Introducing
Your new presentation assistant.
Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.
Trending searches
- "Praça da Canção", em 1965;
- "Canto e as Armas", em 1967.
Ambos foram apreendidos pela censura- foram repassadas por cópias clandestinas, manuscritas e ditalografadas.
1998 - Prémio de Literatura Infantil António Botto;
1998 - Prémio da Crítica Literária
1998 - Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores;
1999 - Prémio Pessoa e o Prémio Fernando Namora;
2008 – Prémio D. Dinis;
2010 - Tributo Consagração atribuído pela Fundação Inês de Castro (FIC);
2016 - Prémio Vida Literária;
2016 - Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores;
2016 - Grande Prémio de Literatura;
2017 - Prémio Guerra Junqueiro;
2017 - Prémio Camões.
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
- Na 1º estrofe o poeta refere o tema deste poema;
- Na 2º estrofe o sujeito poético afirma que as mãos são detentoras de uma força enorme que podem trabalhar no mar e na terra "com as mãos se rasga o mar e se lavra", também têm a arte de construir "fruto" e de comunicar "palavra";
- Na 3º estrofe, mais uma vez é dado grande poder às mãos e, sobretudo, a esperança na luta pela liberdade.
- Na 4º estrofe o poeta remete-nos para o valor do poder das nossas mãos e à responsabilidade em saber usá-lo.Para o sujeito poético, as mãos são o caminho para a liberdade "nas tuas mãos começa a liberdade".