A Teoria de Hildegard Peplau
1943: Formou-se no Bennington College, desenvolvendo atividades como enfermeira e fazendo o bacharelato em Psicologia Interpessoal;
1946:
- Desempenhou funções de enfermeira do Exército dos EUA, aquando da 2ª Guerra Mundial (principalmente no Hospital de Neuropsiquiatria da Inglaterra);
- No período pós-guerra, ajudou a reestruturar o sistema de saúde mental (através da promulgação do National Mental Health Act) .
1947:
- No Teachers College, da Universidade de Colúmbia , conseguiu as epígrafes “Mestre” – Enfermagem psiquiátrica - e “Doutora” - desenvolvimento curricular;
- Peplau obteve, igualmente, instrução em psicanálise pelo Instituto William Alanson White, de Nova York.
Contextualização da Teoria de Peplau
Processo de Enfermagem:
- Avaliação Inicial
- Diagnóstico de Enfermagem
- Planeamento das Intervenções
- Implementação das Intervenções
- Reavaliação
Teoria das Relações Interpessoais:
- Orientação
- Identificação
- Exploração
- Resolução
Principais conceitos
- Enfermagem: processo interpessoal cujo foco principal é a relação enfermeiro-paciente.
- Pessoa: organismo vivo que procura a realização plena e luta para atingir um equilibrio, encontrando-se sempre em constante desenvolvimento.
- Saúde: Procura no sentido de obter uma vida pessoal, social, creativa, construtiva e produtiva.
- Ambiente: forças existentes no exterior do organismo e no contexto da cultura, a partir do qual são adquiridos a moral, os costumes e crenças.
Teoria das Relações Interpessoais
Responder a inúmeras questões como: "Como reagem pessoas diferentes quando ficam doentes pela primeira vez?", "Quando solicitam ajuda profissional?", "Como deveria sentir-se um indivíduo em relação à doença?"
Teoria das Relações Interpessoais
O enfermeiro é responsável por promover alterações positivas no doente e na comunidade em geral
Relação Enfermeiro-doente – o segundo é a figura central e toda a relação deve ser mais complexa que apenas a prestação de cuidados, mas envolver uma componente de interesse em conhecer o paciente;
Postulados e Estágios de Desenvolvimento da Personalidade
Enfermagem Psicodinâmica
- Todo o ser o humano tende para a procura de satisfação ou de segurança.
- Qualquer barreira que atravessa na procura de uma finalidade constitui uma frustração
- Tarefas psicológicas do desenvolvimento da personalidade:
- Aprender a contar com os outros
- Aprender a atingir a satisfação das suas necessidades
- Adquirir uma identidade e aceitar-se
- Desenvolver aptidão para participar
- O paciente deve compreender os seus próprios sentimentos
- Reconhecer e responder à procura de ajuda por parte do paciente
- Direcionada para a prática
- Facilmente ajustável à realidade
- Relação Enfermeiro-Paciente
“A Enfermagem é uma relação humana entre uma pessoa que está doente, ou necessita de cuidados de saúde, e uma enfermeira com uma formação especializada para reconhecer e responder ao pedido de ajuda” (Peplau, 1990).
Processo da Relação Interpessoal de Enfermagem de Peplau
Base: crescimento e desenvolvimento humano deve ser progressivo para que se atinja o potencial máximo
- Surgiu em 1952
- Pioneira no aparecimento da existência de uma relação entre o enfermeiro e o utente, sendo esta uma interação constante
A Teoria de Peplau apresentou-se em 4 fases que se encontram ligadas por um conjunto de funções. Estas vão evoluindo ao longo do tempo assim como a relação enfermeiro-doente.
Diferentes papéis assumidos pelo enfermeiro:
- “pessoa estranha” – profissional que executa as suas atividades baseadas no respeito e interesse pelo que vai usufruir dos cuidados;
-“pessoa recurso” – profissional responsável pelo esclarecimento de dúvidas ao paciente, seja a nível dos cuidados prestados de Enfermagem, psicológico ou sentimental
-“pessoa líder” ou “pessoa educadora” – profissional envolvido na aprendizagem do paciente, tornando este segundo ativo em todas as experiencias a que está sujeito
Principais Pressupostos
- A enfermagem dinâmica desenvolve-se tendo por base dois pressupostos:
- A postura do enfermeiro
- Desenvolvimento da personalidade com vista a facilitar a solução de problemas e dificuldades interpessoais
Baseou-se em:
- Autores: Sullivan, Symonds, Maslow, Mittleman e Miller
- Trabalhos terapêuticos de Freud e Fomme
Processo da Relação Interpessoal de Enfermagem de Peplau
Foi no seguimento da formulação desta teoria que a enfermagem se afastou de uma vertente focada apenas na doença, para uma vertente mais psicológica e comportamental. Sendo por isso, ainda hoje utilizada nas áreas de foro psiquiátrico
Diferentes papéis assumidos pelo enfermeiro:
Relação Enfermeiro - Doente
O doente é a figura central e toda a relação deve ser mais complexa que apenas a prestação de cuidados, mas envolver uma componente de interesse em conhecer o paciente
- “pessoa estranha” – profissional que executa as suas atividades baseadas no respeito e interesse pelo que vai usufruir dos cuidados;
-“pessoa recurso” – profissional responsável pelo esclarecimento de dúvidas ao paciente, seja a nível dos cuidados prestados de Enfermagem, psicológico ou sentimental
-“pessoa líder” ou “pessoa educadora” – profissional envolvido na aprendizagem do paciente, tornando este segundo ativo em todas as experiencias a que está sujeito
O enfermeiro é responsável por promover alterações positivas no doente e na comunidade em geral
Conclusão
A Teoria de Peplau apresentou-se em 4 fases que se encontram ligadas por um conjunto de funções. Estas vão evoluindo ao longo do tempo assim como a relação enfermeiro-doente
Tentou responder a inúmeras questões como: "Como reagem pessoas diferentes quando ficam doentes pela primeira vez?", "Quando solicitam ajuda profissional?", "Como deveria sentir-se um indivíduo em relação à doença?"
