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Transcript

Senhor, ajuda-nos a ter um coração contrito e humilhado, que cortou todas as pontes com o pecado voluntário, para que possas derramar sobre nós o Teu Espírito e enriquecer-nos com Teus dons, para a glória do Pai e para a edificação da Tua Igreja. Amém!

Assim acontece quando se abusa dos dons de Deus para glória ou utilidade própria, sem aceitar as austeras exigências que o Espírito mesmo impõe e que o Evangelho expõe, que se resumem na palavra "cruz".

Temos, portanto, que entrar cm uma perspectiva de conversão real, deixando de pensar nos carismas como belos dons que, num dado momento, graças à efusão do Espírito, pousaram sobre a árvore da nossa vida

São Paulo exprime bem tudo isso quando afirma que os carismas devem ser a expressão de uma Vida "segundo o Espirito ; os carismas de fato estão assegurados somente àquele que, "me diante o Espírito, faz morrer as obras da carne" (cf. Rm 8,13). Isso nos explica por que tantas pessoas tenham parado na metade do caminho após um início fulgurante na Renovação

Se em nossos grupos são ainda tão escassos os "carvões acesos" , isto é, as vidas realmente penetradas pelo fogo do Espírito que ardem agora pela Igreja, a razão se encontra aqui; é que não se permitiu ao fogo alcançar o coração. Não se passou por aquilo a que São Paulo chama "a circuncisão do coração" (cf. Rom 2,29)

O equilíbrio está em aceitar até o fim a cruz, para poder experimentar até o fim a ressurreição.

Jesus nos salvou passando de cruz em cruz, e fez os santos levando-os a passar de cruz em cruz, mesmo que no antegozo da alegria da ressurreição. Os carismas devem exibir os frutos do Espírito; se não existem estes, tudo é perigoso, é necessário parar, refletir. Jesus disse: "Pelos fim tos os reconhecereis", e os frutos dos quais fala são os do Espírito: amor, alegria, paz, benevolência, paciência, humildade, obediência...

Uma última coisa devo dizer, aqui, com relação ao exercício dos carismas: que eles não podem andar junto com o pecado. Portanto, é necessário romper definitivamente com o pecado. Na vigília da efusão do Espírito, tudo o que o Senhor quer de vocês é isso. Não é escolher qual carisma pedir (é melhor, aliás, não pedir exatamente nada e deixar que seja o Espírito a distribuir os Seus dons como quiser). A coisa verdadeiramente importante é oferecer ao Senhor um coraçäo contrito e humilhado, um coraçäo que não tem mais ligações com o pecado.

EXERCÍCIOS DOS CARISMAS

"Retirai-vos de mim'"? É que aqueles carismas não eram manifestação autêntica de uma vida guiada pelo Espírito de Jesus mas eram outra coisa; eram, quando muito, ostentação do rito, náo manifestação do Espírito. Assim acontece quando se abusa dos dons de Deus para glória ou utilidade própria, sem aceitar as austeras exigências que o Espírito mesmo impõe e que o Evangelho expõe, que se resumem na palavra "cruz".

Temos, portanto, que entrar cm uma perspectiva de conversão real, deixando de pensar nos carismas como belos dons que, num dado momento, graças à efusão do Espírito, pousaram sobre a árvore da nossa vida. Seria, nesse caso, uma árvore dc Natal, não uma álvore verdadeira. Já numa outta ocasiño ilustrei a diferença que existe entre a álvore de Natal e uma de verdade. A árvore de Natal, geralmente, é uma de plástico, na qual são pendurados os presentes natalinos e que se joga fora assim que os presentes sáo remados e a festa acabou. Um cristão que apresenta carismas, sem porém a substância de uma vida moldada no Evangelho, assemelha-se àquela arvorezinha de plástico que não serve mais para nada e que se ooga fora assim quesäo retirados os presentes. Bem (lifelente é o ClAstao cuja vida é semelhante à da árvore que cwsce ao longo dos riachos: ele traz sempre novos frutos na época devida e suas tolhas náo murcharão nunca (cf. SI 1,3). Passará pelo invano, Isto é, por períodos nos quais não parece ter filita nenhuma c está totalmente despido (passará pelo despojamento e pela aridez), mas na prunaven voltará a brotar e, aliás, quando náo se vêem as suas frutas, e exatamente o momento em que mars as produz.

