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O filósofo grego Parmênides de Eleia foi o principal pensador da Escola Eleata. Suas teorias sucederam às ideias de Xenófanes e visavam a apresentar o imobilismo e a unidade como essência do surgimento do Universo. Parmênides fundou uma teoria que serviu de base para a filosofia platônica, e o seu embate com o pensamento de Heráclito forneceu bases para a filosofia desenvolvida pelos pensadores pluralistas.
A questão do erro. Tudo sempre igual?
Para que o erro e a mentira existam, é necessária a existência do “não ser”. Como o “não ser” não é e não existe, como seria possível a existência do erro e da mentira? A resposta de Parmênides foi que o não ser, que permitia o erro e a mentira, era apenas uma ilusão causada pela opinião e pelos sentidos.
A teoria cosmológica de Parmênides difere-se muito das teorias apresentadas até então, aproximando-se apenas do princípio proposto por Xenófanes. Parmênides não formulou uma teoria cosmológica baseada em um princípio (arché) material e definido. Para o filósofo, havia uma espécie de organização racional no universo que era infinita, uma, indivisível, imutável e imóvel. A teoria parmenidiana estava centrada no que ele chamou de “ser”. O ser das coisas era o princípio fundamental, baseado em uma espécie de ideia infinita e universal. Dessa maneira, tudo o que existia possuía o “ser” dentro de si. O que existe, ou seja, que possui o ser, pode ser enunciado e pensado. O que não existe não poderia, na visão do filósofo, ser pensado e nem enunciado.
“O ser é e o não ser não é”, frase proferida por Parmênides, indica que o ser (o que existe) é, pois é idêntico a si mesmo e indica a si mesmo. O não ser não é, pois não existe, não possui identidade.
NADA MUDA! IMOBILISTA
“Heráclito diz que todas as coisas movem-se e nada permanece imóvel. E, ao comparar os seres com a corrente de um rio, afirma que não poderia entrar duas vezes num mesmo rio.”
Essa afirmação condensa o significado do fluxo heraclitiano, pois o movimento constante é a marca principal da natureza. Nada fica estático, tudo se move, tudo muda. O rio muda a cada segundo, do mesmo modo que a pessoa muda a cada segundo, sendo assim uma mesma pessoa não pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois tanto ela quanto o rio já não são mais os mesmos no instante após o primeiro banho.
Heráclito defende que não há unidade natural no mundo, mas duelos e dualidade constante. “O mundo é um eterno devir”, afirma o filósofo, querendo dizer que há uma constante mudança, imprevisível, que caracteriza a natureza.
Essa relação é composta pelo duelo entre os contrários, o qual gera novas características. Por pensar assim, Heráclito é considerado o “pai” da dialética.
TUDO MUDA! MOBILISTA
Não há dúvida de que a questão da arché tem uma conotação
francamente aristotélica. Mesmo assim, é a Tales que, em geral, se atribui o problema da origem, e a Anaximandro o termo técnico arché capaz de designá-lo. Mas será que foi “Anaximandro quem chamou arché à substância originária?” (pergunta e responde M. Schofield):
“A maioria dos críticos modernos, pensa que Teofrasto designou Anaximandro como o primeiro a usar arché (...) como termo especial para a substância originária. "
A palavra “aleteia” vem do grego αλήθεια (aletheia), que quer dizer “verdade” – mas não no sentido de “dogma”, de “princípio revelado e inegável”, e sim no sentido de “descoberta da realidade”, “constatação dos fatos”. O conceito filosófico de aletheia foca na coerência entre o que é dito e o que é fato, atendo-se à observação e à compreensão imparcial da realidade.
A palavra metafísica vem do grego e o prefixo “meta” significa “além de”. O primeiro filósofo a tratar sobre o assunto, de maneira sistemática, foi Aristóteles.
Aliás, ele mesmo chamou esta ideia de “filosofia primeira”, por entender que ela seria o alicerce da reflexão filosófica. Desta forma, o termo metafísica não foi cunhado por ele e sim por um dos seus discípulos que organizou a sua obra.
Além da “filosofia primeira”, Aristóteles investigava a “ciência do ser enquanto ser”. Por isso, ele estava interessado em questionar o que faz a matéria ser diferente e ao mesmo tempo particular.
Aristóteles pensava que os princípios da realidade não estão no mundo inteligível e sim no nosso mundo, o sensível. A realidade está submetida ao tempo e ao espaço.
Aristóteles afirmava que quatro causas condicionam a existência dos seres:
Causa material: A matéria do ser, aquilo do que o ser é feito.
Causa formal: A forma, a constituição do ser enquanto essência.
Causa motora ou eficiente: O que originou o ser, deu movimento.
Causa final: O porquê da existência do ser.
Para exemplificar essa teoria, podemos usar o exemplo de uma pedra que rola o monte. A causa material é o minério de ferro, já que é disso que a pedra é feita. A causa formal é o monte ter inclinações, já que a pedra só está rolando porque o monte é inclinado. A causa motora é o empurrão que a pedra levou para estar em movimento, já que sem ele a pedra continuaria inerte e a causa final é a pedra atingir a camada mais baixa, já que quando a pedra atingir esse ponto deixará de rolar.
Aristóteles mostra que diferente do que Platão pensou, a substância (ou o ser) das coisas não está em um mundo inteligível, ou seja, em outra realidade, mas está nas próprias coisas. A substância nada mais é que a coisa em si, a sua individualidade, tudo aquilo que posso apontar com o dedo. Aquela cadeira, aquele homem, aquele cachorro.
Ato é potência!
O Ato – a manifestação atual do ser, aquilo que ele já é (por exemplo: a semente é, em ato, uma semente).
A forma corresponde ao ato.
A Potência – as possibilidades do ser (capacidade de ser), aquilo que ainda não é mas que pode vir a ser (por exemplo: a semente é, em potência, a árvore).
A matéria corresponde à potência.
Aristóteles afirma que a realidade é constituída por diversas coisas particulares que apresentam uma unidade de “forma” e “matéria”. A “matéria” é aquilo a partir do qual a coisa é feita, enquanto a “forma” caracteriza as qualidades particulares das coisas.
Matéria (hylé, em grego): o princípio indeterminado dos seres, mas que determinável pela forma.
Forma (Morphé, em grego): o princípio determinado em si próprio, mas que é determinado em relação à matéria.
Essa teoria de matéria e forma ficou conhecida como Hilemorfismo, ou seja, hile matéria e morfismo forma.