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Turismo Sustentável Ana Margarida de Jesus a21803201
Docente Bonifácio Rodrigues Ana Rita Conceição a21701208
Ano Letivo 2019/2020 Sara Proença a21805925
2º ano - 1º semestre
1. Introdução
2. Enquadramento teórico
2.1. Expo’98
2.1.1. O ‘’antes’’ da exposição
2.1.2. Estratégia de intervenção
2.1.3. Oportunidade de inovação
2.2. Parque das Nações
2.2.1. Espaço Público
2.2.2. Estrutura verde
2.2.3. Mobilidade
2.2.4. Infraestruturas técnicas
3. Diagnóstico
3.1. Sustentabilidade
3.2. Pontos fortes
3.3. Pontos fracos
4. Conclusão
5. Proposta para o futuro
6. Webgrafia
As cidades requerem uma exploração, reorganização e transformação dos recursos naturais, que acabam por se tornar em impactos negativos para o meio ambiente.
Nas últimas décadas, tem vindo a introduzir-se uma nova consciência sobre estes pontos e tornou-se inevitável repensar na atividade humana, de acordo com as necessidades da preservação ambiental.
Partindo daqui, definimos o tema em que este trabalho se insere: o Parque das Nações.
A sustentabilidade urbana constitui-se como um desafio, no sentido de existir uma necessidade de adaptação das cidades à realidade do conceito de desenvolvimento sustentável.
A sustentabilidade baseia-se também numa melhoria da qualidade de vida urbana, por isso torna-se essencial ter em conta a reformulação do espaço público, que deve ter como foco principal o bem-estar do ser humano.
A Expo’98 surgiu como uma oportunidade para integrar a sustentabilidade não só na região de Lisboa, mas como em todo o país. O Parque das Nações mostra, até hoje, um comprometimento com as políticas ambientais definidas desde a exposição.
Realizada em Lisboa no ano de 1998, desencadeou uma série de reconversões urbanas e ambientais na zona oriental da cidade.
Foi considerada uma oportunidade para Portugal marcar posição, envolvendo-se nos objetivos do desenvolvimento sustentável das cidades.
O tema ‘’Os Oceanos, um Património para o Futuro’’, escolhido para a exposição, fez com que o conceito de sustentabilidade fosse considerado principal na intervenção para a requalificação urbana da área. Esta intervenção possibilitou a reestruturação de um território vasto, que se encontrava degradado, que se transformou num grande núcleo urbano - Parque das Nações.
Antes do evento, existiam inúmeras indústrias poluentes na região que degradaram ambiental e paisagisticamente a zona.
Sendo considerada uma das áreas mais poluídas da região de Lisboa, com poucos ambientes verdes e vegetação, previu-se também a criação de um Plano de Arborização. Este veio a incentivar a criação de um corredor ecológico, que se reverteu em vários impactos positivos na qualidade do ambiente urbano, nomeadamente ao nível da qualidade do ar.
A degradação paisagística ajudou à marginalização social que marca os territórios da proximidade, com os bairros sociais. Neste aspeto, pretendia-se uma requalificação sócio urbanística.
A Zona de Intervenção da Expo’98 era considerada um dos locais mais poluídos da AML. Então, a primeira condição colocada foi a desocupação do território industrial e descontaminação do terreno.
Transplantaram-se também cerca de 500 árvores para uma área provisória, de forma a evitar que estas fossem de alguma forma danificadas ou até mesmo abatidas no decorrer das obras no local.
A intervenção atentou ainda à despoluição do rio Trancão.
O projeto da Expo’98 assumiu também a criação de um Plano de Monitorização.
A estratégia definiu então 5 pontos principais:
1 - Recuperar e rejuvenescer a população de Lisboa, através da oferta de habitações acessíveis aos jovens e às classes médias
2 - Melhorar as acessibilidades e a mobilidade, especialmente entre o centro da cidade de Lisboa e o restante território metropolitano
3 - Valorizar o ambiente e o património, potenciando as condições naturais e históricas da cidade
4 - Desenvolver a economia de Lisboa, tornando a cidade competitiva no sistema das principais cidades europeias
5 - Reforçar os apoios e oportunidades sociais, com coesão e solidariedade
Desde o seu início que este evento foi pensado como uma oportunidade de requalificar a zona oriental da cidade.
Foi considerado como um grande impulsionador de capital na economia do país, em especial no turismo e na criação de emprego em Lisboa.
Mais do que um grande evento de renome, a Expo’98 tornou-se então uma promoção à reconversão urbana.
A Expo’98 fechou portas a 30 de setembro de 1998, tendo passado pelo recinto do evento cerca de 10 milhões de visitantes, nos cerca de 4 meses de duração do evento.
Fixaram-se, então, as edificações que asseguraram a boa funcionalidade no pós-Expo:
Outros elementos da região vieram a potenciar a fixação do setor terciário:
Conformado o Parque das Nações, é possível avaliar as repercussões da visão estratégica que partiu da Expo’98: a ideia de criação de um núcleo urbano completamente de raiz, que apresentasse qualidade e conforto, características de exceção, fruto da sustentabilidade urbana pretendida.
