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Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Programa de Residência de Enfermagem em Emergência geral e APH

ANAFILAXIA

Andrelina Melo de Lima Gonçalves

Maceió, 2021

Definições e classificação

Reação potencialmente fatal de hipersensibilidade sistêmica grave, que pode cursar com hipotensão grave ou comprometimento das vias aéreas.

  • Reação em cascata causada pela liberação de mediadores de mastócitos e basófilos de uma forma dependente de IgE.

Definição

  • Choque anafilático: insuficiente entrega de oxigênio para os tecidos, resultando em colapso cardiovascular e fluxo sanguíneo insuficiente;
  • Reação anafilactoide: respostas não distinguível da anafilaxia, não são mediadas por IgE e não necessitam de uma exposição sensibilizadora.

Fonte: google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2020).

Epidemiologia

  • Incidência: 4 a 50 a cada 100.000 habitantes ao ano;
  • Prevalência: 0,05% a 2%;
  • Óbitos: 1.000 a 1.500 ao ano.

Epidemiologia

  • Causas de anafilaxia grave: uso de antibióticos, picadas de insetos e alimentos.
  • Antibióticos: os betalactâmicos como a penicilina causam 400 a 800 mortes nos Estados Unidos por ano, com uma reação alérgica sistêmica que ocorre em 1 a cada 10.000 exposições.

Fonte: google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2020).

Urticária e Angioedema

Urticária: placas eritematosas pruriginosas, que geralmente são "fugazes";

Angioedema: manifestação clínica de síndrome alérgica com edema localizado da camada da pele ou submucosa do trato gastrointestinal ou respiratório.

Fonte: Google imagens.

Urticária e Angiodema

Classificação do angioedema:

  • Hereditário: genético;
  • Adquirido: deficiência de C1-INH;
  • Imunológico/alérgico: secundário ao uso de IECA;
  • Fisicamente induzido: extremos de temperatura, atividade física, vibração e radiação ultravioleta;
  • Idiopático: diagnosticado após 3 ou mais ataques dentro de 6 a 12 meses.

ACHADOS CLÍNICOS:

  • Locais comuns de angioedema: face, lábios, boca, língua, extremidades e genitália;
  • Obstrução de vias aéreas;
  • Edema na submucosa do TGI: dor abdominal, distensão, ascite, diarreia e sinais de obstrução intestinal;
  • Hipotensão;
  • Tontura e síncope;
  • Urticária pode ser aguda ou crônica.

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2020).

Fisiopatologia

O mecanismo básico é a degranulação de mastócitos e liberação de mediadores por basófilos

Etiologia

Reação independente de IgE

Ativado por IgG ou complemento

Mecanismo pouco entendido

Pode ser causado por atividade física, álcool e anafilaxia associado ao uso de opioides.

Reação dependente de IgE

Mecanismo de hipersensibilidade tipo I

Al´ergeno se liga ao seguimento F do IgE

Ativa e libera proteinoquinase

Liberação de mediadores pré-formados (histamina e triptase).

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2020).

Etiologia

Etiologia

TABELA 1 Principais fatores etiol´ogicos de anafilaxia

Fonte: Google imagens.

TABELA 2 Fatores predisponentes de anafilaxia

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2020).

TABELA 1 Manifestações clínicas da anafilaxia

Achados clínicos

Achados clínicos

Manifestações clínicas:

Tempo entre o contato com o alérgeno e a morte:

  • Após injeção de droga: 5 minutos;
  • Após picada de inseto: 10 a 15 minutos;
  • Secundária a alimentos: 35 minutos.

TABELA 2 Sinais de alarme

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2020).

Diagnóstico

Fonte: Google imagens.

Diagnóstico

  • Clínico
  • Casos de menor gravidade (principais manifestações cutâneas).
  • Laboratoriais:
  • Elevação sérica de triptase e histamina
  • Dosagem últil em quadros duvidosos;
  • Colher durante epsódio agudo;
  • Triptase sérica - 15 min a 3 horas;
  • Histamina plasmática - 10 a 60 min.
  • Pesquisa in vitro de IgE específica, testes cutâneos ou de provocação - Pouca utilidade no DE.
  • Outros exames para diagnósticos diferenciais.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Critérios

Critérios diagnósticos

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Diferencial

Diagnóstico

diferencial

  • Avaliar sistemas envolvidos no quadro anafilático;
  • Manifestações cutâneas e angioedema:
  • Sindrome carcinóide, reação à vancomicina, reações transfusionais, etc;
  • Verificar outras causas de choque (Séptico, cardiogênco ou hipovolêmico);
  • Manifestações da asma, aspiração de corpo estranho, embolia pulmonar e SARA;
  • Mastocitose sistêmica e leucemia de celulas mastoides.

