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AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO AO CISALHAMENTO DE MINI PAREDES DE ALVENARIA CONSTRUÍDAS COM BLOCO ENCAIXÁVEL DE SOLO CIMENTO
Orientadora:
Dr.ª Edna Alves Oliveira
Co-orientador:
Dr. João Batista Santos de Assis
Aluna:
Juliana M. Senna Guimarães
Agosto
2018
Pincipais capítulos
INTRODUÇÃO / OBJETIVO
JUSTIFICATIVA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E ANÁLISES
CONCLUSÃO
Desastres naturais têm causado milhares de mortes e afetam o desenvolvimento dos países em que ocorrem.
Segundo Martins (2018) em março de 2018 o Brasil registrou aproximadamente vinte e seis tremores de terra.
Nos dias 7, 19 e 23 de setembro de 2017, tremores de magnitude 8,2; 7,1 e 6,1 na escala Richter, respectivamente, atingiram o México (LUSA, 2017).
Ludovico, Prota, et al. (2016) apontam que a Itália sofreu nos últimos dois séculos mais de 60 terremotos, causando mais de 149.000 mortes.
Investigações apontam que a baixa resistência ao cisalhamento das alvenarias como a maior causa dos colapsos estruturais.
O Tijolito é um material utilizado em construções em países com ocorrências de sismos e ou furacões.
Fonte: Assis (2001).
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Fonte: Jimboê (2012).
Analisar experimentalmente o comportamento ao cisalhamento de mini paredes de alvenaria, não armadas, construídas com blocos encaixáveis de solo cimento, o Tijolito.
Determinar a tensão de cisalhamento e o módulo de deformação transversal de mini paredes de alvenaria construídas com Tijolito;
analisar o processo de fissuração e o modo de ruptura de mini paredes quando submetidas ao esforço de cisalhamento;
Técnica de construção inovadora (FAY, COOPER e MORAIS, 2014).
A resistência ao cisalhamento de um painel é importante para a segurança de uma edificação (MICCOLI, GAROFANO, et al., 2015);
A utilização do Tijolito causa menores impactos ao meio ambiente como relatado por Porter, Assis e Guimarães (2015).
De acordo com Miccoli, Garofano, et al. (2015), o conhecimento sobre as propriedades e rupturas das alvenarias construídas com blocos de terra crua ainda são limitados.
Segundo Gouveia, Lourenço e Vasconcelos (2007), há indícios da utilização da alvenaria estrutural desde 10.000 a.C.;
por volta de 3.000 a.C. foi introduzida a queima de tijolos em fornos.
Figura: Emprego da alvenaria estrutural Catedral de Notre Dame (1250) e Muralha da China (1368 - 1644)
Fonte: Aquino (2012) e Francisco (2017).
As alvenarias no Brasil tiveram início no período colonial;
em 1950 surgiram as primeiras normas de dimensionamento na Europa e nos Estados Unidos (CARDOSO, MATEUS E VASCONCELOS, 2014).
Figura: Conjunto Habitacional Central Parque Lapa a) construído em 1966 b) ampliação feita em 1972
Fonte: Comunidade da Construção (2016).
Figura: Construções em terra crua nas Américas, África, Europa, Ásia e Oceania
De acordo com Torgal e Jalali (2012) não há um consenso sobre a data que
as construções em terra começaram a ser utilizadas.
Fonte: Adaptado de Jalali e Eries (2008).
Silva, Soares, et al. (2015) justificam a popularidade da utilização do solo como material de construção devido a sua recorrência em todo o planeta;
resistência conferida pelo cimento ao solo
Tennant, Foster e Reddy (2016) destacam que várias técnicas de construção foram usadas para criar estruturas de terra crua.
Figura: Construções de terra crua a) Taipa b) mistura de solo e fibras vegetais c) blocos de solo prensado
Fonte: Staff (2017), Cob B.S (2017), Tijolos Ecológicos V.V (2017).
Necessita de controle tecnológico
Segundo Miccoli, Muller e Fonatana (2014), técnicas de construção inadequadas para a contrução da alvenaria de terra crua afetam negativamente as edificações.
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afetam as ligações fisico químicas ao nível microestrutural
O Tijolito é o resultado de uma pesquisa que iniciou-se em 1979 por Assis, diante da preocupação com o desperdício de matérias primas na construção civil e pelo alto déficit habitacional brasileiro;
Figura: Evolução do Tijolito
a) primeiro modelo 1979
b) encaixe vertical
c) criação de orifícios 1986
e) sistema de encaixe quadrado
f) TIJOLITO geometria atual
d) orifíco para injeção de argamassa 1987
Fonte: A autora (2017).
