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A grande realização do Romantismo no campo das artes plásticas encontra-se na pintura, que depende menos da aceitação pública do que a arquitetura, acomodando-se mais ao individualismo e às ideias e temas literários dominantes. A literatura tornou-se mais do que nunca uma fonte de inspiração para os pintores, oferecendo novos assuntos, emoções e atitudes. Dentro do movimento romântico, a arte e a literatura estabeleceram uma ligação complexa e subtil.
A pintura romântica começou como uma reação, em nome da Razão e da Natureza, contra a "artificialidade" barroca.
Joseph Mallord William Turner nasceu em Londres, em 23 de abril de 1775, e faleceu em Chelsea, no dia 19 de dezembro de 1851. Sua mãe sofria de graves distúrbios mentais e foi internada no ano de 1800, em Bedlam, onde morreu abandonada, quatro anos depois. O seu pai era barbeiro.
Turner nunca se casou. Teve, porém, uma amante durante toda a sua vida, de nome Sarah Danby.
Foi um dos maiores nomes do romantismo, retratando a grandiosidade da natureza e a luta do homem pela sobrevivência. Toda a vida foi um excêntrico e um solitário, o que se acentuou nos últimos tempos. Retirou-se para uma casa de campo em Chelsea, onde acabou por morrer. Em muitos dos seus quadros, o tema principal é a luminosidade atmosférica, o que influenciou de forma definitiva o movimento impressionista no final do século XIX.
John Constable, um seu contemporâneo, descreveu o seu estilo, crítica mas agudamente, como "visões etéreas, pintadas com vapor colorido"
Ruskin, um grande defensor da superioridade do estilo gótico, via no Navio Negreiro - de que era dono - "o verdadeiro, o belo e o intelectual", tudo qualidades que elevavam Turner acima dos paisagistas anteriores
O Romantismo não se refere propriamente a um estilo específico, mas antes a uma atitude de espírito, que pode revelar-se sob muitos aspetos - é um conceito vasto e difícil de definir. A palavra vem dos "romances", histórias de aventuras medievais, tão em moda nos finais do séc. XVIII, assim chamados por serem escritos em língua "românica" e não em latim. O interesse por um passado gótico, por tanto tempo desprezado, era o sintoma de uma reação contra a ordem social, a religião ou outros valores consagrados, atitude nascida de um forte desejo de emoções novas. Qualquer experiência real ou imaginária, serviria, desde que fosse suficientemente intensa. Mas o propósito declarado dos românticos era o de derrubar os artificios que barravam o caminho a um "regresso à natureza", a natureza desmedida, selvagem e variável, sublime ou pitoresca. Se o homem se comportasse "naturalmente" dando rédea solta às suas tendências, o mal desapareceria e a sua felicidade seria perfeita. Foi em nome da Natureza que os Românticos adoraram a liberdade, o poder, o amor e a violência, os Gregos e a Idade Media - tudo o que lhes inspirava entusiasmo. A verdade, porém, é que adoraram a emoção pela emoção. Levada ao extremo, esta atitude só pode exprimir-se pela ação direta e não através da arte, porque a criação de uma obra de arte exige autodomínio. Para imprimir à sua fugidia experiência uma forma permanente, o artista romântico precisa de um estilo. Mas porque está em revolta incessante contra a ordem estabelecida não pode recorrer ao estilo consagrado do seu tempo, tem de recuar a um passado ao qual se sinta ligado por uma "afinidade electiva" (outro conceito romântico). Por isso, o Romantismo favoreceu a revivência não de um só estilo, mas de um número potencialmente ilimitado de estilos. As "revivências" tornaram-se um princípio estilísco do Romantismo.
Turner começou como aguarelista; e a utilização de tons translúcidos sobre papel branco ajuda a explicar a sua preocupação pela cor da luz. Fez numerosos estudos do natural, escolhendo cenários que satisfaziam o gosto romântico por tudo o que fosse pitoresco ou sublime - as montanhas, o mar ou os sítios ligados a acontecimentos históricos. Muitas vezes, porém, alterava tão livremente essas paisagens que elas ficavam irreconhecíveis. São numerosas as que estão ligadas a temas literários. Quando expunha os seus quadros, acrescentava ao catálgo citações apropriadas de autores antigos ou modernos; algumas vezes, compôs ele próprio alguns versos.
O pintor inglês é considerado um precursor do Impressionismo e um dos fundadores da aguarela paisagística em Inglaterra. Decidido a tornar-se um artista, inscreve-se na Royal Academy em 1789. Expôs pela primeira vez em 1791, com 16 anos. A partir dos 18, começou a expor regularmente. As viagens que realizou pela Europa serviram de fonte de inspiração para o seu trabalho. A cidade de Veneza, nomeadamente, foi o modelo dos melhores quadros de Turner. Desenvolveu com os anos um estilo muito pessoal, focalizando a sua técnica nos efeitos de luz e na criação de uma atmosfera. Nas últimas obras, e especialmente em O "Téméraire" de Combate (1838), Barco a Vapor numa Tempestade de Neve (1842) e Chuva, Vapor e Velocidade (1844), as suas pesquisas obtiveram resultados fabulosos, embora na época tenha sido muito criticado. A maior parte das suas obras encontram-se expostas na Galeria Tate, em Londres.
