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Desvalorização da cultura brasileira, em especial o cinema

O brasileiro sempre prioriza os produtos estrangeiros. Chama-se “complexo de vira-lata”.

No cinema não é diferente. Há filmes nacionais de qualidade, porém o público ainda prefere assistir aos hollywoodianos e europeus. Além da crítica do público, há a falta de salas para exibição desses filmes, falta de tecnologia e principalmente, falta incentivo.

Neste aspecto temos também a Lei de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), também conhecida como Lei Rouanet, que foi criada, em termos gerais, com a intenção de incentivar a produção cultural no Brasil. Por meio dela, empresas que patrocinam projetos ligados a cultura têm desconto de igual valor em seu imposto de renda. Ótima intenção. Mas o que temos visto, porém, é a desvalorização da cultura por meio da valorização comercial da mesma, fazendo com que as grandes empresas acabem por dar preferência somente aos artistas cujos projetos são aprovados pela lei, já são renomados e possuem um potencial para veiculação na mídia.

Nos dias de hoje, muitas pessoas com ausência de conhecimento ousam dizer que o nosso país é pobre de cultura. Como pode alguém expressar algo que desconhece? O que de fato ocorre é justamente isto, a desvalorização da cultura brasileira. Pois cidadãos como estes, são aqueles que consumem marcas, ouvem músicas, assistem a espetáculos e filmes apenas internacionais e não são capazes de enxergar e dar o devido valor ao que é produzido no seu pais, no seu estado, na sua cidade.

Afinal, nenhuma empresa é boazinha o suficiente para patrocinar sem uma contrapartida. E os novos artistas, tão talentosos ou até mais que os privilegiados que conseguem recursos por meio dessa lei? Bem, esses ficam esquecidos de lado, afinal, não são rentáveis do ponto de vista comercial/institucional. E o nosso Ministério da Cultura, lava suas mãos e deixa sob responsabilidade das nossas corporações privadas o direito de decidir o que o Brasil ouvirá, verá, lerá e assistirá. Nossa bagagem cultural está agora nas mãos de empresas que se outorgam de poder para decidir o que é bom ou ruim para o Brasil (e para eles, é claro).

Curiosidades

O cinema brasileiro passou por dificuldades no governo Collor, em 1990. A Embrafilme, a Fundação do Cinema Brasileiro (FCB) e o Conselho Nacional de Cinema (Concine) foram extintos. Depois disso houve a retomada e o cinema brasileiro começou a crescer. O filme “Cidade de Deus” (2002) foi premiado em cinco países e foi o marco desta retomada. Segundo a Agencia Nacional de Cinema (Ancine), hoje no Brasil são lançados em média cem filmes por ano. Será que o cinema nacional sempre dependerá da aprovação de outros países? O programa “Cinema para todos”, iniciativa do governo do Rio de Janeiro, é apenas um dos projetos que mostra o contrário. O investimento nesse projeto também serviu para formação de público. No entanto, os cinema americano e europeu são melhor estruturados e ocupam muitas salas de cinema do Brasil. Para que haja mudança, ainda que lenta, o público nacional deve abdicar do narcisismo ao contrário para, assim, gerar lucro tanto ao exibidor quanto para o distribuidor, instigando, então, os investidores.

- A presidente Dilma Rousseff assinou, no fim do ano passado, o decreto 8.386. A medida limita o número de salas para exibição de um mesmo filme. A lei, que trata da Cota de Tela, determina o número de dias e a diversidade mínima de títulos brasileiros a serem exibidos nas salas de cinema do país ao longo do ano.

- São inúmeros os filmes brasileiros premiados internacionalmente. “Central do Brasil” (1998), “Cinema, aspirina e urubus” (2005), “Eu sei que vou te amar” (1986) entre muitos outros. Muitos destes filmes o próprio brasileiro não conhece.

Referências:

MARCUS LEMOS. A lei do incentivo à cultura incentiva a cultura de quem? Disponível em: http://www.marcuslemos.com.br/2011/03/a-lei-de-incentivo-a-cultura-incentiva-a-cultura-de-quem/. Acesso em: 24 de set. 2015.

JORNAL MATÉRIA PRIMA. A desvalorização do cinema brasileiro. Disponível em: http://www.jornalmateriaprima.com.br/2015/05/a-desvalorizacao-do-cinemabrasileiro/#sthash.JTNv5V7k.dpuf Acesso em: 24 de set. 2015.

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