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Proposto por Zola (1972 apud CARVALHO 2015), o conceito de medicalização se consagrou a partir de estudos de investigadores da década de 1970, que tinham como referências iniciais as correntes marxistas e liberais humanistas. Em geral, a medicalização denota algo suspeito derivado da criação ou incorporação de um problema “não médico” ao aparato da Medicina (ROSE, 2007a apud CARVALHO, 2015).
Porque segundo Carvalho (2015) na raiz desse fenômeno, a Medicina se apresenta como uma instituição de controle social, dimensionando-a com ordem de grandeza tal como a religião e a lei.
A partir dos estudos realizados por Michel Foucault (2001; 2006; 2010), podemos compreender o processo de medicalização como uma forma da medicina, através da utilização de um conjunto de tecnologias e estratégias que irão determinar regras de higiene, condutas morais e costumes sexuais, alimentares e de comportamentos sociais, governar o modo de vida dos homens num processo de disciplinamento dos corpos e de controle populacional biopolítico.