Blocos encaixáveis encontrados na bibliografia:
Figura: Bloco de solo cimento e caulim com junta colada
Figura: Bloco de solo cimento com encaixe quadrado
Fonte: Fay, Cooper e Morais (2014).
Fonte: Sturm, Ramos e Lourenço (2015).
Figura: a) Tijolito TJ 110 b) vista de um painel executado com o Tijolito
30 mm
45 mm
b)
a)
Fonte: Assis (2001).
Figura: Tipologia Tijolito
a) TJ 111
b) TJ 112
c) TJ 113
e) TJ 115
d) TJ 114
f) detalhe TJ 115
Fonte: Adaptado de Assis (2008).
Segundo Lourenço e Costa (2015) esforços de cisalhamento podem ser causados por:
Fonte: Rizzatti, Roman, et al. (2012).
Fonte: Borri, Castori e Corradi (2015).
Fonte: Fonte: Mustafaraj e Yardim (2016).
No Brasil, não existe regulamentação específica para análise da resistência ao cisalhamento de alvenarias construídas com blocos encaixáveis de solo cimento com junta seca;
Fonte: Oliveira, Miranda et al. (2016).
Blocos de terra crua = 0,34 MPa
Cob = 0,50 MPa
Taipa = 0,71 MPa
Fonte: Ccet, 2017.
Fonte: ArqCivil, 2014.
Fonte: Ecodesenvolvimento, 2016.
Os testes de normalidade são comumente utilizados nas análises dos resultados de ensaios caracterização de diversos materiais empregados na engenharia.
Os testes não-paramétricos de aderência à distribuição N normal mais conhecidos e recorrentes na literatura:
12 mini paredes
Número de corpos de prova seguindo referência do trabalho de Miccoli, Garofano, et al. (2015);
dimensões de
550 mm x 550 mm
Dimensões de corpos de prova, baseadas nos trabalhos de Miccoli, Garofano, et al. (2015), e Miccoli, Muller e Fonatana (2014).
A NBR 16522 (ABNT, 2016) prevê, a cada mini parede executada:
a moldagem (mínimo dois corpos de prova) para a determinação da resistência à compressão da argamassa utilizada,
determinação da resistência à compressão de prismas (no mínimo dois prismas), executados com blocos do mesmo lote e com a mesma argamassa de injeção utilizada nas mini paredes ensaiadas.
e a análise da resistência à compressão em no mínimo seis blocos isolados.
Mesmo tipo utilizado por Assis (2001) e Assis (2008), o Cimento Portland com adição de Escória CPII E-32.
3,06%
3,015 g/cm3
Fonte: Portal Target (2012).
Fonte: Engadget (2012).
Fonte: Portal Target (2001).
Mesmo tipo utilizado por Assis (2001) e Assis (2008), a Cal Hidratada Tipo III (CH-III).
2,416 g/cm3
Fonte: Portal Target (2001).
Fonte: UCM Minerals (2010).
Segundo Assis (2001), a areia lavada fornece valores mais críticos para as resistências das paredes em relação a utilização da areia artificial.
2,641 g/cm3
Fonte: Portal Target (2003).
<300ppm
Fonte: Portal Target (2001).
1,409 g/cm3
Fonte: Portal Target (2009).
Figura: Granulometria: a) peneiras; b) processo de peneiramento automático
Fonte: A autora (2018).
Figura: Histograma referentes às alturas dos Tijolitos
Ensaios propostos:
determinação da massa específica seca
e
saturada;
1,46 g/cm3
1,49 g/cm3
determinação da absorção d'água
Fonte: Portal Target (2014).
9,9%
A partir dos resultados dos ensaios de caracterização para:
Pode-se concluir que esses materiais eram adequados para a execução das mini paredes.
Traço padrão utilizado pelo SAGCI TP 1:2:7 fator água cimento a/c= 4,0 fluidez 15s (idade 28 dias);
investigação do traço de estudo TE 1:2,5:4 fator água cimento a/c = 2,3 fluidez de 10 a 20s (idade 5 dias).
Fonte: A autora (2017).
Figura: Mistura mecânica
Fonte: A autora (2017).
