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Fernanda F de Souza
Nathalia N Leite Silva
Todas as teorias orientam a prática e auxiliam o profissional de enfermagem no dia-a-dia; buscando sempre a melhoria para seus pacientes. Neste trabalho iremos abordar a Teoria da Saúde como expansão da consciência, por Margaret Newman e como Newman proporcionou uma nova visão do mundo da saúde de uma maneira lógica.
Margaret Newman nasceu em 10 de outubro de 1993, no Tennessee, EUA. Newman tornou-se Bacharel em enfermagem pela Universidade do Tennessee, Memphis, em 1962; Mestre em enfermagem em 1964, pela Universidade da Califórnia, São Francisco e PhD em Ciência da Enfermagem e Enfermagem Reabilitatória em 1971, pela Universidade de Nova York, EUA. Nos dias de hoje, leciona na Universidade de Minnesota.
O desejo de se tornar enfermeira deve-se a um capitulo melancólico de sua vida; sua mãe enfrentou durante oito anos a esclerose amiotrófica lateral e nesse período, Margaret teve participação indispensável como cuidadora.
Durante seu doutorado, devotou-se aos estudos e desenvolvimento da uma teoria de enfermagem com foco nos relacionamentos entre o movimento, o tempo e o espaço. Foi inspirada pela sua própria experiência, onde caracterizava sua mãe como imobilizada no tempo e no espaço.
Para desenvolver sua teoria, Margaret teve alguns inspiradores que defendiam os seguintes conceitos:
• David Bohm (1989, 1981 e 1992) defendia a saúde como um padrão do todo, com progresso normal em direção aos níveis superiores de organização;
• Itzhak Benton (1978) defendia que a consciência evolui e é coextensiva ao universo;
• Richard Moss (1981) defendia que o amor é o mais alto nível da consciência;
• Arthur Young (1976) defendia a importância do reconhecimento de padrão e da escolha.
• A saúde engloba condições de doença ou patologia;
• Essas condições “patológicas” podem ser consideradas uma manifestação do padrão total do indivíduo.
• Esse padrão manifestado como patologia é primário, preexistindo a mudanças estruturais ou funcionais.
• Removendo a patologia, não significa que o padrão do indivíduo será modificado.
• Se o torna-se “doente” for a única maneira pela qual se é manifestado o padrão do individuo, isto é, então, saúde para o mesmo.
• Saúde é a expansão da consciência. (NEWMAN, 1979)
• Tempo e espaço têm um relacionamento complementar.
• Movimento é um meio pelo qual o espaço e o tempo tornam-se uma realidade.
• O movimento é um reflexo da consciência.
• O tempo é uma função do movimento
• O tempo é uma medida da consciência. (NEWMAN, 1979)
Tempo e contagem do tempo, para a autora, relatam o ritmo dos fenômenos vivos. Por exemplo, temos as variações na eficácia de uma terapêutica medicamentosa e radioterápica em ciclo de 24 horas, em que as dosagens terapêuticas em um dia poderão ser fatais em diferente período. Outro exemplo é a dificuldade de pacientes adaptarem-se às rotinas de tempo instituídas pelos hospitais.
O espaço é discutido em conjunto com o tempo e não individualmente. Para Newman, a consciência é a informação do sistema, a capacidade do sistema de interagir com o ambiente. À medida que os seres humanos se desenvolvem, a consciência cresce ou expande-se. À medida que a consciência se expande, coexiste mais com o universo, sendo a essência de toda a matéria, em que as pessoas são a consciência e não possuem a consciência.
O padrão descreve o todo e caracteriza-se como movimento, diversidade e ritmo. O movimento é constante, rítmico e as partes são diversas. O padrão é o relacionamento e ocorre quando os campos de energia humana penetram um no outro, resultando na transformação. Esta, por sua vez, acontece de repente e não gradual ou linearmente.
O reconhecimento do padrão ocorre no interior do observador, podendo não ser visualizado imediatamente. Newman sugere que conforme a estrutura do tempo é expandida, mais nos mostra o padrão. Por exemplo, na verificação de pressão arterial, quando o padrão pode ser obtido somente após mínimo de três leituras em ocasiões diferentes, para termos o padrão do indivíduo como hipertenso ou normotenso. Importante observarmos a integração do padrão do indivíduo com outro padrão, como o da família, comunidade, e assim por diante.
”Para Newman, a visão de saúde como ausência da doença é associada com a discriminação de pessoas doentes como inferiores. Para a teórica, a saúde é vista como um padrão emergente que pode ser entendido em termos de energia, em que “ver a doença como uma manifestação de padrão pode ajudar as pessoas a conscientizarem seu padrão de interação pessoa-ambiente”.
Os seres humanos são unitários com o ambiente, onde não existem limites e os são identificados por seus respectivos padrões. Os padrões do indivíduo são integrantes com os da família, estes com os da comunidade, e estes com os da sociedade. Os homens organizam-se de forma crescente e são capazes de tomar decisões.
Newman acredita que cuidar é uma atividade moral para a enfermagem, que é descrita para ela como uma profissão dividida em três estágios durante seu crescimento. O primeiro estágio baseia-se na formação, onde o profissional estabelece sua identidade. O segundo estágio a enfermagem é descrita como competitiva em relação ao ambiente, onde os profissionais participam do cenário hospitalar e se tornam empregados. O terceiro estágio, para Newman, ainda não chegou ao final, porém tem como base a “integração dos profissionais de enfermagem com os outros profissionais de saúde e com os clientes como parceiros de maneira cooperativa mútua.” (GEORGE, 2000, p. 316)
“A Enfermagem é cuidar na experiência de saúde humana” (NEWMAN, 1994, p.139). No paradigma unitário-transformador, o cuidado envolve o todo da enfermeira e o todo do cliente. A enfermeira e o cliente tornam-se parceiros na vivência do período de desarmonia e no surgimento de um nível superior de consciência”. (GEORGE, 2000, p.320)
Concluí-se que Newman considera a enfermagem como ciência humana que cuida do homem, promovendo sua adaptação ao "continuum" "saúde-doença". Ela caracteriza a saúde como expansão da consciência de cada pessoa e a doença como manifestação do padrão do indivíduo como ente dinâmico que se move ao longo do ciclo vital. A posição da pessoa no "continuum" "saúde-doença" depende da qualidade e quantidade de sua consciência, orientada no tempo e no espaço.
O padrão do indivíduo que eventualmente manifesta uma doença indica que existem fatores estruturais- e funcionais em sua vida, associados àquele distúrbio. A unidade de análise da enfermagem é a pessoa/família, integrada em uma comunidade, sendo importante a detecção e valorização de suas potencialidades, conhecimentos, estilo de vida e modos de reação a estímulos do meio interno e externo. O padrão da pessoa é inerente a cada uma das partes estruturais do seu organismo, sendo cada atividade a sua reação global a todos os estímulos. (KAMIYAMA, 1984)
-Newman, M A. (1994). Health as expanding consciusness (2nd ed.). New York: National League for Nursing
-Newman, M. A. Lamb, G. S & Michaels, C. (1991). Nursing case management: The coming together of theory and practice. Nursing & Health Care, 12, 404-408.
-GEORGE, J; Margaret Newman. In: GEORGE, J, B. Teorias de Enfermagem. 4º ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000. KAMAIYAMA, Y. Teorias de Enfermagem
– Conferência Internacional. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, 18(3): 199-207,1984. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3-199.pdf .