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Fernando Pessoa

Artistas do Modernismo

Bruno Hernandes Leão nº6 3ºB

A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo.

Fernando

Fernando António Nogueira Pessoa

13/6/1888 - 30/11/1935

Tabacaria

Essência musical dos meus versos inúteis,

Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,

E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,

Calcando aos pés a consciência de estar existindo,

Como um tapete em que um bêbado tropeça

Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.

Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada

E com o desconforto da alma mal-entendendo.

Ele morrerá e eu morrerei.

Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.

A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.

Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,

E a língua em que foram escritos os versos.

Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.

Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente

Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,

Sempre uma coisa tão inútil como a outra,

Sempre o impossível tão estúpido como o real,

Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,

Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),

E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.

Semiergo-me enérgico, convencido, humano,

E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los

E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.

Sigo o fumo como uma rota própria,

E gozo, num momento sensitivo e competente,

A libertação de todas as especulações

E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira

E continuo fumando.

Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira

Talvez fosse feliz.)

Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).

Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.

(O dono da Tabacaria chegou à porta.)

Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.

Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo

Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, in "Poemas"

Não sou nada.

Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,

Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é

(E se soubessem quem é, o que saberiam?),

Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,

Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,

Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,

Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,

Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,

Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.

Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,

E não tivesse mais irmandade com as coisas

Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua

A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada

De dentro da minha cabeça,

E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.

Estou hoje dividido entre a lealdade que devo

À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,

E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.

Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.

A aprendizagem que me deram,

Desci dela pela janela das traseiras da casa,

Fui até ao campo com grandes propósitos.

Mas lá encontrei só ervas e árvores,

E quando havia gente era igual à outra.

Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?

Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!

E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

Génio? Neste momento

Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,

E a história não marcará, quem sabe?, nem um,

Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.

Não, não creio em mim.

Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!

Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?

Não, nem em mim...

Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo

Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?

Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -

Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,

E quem sabe se realizáveis,

Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?

O mundo é para quem nasce para o conquistar

E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.

Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.

Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,

Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.

Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,

Ainda que não more nela;

Serei sempre o que não nasceu para isso;

Serei sempre só o que tinha qualidades;

Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta

E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,

E ouviu a voz de Deus num poço tapado.

Crer em mim? Não, nem em nada.

Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente

O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,

E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.

Escravos cardíacos das estrelas,

Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;

Mas acordámos e ele é opaco,

Levantámo-nos e ele é alheio,

Saímos de casa e ele é a terra inteira,

Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;

Come chocolates!

Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.

Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.

Come, pequena suja, come!

Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!

Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,

Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei

A caligrafia rápida destes versos,

Pórtico partido para o Impossível.

Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,

Nobre ao menos no gesto largo com que atiro

A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,

E fico em casa sem camisa.

Meu coração é um balde despejado.

Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco

A mim mesmo e não encontro nada.

Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.

Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,

Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,

Vejo os cães que também existem,

E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,

E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei, e até cri,

E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.

Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,

E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses

(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);

Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo

E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube,

E o que podia fazer de mim não o fiz.

O dominó que vesti era errado.

Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.

Quando quis tirar a máscara,

Estava pegada à cara.

Quando a tirei e me vi ao espelho,

Já tinha envelhecido.

Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.

Deitei fora a máscara e dormi no vestiário

Como um cão tolerado pela gerência

Por ser inofensivo

E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Fernando António Nogueira Pessoa

Biografia

"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,

Não há nada mais simples

Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.

Entre uma e outra todos os dias são meus."

Biografia

  • Nascimento : 13 de junho de 1888 - Lisboa {A escolha do nome} ;
  • Morte : 30 de novembro de 1935 - Lisboa;
  • Ocupação : Tradutor, correspondente estrangeiro em escritórios comerciais. escritor, poeta;
  • Principais influências : Camões, Sheakspeare, Allan Poe, Antero de Quental, Cesário Verde;
  • Educado na África do Sul - escola católica irlandesa;
  • Em 1894, com apenas 6 anos, primeiro heterônimo: “Chevalier de Pas”;
  • Familiaridade com o inglês;
  • Vida na África;
  • 1915 - revista literária Orpheu, movimento modernista em Portugal;
  • Direção da revista, com Mário de Sá-Carneiro;
  • Internado no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, com cirrose hepática
  • "I know not what tomorrow will bring".

