Introducing 

Prezi AI.

Your new presentation assistant.

Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.

Loading…
Transcript

A Abóbada

Alexandre Herculano

Autor

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, autor da obra "A Abóbada", foi um poeta, um romancista, um historiador e um ensaísta português.

Nasceu em Lisboa a 28 de março de 1810, originário de uma família de classe média e faleceu a 13 de setembro de 1877.

Estudou num colégio religioso durante a juventude, mas foi impedido de prosseguir os estudos universitários devido a dificuldades económicas. Em vez disso, perseguiu outro curso no qual estudou latim e lógica optando mais tarde por matemática.

Alexandre Herculano casou-se com Mariana Hermínia de Meira a 1 de maio de 1867, não deixando descendência após a morte.

A sua infância e adolescência foram marcadas por acontecimentos dramáticos da sua época. Deixou várias obras de grande importância literária, sobretudo sobre o Estado, a sociedade, e a igreja de Portugal. Tal como Almeida Garrett, este autor também foi uma figura fundamental no romantismo em Portugal.

Tempo em que decorre a ação:

Obra

A obra "A Abóbada" desenrola-se durante o século XV, mais precisamente entre 6 de janeiro e 7 de maio ou da era de 1439, ou do ano de Redenção de 1401. Esta diferença de anos deve-se ao facto da contagem temporal do calendário Juliano (Era de César) ter começado 38 anos antes do calendário cristão (Era Cristã).

Espaço em que decorre a ação:

Esta ação decorre no Mosteiro da Santa Maria da Vitória, vulgarmente chamando de Mosteiro da Batalha. Foi construído a mando do rei D. João I como agradecimento à Virgem pela vitória na batalha de Aljubarrota contra os castelhanos. Este edifício foi entregue à Ordem dos Frades.

Vocabulário

Militar

Vocabulário

Nesta obra, estão presentes algumas palavras relacionadas com o vocabulário militar, tais como:

“braçais” (pág. 10)

“cota de malha” (pág. 10)

“arnês” (pág. 10)

Todo o vocabulário encontra-se na obra em pdf.

“besteiros” (pág. 25)

“peões” (pág. 29)

Nesta obra, estão presentes algumas palavras relacionadas com o vocabulário arquitetónico, tais como:

gárgula de cimalha rendada” (pág. 27)

Arquitetónica

“abóbadas” (pág. 1)

“cordões de arcadas” (pág. 2)

“portal do templo” (pág. 2)

“capitéis góticos” (pág. 2)

Todo o vocabulário encontra-se na obra em pdf.

Datas e acontecimentos na história de Portugal

Datas

A ação decorre entre 6 de janeiro e 7 de maio de 1401 ou de 1439. Estas datas correspondem ao mesmo ano, no entanto a utilização de diferentes calendários, nomeadamente o cristã e o juliano, leva a esta divergência de anos.

O dia 6 de janeiro ficou marcado pela cegueira do mestre Afonso Domingues (um arquiteto português) o que o impediu de prosseguir com o seu projeto da abóbada no Mosteiro da Batalha. Após esta infelicidade, o rei D. João I atribuiu o antigo cargo do mestre Afonso a David Ouguet, um arquiteto

estrangeiro.

No dia 7 de maio, o rei regressa a Lisboa com o propósito de ver o resultado

final da abóbada.

Personagens

Principais

Secundárias

Figurantes

Personagens

  • Martim Vasques
  • Brites de Almeida
  • João das Regras
  • Martim de Océm
  • Afonso Domingues
  • D. João I
  • David Ouguet

  • Frei Lourenço Lampreia
  • Frei Joane
  • Ana Margarida
  • Povo
  • Afonso Domingues era um velho com uma barba comprida branca. Era conhecido por muitos como o melhor arquiteto português. Foi o mestre Afonso que ficou encarregue de construir o Mosteiro da Batalha, no entanto faleceu sem finalizar a obra. Era um homem nobre e com uma grande admiração pelo seu país.

  • D. João I, mais conhecido por Mestre de Avis, foi rei de Portugal entre 1357-1433. É conhecido pelo rei dos sentimentos fortes pois ao ver Afonso Domingues morto ficou triste, derramando algumas lágrimas. É um rei muito adorado pelo povo.

  • David Ouguet: é um arquiteto irlandês, novo e com alguma experiência na Inglaterra que veio substituir Afonso Domingues, pois esse já estava velho e cego. Era um homem interesseiro, ambicioso e de aspeto severo que fazia o que queria para ficar bem visto, mas as coisas saíram-lhe ao contrário pois a abóbada desabou com ele.

Frei Lourenço Lampreia: era um frade, um prior responsável, atencioso e servidor a quem precisa-se de ajuda.

Frei Joane: era um confrade e procurador do mosteiro.

Ana Margarida: é ama de Afonso Domingues.

Martim Vasques: era considerado por muitos o melhor oficial de pedraria e, também, um dos futuros arquitetos de Portugal.

Brites de Almeida: era uma velha a quem João I chamava de tia Brites. Esta não queria que os castelhanos tivessem a oportunidade de se salvarem estando presos ou não.

João das Regras e Martim Océm: eram doutores do concelho de el-rei.

