Alcoolismo
Hérnia de Hiato
40 - 100%
Fisiopatologia
A história de uso excessivo de álcool levando a vômitos foi observado em 40 a 80 por cento.
Gradiente de pressão mais elevado se desenvolve na hérnia em comparação com o resto do estômago durante o esforço para vomitar, aumentando assim o potencial para a mucosa laceração.
Am J Gastroenterol 1993; 88:2056.
Lacerações de Mallory-Weiss são geralmente secundárias a um aumento súbito da pressão intra-abdominal.
Condições predisponentes incluem hérnia hiatal, alcoolismo crônico.
Am J Dig Dis 1966; 11:710.
Manifestações Clínicas
Síndrome de Mallory-Weiss
Diagnóstico
Sangramento gastrointestinal agudo é a manifestação clínica principal, que pode ser acompanhada por dor epigástrica ou dor no dorso.
Os pacientes normalmente, mas não sempre, tem uma história de vômitos ou náusea sem sangue antes do início da hematêmese
EDA é a modalidade de diagnóstico de escolha.
Documentar a presença de uma laceração gastroesofágica.
Permite a possibilidade de uma intervenção terapêutica
Am J Gastroenterol 1993; 88:2056.
Caracterizada por lacerações longitudinais na mucosa do esôfago distal e estômago proximal associada a vômitos.
Lacerações levam a sangramento das artérias submucosas.
Representa 5% dos casos de hemorragia digestiva alta
Gastroenterology 1976; 71:5.
Tratamento
Maioria dos casos há resolução espontânea
Prognóstico
Epinefrina, etanol, e outros agentes esclerosantes tem sido utilizada como monoterapia ou em combinação com coagulaço térmica.
Quase todos os pacientes com síndrome de Mallory-Weiss irão responder a terapia endoscópica.
Mortalidade é semelhante ao observado com sangramento de úlcera péptica.
Mortalidade em 30 dias:
- Síndrome de Mallory-Weiss confirmados endoscopicamente (281 pacientes): 5,3 %
- Sangramento úlcera péptica (1.530 pacientes): 4,6%
(p = 0,58)
Gastrointest Endosc Clin North Am 1991; 1:387.
Manifestações clínicas
Scand J Gastroenterol 2014; 49:458.
Cervicais: odinofagia, disfagia ou disfonia. Sensibilidade à palpação do músculo esternocleidomastóideo e creptação.
Intra-abdominal: dor epigástrica que pode irradiar para o ombro. Os pacientes também podem relatar dor no dorso ou se apresenta como um abdome agudo.
Sepse pode desenvolver-se rapidamente dentro de horas de apresentação.
Manifestações clínicas
Dependem da localização
A perfuração do esôfago geralmente envolve o porção póstero-lateral esquerda do esôfagodistal intratorácico e se estende por vários centímetros.
Pode ocorrer a ruptura do esôfago cervical ou intra-abdominal.
Dor torácica retroesternal excruciante devido a uma perfuração do esôfago intratorácica
História de náusea severa e vómitos que precede o início da dor, embora 25 a 45% dos pacientes não têm qualquer história de vómitos.
Síndromes de Mallory-Weiss
e Boerhaave
Síndrome de Boerhaave
A ruptura do esôfago intractorácico resulta em contaminação da cavidade mediastinal com conteúdo gástrico.
Mediastinite química com enfisema mediastinal e inflamação, e infecção bacteriana e, subsequentemente, necrose do mediastino.
Enfisema subcutâneo
Diagnóstico
Sinal de Hamman: estertores crepitantes, associados ao batimento cardíaco
Acidentalmente em avalição de paciente com dor torácia
Ann Thorac Surg 1971; 12:291.
Interact Cardiovasc Thorac Surg 2007; 6:130.
Dor torácica, pescoço ou dor abdominal superior após um episódio de vômito grave ou outras causas de aumento da pressão intratorácica e a presença de enfisema subcutâneo no exame físico.
Perfuração espontânea do esôfago, que resulta de um aumento súbito da pressão intraesofageana combinado com pressão negativa intratorácica
Pedro Botelho de Alencar F. Cruz
MR1 CIRURGIA GERAL
Incidência de 3.1 por 1.000.000 por ano.
Tomografia Computadorizada
Esofagograma contrastado
15% das perfurações espontâneas do esôfago
Salvador, 25 de março 2015
Radiografia de tórax e cervical
Ann Thorac Surg 2004; 77:1475.
Ar livre peritoneal ou mediastinal ou enfisema subcutâneo
Tratamento Inicial
Indicações de cirurgia
Evitar a todo ingestão oral
O suporte nutricional, tipicamente parenteral
Antibióticos intravenosos de largo espectro
Inibidor de bomba de próton intravenosa
Drenagem de coleções / desbridamento do tecido infectado e necrótica, se presente
- Uma perfuração que inicialmente tinha extravasamento limitado de contraste desenvolve extravasamento livre difuso
- Extensão da perfuração
- A deterioração clínica, febres persistentes, ou sepse
-A progressão da pneumomediastinum ou pneumotórax
-Desenvolvimento de um empiema
Bibliografia
Thorac Surg Clin 2011; 21:541.
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