São Paulo exprime bem tudo isso quando afirma que os carismas devem ser a expressão de uma Vida "segundo o Espirito ; os carismas de fato estão assegurados somente àquele que, "me diante o Espírito, faz morrer as obras da carne" (cf. Rm 8,13). Isso nos explica por que tantas pessoas tenham parado na metade do caminho após um início fulgurante na Renovação ou, definióœ mente, tenham voltado atläís.

Acontece, com a Renovação, corno quando se acende fogo em casa; antes se põe fogo em algum material facilmente

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inflamável, como papel, palha, ou gnvetos secos. Mas, terminada aquela primeira chama, ou o fogo conseguiu acender os pedaços grandes dc lenha c, com isso, durará até a manhã seguinte e aquecerá toda a casa, ou não conseguiu c, entño, não acontece exatamente nada; tratava-se, dc fato, de um "fogo de palha", No plano da renovaçáo espiritual, ou a chama inicial alcança o coração e o transforma de cotação dc pedra em coração de carne, ou não chega ao coração mas fica na periferia, e então termina logo sem deixar rastro.

Se em nossos grupos são ainda tao escassos os "carvões acesos" , isto é, as vidas realmente penetradas pelo fogo do Espírito que ardem agora pela Igreja, a razio se encontra aqui; é que não se permitiu ao fogo alcançar o coração. Nào se passou por aquilo a que São Paulo chama "a circuncisão do coração" (cf. Rin 2,29).

Temos que levar mais a sério algumas regras básicas de santidade que são observadas, justamente, na Vida dos santos reconhecidos como tais pela Igreja. Eu fico abismado e sofro, e algumas vezes me arrepio de desdém, quando, entre pessoas da Renovaçao, ouço dizer que se deve proclamar a alegria da ressurreição e que não se deve exagerar no falar de cnuz, de renegação de si, para não voltar a uma certa velha espiritualidade "aflitiva" demais. E verdade que devemos elevar a fé e a alegria da ressurreição até o extremo, mas o equilil)lio náo consiste em dosar um pouco de ressurreição e um pouco de cnu. Isso é uma de pensar todo humana. O equilíbrio está em aceitar até o fim a cruz, para poder experimentar até o fim a ressurreição.

A Igreja não se desmente, Jesus não se desmente; por vinte séculos, os santos se santificaram assim. Ao início do caminho espiritual, a graça se faz sentir através de dons e consolações grandes, no intuito de desprender a pessoa do mundo e fazê-la decidir-se por Deus; mas cm seguida, urna vez desprendidas do mundo, o Espírito impele tais pessoas a se dirigirem para o «caminho estreito" do Evangelho, o caminho da mortificaçâo, da Obediência, da humildade. Não existe motivo para que hoje o Senhor tenha mudado radicalmente de método e faça os santos através de um outro caminho, ladrilhado de doçuras e experiências inebriantes, do início ao fim. Não se vê para que e como possa fazê-los passar de glória em glória, sem fazê-los passar de cruz em cruz.

Jesus nos salvou passando de cruz em cruz, e fez os santos levando-os a passar de cruz em cruz, mesmo que no antegozo da alegria da ressurreição. Os carismas devem exibir os frutos do Espírito; se não existem estes, tudo é perigoso, é necessário parar, refletir. Jesus disse: "Pelos fim tos os reconhecereis", e os frutos dos quais fala são os do Espírito: amor, alegria, paz, benevolência, paciência, humildade, obediência...

E já que citei a obediência, gostaria de insistir por um momento nessa virtude. Os carismas devem ser exercitados na obediência. São Paulo nos disse que os carismas são daqueles que, mediante o Espírito, fazem morrer as obras da carne; isto é, de todos os que, por meio da obediência, mortificam o amor pró prio, o orgulho, o próprio ponto de vista. Em um grupo onde não há clima de obediência e de submissão (a quem preside, ao sacerdote, ou simplesmente recíproca), tudo está em perigo, tudo é ambíguo; nascem as facções e depois as desilusões. A obediência é a marca para reconhecer se um irmão está animado por um carisma autêntico ou não; é suficiente ver se ele está

disposto — caso uma voz de autoridade o peça — a colocar-se de lado, a submeter seu carisma à comunidade.