Arca, com mais de 25.000 páginas, e a sua biblioteca pessoal.

“À Minha Querida Mamã”

Ó terras de Portugal

Ó terras onde eu nasci

Por muito que goste delas

Ainda gosto mais de ti.

"Fernando Pessoa em flagrante delitro": dedicatória na fotografia que ofereceu a Ophélia Queiroz em 1929.

Obra

'' Agora, tendo visto tudo e sentido tudo, tenho o dever de me fechar em casa no meu espírito e trabalhar, quanto possa e em tudo quanto possa, para o progresso da civilização e o alargamento da consciência da humanidade. ''

Obra

  • Obras publicadas em Vida

35 Sonnets (1918)

Antinous (1918)

English Poems, I, II e III (1921)

Mensagem (1934)

  • Prosa

Pessoa e o Fado: Um Depoimento de 1929

Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação

Páginas de Estética e de Teoria e de Crítica Literárias

  • Prosa (Autobiográfica - Semi-Heterônimo)

Livro do Desassossego (1913/1982)

  • Obra Poética Compilada

Ficções do interlúdio (1914-1935)

Na Floresta do Alheamento

O Marinheiro

Por ele mesmo

Obras da Arca

Textos Filosóficos

A única realidade social é o indivíduo,

If Force be more real than matter,

Na classificação dos sistemas filosóficos

Ficções

CRÓNICA DECORATIVA

CZARKRESKO

FÁBULA

  • Textos de Auto-análise
  • Ensaio e Crítica
  • Sociologia e Política
  • Sobre Portugal

Obra Dramática

DIÁLOGO NA SOMBRA

O MARINHEIRO

AUTO DAS BACANTES

SALOMÉ

Correspondência

[Carta a Adolfo Casais Monteiro - 13 Jan. 1935]

[Carta a Adolfo Rocha - Jun. 1930]

[Carta a Adriano del Valle - 1 Jun. 1924]]

[Carta a Mário de Sá-Carneiro - 26 Abr. 1915]

[Carta a Rogelio Buendìa - 15 Set. 1923]

Características de Estilo

Estilo

  • Invenção heteronímica que atravessa toda a sua obra;

"Eu vejo diante de mim, no espaço incolor mas real do sonho, as caras, os gestos de Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Construi-lhes as idades e as vidas".

  • Reflexões sobre identidade, noções de verdade e existencialismo;
  • Poemas em inglês, poesias líricas e poesias históricas com caráter nacionalista;
  • Conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade;
  • 127.

Ortônimo

A ÚLTIMA NAU

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,

E erguendo, como um nome, alto o pendão

Do Império,

Foi-se a última nau, ao sol aziago

Erma, e entre choros de ânsia e de pressago

Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta

Aportou? Voltará da sorte incerta

Que teve?

Deus guarda o corpo e a forma do futuro,

Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro

E breve.

  • Envolve basicamente a procura de um patriotismo perdido;
  • Atitude sebastianista reinventada;
  • Influenciado por doutrinas religiosas e sociedades secretas;
  • Ar mítico, heroico e por vezes trágico;
  • Poesia musical e subjetiva, voltada para a metalinguagem e os temas relativos a Portugal;

Álvaro de Campos

(13 ou 15 de Outubro de 1890 — 1935)

Álvaro

  • Único a manifestar fases poéticas diferentes ao longo da sua obra;

  • Engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa;

  • Estudou engenharia em Glasgow, viajou ao Oriente, e trabalhou em Londres, teria voltado para Lisboa em 1926;

  • "Álvaro de Campos é alto (1,75 m de altura, mais 2 cm do que eu), magro e um pouco tendente a curvar-se. Cara rapada [...] entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português, cabelo, porém, liso e normalmente apartado ao lado, monóculo. [...]"

