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Por vezes usamos as palavras "ética" e "moral" como sinonimos e isso não é algo absurdo: ética vem de ethos, expressão grega cuja tradução é "hábito ou costume"; moral vem de mos, palavra latina que significa a exata mesma coisa - hábito ou costume. Do ponto de vista puramente linguístico, mos é apenas a tradução latina de ethos, referem-se a exata mesma coisa. Em todo caso, há ao menos dois modos de traçar uma distinção entre moral e ética.
O mais famoso modo de distinção entre moral e ética foi firmado na famosa Enciclopédia de Diderot e D'Alembert; nela, moral refere-se ao conjunto de valores, hábitos e regras que determinam a vida social e/ou comunitária. A ética, por sua vez, seria o estudo filosófico desses valores, hábitos e regras - numa expressão, a ética é o estudo da moral.
Um modo menos conhecido - e utilizado - de distinção entre moral e ética é oriundo da tradição filosófica alemã. Construído a partir de uma síntese entre Kant e Hegel, se convenciona chamar eticidade o campo dos valores locais, pertencentes a um modo de vida específico, e moralidde o campo dos valores universais, que perpassam diversas comunidades.
Negação absoluta da liberdade que se apresenta sobre a forma de teorias diversas em campos diversos do conhecimento - determinismo geográfico com Ratzel, determinismo causal na física...
O perfeito oposto do determinismo, trata-se da defesa irrestrita de uma liberdade que por nada pode ser determinada além da própria vontade do sujeito. Sartre é um bom exemplo deste corrente.
Trata-se de reconhecer as condicionantes do ambiente em que nos inserimos sem que isto resulte num determinismo absoluto. O exercício da liberdade ocorre num campo de embate entre facticidade e transcendência.
Todos somos seres fáticos, ou seja, estamos todos inseridos num mundo que possui significações específicas. Todos pertencemos a uma família, a uma classe social e a um tempo histórico determinado. Tudo isso pertence ao reino da facticidade e, claro, influenciam nossas ações, visto que o agir é sempre fático.
Transcendência é a capacidade humana de ir além dessas determinações fáticas, tanto do ponto vista individual quanto coletivo.
A filosofia ocidental produziu tipos distintos de concepções éticas ao longo da história, das quais, destacam-se a ética das virtudes, a ética deontológica e a ética consequencialista.
A ética aristotélica é teleológica: toda ação humana possui um fim e o fim supremo de nossas ações é a felicidade. Alcançar esse fim pressupõe aretê, expressão grega traduzida por excelência ou virtude. A virtude ética é obtida através do hábito: é praticando a virtude que nos tornamos virtuosos. Ser virtuoso significa fazer as escolhas certas no momento correto, o que exige phronesis (sabadoria prática) para encontrar em cada caso o caminho entre o excesso e a falta (mediania).
A ética kantiana é uma ética deontológica, literalmente uma ética do dever. O ato será julgado moral ou não segundo a relação que estabelece com o dever moral. Kant chamou a lei moral de imperativo categórico e a definiu do seguinte modo: "age de tal modo que a máxima de tuas ações possas tornar-se uma lei universal". Diante do dever moral estabelecido pelo imperativo, o sujeito pode agir contra, conforme ou por dever, sendo apenas este último considerado verdadeiramente moral.
Uma ética é consequencialista quando julga as ações a partir das consequências que produzem. O utilitarismo inglês e seu princípio de utilidade é um bom exemplo: é boa a ação que produz bem-estar, de modo que uma ação será tão boa quanto a quantidade de bem-estar que for capaz de proporcionar.