Algumas conjugações pronominais

Conjugações

  • "enredar-se-á" (pág. 6 pdf) - verbo enredar-se, no futuro simples
  • "entendê-los" (pág. 12 pdf) - verbo entender. Dado que o verbo acaba em -r, a consoante desaparece e o pronome -os passa para -los
  • "negar-vos-ei" (pág. 26 pdf) - verbo negar-se, no futuro simples
  • "dir-vo-lo-ei" (pág. 31 pdf) - verbo dizer, no futuro + vos + o

Narrador

Narrador

O narrador quanto à ciência é omnisciente, ou seja, sabe tudo o que se passa na cabeça das personagens. Quanto à presença, o narrador é heterodiegético, não participante (narrador interpela o leitor).

  • "...o corista que fazia o papel de Belchior não pôde continuar, com grande dissabor do poeta, que via murchar a coroa de louros que neste auto esperava obter." (pág. 42 do livro)
  • "Assistiu o leitor..." (pág.28 do pdf)
  • "... em nosso entender..." (pág.8 do pdf)

Recursos expressivos

Recursos

expressivos

Personificações:

  • "... raios de Sol, que começa a subir na ecléptica estirando-se vividos e trémulos..." (pág. 7 do livro)
  • "... uma espécie de sobrecéu para resguardar os olhos dos raios de Sol ..." (pág.14 do livro)

Estas personificações atribuem características humanas a seres que não as possuem.

Enumerações:

  • "...manéis rendados, peças de fustes, capitéis góticos, laçarias de bandeiras, cordões de arcadas..." (pág.10 do livro)
  • "...os cavaleiros da comitiva, os frades, os três reis magos..." (pág, 50 do livro)

Este recurso é uma apresentação sucessiva de elementos, que tem como objetivo itensificar uma ideia.

Comparações:

  • "...dias de inverno, mais gratos que os do estio..." (pág. 7 do livro)
  • "Não vedes essas fendas, profundas como o caminhos do inferno?" (pág. 44 do livro).

Este recurso pretende mostrar uma relação de semelhança entre dois termos (dias de inverno-estio, fendas-caminhos do inferno).

Intertextualidade

“livro de Job”

O mestre Afonso, ao ser afastado da construção do Mosteiro da Batalha, sentiu-se muito revoltado e magoado. Mesmo depois da injustiça que sofreu, o mestre Afonso mostrou-se humilde.

“Eneida”

Com esta referência pretende-se realçar o longo caminho que o mestre Afonso percorreu, com vista á conclusão do mosteiro.

“Divina Comédia”

“Divina Comédia” é um clássico da literatura mundial, e uma obra de enorme sucesso. O mestre Afonso compara a importância desta obra com a importância que o Mosteiro da Batalha tinha para ele "...este mosteiro que se ergue diante de nós era a minha Divina Comédia..."

“ouro é vil”

Com esta expressão, o mestre Afonso pretende mostrar a sua revolta para com o rei, D. João I, por lhe ter tirado o trabalho como arquiteto do mosteiro. Afonso não estava irritado por ter perdido a sua fonte de rendimento, mas sim por lhe terem tirado o seu sonho "...roubaram-me o meu filho da minha imaginação...". Para Afonso, o ouro era insignificante, comparando com a afinidade que este tinha com o mosteiro.

“Mestre de Avis” e “os paços da adúltera”

Após a morte do D. Fernando, rei de Portugal, o país imergiu numa guerra civil, uma vez que

não existia um rei no poder. D. João, Mestre de Avis foi escolhido para liderar uma revolta contra

a regente rainha D. Leonor Teles, mulher do falecido rei. Desta revolução resultou a passagem do

poder para D. João, e a aclamação deste como regedor e defensor do reino

“Crónica de D. João I”

Esta obra, de Fernão Lopes, elogia D. João I, que assegurou a independência de Portugal, lutando ao lado do povo. Também Afonso Domingues lutou contra os castelhanos na Batalha de Aljubarrota. Ambas as personagens têm um sentimento patriota e nacionalista.

Romantismo

O romantismo foi um movimento artístico que surgiu na Europa no século XIX. Este movimento influenciou a literatura, a pintura, a música e a arquitetura. Caracterizou-se pela valorização dos sentimentos e emoções e afirma a liberdade do indivíduo.

Romantismo

Algumas das características românticas presentes nesta obra:

Patriotismo e nacionalismo

  • "... mas nacional, mas popular, mas da gente portuguesa, que disse: não seremos servos do estrangeiro e que provou seu dito." (pág. 7 do pdf)
  • "...a valia destas duas palavras formosíssimas, palavras de anjos: pátria e glória." (pág. 26 do pdf)

Emoções pessoais

  • "...-Estais mui perturbado pela paixão, mestre Afonso..." (pág.6 do pdf)

Referências utilizadas

  • https://pt.slideshare.net/gijasilvelitz/crnica-de-d-joo-i-de-ferno-lopes
  • https://prezi.com/pxcj2erftemd/a-abobada/
  • https://sentirportugus.blogspot.com/2015/11/lendas-e-narrativas-alexandre-herculano_65.html
  • "A Abóbada" de Alexandre Herculano (pdf)

Referências

Learn more about creating dynamic, engaging presentations with Prezi