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M.Sc. Arquiteto Rodrigo Fritsch
Doutorando no Programa de Ph.D em Sistemas Energéticos e Alterações Climáticas da Universidade de Aveiro - Portugal
rcfritsch@upf.br
O teatro grego
Os projetos de teatros e auditórios configuram-se como espaços nobres. Assim, devem, necessariamente, atender às questões técnicas, propiciar conforto
ambiental ao usuário e apresentar qualidade estética. Dentro desse contexto, é fundamental que a
equipe de projeto possua acesso a conhecimentos diversos e adote processo de projeto que vise a
qualidade do ambiente construído.
Arena: Espaço teatral coberto ou não onde o palco é inserido em nível inferior à platéia. Nesta tipologia a platéia é disposta em todos os lados ou em toda a circunferência do palco, podendo sua forma ser circular, semicircular, quadrada, trapezoidal, 3/4 de círculo, defasado, triangular ou ovalado. Assim como no teatro elizabetano, toda a estrutura do palco fica à vista do espectador, como por exemplo, à grelha para iluminação. Poucos edifícios teatrais são construídos nessa relação de palco e platéia.
Anfiteatro grego: A platéia é definida pelo centro do palco onde acontece a cena, e existem muitas áreas de atuação nas quais o orador ou ator pode se posicionar, podendo mudar de área sem ser notado; é semelhante ao teatro de arena, de maior tamanho e sua configuração é implantada ao ar livre, porém é preciso observar ventos dominantes e os anteparos naturais como árvores e montanhas ao definir sua implantação, pois estes são elementos que definirão a acústica do local.
Elizabetano: Apareceu na Inglaterra no período de Shakespeare, por isso também é chamado de Palco à Inglesa, ou ainda conhecido como Palco Isabelino. Possui um palco misto que funciona como espaço fechado, retangular, com grande ampliação de proscênio (retangular ou circular), como um segundo plano (muitas vezes coberto) onde existem algumas aberturas, tais como janelas. Nessa configuração, a relação palco x platéia é diferente da estabelecida no teatro italiano. A platéia envolve o palco em três lados – frente e laterais. Não há, na maioria das vezes, a presença da boca de cena e da
caixa cênica, ficando toda a estrutura da área de cena à vista do espectador – varas de cenário, iluminação e outros recursos técnicos e operacionais. Assim como o palco italiano é um dos preferidos no teatro brasileiro.
Italiano/Teatro com proscênio: Caracterizado pela disposição frontal da platéia ao palco, o palco italiano é o mais conhecido e utilizado, dentre as tipologias existentes em que o palco fica em um nível elevado, separado da platéia, formando uma caixa "mágica". Possui palco retangular, em forma de caixa aberta na parte anterior, situado frontalmente em relação à platéia, delimitado pela boca de cena e, geralmente, de bastidores laterais, coxias, bambolinas, urdimento e cortina, além de um espaço à frente da boca de cena, chamado de proscênio.
Teatro múltiplo: Os teatros chamados múltiplos são caracterizados pela possibilidade de montagem do palco em diversas posições, não possuindo uma caixa cênica propriamente dita. Varas de cenário e iluminação, varandas de manobra e carros contrapesados são colocados visíveis aos olhos do espectador, distribuídos por toda a extensão do espaço possibilitando liberdade de escolha do local e configuração do palco e platéia a ser instalada.
Tabela de área e volume recomendados por assento.
(MEHTA, JOHNSON e ROCAFORT, 1999)
Área por assento 0.55 - 0.7 m²
Volume por assento 2.0 - 5.0 m³
A concepção do projeto arquitetônico de auditórios inicia-se com o estudo da volumetria e da geometria. O formato do auditório é considerado um dos itens mais importantes do projeto e está relacionado à qualidade acústica da sala e à visibilidade do palco.
Verificar a distância máxima entre a última fileira de poltronas e o palco.
O volume do auditório deve ser decidido em proporção à intensidade sonora que será gerada no ambiente. Para concertos recomenda-se um volume grande, pois assim haverá espaço suficiente para a dispersão sonora.
Ela está mais distante do palco que 25 m (para auditórios) e 20m (para teatros)?
Distância acústica idela
Antecâmaras
Esquema funcional
1. CORTE
Fonte: Professor Edu rodrigues FAU/USP
2. Dimensionamento básico - planta baixa
As coxias deverão ter área igual ou superior à metade da área de palco.
Relação entre dimensões:
h - altura, c - comprimento, l - largura
0.40 C < h < 0.55 C
1.4 L < C < 1.6 L
Comprimento < 17.0 metros;
C = distância do palco até a última fileira de cadeiras;
Segundo NEUFERT, a relação correta entre altura, largura e comprimento é:
2 (H), 3 (L) e 5 (C).
