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Transcript

Valas de Infiltração

Definição

Dimensionamento

A vala de infiltração é um método de tratamento/disposição de efluentes dos sistemas de tratamento de esgotos, que consiste na sua percolação no solo, onde ocorre a depuração por processos físicos (retenção de sólidos), químicos (adsorção) e bioquímicos (oxidação).

Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de dreno com brita, ou bambu, preparado para trabalhar com dreno retirando o miolo, que permite, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da fossa séptica

Construção:

1 Passo: Determinação do Volume de Contribuição Diária (V)

O volume de contribuição diária (V) adotado será o equivalente ao

volume útil da fossa séptica

2 Passo: Determinação do coeficiente de infiltração (C1)

Para determinação do coeficiente de infiltração C1 é necessário realizar o

ensaio de infiltração conforme descrito no item B-9 da norma

NBR 7229/1993.

3 Passo: Cálculo da área de infiltração do solo

Para o cálculo da área de infiltração do solo utiliza-se fórmula

apresentada no item B-10 na norma NBR 7229/1993:

A= V/C1

4 passo: Determinação das dimensões do sistema de valas de

infiltração

Construção:

Como funciona?

Consiste na escavação de duas ou mais valetas, e O comprimento total das linhas de tubos depende do tipo de solo e da quantidade de efluente a ser tratada, em terrenos mais porosos (como os arenosos), 8m de tubos por pessoa são suficientes, já em terrenos menos porosos (como os argilosos), são necessários 12 m de tubo por pessoa.

Entretanto, para um bom funcionamento de sistema, cada linha de tubos não deve ter mais que 30m de comprimento.

Quando o terreno não permite a construção das valetas nas quantidades e nos comprimentos necessários, pode ser feito um número maior de ramificações, de comprimentos menores.

Um exemplo é quando a ocorrência de obstáculos (uma árvore ou rocha) é grande ou o espaço insuficiente. Os tubos devem ter 10cm de diâmetro e ser assentados sobre uma camada de 10cm de pedra britada ou cascalho, colocadas no fundo das valetas de infiltração.

Entre os demais tubos deve ser deixado um espaço de 0,5cm , para permitir o vazamento do efluente à medida que ele desce pelos tubos. Junto a esses espaços, os tubos devem ser cobertos (apenas na parte de cima com um pedaço de lona plástica ou outro material impermeável, para evitar a entrada de terra na tubulação.

Em seguida as valetas são fechadas com uma camada de brita, até meia altura e o restante com o próprio solo. Nos entroncamentos ou ramificações de tubos é recomendável o uso de caixas de distribuição.

Imagens

A percolação do líquido através do solo permitirá a mineralização

dos esgotos, antes que o mesmo se transforme em fonte de

contaminação das águas subterrâneas e de superfície que se deseja

proteger.

Portanto, dependendo do número de pessoas e do tipo de terreno, pode ser necessária mais de uma linha de tubos/valas.

Aspectos operacionais

Instalação

Para sua instalação, necessita-se de locais com boa disponibilidade de área e com remota possibilidade de contaminação do aquífero. Por tanto, sua utilização deve ser precedida por avaliação técnica para observação dos seguintes parâmetros:

  • A característica do solo onde a vala de infiltração será instalada;
  • O nível máximo do aquífero e a sua distância vertical mínima;
  • A manutenção da condição aeróbia no interior da vala;
  • A distância mínima do poço de captação de água;
  • O índice pluviométrico

Canalização - Funciona como sistema de irrigação subsuperficial;

Camada de agregado - Realiza efetivamente o tratamento, tem a finalidade de “filtrar” física e biologicamente o líquido percolado;

Camada superior - Funciona como sistema drenagem.

Estudo de casos

QUANDO USAR ESSE SISTEMA?

Estudo de Casos

O sistema deve ser empregado quando:

  • Quando o tempo de infiltração do solo não permite adotar outro sistema mais econômico;
  • Quando a poluição do lençol freático deve ser evitada;
  • Quando requer uma elevada remoção de poluentes;
  • Quando o corpo receptor puder receber esta contribuição.

As valas de infiltração devem preservar a qualidade as águas

superficiais e subterrâneas mediante estrita observância das

prescrições da NBR 7229/1993: Projeto, construção e operação

de sistemas de tanques sépticos

Aspectos Construtivos

Resumidamente, os dados médios de projeto são:

-diâmetro mínimo de canalização.............................................100 mm

-declividade da tubulação.................................................1:300 a 1:500

-comprimento máximo de cada linha....................................30,00 m

-largura do fundo da vala................................................0,50 a 1,00 m

-A área de absorção necessária (comprimento das valas e largura do fundo das valas) depende das características do solo, que são obtidas em função dos testes de infiltração realizados de maneir análoga ao apresentado para sumidouro.

Recomendações:

• todas as linhas devem, preferivelmente, ter o mesmo comprimento;

• para permitir uma boa ventilação, as linhas podem terminar em

pequenos poços rasos (90 cm de diâmetro), preferivelmente cheios

de carvão ou cascalho;

•Com o fim de evitar intromissão de raízes nas canalizações e dados

disso decorrentes deve-se evitar a proximidade de árvores;

•O crescimento de gramas no campo de nitrificação auxilia a

absorção do líquido efluente, pela transpiração;

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