

Vi minha pátria pregada

nos braços em cruz do povo.

Vi meu poema na margem

dos rios que vão pró mar

como quem ama a viagem

mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir

(Portugal à flor das águas)

vi minha trova florir

(verdes folhas verdes mágoas).

ergunto à gente que passa

por que vai de olhos no chão.

Silêncio – é tudo o que tem

quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos

direitos e ao céu voltados.

E a quem gosta de ter amos

vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada

ninguém diz nada de novo.

Vi minha pátria pregada

nos braços em cruz do povo.

Vi meu poema na margem

dos rios que vão pró mar

como quem ama a viagem

mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir

(Portugal à flor das águas)

vi minha trova florir

(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada

e fale pátria em teu nome.

Eu vi-te crucificada

nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada

só o silêncio persiste.

Vi minha pátria parada

à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo

se notícias vou pedindo

nas mãos vazias do povo

vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro

dos homens do meu país.

Peço notícias ao vento

e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia

dentro da própria desgraça

há sempre alguém que semeia

canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste

em tempo de servidão

há sempre alguém que

Há quem te queira ignorada

e fale pátria em teu nome.

Eu vi-te crucificada

nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada

só o silêncio persiste.

Vi minha pátria parada

à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo

se notícias vou pedindo

nas mãos vazias do povo

vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro

dos homens do meu país.

Peço notícias ao vento

e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia

dentro da própria desgraça

há sempre alguém que semeia

canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste

em tempo de servidão

há sempre alguém que resiste

há sempre alguém que diz não.

Análise Formal

  • 15 estrofes;
  • Todas as estrofes são quadras;
  • Cruzadas e a 5º quadra tem um verso solto e uma rima interpolada;
  • ABAB/CDCD/DBDB/EBEB/AFGF/HIHI/JKJK/LMLM/NDND/JOJO/JPJP/KQKQ/RBRB/SASA/PFPF;

  • Fonética:
  • 1º-Toante/Toante;
  • 2º- Toante/Toante;
  • 3º- Toante/Toante;
  • 4º- Consoante/Toante;
  • 5º- Toante;
  • 6º- Consoante/Consoante;
  • 7º- Consoante/Consoante;
  • 8º- Consoante/Toante;
  • 9º- Toante/Toante;
  • 10º- Consoante/Consoante;
  • 11º- Consoante/Consoante;
  • 12º- Consoante/Consoante;
  • 13º- Toante/Toante;
  • 14º- Consoante/Toante;
  • 15º- Consoante/Toante.

Escanção Métrica: 7 silabas Métricas (redondilha maior),

Ex: 1v- "Per / gun / to ao / ven / to / que / pa / ssa" 7 sílabas métricas;

Ex: 2v- "No / ti / ci / as / do / meu / país" 7 sílabas métricas;

Ex: 5v- "Per / gun / to aos / ri / os / que / le / vam" 7 sílabas métricas;

Análise de conteúdo

Está gente a morrer agora mesmo em qualquer lado

Está gente a morrer e nós também

Está gente a despedir-se sem saber que para

Sempre

Este som já passou Este gesto também

Ninguém se banha duas vezes no mesmo instante

Tu próprio te despedes de ti próprio

Não és o mesmo que escreveu o verso atrás

Já estás diferente neste verso e vais com ele

Os amantes agarram-se desesperadamente

Eis como se beijam e mordem e por vezes choram

Mais do que ninguém eles sabem que estão a

[despedir-se

A Terra gira e nós também A Terra morre e nós

Também

Não é possível parar o turbilhão

Há um ciclone invisível em cada instante

Os pássaros voam sobre a própria despedida

As folhas vão-se e nós

Também

Não é vento É movimento fluir do tempo amor e morte

Agora mesmo e para todo o sempre

Ámen

Agora mesmo

Portugal

O teu destino é nunca haver chegada

O teu destino é outra índia e outro mar

E a nova nau lusíada apontada

A um país que só há no verbo achar

O Cavaleiro

Talvez o espere ainda a Incomeçada

aquela que louvámos uma noite

quando o abril rompeu em nossas veias.

Talvez o espere a avó o pai amigos

e a mãe que disfarça às vezes uma lágrima.

Talvez o próprio povo o espere ainda

quando subitamente fica melancólico

propenso a acreditar em coisas misteriosas.

Algures dentro de nós ele cavalga

algures dentro de nós

entre mortos e mortos.

É talvez um impulso quando chega maio

ou as primeiras aves partem em setembro.

Cargas e cargas de cavalaria.

E cercos. Conquistas. Naufrágios naufrágios.

Quem sabe porquê. Quem sabe porquê.

Entre mortos e mortos

algures dentro de nós.

Quem pode retê-lo?

Quem sabe a causa que sem cessar peleja?

E cavalga cavalga.

Sei apenas que às vezes estremecemos:

é quando irrompe de repente à flor do ser

e nos deixa nas mãos

uma espada e uma rosa.

Balada de Lisboa

Em cada esquina te vais

Em cada esquina te vejo

Esta é a cidade que tem

Teu nome escrito no cais

A cidade onde desenho

Teu rosto com sol e Tejo

Caravelas te levaram

Caravelas te perderam

Esta é a cidade onde chegas

Nas manhãs de tua ausência

Tão perto de mim tão longe

Tão fora de seres presente

Esta é a cidade onde estás

Como quem não volta mais

Tão dentro de mim tão que

Nunca ninguém por ninguém

Em cada dia regressas

Em cada dia te vais

Em cada rua me foges

Em cada rua te vejo

Tão doente da viagem

Teu rosto de sol e Tejo

Esta é a cidade onde moras

Como quem está de passagem

Às vezes pergunto se

Às vezes pergunto quem

Esta é a cidade onde estás

Com quem nunca mais vem

Tão longe de mim tão perto

Ninguém assim por ninguém

A

Analogia

  • Amor
  • Poesia como forma de lutar
  • Infância

Questão?

Q

"De que forma a sua escrita revela um país, um tempo, uma perspectiva pessoal?"

"Um país"

Este país que Manuel fala é Portugal:

  • Nacionalidade portuguesa;
  • Lutou pela sua pátria;
  • Revoltou-se contra o seu pais;
  • Retornou a Portugal após 25 de abril;

"Um tempo"

Manuel viveu num tempo:

  • Viveu na ditadura;
  • Luta estudantil (com objetivo de causar mudanças políticas, económicas e ambientais e sociais);
  • Lutou contra o seu regime;
  • Revoltou-se por causa da guerra colonial;
  • Foi preso pela PIDE que ficou 10 anos no exílio;
  • Voltou a Portugal no dia 25 de abril.

"Uma perspetiva pessoal"

  • Encontramos nos seus poemas nomeadamente a PRAÇA DA CANÇÃO E O CANTO E AS ARMAS.
  • Sua poesia é uma arma que desperta a sua consciência para os outros, seja de democracia, de liberdade ou de nunca desistir de seguir/procurar algo.

Conclusão

C

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