Filme sobre o pintor:
Esta obra foi pintada numa fase da vida do pintor em que o próprio gostava do sitio onde estava e isso transparece neste quadro, pelas cor suaves e pelo traçado fluido.
Por essas fazões este é Para mim uma das mais belas obras de Turner, onde usa cores pastel e um traçado que tanto é minucioso (nas casas) com livre (nos barcos e no ceu).
Turner nunca se casou. Para ele, arte e casamento eram inconciliáveis. Mas houve uma mulher na sua vida, Sarah Danby, a viúva de um amigo. Turner instalou a amante perto de sua casa, e teve dois filhos com ela. Mas a sua discrição era tanta que a relação só foi conhecida após a sua morte.
1840
1819
1813
1812
1818
1790
1800
1808
1825-1830
Doente, solitário e sob efeito de uma solução feita de espinho de maçã – um narcótico - Turner pinta uma das suas mais obscuras e assustadoras obras. A pintura representa a própria morte, vencida por Turner, que vive para continuar pintando.
Turner vinha de uma família modesta. Talento precoce, com apenas 14 anos foi admitido na Royal Academy of Arts, como estudante. As suas obras iniciais seguiam a tradição paisagística topográfica de representar fielmente lugares reais. Estas obras garantiram, desde cedo, a sua independência financeira.
Embora algumas das suas obras já denunciassem o seu gosto pelo épico e pelo dramático, nesta fase de sua carreira prevalece o clima de encantamento pela paisagem britânica. Retrata principalmente a interação entre água, ar e luz. As suas obras são adoradas pelo público e Turner faz fortuna.
Veneza era o retiro de Turner, que adorava o lugar. As suas obras, nesta época, já eram acusadas de falta de clareza, de excesso de abstracionismo. Turner pintava com os dedos, usava as unhas para rasgar a pintura, lixava a tela com pedra pome. Além disso, dedicava-se inteiramente à sua arte, sem tempo para amigos ou vida social.
Uma denúncia sobre os horrores da escravatura, conta a história do navio negreiro Zong, que 60 anos antes atirara ao mar 132 africanos acorrentados, para receber um pagamento de seguro. A cena é pintada de forma febril, como um pesadelo, diluindo-se contornos e formas. Os críticos da época desdenham da obra e acusam Turner de insanidade. A sua galeria cai em decadência. Mesmo assim, Turner continua a criar até o final da vida.
No início dos anos 1800, a Inglaterra passa por um período difícil na sua história. Havia fome, desemprego e uma guerra sangrenta contra a França de Napoleão Bonaparte. Turner abandona um pouco a Inglaterra idílica de seus sonhos e pinta também esta realidade. Esta mudança na sua obra pode ser explicada, em partes, pela amizade que passa a cultivar com Walter Fawkes, um político militante inglês, que luta pelo fim das injustiças sociais e pela abolição da escravatura.
Uma cena apocalíptica, que revela o caminho que Turner seguiria com sua pintura. Nota-se a influência de Burke e sua “teoria do sublime“. A obra mostra o exército de Aníbal cruzando penosamente os Alpes, sendo engolido por um furacão e atacado por misteriosos seres da montanha. A obra é uma crítica velada a Napoleão, uma alusão às suas campanhas. Bonaparte é, inclusive, representado na tela, de forma humilhante: uma fraca figura de fundo, montada num elefante. O quadro é um sucesso e causa grande comoção popular.
Turner já ridicularizara Napoleão na sua pintura "O Exército de Aníbal ...". Neste quadro, seria de se esperar a glorificação do seu antagonista, o duque de Wellington, vencedor da Batalha de Waterloo. Mas Turner pinta uma pilha de cadáveres na escuridão. Para o pintor, não existiam vencedores na guerra, apenas sofrimento. Esta obra só foi exibida de forma apropriada em 1980 e a recusa de Turner em pintar o tema de forma mais gloriosa custou-lhe alguns patronos.
Aos 27 anos, torna-se membro da Royal Academy of Arts. “Dolbadern Castle” foi o seu primeiro quadro exposto na academia, para marcar sua admissão. Turner utiliza um tema medieval: O Castelo Dolbadern na Snowdonia, onde um príncipe gaulês, Owen Gough, encontrou a morte. Aqui, Turner já abandona a descrição topográfica meticulosa em prol de uma atmosfera mais dramática.