H = 0,4 C;
C = 1,66 L;
Passo 2 - Locação da altura dos olhos nos eixos
3. Cálculo da curva de visibilidade
1. Considerando que todos devem enxergar o PC, a partir do olho locado no eixo “A”, traçamos uma reta até o PC.
Faz-se habitualmente o cálculo da curva de visibilidade em arquibancadas e platéias em geral, para garantir que:
1. Todos os espectadores tenham visão completa do espetáculo.
2. A medida das cotas de piso, entre o primeiro e o último espectador seja a menor possível.
A curva, portanto, é calculada para a posição limite.
2. A partir do olho do eixo “A”, locamos um segundo ponto nesse eixo, 12,5 cm acima.
Passo 1 - Locação do Ponto Crítico e dos eixos verticais
Ponto crítico é o ponto limite que deve ser visto por todos. Está a 3.00m da borda do palco, e a 0.50m de altura do piso.
Traçar os eixos verticais, espaçados por 1.00m, tantos quantos forem as filas de
poltronas. Locar no primeiro eixo, a altura dos olhos do espectador (1.20m).
3. Se traçarmos uma reta entre esse novo ponto e o PC, e a prolongarmos até o eixo “B”, teremos o lugar geométrico do olho do eixo “B”.
Esta rotina será repetida, até obtermos a locação dos olhos em todos os eixos.
Passo 3 - Traçado da Curva de Visibilidade e da Linha do Piso
6. Observamos então que a altura dos “degraus” entre os patamares é variável, aumentando a altura dos espelhos, à medida em que se avança para o fundo da sala. O fato incomoda alguns projetistas, quer pela acessibilidade prejudicada, quer pela dificuldade na execução de lajes, quando o piso não está sobre o terreno, como no caso de arquibancadas de campos de futebol, cinema, etc., p. ex.
4. Aplicando a rotina descrita no passo 3, obteremos a posição do olho em todos os eixos.
Obs: O problema da acessibilidade pode ser resolvido mantendo os patamares sob as poltronas e adotando rampas nas circulações. Com exemplo, observem a solução de Artigas, adotada no auditório da FAU.
5. esses pontos, obtemos o traçado da linha de visibilidade. A linha do piso passará pelos pontos locados a 1.20m abaixo de cada um dos “olhos”, em cada eixo.
Caso a retificação seja inevitável, vamos observar nos gráficos a seguir, o que se pode ou não fazer.
7. Neste caso, a retificação foi feita a partir de uma reta (vermelha) entre os olhos do primeiro e do último espectador. Observem que a linha azul, da visibilidade está totalmente abaixo da linha de retificação. Quando construímos uma curva de visibilidade para a nova situação, constatamos que 2/3 da platéia fica prejudicada.
8. Alguns acreditam que a retificação pelo ponto médio pode melhorar a questão da visibilidade. A mera observação do gráfico, já torna desnecessária a comprovação, como fizemos no gráfico anterior.
9. Para minimizar o fato, a única maneira é adotar a retificação com um ou mais pontos de inflexão. Isto proporciona uma aceitável aproximação à curva de visibilidade original.
4 - Curva de Visibilidade Balcões Corredores Transversais
Quando houver um corredor transversal separando a platéia, acrescentamos a dimensão necessária e retomamos a locação de eixos verticais. A rotina de locação do lugar geométrico dos olhos continua a mesma, como pode-se ver no gráfico.
A curva de visibilidade para o balcão segue o mesmo critério utilizado para a platéia. Ocorrerá fatalmente um grande degrau entre patamares de poltronas, que pode ser vencido com degraus, conforme gráfico ao lado. Como a largura do patamar é 1.00m, não haverá espaço para mais de dois pisos e três espelhos de escada. O espelho deve medir, no máximo, 18cm de altura.
4. Estudo geométrico acústico
Utilizar a lei da reflexão
O forro de um teatro deve ser desenhado considerando que sua função é refletir os raios acústicos. A reflexão tem por objetivo reforçar a audição das últimas fileiras de poltronas, mais distantes do palco. Tal reforço sonoro deve ser obtido através de um desenho de forro funcional, além de esteticamente interessante. As paredes também têm a mesma função de distribuição da onda sonora para a platéia. Tal efeito é denominado "espalhamento sonoro".
O teatro é um espaço nobre cujo custo, na maioria das vezes, ultrapassa os sete dígitos. Isso se deve ao fato de que seus materiais de revestimento devem suprir os requisitos acústicos de qualidade sonora como clareza, definição, coloração e equilíbrio.
O material mais nobre é a madeira, encontrada como revestimento de paredes, pisos e forros além, é claro, do piso do palco. Sua resposta acústica é balanceada e devolve ao ambiente frequências mais equilibradas do que grande parte dos materiais de construção.
5. A caixa cênica
O Palco + Coxia deve, necessariamente ser mais extenso que a boca de cena, para permitira atividade necessária nos bastidores. Não é função do arquiteto projetar os limites do palco. A organização do espaço do palco e sua relação com a coxia é função do cenógrafo, e varia a cada montagem de espetáculo. Alguns teatros possuem palco giratório, que permitem o uso de até três cenários diferentes. Estes equipamentos são razoáveis para teatros de grande porte, o que não é o nosso caso.
Walt Disney Concert Hall L.A. EUA
Frank Gehry
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