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Transcript

Os Lusíadas

Canto I e Canto V

Webgrafia

  • https://pt.slideshare.net/sebentadigital/os-lusadas-reflexes-do-poeta
  • https://pt.slideshare.net/nanasimao/os-lusadas-canto-i-estncias-105-e-106
  • https://pt.slideshare.net/3inha/canto-v-92100
  • https://prezi.com/s_wxxxw7svn6/canto-v-reflexoes-do-poeta/?frame=e22f449805a780148d1f4f6d6906dc5bb5250dce

Recursos expressivos

Hipérbole (est.92, v.6): "Fazem mil vezes feitos sublimados"

Comparação (est.94, v.3-4):"Não merecem tamanha glória e fama/Como a sua, que o céu e a terra espanta."

Enumeração( est.95, v.1-2): "Dá a terra lusitana Cipiões,/Césares, Alexandros, e dá Augustos;"

Comparação( est.96, v.3-4):Mas , numa mão a pena e noutra a lança,/Igualava de Cícero a eloquência.

100

Porque o amor fraterno e puro gosto

De dar a todo o Lusitano feito

Seu louvor, é somente o pressuposto

Das Tágides gentis, e seu respeito.

Porém não deixe enfim de ter disposto

Ninguém a grandes obras sempre o peito,

Que por esta, ou por outra qualquer via,

Não perderá seu preço, e sua valia.

98

Por isso, e não por falta de natura,

Não há também Virgílios nem Homeros;

Nem haverá, se este costume dura,

Pios Eneias, nem Aquiles feros.

Mas o pior de tudo é que a ventura

Tão ásperos os fez, e tão austeros,

Tão rudos, e de engenho tão remisso,

Que a muitos lhe dá pouco, ou nada disso.

99

As Musas agradeça o nosso Gama

o Muito amor da Pátria, que as obriga

A dar aos seus na lira nome e fama

De toda a ilustro e bélica fadiga:

Que ele, nem quem na estirpe seu se chama,

Calíope não tem por tão amiga,

Nem as filhas do Tejo, que deixassem

As telas douro fino, e que o cantassem.

96

Vai César, sojugando toda França,

E as armas não lhe impedem a ciência;

Mas , numa mão a pena e noutra a lança,

Igualava de Cícero a eloquência.

O que de Cipião se sabe e alcança,

É nas comédias grande experiência.

Lia Alexandro a Homero de maneira

Que sempre se lhe sabe à cabeceira.

97

94

Enfim, não houve forte capitão,

Que não fosse também douto e ciente,

Da Lácia, Grega, ou Bárbara nação,

Senão da Portuguesa tão somente.

Sem vergonha o não digo, que a razão

De algum não ser por versos excelente,

É não se ver prezado o verso e rima,

Porque, quem não sabe arte, não na estima.

Trabalha por mostrar Vasco da Gama

Que essas navegações que o mundo canta

Não merecem tamanha glória e fama

Como a sua, que o céu e a terra espanta.

Si; mas aquele Herói, que estima e ama

Com dons, mercês,favores e honra tanta

A lira Mantuana, faz que soe

Eneias, e a Romana glória voe.

95

Dá a terra lusitana Cipiões,

Césares, Alexandros, e dá Augustos;

Mas não lhe dá contudo aqueles dois

Cuja falta os faz duros e robustos.

Octávio, entre as maiores opressões,

Compunha versos doutos e venustos.

Não dirá Fúlvia certo que é mentira,

Quando a deixava Antônio por Glafira,

Canto V- Estâncias 92 a 100

92

Quão doce é o louvor e a justa glória

Dos próprios feitos, quando são soados!

Qualquer nobre trabalha que em memória

Vença ou iguale os grandes já passados.

As invejas da ilustre e alheia história

Fazem mil vezes feitos sublimados.

Quem valerosas obras exercita,

Louvor alheio muito o esperta e incita.

CANTO I – ESTÂNCIAS 105, 106

93

Antítese

105

Não tinha em tanto os feitos gloriosos

De Aquiles, Alexandro na peleja,

Quanto de quem o canta, os numerosos

Versos; isso só louva, isso deseja.

Os troféus de Melcíades famosos

Temístoeles despertam só de inveja,

E diz que nada tanto o deleitava

Como a voz que seus feitos celebrava.

O recado que trazem é de amigos,

Mas debaixo o veneno vem coberto;

Que os pensamentos eram de inimigos,

Segundo foi o engano descoberto.

Ó grandes e gravíssimos perigos!

Ó caminho de vida nunca certo:

Que aonde a gente põe sua esperança,

Tenha a vida tão pouca segurança!

Anáfora

106

No mar tanta tormenta, e tanto dano,

Tantas vezes a morte apercebida!

Na terra tanta guerra, tanto engano,

Tanta necessidade avorrecida!

Onde pode acolher-se um fraco humano,

Onde terá segura a curta vida,

Que não se arme, e se indigne o Céu sereno

Contra um bicho da terra tão pequeno?

Interrogação retórica

Anáfora

Personificação

Metáfora

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