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O desejo e a transformação da busca amorosa/sexual: uma breve digressão histórica
"Nova ecologia das relações"
Illouz, 2012.
"Nova economia do desejo"
Miskolci, 2014.
Das razões mais diversas, essas pessoas que fazem parte de uma geração que viveu a homossexualidade no “meio” – e, portanto, a necessidade de afirmar-se “fora” –, como estigma, doença e, mesmo, pecado, encontram na internet uma nova – e, talvez, única – forma para encontrar parceiros/as e criar laços de amizade sem serem marcados pela exposição de seus desejos eróticos no espaço público (MISKOLCI, 2009, p. 176).
(Parecer número 300.177/13, Comitê de Ética em Pesquisa, UFSCar)
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISA, 2012).
Público: 52 pessoas
(GAon)
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N = 107
Privado: 55 pessoas
(GFoff)
online até a amizade tem seu preço.
"Prior to the Internet, the main ways in which gay and bisexual men socialized were through gay bars and clubs and community groups/centers, as well as through public sex venues: adult bookstores, bathhouses, and cruising parks or bathrooms (de Wit, de Vroome, Sandfort, & van Griensven, 1997; Frankis & Flowers, 2009; Humphreys, 1975; Shilts, 1987). Such public atmospheres were unattractive to individuals who may not have been out about their sexual interest in men, or for those who were still exploring their sexual identities (Weinrich, 1997). There was also the potential for physical harm (e.g., being assaulted, raped, robbed) and police arrest in public sex environments. Gay spaces such as bars, clubs, and bathhouses were less accessible to those living in nonurban areas. In contrast, the Internet emerged as a space that was available 24 hours a day (unlike bars/clubs) through which users could interact with others without revealing their full identities" (GROV. et. al., 2014, p. 393).
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Continuum online/off-line
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"Ainda que a Internet possibilite outras formas de busca de relacionamentos afetivos/amorosos/sexuais, as histórias de sucesso, as entrevistas e os artigos sobre namoro e relacionamento sugerem que as relações iniciadas online estão permeadas por códigos de gênero similares às relações que começaram em outros espaços de sociabilidade, mostrando o continuum online/off-line" (Beleli, 2012).
107 pessoas entrevistadas (GAon, GFoff):
Escolaridade:
Gráfico 2: Distribuição dos sujeitos dos grupos GAon e GFoff segundo a classificação socioeconômica
Gráfico 1: Distribuição dxs interlocutorxs dos grupos GAon e GFoff segundo a variável escolaridade
A construção de uma nova cultura baseada na comunicação multimodal e no processamento digital de informações cria um hiato geracional entre aqueles que nasceram antes da Era da Internet (1969) e aqueles que cresceram em um mundo digital (CASTELLS, M. p. 2, 2010).
Gráfico 1: Choropleth Map*: proveniência por estado** dxs interlocutorxs de ambos os grupos
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A pesquisa contou com interlocutores/as de grande parte dos estados brasileiros (Gráfico 1). Do GAon, 38,5% eram de São Paulo (n = 20), 23,1% do Paraná (n = 12), 11,5% do Rio de Janeiro (n = 6), 9,6% da Bahia (n = 5), 5,8% do Rio Grande do Sul (n = 3), 3,8% de Minas Gerais (n = 2) e 1,9% (n = 1) dos demais estados (Espírito Santo, Goiás, Paraíba e Tocantins). Do GFoff, 56,4% eram provenientes de São Paulo (n = 31), 12,7% do Rio de Janeiro (n = 7), 10,9% do Paraná (n = 6), 7,3% de Minas Gerais e 1,8% dos demais estados (n = 1), sendo: Distrito Federal, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.