2ª fase – Identificação
1ª fase – Orientação
4ª fase – Resolução
3ª fase – Exploração
Pontos fortes e pontos fracos
Dependência do paciente em relação ao enfermeiro, sendo que este segundo deve promover a satisfação do primeiro e orienta-lo para atingir novas metas.
- Regresso à normalidade da vida do paciente que se encontra com as suas necessidades satisfeitas em pleno
- Quebra de laços e dependências criadas na fase da doença para com o profissional de saúde
- Fase psicológica e o êxito deve-se à satisfação ampla e encadeada das fases anteriormente referidas
- Seleção por parte do doente das pessoas que o podem auxiliar no seu problema, sendo que pode desenvolver três tipos de resposta:
1. desenvolver ações de caráter participativo e independente do enfermeiro
2. isolar-se e assumir uma atitude negativa em relação ao enfermeiro
3. adotar uma postura de desamparo e dependência em relação ao profissional. Importante: estas respostas são condicionadas pela atitude do enfermeiro
1. Compreensão da singularidade de cada paciente e da reação que este tem perante a dificuldade
2. Identificação das necessidade do paciente, orientação e clarificação de dúvidas formuladas por este sobre o processo que está a sofrer
Utilidade:
- Três áreas distintas:
- Processo de Enfermagem
- Ensino
- Pesquisa/investigação
- Auxilia o enfermeiro na tomada de decisão em relação aos cuidados a prestar
- Base para currículos
- Apresenta métodos adequados para investigação
Base:
Crescimento e desenvolvimento humano deve ser progressivo para que se atinja o potencial máximo
Trabalho realizado por:
Ana Rodrigues (nº 73032)
Carlos Vieira (nº 73708)
Daniela Nunes (nº 72141)
Débora Vieira (nº 72917)
Diana Abreu (nº 73109)
Juliana Silva (nº 73769)
Liliana Santos (nº 73265)
Sara Sousa (nº 72093)
Avaliação essencial para resolução
Relação entre as Fases do Processo Interpessoal de Peplau e o Processo de Enfermagem
Bibliografia
Notas Biográficas
1952:
- Lançou o livro onde descreveu a sua Teoria das Relações Interpessoais;
- Influenciou os setores educacional, profissional e prático da Enfermagem, enfatizando a importância da instrução dos profissionais de Enfermagem, para que estes possam verdadeiramente prestar cuidados aos doentes.
1999: Faleceu a 17 de Março, na Califórnia
- Defendeu, também, a auto-regulação profissional através da credenciação; introduziu o conceito de grau de mestre; tornou obrigatória a entrevista de Enfermagem (bem como o seu registo) e formulou conceitos (como ansiedade, conflito e frustração);
Trabalho de Peplau e características de uma Teoria
• ALMEIDA, VCF De - Teoria das relações interpessoais de Peplau: análise fundamentada em Barnaum. Rev Esc Enferm …. 2005).
• BELCHER, J.; FISH, L. - Teorias de Enfermagem, Os Fundamentos à Prática Profissional. 4a Edição ed. Porto Alegre : Artmed Editora, 2000. 45–57 p.
• BELCHER, J.; FISH, L. - Teorias de Enfermagem, Os Fundamentos à Prática Profissional. 4a Edição ed. Porto Alegre : Artmed Editora, 2000. 45–57 p.
• ESCOLA DE ENFERMAGEM PÓS-BÁSICA DE LISBOA - Modelos Teóricos de Enfermagem. Lisboa : [s.n.]
• HOWK, C. - Hildegard Peplau - Enfermagem Psicodinâmica
• PEPLAU, Hildegard E. - Relaciones Interpersonales En Enfermeria. 1a. ed. Barcelona : Salvat;Masson;, 1990
• PHANEUF, Margot - Planificação de Cuidados: um sistema integrado e personalizado. Coimbra : Edições Quarteto, 2001
• TOMEY, ANN MARRINER TOMEY; ALLIGOD, Marta Raile - Modelos y teorías en enfermería. 4a. ed. Madrid : Harcourt Brace, 1999
• WILKINS, Lippincott Williams &. - Nursing Process [Em linha], atual. 2006. [Consult. 3 nov. 2013]. Disponível em WWW:<URL:http://www.medilexicon.com/medicaldictionary.php?t=61900>.
- Participou em organizações, tais como a OMS (constituindo primeiramente um membro e evoluindo até vice-presidente) e diversas outras instituições.
- A vida e o trabalho da “enfermeira do século” (também conhecida como a “mãe da Enfermagem psiquiátrica”) produziram inúmeras mudanças na prática da Enfermagem;
- Hildegard Elizabeth Peplau nasceu a 1 de Setembro de 1909 em Reading, Pensilvânia
- Deu início à sua carreira em 1931 num programa de enfermagem em Pottstown (Pensilvânia)
Fases do Processo Interpessoal de Peplau vs Processo de Enfermagem
Características
- Sequenciais
- Ênfase a Interações Terapêuticas
- Ênfase a técnicas de colaboração entre Enfermeiro e Utente