Para alem da problemática ambiental e das estratégias para a minimização dos impactos negativos, supunha-se também uma melhoria da qualidade de vida urbana. A cidade passou a ser centrada na qualidade de vida das pessoas.
A estrutura de suporte à vida urbana, no Parque das Nações, estabelece então uma resposta às novas demandas sociais: de pessoas para pessoas.
Perante a vasta oferta de eventos no local, e a diversidade de atividades que aqui ocorrem, o Parque das Nações assumiu um papel de referência a nível nacional.
O espaço público foi considerado o principal elemento da estrutura urbana.
É notável a prevalência de áreas de caminhada, nas quais se desenvolvem várias estruturas verdes como forma de qualificação natural.
Apesar da circulação automóvel ser recorrente, a circulação pedonal é privilegiada, principalmente junto à zona ribeirinha, reservada quase exclusivamente aos peões.
A forte presença da água, pela proximidade ao Tejo e pela introdução de linhas de água no espaço público (como por exemplo, os vulcões de água na Alameda dos Oceanos), aleada à vegetação promovem também os passeios pedestres e o turismo nesta zona .
Garantiu-se assim a presença de áreas de conforto térmico e amenização das condições climatéricas mais extremas, tornando o ambiente urbano mais cómodo para a população.
Sendo considerada desde o princípio da intervenção como um dos pilares da estratégia ambiental e paisagística da zona, a estrutura verde desempenha, nos dias de hoje, um papel fulcral na qualificação do espaço público. Esta, não só contribui para a melhoria do ambiente urbano, mas também para a noção de conforto e qualidade de vida. São, então, estes os pontos que se pretendiam destacar na visão do equilíbrio e da sustentabilidade.
O trânsito automóvel trouxe consigo bastantes aspetos negativos para o ambiente, tornando clara a necessidade de encarar a mobilidade como um dos principais requisitos a melhorar na qualidade de vida urbana.
Mesmo com o desenvolvimento dos transportes (com a Gare do Oriente), o automóvel continua a ser muito utilizado nesta região.
A Gare do Oriente permite uma relação entre os vários meios de transporte, sendo composto por um parque de estacionamento, praças de táxis, estação ferroviária, central rodoviária e estação de metropolitano.
Associada também a outras infraestruturas que garantem a acessibilidade ao local, como a Ponte Vasco da Gama e a rede de autoestradas, estes assumem um papel fundamental na criação de uma nova centralidade na AML.
Atualmente, é também possível fazer-se o aluguer de bicicletas e trotinetes, que andam por todo o centro da cidade de Lisboa, que acaba por ser a opção menos poluente e mais amiga do ambiente.
No Parque das Nações foram instalados sistemas e infraestruturas de serviço urbano, inovadores e tecnologicamente avançados, como o Sistema de Recolha Pneumática de Resíduos Sólidos Urbanos (que se encontra em funcionamento desde a realização da Expo’98) e a Rede Urbana de Frio e Calor (considerado o elemento primordial da estratégia energético-ambiental adotada, veio a consciencializar a população sobre a necessidade de racionalizar o consumo energético como condição para um desenvolvimento urbano sustentável e possibilita que os edifícios dispensem de equipamentos de produção energética individualizados) que visam obviamente melhorar a qualidade urbana.
Enquadram-se:
3º - Saúde e bem-estar
(Existência de vários postos de ajuda à saúde - como por exemplo, clínicas - lares de idosos e o hospital da CUF.)
4º - Educação de qualidade
(A região apresenta uma diversidade de escolas, colégios e creches, todos de elevada qualidade.)
6º - Água potável e saneamento
7º - Energia limpa e acessível
8º - Trabalho decente e crescimento económico
(O Parque das Nações já deu oportunidade de criação de cerca de 31 mil postos de trabalho.)
9º - Inovação e infraestruturas
(Os números estatísticos do Parque das Nações estão em grande parte relacionados com os seus ícones arquitetónicos.)
14º - Vida debaixo de água
(Podemos considerar a existência do oceanário, onde existe preservação da vida marinha.)
Contribui de forma positiva para a economia devido à criação de postos de trabalho.
Considera-se que é uma zona onde existe uma forte preocupação com a saúde e o bem-estar da população.
Diversidades de escolas, colégios e creches.
Apresenta condições razoáveis de água potável e saneamento e energia limpa e acessível.
Trabalho decente e crescimento económico.
Preocupação com a reabilitação de espaços.
Preservação das vidas marinhas
Este local apresenta grandes problemas em relação à poluição, devido ao tráfego rodoviário, a área apresenta então uma má qualidade do ar.
Inexistente eficiência energética, ou seja, não existe um consumo de energias responsável.
Esta região não é uma região que aparenta ser sustentável nem que combata as mudanças climáticas.