Fases

  • Decadentista: Influenciado pelo simbolismo, exprime o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações.

  • Futurista: Revoltado e crítico, faz a apologia da velocidade e da vida moderna, com uma linguagem livre, radical.

Exalta o progresso técnico; A par da paixão pela máquina, há a náusea, provocada pela poluição física e moral da vida moderna.

  • Niilista: desilusões existenciais, desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade para a vida.

Outros

Ricardo Reis

Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.

Alberto Caeiro

Com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterônimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.

Bernardo Soares

Livro do Desassossego; um simples ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Conheceu Pessoa em uma casa de pasto frequentada por ambos. Bernardo deu a ler a Fernando seu livro que é considerado uma das obras fundadoras da ficção portuguesa no século XX.

Outros

Análise do texto

Tabacaria

Análise do texto

  • Predomina o niilismo, o sentimento de revolta, o inconformismo, a desumanização, um deprimente vazio;
  • Desilusão dos tempos pós-guerra;
  • Reflexão o deprime (Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade) e a falta do sonho, a lucidez, também o deixa deprimido e negativo (Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer);
  • Opõe a capacidade de sonhar a limitação do mundo real ;
  • Perda da identidade;
  • Dono da Tabacaria -> homem comum -> desconforto;
  • Ambiguidade simbólica: ‘Esteves, sem metafísica’ X esteves sem metafísica;
  • Desesperança: o dono da Tabacaria, alheio a tudo, apenas sorri.

Estética

  • Versos livres: sem restrição Métrica, nem em rima ou nas estrofes;
  • Poema extenso;

Figuras de linguagem

  • Oposição entre dentro (o quarto), subjetivo, a sua reflexão, e a rua (fora) a realidade objetiva - Antítese;

" À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,/ E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.)";

  • Tudo/nada - Antítese "(Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada).";

  • Anáfora presente no início dos versos: "Estou hoje vencido; Estou hoje lúcido; Estou hoje perplexo; Estou hoje dividido";

  • Gradação: Rua, o país, o planeta até atingir todo o universo (Ele morrerá e eu morrerei./ A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também./Morrerá a rua onde esteve a tabuleta,/ E a língua em que foram escritos os versos./ Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.);

  • Zeugma: Do meu quarto de um dos milhões do mundo;

O estrangeiro

Albert Camus

Obra de comparação

L'Étranger

1942

Albert Camus

  • O estrangeiro é classificado como um romance existencial e absurdista;
  • Meursault é destituído de objetivo;
  • Experiências sensoriais;
  • Crise do homem do seu tempo: sem projeto pré-dado, sem destino e sem sentido algum na sua existência;

O Absurdismo

  • Absurdo é o ato de existir, pois a vida é desprovida de projeto prévio e de finalidade;
  • O homem é aquele que está diante do nada e tenta encontrar algum sentido para viver;
  • A existência é uma busca de sentido contínua;

Albert Camus

  • Argélia (Colônia), 7/11/1913 — França, 4/1/1960);
  • Precária condição de vida e morte prematura de seu pai - Partido Comunista Francês ;
  • Conhece Sartre;
  • Camus recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957.

Dados do artista

Questão

(Universidade Metodista – São Paulo)

A respeito de Fernando Pessoa, é incorreto afirmar que:

a) não só assimilou o passado lírico de seu povo, como refletiu em si as grandes inquietações humanas do começo do século.

b) os heterônimos são meios de conhecer a complexidade cósmica impossível para uma só pessoa.

c) Ricardo Reis simboliza uma forma humanística de ver o mundo do espírito da Antiguidade Clássica.

d) junto com Mário de Sá-Carneiro, dirige a publicação do segundo número de Orpheu, em 1926.

e) a Tabacaria, de Alberto Caeiro, mostra seu desejo de deixar o grande centro em busca da simplicidade do campo.

Exercício

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