Contextualização:
A crise económica do fim do século, a instabilidade politica provocada pela ditadura de João Franco, o Ultimato Inglês e a crescente contestação republicana que culminou no Regicídio e na implantação da república, não foram favoráveis ao desenvolvimento artístico.
O atraso económico, social e cultural do pais também se refletiu na arte.
Contextualização:
- Os pintores portugueses deste período, desenvolveram de um modo geral um Naturalismo sentimental e romântico, que sobreviveu nas artes plásticas portuguesas até cerca de 1940.
- A principal razão desta tendência deveu-se ao descumprimento político da pintura da paisagem e dos retratos, além de que estes eram muito requisitados pela burguesia da época.
- Pintor : José Malhoa
- Fundador do Grupo do Leão;
- Inicialmente influenciado pelo romantismo, só a partir de 1880 se abre à luz devido à influência das obras de Silva Porto;
- Pintor de paisagens, cenas de género e de costumes, retratos, nus, saltando de uns para os outros sem preocupações ideológicas ou de estilo;
- Tem obras emblemáticas dentro do tema das festas populares, dos costumes e tradições portuguesas, como:
Pintor : José Malhoa
- Também pintou retratos como o de Laura Sauvinet.
Pintor : José Malhoa
- Pintou cenas de devoção, cenas da vida dos camponeses, festas e romarias.
- Retrato da boémia popular portuguesa, composição cenográfica onde não faltam elementos definidores da mentalidade e do tipicismo alfacinha (santos nas paredes, vaso de manjericos, beata atrás da orelha.)
- Dentro do espirito naturalista exaltou a cor e a luz de Portugal, dentro de uma linguagem muito própria.
Escultor: Soares dos Reis
- Nasceu em 1847 perto de Vila Nova de Gaia e morreu em 1889
- 1861 – Foi admitido na Escola de Belas Artes no Porto, concluiu o curso em 1866. Executa como prova uma estátua – Viriato
- Foi para Paris como Bolseiro, num período em que havia alguma agitação social e politica.
- Frequentou os ateliers de Yvon e Jouffroy.
Escultor: Soares dos Reis
- Aquando da guerra Franco-Prussiana volta ao Porto.
- Em 1871 recebe uma bolsa e foi para Roma. Aí estuda os clássicos e executa o Desterrado.
Escultor: Soares dos Reis
- Depois de passar por França e Inglaterra, radica-se no Porto. Arranja um atelier e faz algumas obras religiosas.
Escultor: Soares dos Reis
- Em 1879 organizou o Centro Artístico Portuense, com um conjunto de artistas, cujo objetivo é a divulgação das Belas Artes através da criação de uma Biblioteca; aulas de pintura e escultura; exposições e até de uma revista – A Arte Portuguesa
- Aí o ensino é mais livre e introduzem-se inovações consideradas ousadas para a época.
- Soares dos Reis neste período expõe a obra “Flor Agreste”, que foi vendida por 200 mil réis.
- Em 1880 Soares dos Reis é admitido como professor na Academia de Belas Artes.
- Executa em mármore a estátua da filhe dos Condes de Almedina
- Soares dos Reis sente-se desalento e incompreendido apesar do seu monumento a D. Afonso Henriques ter sido apreciada.
Pintura e Escultura em Portugal
no século XIX
Monumento a D. Afonso Henriques, bronze, Guimarães
"Promessas"
“O Fado”
“Os Bêbados”