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O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, se consolidou no século XV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa.
Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações estruturais da sociedade, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna.
O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras.
Elas enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas.
A cultura renascentista teve quatro características marcantes, a saber:
Racionalismo - os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência.
Experimentalismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da experiência científica.
Individualismo - nasceu da necessidade do homem conhecer a si próprio, buscando afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo.
Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como centro do universo.
O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na Itália em meados do século XIV.
O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia.
Os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.
O estudo dos textos antigos despertou o gosto pela pesquisa histórica e pelo conhecimento das línguas clássicas como o latim e o grego.
A partir do século XIV, ao mesmo tempo que os renascentistas se dedicavam ao estudo das línguas clássicas, diferentes dialetos davam origem às línguas nacionais.
Gestado nessa época, o humanismo se tornou referência para muitos pensadores nos séculos seguintes, inclusive para os filósofos iluministas do século XVIII.
O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:
Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia".
Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá conselhos aos governadores da época.
Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras.
Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval.
Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande poema épico "Os Lusíadas".
No século XVI, o principal centro de arte renascentista passou a ser Roma. Os principais artistas plásticos do renascimento foram:
Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto, escultor e pintor, ele foi um gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são suas obras primas.
Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura, famoso pela doçura de suas madonas. A Madona do Prado foi considerada a mais perfeita.
Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se a Pietá, David, O teto da Capela Sistina, A Criação de Adão e O Juízo Final.
O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.
O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar que "a terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno do Sol".
Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e descobertas.
Na medicina os conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação sanguínea, métodos de cauterização e princípios gerais de anatomia.
Quando estudamos a formação de determinada civilização, a língua e a literatura ocupam um lugar central, haja vista que uma nação, ou um povo, tem como um de seus elementos unificadores a língua materna – é a partir da língua e de outros elementos culturais que se forma a identidade de uma civilização. Na Antiguidade Clássica Ocidental, isto é, no universo greco-romano, as línguas de destaque foram, evidentemente, o grego e o latim. As principais cidades-estado gregas, como Tebas, Antenas e Esparta, tiveram grande influência dos poemas homéricos – que eram decorados e recitados desde a infância. Em Roma, isso também acontecia com relação aos textos de Virgílio, Horácio, Cícero, entre outros.
Quando, na transição da Idade Média para a Idade Moderna (séculos XIV e XV), começaram a se formar as primeiras nações modernas, como Portugal, Espanha e os vários principados italianos, teve início também um processo de eferverscência cultural, que procurou recuperar a tradição clássica da Antiguidade Ocidental, mencionada no parágrafo anterior. Essa eferverscência cultural receberia por parte dos historiadores o nome de Renascimento Cultural e teria eco nas artes plásticas (pintura e escultura), na arquitetura, no pensamento político e filosófico, na investigação científica e, é claro, na literatura. Com o desenvolvimento literário durante a época do Renascimento, as línguas vernáculas derivadas do latim, como o português, o italiano, o francês (provençal) e o espanhol, ganharam um contorno sistemático e esmerado.
No caso específico de Portugal, a identidade nacional lusitana começou a ser definida nos séculos XV e XVI, em meio à ambiência da expansão marítima, que implicou a formação de um imenso império ultramarino. Essa ambiência passou a suscitar uma organização narrativa dos grande feitos portugueses. Essas narrativas passaram a ser feitas por grandes poetas, como Luís de Camões, que, em seu poema épico Os Lusíadas, conta toda a história de Portugal desde as origens até meados do século XVI, como bem se explicita logo nas duas primeiras estrofes do poema:
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Em Os Lusíadas, de Camões, serão cantadas (narradas) as glórias e os dramas de Portugal. A estrutura do verso é o decassílabo heroico (verso de dez sílabas métricas, sendo a sexta e a décima sílabas com acento tônico). Esse seria o verso principal desse período, usado também em sonetos e outras variações poéticas. No último verso da segunda estrofe, Camões faz uma alusão direta à concepção clássica de “arte poética”, isto é, ele fala de “engenho” e “arte” (no sentido de “inspiração” e “técnica/estilo”), que são termos explorados pelo poeta romano Horácio em sua obra Ars Poetica. O emprego dessa noção, que aparece também em muitos outros poemas de Camões, denota uma sólida filiação com a arte clássica. Por isso, esse período da literatura portuguesa também é definido como “Classicismo”, além de ser definido também por termo relativo à datação temporal: “Quinhentismo” (aludindo ao século XVI, 1500).
Além da obra de Camões, há outro grande poeta português da época do Renascimento, Francisco Sá de Miranda, que foi o responsável pela introdução da estrutura do soneto (dois quartetos – estrofes de quatro versos – e dois tercetos – estrofes de três versos) na língua portuguesa a partir de uma matriz renascentista italiana chamada Dolce Stil Nuovo, que teve na figura de Petrarca o seu principal representante.
