- Um dos ninhos estudado estava a uma profundidade de aproximadamente 2,5m, foi retirado e colocado a uma profundidade de 0,7m.
- Apenas depois de um ano, nova escavação foi feita para a extração do mel. Esta técnica tem sido usada pela população local, e tem se mostrado muito eficiente.
- A entrada do ninho, é construído com geoprópolis (uma mistura de barro com resinas extraídas das plantas), geralmente na parte externa do orifício de entrada elas constroem sulcos radiais convergentes, sendo que neste orifício passa só um abelha por vez.
- Algumas pessoas tentam manter as abelhas da terra em caixas ou colmeias racionais de madeira, que são colocadas ao ar livre.
- Porém elas não sobrevivem muito tempo nessas condições.
- Essas abelhas não são adaptadas a viver em contato com a madeira e, muito menos quanto a colmeia racional que é colocada ao ar livre.
- Pois quando estão fora da terra há grande dificuldade dessas abelhas e de manter o controle térmico de seu ninho, e com isso, as púlpas morre mais, do as que nasce.
Melgueira cheia de mel (esquerda). Favos de mandaçaia (acima), onde é possível distinguir os favos velhos (anel de células maior) dos mais novos (com células em construção). Entrada do ninho (direita). Rainha e operária (abaixo).
Acreditavam que essa abelha só era encontrada naturalmente apenas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Todavia, pesquisas recentes mostraram a ocorrência da uruçu-de-chão no Estado do Ceará, sendo este o primeiro registro dessa espécie para o Nordeste do Brasil (LIMA-VERDE & FREITAS, 2002).
É uma abelha sem ferrão, nativa do Brasil, que se caracteriza por nidificar no solo.
Nome científico: Melipona quinquefasciata (Lepeletier)
- A Mandaçaia é uma abelha muito mansa, mas costuma repelir os intrusos com um movimento bastante intenso em redor do possível inimigo, chegando a mordiscar com suas fortes mandíbulas.
Nome popular: Mandaçaia da Terra;
Mandaçaia do chão (Nogueira-Neto, 1970);
Uruçu do chão (Freitas et al., 2002).
- O ninho geralmente tem a forma de discos sobrepostos e no sentido horizontal, estes discos são formados por células com aproximadamente 1 cm de altura por 0,5 cm de diâmetro, confeccionados com cerume, onde são desenvolvidas as crias. Constroem, também, com o mesmo cerume, potes ovais, medindo cerca de 3 a 5 cm de altura, por 2,5cm de diâmetro, ligados entre si.
Melipona quadrifasciata e quinquefasciata
- A manipulação do favo de cria é de extrema importância, pois ele deve ser colocado na mesma posição em que foi encontrado, para impedir que os ovos possam ser submersos pelo alimento larval (semilíquido) e assim, não vingarem.
Seu nome (quinquefasciata) vem exatamente da presença das 5 listras presentes no seu abdomen. Essa é uma abelha que tem a coloração bastante peculiar, a pigmentação das listras nos confunde muito, é a chamada furta-cor.
- A mandaçaia mede aproximadamente 8 a 12 mm.
- É uma abelha de cor negra, tendo em seu abdômen quatro listras amarelas brilhantes transversais nos tergitos.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
UNIOESTE
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ZOOTECNIA
- A região entre as antenas, geralmente possui pelos negros, na parte inferior da face tem uma pontuação muito fraca, o ventre e a porção mediana superior do tórax, são pouco lustrosos na base do que no ápice.
As colônias são pouco populosas, por volta de 300-400 indivíduos.
Os locais de nidificação são principalmente ocos de árvore.
A entrada típica apresenta ao seu redor raias convergentes de barro, construídas pelas abelhas. Só passa uma abelha de cada vez.
- Nome popular é Mandaçaia.
Vigia bonito: ( mandá: vigia) (çai: bonito).
Fato este por se observar no orifício de entrada da colméia uma abelha sempre presente, ou seja, a vigia.
A Mandaçaia tem sua presença ao longo da costa atlântica, desde o Norte até o Sul, sendo que a subespécie quadrifasciata ocupa as regiões de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Melipona quadrifasciata habita regiões mais altas e mais frias.
O comportamento externo dessa subespécie, em relação à temperaturas baixas ( 14 - 16 Cº) e umidade relativa alta ( 80 - 90%), entre as 8:00 e 9:00 horas, é bem intensa, aumentando o trabalho de coleta.
Devido ao seu tamanho avantajado, possui melhor controle de temperatura corpóreo, o que lhe permite viver em regiões mais frias.
- É uma abelha que nidifica no solo, em cavidades pré-existentes (de cupins ou formigas, principalmente), localizadas a vários metros de profundidade.
- O solo pode ser argiloso ou pedregoso, coberto por gravetos ou folhagem, ou totalmente nu.
- Visualiza-se apenas uma torre de barro, que pode variar de 0,3-4,8 cm de altura e diâmetro de 0,9-2,6 cm.
- Outra possibilidade poderia ser a textura do solo em que o ninho está alojado, que permitira ou não a formação das raias.
Discentes: Ana Carla de Souza;
Pâmela Rosana Schneider;
Sarah Stefany da Silva.
Docente: Regina Conceição Garcia.
Curiosidades a respeito das abelhas sem ferrão
- http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/95/artigo.htm
- https://hbjunior19.files.wordpress.com/2016/07/6555538-melipona-quadrifasciata.pdf
- https://meliponariodamadecopas.blogspot.com.br/2014/12/curso-melipona-quadrifasciata-mandacaia.html
- http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/55/nativas.htm
- http://www.abelhasemferrao.com/curiosidades-abelhas-sem-ferrao/
- https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodeabelhas/artigos/abelhas-sem-ferrao-mandacaia-melipona-mandacaia
- Todas elas possuem ferrão só que o mesmo é atrofiado o que impossibilita a mesma de ferroar;
- Os machos (zagões) é o único no enxame que não tem ferrão tanto em apis como nas abelhas sem ferrão;
- O ferrão nas abelhas sem ferrão apesar de atrofiado e usado pela rainha como ovopositor modificado (tubo para postura de ovos);
- Podendo ovopositar ovos fecundados que darão origem as operárias e rainhas e não fecundados que darão origem aos zangões.
Figura. Sequência de fotos que mostra:
(a) entrada do ninho de M. quinquefasciata 'assituado' anteriormente;
(b) escavação do ninho, colocado a pouca profundidade;
(c) ninho exposto;
(d) sr. Antônio segurando o ninho extraído do solo; detalhes do ninho;
(e) potes de alimento, batume fino e
(f) favo de cria e invólucro.