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João da Ega
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João da Ega
Papel na intriga
Critica de Costumes
João da Ega
Ega permite o culminar da tragédia, pois é a este que Guimarães revela a verdade de Carlos e Maria Eduarda.
Ega conta a verdade a Carlos e Afonso, atingindo-se o Reconhecimento que conduzirá à catástrofe.
João da Ega é uma das personagens mais relevantes na Obra os Maias, estando presente em vários episódios;
Retrato Físico:
"...com a sua figura esgrouviada e seca, os pêlos do bigode arrebitados sob o nariz adunco, um quadrado de vidro entalado no olho direito - tinha realmente alguma coisa de rebelde e de satânico."
Ega é uma crucial para a critica de costumes quer na medida em que é criticado, quer na medida em que critica.
-Um exêntrico diletante;
-Critica a sociedade portuguesa, bastante atrasada graças ao ultraromantismo.
-Boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, anarquista sem Deus e sem moral;
-Leal aos seus amigos;
-É um diletante;
-De ideias realistas;
Recursos expressivos
Atualidade e Ponto de vista do narrador
De acordo com alguns trabalhos e análises, diz-se que João da Ega era o retrato irónico de Eça de Queirós, ambos realistas , porém Ega leva o seu diletantismo ao extremo e tal como tudo o que defende ao contrário de Eça.
Eça evidencia o carácter excentrico e contraditório de Ega.
João da Ega
"...que ele espantava pela audácia e pelos ditos, como o maior ateu, o maior demagogo...- Uso do advérbio de modo.
"....que jamais aparecera nas sociedades humanas. Isto lisonjeava-o: por sistema exagerou o seu ódio à Divindidade e a toda a Ordem Social...- Uso sublime da hipérbole.
"...queria o massacre das classes médias, o amor livre das ficções do matrimônio, a repartição das terras, o culto de Satanás...- Enumeração.
"...figura esgrouviada e seca...", tinha realmente alguma coisa de rebelde e de satânico."-Adjetivação dupla.
"Então Cohen, diga-nos você, contento-nos cá... O emréstimo faz-se ou não se faz- Uso da Ironia.
- Sociedade do século XIX e sociedade da atualidade
- Diferentes costumes mas os mesmos valores
João da Ega conheceu Carlos em Coimbra, e desde então tornaram-se amigos intimos.
Sua mãe era uma rica viúva e beata que vivia ao pé de Celorico de Bastos. Era visto como o Mefistófeles de Celorico, e por isso a sua mãe quis que este partisse.
Ega pertencia há alta burguesia, possuindo boas posses. Sempre exuberante e provocatório.
João da Ega
Ega é um literário falhado. Apesar dos vários projectos que se propõe levar a cabo, nunca chega, de facto, a concretizar nenhum. Tenciona escrever as "Memórias de Um Átomo", porém nunca chega a terminar este projeto ou qualquer outro.