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Medicina Unit - 2017
DIFICULDADES NA INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
EVITAR SEDAR COM
MIDAZOLAM
FENTANIL
INTERROGATÓRIO CLÁSSICO + ESCLARECIMENTOS
Visão laringoscópica durante uma intubação orotraqueal
Crânio, perfil, pescoço em hiperextensão
Crânio, perfil, posição neutra
Os Jelcos mais usados são os de número 14 ou 18 (depende da situação)
Conhecer bem as drogas que irá usar e não administrá-las sozinho (acompanhado de mais profissionais habilitados)
ROCURÔNIO
SUCCINILCOLINA
MECANISMO DE AÇÃO
Os agentes bloqueadores neuromusculares produzem paralisia do músculo esquelético pelo bloqueio de transmissão neural na junção neuronal. Inicialmente a paralisia é seletiva e normalmente aparece na seguinte sequência: músculo das pálpebras, músculo da mastigação, músculos dos membros, músculos abdominais, músculos da glote e, finalmente, os músculos intercostais e o diafragma.
Bloqueadores neuromusculares não possuem efeitos conhecidos sobre a consciência e sobre o limiar da dor.
Bloqueadores neuromusculares despolarizantes competem com a acetilcolina pelos receptores colinérgicos da placa motora terminal, e se ligam a esses receptores para produzir a despolarização. Entretanto, devido a sua alta afinidade pelos receptores colinérgicos e sua resistência à acetilcolinesterase, eles produzem uma despolarização mais prolongada do que a acetilcolina. Isto resulta inicialmente em contrações musculares transitórias, seguidas da inibição da transmissão neuromuscular. Este tipo de bloqueio não é antagonizado e pode ser acentuado por agentes anticolinesterase. Com o uso prolongado ou repetido dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes, um bloqueio neuromuscular semelhante a não despolarização pode ser produzido, resultando em depressão respiratória ou apneia prolongadas.
CONTRA-INDICAÇÕES
ESTRUTURA QUÍMICA
O suxametônio é contraindicado para pacientes com história pessoal ou familiar de hipertermia maligna, miopatias da musculatura esquelética e conhecida hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Também é contraindicado em casos de queimaduras graves, toxicidade por digitalis ou pacientes recentemente digitalizados, doença neuromuscular degenerativa ou distrófica, paraplegia, doença na medula espinhal ou trauma mútltiplo, uma vez que o suxametônio pode provocar uma hipercalemia severa que pode resultar em parada cardíaca. O risco de hipercalemia nesses pacientes aumenta com o tempo e depende da extensão e localização da patologia e atinge seu pico em 7 a 10 dias após ocorrer a patologia. O tempo exato para exato início e a duração do período de risco não são conhecidos.
MECANISMO DE AÇÃO
Brometo de rocurônio é um agente bloqueador neuromuscular não despolarizante, de ação intermediária e de rápido início de ação, que apresenta todas as ações farmacológicas características dessa classe de fármacos (curariforme). Atua competindo pelos colinorreceptores nicotínicos da placa motora terminal. Essa ação é antagonizada pelos inibidores da acetilcolinesterase, tais como neostigmina, edrofônio e piridostigmina.
INTUBAÇÃO DIRANTE ANESTESIA DE ROTINA
Após 60 segundos a administração intravenosa de uma dose de 0,6mg/kg de brometo de rocurônio podem ser obtidas condições de intubação adequadas em quase todos os pacientes, dos quais 80% apresentam condições de intubação classificadas como excelentes.
Após a administração de 0,45mg/kg de brometo de rocurônio, obtêm-se condições de intubação aceitáveis após 90 segundos;
Dentro de 2 minutos, estabelece-se uma paralisia muscular geral adequada para qualquer tipo de intervenção cirúrgica.
ESTRUTURA QUÍMICA
REVERSÃO DO RELAXAMENTO MUSCULAR
A ação do rocurônio pode ser antagonizada tanto pelo sugamadex quanto por inibidores da acetilcolinesterase (neostigmina, piridostigmina ou edrofônio). O sugamadex pode ser administrado para reversão de rotina (em 1-2 contagens pós-tetânicas para reaparecimento de T2) ou para reversão imediata (3 minutos após administração do brometo de rocurônio). Os inibidores da acetilcolinesterase podem ser administrados ao reaparecimento de T2 ou aos primeiros sinais de recuperação clínica.
CONTRAINDICAÇÕES
Contraindicado para uso por pacientes que tenham manifestado hipersensibilidade ao rocurônio, ao íon brometo ou a qualquer um de seus componentes.
TÉCNICA DE IOT
A laringoscopia deve ser realizada pelo médico em uma posição confortável. Se possível, pode ter ajuda de um auxiliar.
É necessário ajustar a altura que se encontra o paciente para a altura do médico trazendo a via aérea do paciente para dentro do seu campo visual central.
Só é permitido o máximo de 3 tentativas + 1 (caso seja profissoiona habilitado).
É recomendável que a laringoscopia seja realizada utilizando-se as duas mãos. Enquanto a mão esquerda segura o cabo do laringoscópio, a mão direita pode elevar e inclinar a cabeça do paciente ou mesmo deslocar externamente a cartilagem tireoide para uma melhor visibilização na laringoscopia, que uma vez conseguida pode ser reproduzida por um auxiliar.
A lâmina deve ser inserida na boca parcialmente aberta e o dedo mínimo da mão esquerda desloca o lábio inferior para impedir sua lesão e completar a abertura total da boca.
na é utilizada para mover a epiglote e permitir a visão da glote. O movimento final que serve para mover o osso hióide e a epiglote para fora da linha de visão da glote é conseguido aplicando uma força de elevação ao longo do eixo longitudinal da mão que realiza a laringoscopia.
O tubo deve avançar do lado direito da boca com a extremidade em contato sutil com o palato duro e mole, balonete desinsuflado e curvatura para frente. Deve ser posicionado posteriormente glote (1 a 3 cm) rodado em sentido anti-horário de 90º, de um plano horizontal para vertical, para a região mais estreita da ponta do tubo, biselada, para que seja alinhada com as pregas vocais
O fio-guia deve alcançar até a marca de 25 cm na altura dos lábios do paciente adulto, e nessa posição o introdutor deve estar no meio do comprimento da traqueia. Uma vez dentro da traqueia é possível sentir a extremidade do dispositivo, em seu movimento de introdução e posicionamento, produzindo uma fricção contra os anéis traqueais.
Sequência de quatro estímulos (TOF – Train of Four): o padrão de estimulação consiste na aplicação de quatro estímulos em uma frequência de 2 Hz (quatro estímulos em dois segundos).
FRERK, C. et al. Difficult Airway Society 2015 guidelines for management of unanticipated difficult intubation in adults. British Journal Of Anaesthesia, [s.l.], v. 115, n. 6, p.827-848, 10 nov. 2015. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/bja/aev371.
LOCKS, Giovani de Figueiredo et al. Uso de bloqueadores neuromusculares no Brasil. Brazilian Journal Of Anesthesiology, [s.l.], v. 65, n. 5, p.319-325, set. 2015. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2015.03.001.