Figura: Ensaio de fluência da argamassa: a) Cone Marsh de 12,5 mm de diâmetro; b) resultado do ensaio
16s
Figura: Corpos de prova prismáticos para estudo do traço da argamassa de injeção: a) moldagem de corpos de prova prismáticos; b) corpos de prova desformados
Figura: Ensaios para estudo do traço da argamassa de injeção
Figura: Resistência à tração na flexão da argamassa de injeção
0,47 MPa
Figura: Resistência à compressão da argamassa de injeção
1,0 MPa
Pode-se concluir que o Traço Estudado TE 1:2,5:4 fator água cimento a/c=2,3, fluidez 16s atingiu aos 5 dias de idade:
a resistência à compressão recomendada pelo SAGCI - 1,0 MPa
Figura: Dispositivo de encaixe para a aplicação da compressão diagonal
Figura: Dispositivo de encaixe para a aplicação da compressão diagonal
Figura: Modulação e visualização dos cilindros de injeção
Figura: Preparo dos blocos
Figura: Montagem do painel
Figura: Verificação do prumo e do alinhamento
500mm
Figura: Procedimentos
Figura: Prensa Universal
Figura: Posicionamento das mini paredes na prensa
Incrementos de carga escolhidos para a elaboração da curva carga x deslocamento.
Durante a aplicação do carregamento marcou-se o surgimento de fissuras em relação ao carregamento.
Fonte: A Autora (2018).
Figura: Gráfico carga x deslocamento das mini paredes ensaiadas à compressão diagonal
Figura: Mapa de fissuração de P4 : a) comprimentos H0 e V0; b) septo inferior esquerdo; c) face onde foram dispostos os relógios comparadores; d) face oposta aos relógios; e) septo superior direito; f) legenda das fissuras
Figura: Mapa de fissuração de P7: a) comprimentos H0 e V0; b) septo inferior esquerdo; c) face onde foram dispostos os relógios comparadores; d) face oposta aos relógios; e) septo superior direito; f) legenda das fissuras
A maioria das paredes - 60% - desenvolveu uma abertura (2mm), no centro do painel.
As outras - 40% - apresentou uma dupla abertura (1mm), também localizada no centro do painel.
Figura: Exemplo do modo de ruptura
Figura: Carga de ruptura ao cisalhamento
Média = 1,05 MPa
Galv 20% = 22,2 MPa;
Galv 50% = 55,4 MPa;
Figura: Prismas de 3 fiadas
Figura: Corte do macho
Figura: Esquema do ensaio de compressão de prismas: a) vista lateral direita; b) vista frontal; c) vista posterior; d) vista lateral esquerda
Média ruptura:
2,19 MPa
Média fissuração : 1,33 MPa
Figura: Comparativo entre as médias para resistência à primeira fissura e à compressão dos prismas
Pode-se observar que a tensão de fissuração corresponde a 60,7% da tensão de ruptura média dos prismas.
Gráfico: Análise das deformações
Gráfico: Análise das deformações
Gráfico: Análise das deformações
Gráfico: Análise das deformações
Figura: Gráfico de resistência à compressão argamassas dos prismas e das mini paredes
Média Prismas 1,04 MPa
Média (mini paredes) 1,08 MPa
Figura: Ensaio de resistência à compressão em Tijolitos isolados
Figura: Gráfico resistência à compressão blocos isolados
Média = 1,88 MPa
Figura: Análise da normalidade para as deformações obtidas no ensaio de prismas: a) gráfico porcentagem x tensão de compressão teste K-S; b) gráfico porcentagem x tensão de compressão teste R-J; c) histograma
Com o desenvolvimento desse trabalho, pode-se concluir que:
Portanto, o bloco encaixável de solo cimento, o Tijolito®-Sistema Andrade Gutierrez de Construção Industrializada, sistema construtivo de menor impacto ambiental, devido ao seu comportamento relativo a sismos é um material que, segundo essa primeira análise, apresenta resistência ao cisalhamento não inferior às alvenarias de terra tradicionalmente empregadas no Brasil e no mundo.
Para trabalhos futuros, sugere-se:
• executar mais ensaios para a resistência à compressão de Tijolitos isolados, resistência à compressão de prismas e resistência ao cisalhamento de mini paredes, a fim de aumentar o número de dados analisados na aplicação dos testes de normalidade e verificar se a hipótese continua sendo rejeitada, ou se passa a ser aprovada.
juliana.msguimaraes@gmail.com