Santa Teresa d'Avila tinha aparições de Jesus; e se tratava deveras de Jesus em pessoa, nào do demônio; mas, a partir do momento que um certo confessor lhe disse tratar-se de um engano do demônio e que devia borrifar a visão com água benta, ela obedeceu e borrifava com água benta a Jesus, e Jesus se mostrava contente por ela obedecer ao seu confessor. Como se pode, então, ouvir entre nós alguém que diz: "Estou sendo humilhado, impedido de agir, mas sinto que o Senhor me chama a fazer isto e aquilo." Você sente, você sente, mas não percebe, querido irmão, que esse seu "sentir" o está levando para fon do caminho. O importante não é o que você sente; o importante é 0 que "sente" a Igreja. Se vocês querem ter alguns "sentimentos tenham os mesmos sentimentos que foram os de CristoJesus, é, como diz Paulo, obediência e humildade (cf. 2,5ss).

Uma última coisa devo dizer, aqui, com relação ao exercício dos carismas: que eles não podem andar junto com o pecado. Portanto, é necessário romper definitivamente com o pecado. Na vigília da efusão do Espírito, tudo o que o Senhor quer de vocês é isso. Não é escolher qual carisma pedir (é melhor, aliás, não pedir exatamente nada e deixar que seja o Espírito a distribuir os Seus dons como quiser). A coisa verdadeiramente importante é oferecer ao Senhor um coraçäo contrito e humilhado, um coraçäo que não tem mais ligações com o pecado. Felizes vocês se, nesta ocasião, em um momento de recolhimento, conseguem dizer aJesus: "Senhor, entendi qual é a minha verdadeira raiz de pecado, as amarras que ainda me impedem de correr livremente em direçäo a Ti; por isso, tremendo por causa da minha fraqueza, mas cheio de confiança na Tua graça, digo: Entre mim e aquele pecado, mais nada em comum; digo: Basta! Rompo definitivamente com o meu pecado!"

Com relação a pecado, deixem que eu exprima um grito amargurado que tenho no coração há tempo. Existem enganos nos grupos, em alguns irmãos; existem algumas situações nas quais parece que se está brincando com Deus. Säo Paulo diz: "De Deus não se zomba" (Gl 6,71)); ora, existem pessoas que parece que não entenderam quanto Deus leva a sério o pecado. Não falo dos pecados que todos nós cometemos, que nos colhem de surpresa e dos quais, de uma ou de outra forma, nos arrependemos e nos confessamos; falo de "estado" de pecado, isto é, de situações claramente individualizadas há tempo como situações de grave ruptura com Deus e com a Igreja, com as guais se continua a conviver tranqüilo e se vai à oraçäo semanal. E uma coisa terrível: a Epístola aos Hebreus diz que quem vive nesse tipo de pecado crucifica novamente o Filho de Deus e O expõe à infimia" (cf.

6,6). Quem faz isso e vai, sem arrependimento, ao encontro da

Oração, é alguém que se põe a bater palmas e louvar o Cristo Senhor, enquanto no seu coração novamente O está crucificando. Se existem entre nós casos parecidos, arrependimento, arrePendimento, confissão, confissão! Chega de sair hipocritamente Por aí dissimulando o próprio pecado. "Hoje, se você ouvir a voz de Deus, não endureça o seu coração!"

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Senhor, ajuda-nos a ter um coração contrito e humilhado, que cortou todas as pontes com o pecado voluntário, para que possas derramar sobre nós o Teu Espírito e enriquecer-nos com Teus dons, para a glória do Pai e para a edificação da Tua Igreja. Amém!

Assim acontece quando se abusa dos dons de Deus para glória ou utilidade própria, sem aceitar as austeras exigências que o Espírito mesmo impõe e que o Evangelho expõe, que se resumem na palavra "cruz".

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