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o preâmbulo da tese:
"no inferno temos a capacidade, que é irônica, de criar espaços de vida sensíveis, de vida que não esqueça a felicidade como uma dimensão possível. não esquecer a possibilidade de ser feliz, essa é a palavra de ordem hoje." (BERARDI, 2017)
A. a "arqueologia" da potência: um modo de ler desde junho
B. o poeta-vidraceiro: um modo de compreender giorgio agamben
C. teologias e destituições: modos de imaginar outras vidas
Os marcos categoriais que organizam de maneira hegemônica as reflexões da filosofia política moderna constroem uma separação discursiva entre o religioso e o secular. Perde-se, assim, a possibilidade de investigar o paradigma teológico na sustentação do estado - como nos estudos desenvolvidos por Agamben. Além disso, perde-se a criação de imaginários teológicos, como potência inoperosa, diante de uma teologia do estado soberano e do governo das vidas.
Na abordagem que assumo, os acontecimentos de junho de 2013 podem se colocar fora do paradigma “poder constituinte” & "poder constituido". Em junho há rastros de inoperosidade e destituição (a potência destituinte) que podem favorecer o debloqueio do desejo para se imaginar outras “formas-de-vida” e outros usos da política;
As teologias latino-americanas da libertação foram construídas a partir do paradigma do êxodo. Retomar esse "lugar" me parece importante para repensar os projetos históricos e as suas relações com o estado-nação e com os governos – como nas ligações com o lulismo/petismo. De maneira direta, parece-me que o esquema do êxodo se relaciona com o imaginário do “poder constituinte” e “poder constituído” – opressão-libertação e “terra prometida”.
Por isso, em um exercício de revisão das teologias da libertação, apresento a possibilidade de se repensar o paradigma do êxodo e se aproximar da noção de sábado, a ausência do fazer produtivo, com a abertura para se imaginar uma teologia da libertação – desde a “potência destituinte” - como uma teologia ineficiente.