As serpentes peçonhentas do gênero Bothrops, Crotalus e Lachesis possuem dentes inoculadores bem desenvolvidos e fosseta loreal.
As serpentes não peçonhentas não possuem presas anteriores e fosseta loreal; possuem pupilas circulares; cabeça não destacada do corpo; a cauda afina progressivamente; hábitos diurnos e costumam ser ágeis
Serpentes
Crotalus (cascavel)
Micrurus (coral)
No Brasil, segundo dados do
Ministério da Saúde
Já as serpentes do gênero Micrurus são uma exceção, pois, apesar de serem peçonhentas, não apresentam fosseta loreal e possuem dentes inoculadores pouco desenvolvidos.
As serpentes peçonhentas possuem presas anteriores, com orifício central ou sulco; fosseta loreal presente (exceto no gênero Micrurus); pupilas em fenda; cabeça destacada do corpo, possuem hábitos noturnos e costumam ser vagarosas.
Ocorrem entre 19 mil a 22 mil acidentes ofídicos por ano
Aproximadamente 250 espécies
70 são peçonhentas
Gênero Bothrops
(jararaca, jararacuçu, urutu e outros)
Lachesis (surucucu, surucutinga)
OFIDISMO
3000
espécies
10%~14%
aproximadamente
30.000~40.000
15~49 anos
1.250.000
a
1.665.000
acidentes
Maior incidência
O que é ofidismo ?
Mateus Goulart
Arthur Goulart
Bruna Pires
Guilherme Fernandes
Os venenos
ACIDENTE BOTRÓPICO
lesões locais e destruição tecidual, incoagulabilidade sanguínea , provoca lesões na membrana basal dos capilares por ação das hemorraginas, que associada à plaquetopenia e alterações da coagulação, promovem as manifestações hemorrágicas
ACIDENTE LAQUÉTICO
ação proteolítica, produzindo lesão tecidual; ação coagulante, causando afibrinogenemia e incoagulabilidade sanguínea, estimulação vagal(hipotensão arterial, tonturas, cólicas abdominais e diarreia), alterações de sensibilidade no local da picada, da gustação e da olfação
ACIDENTE CROTÁLICO
quase não produz lesão local, atividade neurotóxica, paralisia flácida da musculatura esquelética, principalmente ocular atividade coagulante, provocando a ocorrência de sangramento e distúrbios da coagulação; e atividade miotóxica sistêmica, podendo evoluir para insuficiência renal aguda.
ACIDENTE ELAPÍDICO
possui neurotoxinas, substâncias de baixo peso molecular que são rapidamente absorvidas e difundidas para os tecidos, ( precocidade dos sintomas ), bloqueio neuromuscular (pós-sináptico) levando à paralisia muscular, a paralisia da musculatura respiratória compromete a ventilação, podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda e apnéia, semelhante ao que ocorre no acidente crotálico.
Soro Antiofídico
Os soros antiofídicos são produzidos a partir do veneno retirado da própria serpente e da hiperimunização de animais
O soro antiofídico é
utilizado como antídoto
quando uma pessoa é
picada por uma serpente
Principais tipos de soro antiofídico produzidos no Brasil:
Anticrotálico: Soro utilizado para o tratamento de acidentes com cobras cascavéis (gênero Crotalus)
Antibotrópico: Soro utilizado para o tratamento de acidentes com jararacas (gênero Bothrops).
Antielapídico: Soro utilizado para o tratamento de acidentes com serpentes da família das corais (gênero Micrurus)
Polivalente: Soro utilizado quando não se sabe a serpente que picou o paciente
é formado por anticorpos e o seu principal objetivo é neutralizar o veneno que se encontra no sangue e nos tecidos da pessoa que sofreu a picada
Reações ao Soro
Atenção: Para evitar acidentes com serpentes, lembre-se sempre de usar botas ou perneiras quando estiver em locais que podem esconder esses animais e nunca colocar a mão embaixo de entulhos, dentro de tocas, buracos e cupinzeiro
coceira e vermelhidão na pele
vômitos
tosse e crise de asma
Apesar de pouco frequente, pode ocorrer choque anafilático
Pode ocorrer também uma reação tardia conhecida como Doença do Soro, que surge de 5 a 24 dias após a administração do soro e desencadeia coceira, febre, aumento de gânglios, dores articulares e até mesmo comprometimento neurológico e renal