O Parque das Nações continua a ser considerado uma das regiões mais poluentes.
Como propostas para o futuro, e de acordo com as medidas da sustentabilidade, sugerimos:
1- Interditar a passagem de automóveis, uma vez que os níveis de tráfego automóvel têm vindo a aumentar consideravelmente e estes são os principais agentes poluidores do ar
2- Ter em atenção para onde são despejados os resíduos das infraestruturas, justificamos esta proposta para o futuro com uma notícia que lemos sobre o facto de terem sido encontrados certos resíduos junto ao Hospital da Cuf.
3- Implementar medidas para o controlo da qualidade do ar. Mencionámos anteriormente que o Parque das Nações é uma das áreas com grandes níveis de poluição, apresenta também uma má qualidade do ar devido ao tráfego rodoviário e à existência de estações de monitorização e qualidade do ar. Portanto estas medidas servem para a diminuição desta poluição, consideramos então que a existência de estações que visam controlar a qualidade do ar seriam então uma medida de controlo viável.
4- Em algumas visitas ao local constatámos também que por exemplo na estação do Oriente existem ainda muitos sem abrigo, consolidando a meta já existente para 2023 em relação aos mesmos, sendo as áreas da habitação, saúde e reinserção social as partes mais sensíveis dessa meta, consideramos que ter mais gente envolvida nesta causa seria um grande passo para começar a diminuir o número de pessoas na rua. Além de serem necessários mais sítios que sirvam de habitação, existem muitos locais que podem ser aproveitados para os mesmos e não estamos só a falar no Oriente nem no Parque das Nações. É importante referir que a diminuição de pessoas a dormir na rua tornam os sítios mais visíveis, e apelativos.
5- Gerir a saturação de pessoas, em alturas de eventos no local é também um ponto que necessita de ser abordado (como por exemplo nos transportes e na restauração). Este ia permitir que as pessoas que não estão interessadas em participar nesse evento pudessem “viver” as suas vidas normalmente. Um dos principais problemas é a restauração, o objetivo seria descentralizar essas pessoas e fazer com que estas procurassem outros locais. O Parque das Nações é um espaço de grande exposição internacional e associado diz-se também que é uma cidade dentro da cidade de Lisboa visto que já atraiu cerca de 31 mil moradores e criou cerca de 30 mil empregos. É importante referir os números, e os benefícios que existem neste local. Mas também é importante refletir na sustentabilidade do mesmo, e observarmos que grande parte das pessoas que o visitam são turistas.
O Parque das Nações apresenta diversos problemas em relação ao consumo de energias, sendo que este não é sustentável.
Existem também problemas em relação à poluição atmosférica que é causada pelo tráfego rodoviário o que resulta na má qualidade do ar.
Consideramos que o Parque das Nações, embora contenha muitos aspetos positivos em relação a infraestruturas, números elevados de postos de trabalho, inovações e iniciativas, não é um local sustentável devido aos problemas que apresentámos anteriormente.
De referir que este local já é mais visitado por turistas e que alguma parte dos habitantes locais são estrangeiros, já existe o problema da turistificação e da gentrificação pelas alterações que foram feitas e pela zona que é, pudemos observar que os preços de habitações são elevadíssimos e é considerada uma zona de luxo.
Há riscos e problemas que podem ser atenuados, mas é necessária a mudança de atitudes significativas.
https://nit.pt/out-of-town/expo-98-faz-vinte-anos-ainda-se-lembra-de-como-era-aquela-zona-antes-da-exposicao (consultado no dia 28-11-2019)
http://www.portaldasnacoes.pt/item/expo-98-2/ (consultado no dia 28-11-2019)
http://www.portaldasnacoes.pt/ (consultado no dia 28-11-2019)
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/parque-das-nacoes-e-a-zona-de-lisboa-com-mais-problemas-de-poluicao (consultado no dia 01-12-2019)
https://www.publico.pt/2018/06/01/politica/noticia/meta-de-integrar-semabrigo-ate-2023-e-para-cumprir-1832862 (consultado no dia 01-12-2019)
https://observador.pt/2019/06/21/associacao-ambientalista-zero-diz-que-ha-mais-solos-contaminados-no-parque-das-nacoes/ (consultado no dia 01-12-2019)
https://www.jornaldenegocios.pt/negocios-iniciativas/forum-seforall/detalhe/a-excepcao-a-regra-a-rede-de-frio-e-calor-do-parque-das-nacoes (consultado no dia 5-12-2019)
https://expresso.pt/multimedia/infografia/2018-05-21-Parque-das-Nacoes-a-cidade-de-todos-os-recordes (consultado no dia 10-12-2019)
https://www.itinari.com/pt/lisbon-oceanarium-life-under-the-sea-h5fu (consultado no dia 10-12-2019)
https://www.dn.pt/vida-e-futuro/nova-expo-vai-ser-possivel-pedalar-do-parque-das-nacoes-ate-oeiras-11138097.html (consultado no dia 10-12-2019)