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Tratamento

Fonte: Google imagens.

Tratamento

  • Retirar fator precipitante;
  • Monitorização e observação das vias aéreas;
  • Fornecer Oxigênio em alto fluxo (8 a 10 L/min, até SaO2 >92%;
  • Obter AVP calibroso (14 ou16);
  • Monitorizar SaO2 e PNI.

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Fonte: Google imagens.

Via aérea

Fonte: Google imagens.

Via

Aérea

  • Preparar para manejo de via aérea
  • IOT (via aérea difícil);
  • Cricotireoidostomia;
  • Máscara laringea é contraindicada.
  • Utilizar sequência rápida de intubação:
  • Pré-oxigenação, hipnótico (Midazolan e Cetamina) e BNM (Succinilcolina, Rocurônio).

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019; SOUZA et al., 2019).

Reversão da anafilaxia

Fonte: Google imagens.

Pode ser repetida 2x SN c/ intevalo de 5 a 15 min.

Reverter

  • Adrenalina IM:
  • Adultos e crianças >12 anos: 0,5 mg;
  • 6 a 12 anos: 0,3 mg;
  • <6 anos: 0,01 mg/kg.
  • Adrenalina IV:
  • Choque refratário;
  • Usar 0.1 mg de adrenalina (diluir 1 amp. em 10 ml e faz 1 ml em bolus);
  • Infusão em caso de refratariedade: 1 amp. adrenalina em 500 de dextrose/fisiológico, com vasão de 0,5 a 2,0 ml/h.
  • Instituir PAI.

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Fonte: Google imagens.

Tratamento

  • Hipotensão: reposição volêmica (1 a 2 L de solução cristaloide em 1 hora;
  • Choque refratário: considerar associação de vasopressores;
  • Evitar fase tardia: Glicocorticoides;
  • Considerar anti-histâminicos;
  • Broncoespasmo: broncodilatadores (fenoterol, ipratrópio);
  • Broncoespasmo grave: MgSO4 (2 mg, EV)
  • Adultos: 20 a 30 min.
  • Crianças: 25 a 50 min.
  • Uso de Betabloqueadores: considerar Glucagon (1 mg-EV) a cada 5 min até resolução da hipotensão.

Fonte: Google imagens.

Tratamento

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Anafilaxia refratária:

  • Azul de Metileno
  • Exceto em Hipertensão pulmonar ou lesão pulmonar aguda.
  • 1 a 2 mg em 20 a 60 min.

  • Oxigenação por membrana extracorpórea;

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Prevenção

Fonte: Google imagens.

Prevenção

  • Educação para o reconhecimento de sintomas de recorrência;
  • Epien
  • 0,15 mg para crianças até 20 Kg
  • 0,30 mg para aqueles maiores de 20 kg
  • Evitar alérgenos;
  • Portar cartão que informe sobre alergias conhecidas.

Fonte: Google imagens.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Critérios de internação, alta e internação em UTI

Fonte: Google imagens.

Critérios de alta e internação

  • 1 a 4% dos paciente com tratamento correto necessitam de internação;
  • Após receber adrenalina e estabilizar sintomas observar por 4 horas;
  • Observar por 8 horas em casos de história de reações tardias ou em pacientes em uso de betabloqueador;
  • UTI: pacientes com anafilaxia instável refratária;
  • Reações alergicas graves: prescrição de anti-histamínico e glicocorticoídes de 3 a 5 dias.

(BRANDÃO NETO, MARCHINI, 2019).

Referências

Referências

BRANDÃO NETO, R. A.; MARCHINI, J. F. M. Anafilaxia e outras Alergias. ALENCAR, J. C. G.; SOUZA, H. P. S. Medicina de Emergência: Abordagem prática. Editora: Manole. Choque. In: VELASCO, Irineu Tadeu et al. Barueri: São Paulo. Manole, 2019. p. 163-173.

BRANDÃO NETO, R. A.; MARCHINI, J. F. M. Anafilaxia e outras Alergias. ALENCAR, J. C. G.; SOUZA, H. P. S. Medicina de Emergência: Abordagem prática. Editora: Manole. Choque. In: VELASCO, Irineu Tadeu et al. Barueri: São Paulo. Manole, 2020. p. 165-176.

REGUEIRA, E. S.; AMOROSO, D. et al. Via a´érea. ALENCAR, J. C. G.; SOUZA, H. P. S. Medicina de Emergência: Abordagem prática. Editora: Manole. Choque. In: VELASCO, Irineu Tadeu et al. Barueri: São Paulo. Manole, 2019. p. 11-26.

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