No campo da prosa, teve destaque nesse período a chamada “literatura catequética”, isto é, relacionada com a pregação da fé católica. José de Anchieta e Frei Vicente de Salvador estão entre os principais nomes. Houve também, em prosa, o tipo de relato de viagens, que tem na Carta de Pero Vaz de Caminha um documento de suma importância para a língua e literatura portuguesa. Destaca-se ainda, no campo da arte dramática (teatro), a obra de Gil Vicente, que não pode deixar de estar relacionada com os grande nomes da literatura portuguesa da época do Renascimento.
A Idade Moderna é o período histórico em que as monarquias europeias constituíram-se e fortaleceram-se, expandindo seu poder para os cinco continentes do mundo. Com as grandes navegações iniciadas no século XV, as diversas partes do planeta começaram a se integrar nessa época.
O início da Idade Moderna aconteceu com a tomada da cidade de Constantinopla pelos Turcos-Otomanos, em 1453, e encerrou-se com a queda da Bastilha e a Revolução Francesa, em 1789. Marcou também esse período o Renascimento Cultural, que revolucionou as artes e as ciências, através de figuras históricas, como Leonardo da Vinci e Michelangelo.
A descoberta da América e as rotas comerciais com a África e a Ásia criaram as bases de acumulação de capital necessárias ao desenvolvimento do capitalismo no período histórico posterior. Entretanto, essas mudanças econômicas ocorreram à custa da vida de milhões de seres humanos, principalmente ameríndios e africanos escravizados. No aspecto religioso, o cristianismo católico deixou de deter o monopólio religioso na Europa com o advento da Reforma Protestante.
Além dos já citados, no restante da Europa a Era Moderna contou com Thomas More, na Inglaterra, que escreveu a obra, Utopia (Nenhum Lugar), inspirado nos relatos de Américo Vespúcio sobre as
Américas. Ele descreveu uma fictícia sociedade igualitária e tolerante, governada pela razão. Trata-se de uma critica a tirania de sua época, uma denúncia contra a tirania do absolutismo, levando-o a ser decapitado por Henrique VIII no ano de 1535.
Na França o movimento é principalmente literário e filosófico. François Rebelais é autor da obra “Gargantua e Pantagruel”, tratando-se de uma sátira aos costumes da época e uma crítica à tirania e ao dogmatismo, obra que tratava do riso e do grotesco como substituto da meditação e do sofrimento religioso. Já Montaigne escreveu ensaios que eram reflexões filosóficas sobre o equilíbrio do homem com o universo.
Também na Holanda, principal expoente renascentista foi Erasmo Desiderio, mais conhecido como Erasmo de Roterdã. Em sua obra, “Elogio a Loucura”, o autor escreveu ao amigo Thomas More. Tratava-se de uma crítica ao pensamento eclesiástico, uma denúncia aos abusos da Igreja contra os homens comuns, com sua moral carregada e ascética. Roterdã afirmara que os antigos gregos antigos fizeram elogios ao prazer, à arte, a memória. Da mesma forma caberia a ele fazer um elogio a Moria, uma expressão antropomórfica da loucura. Com isso o autor denunciou os Papas e a Igreja ao afirmar que deveriam parar de julgar como loucos os que discordavam de suas crenças e sua moral, além de defender que o clero deveria retomar a pobreza de Jesus e se afastar das coisas terrenas e mundanas.
O Arcadismo, escola literária que surge após o Barroco, em 1700, vem acompanhado de uma tendência artística chamada Iluminismo.
Esse movimento cultural define a fisionomia da Europa do final do século XVII e século XVIII.
Durante esse período, várias transformações mudavam a maneira de se entender o mundo. O Iluminismo ocasionava o Século das Luzes, que tinha como intenção trazer esclarecimento. Mas trouxe, na verdade, um conjunto de tendências filosóficas que circulavam entre os burgueses europeus
A filosofia iluminista centrava-se em dois aspectos para explicar todas as coisas: razão e ciência.
Durante essa fase, destaca-se o progresso científico com a lei da gravidade (Isaac Newton) e a classificação dos seres humanos pela Biologia. Contudo, é no campo filosófico que o Iluminismo se torna o precursor de ideários, principalmente na política, como a Revolução Francesa (1789), a Independência dos Estados Unidos da América (1775–1783) e, no Brasil, a Inconfidência Mineira (1789).
Entre os filósofos adeptos deste movimento, destacam-se: Montesquieu (francês, norteou a teoria da separação dos poderes em Executivo, Judiciário e Legislativo), Voltaire (francês, oposto à religião), Benjamin Franklin (participante da independência dos EUA), Jean-Jacques Rousseau (francês, escritor de “Contrato Social”), dentre outros.
Este momento histórico na Europa está paralelo, no Brasil, à queda da lavoura açucareira e a transferência do centro econômico para Minas Gerais, em razão da extração de minério, e Rio de Janeiro, onde o mesmo era comercializado. Nesta nova mentalidade comercial e burguesa, o Brasil dá margem à repercussão do pensamento iluminista francês.
O cenário mineiro ganha um novo estilo com a evolução da economia e torna-se lugar de vários acontecimentos marcantes da história: a Inconfidência Mineira, Tiradentes, as obras do artista Aleijadinho e a literatura árcade.
Porém, se por um lado os ideais do Iluminismo influenciavam a classe burguesa dominadora que surgia nas cidades, por outro a literatura se apoiava no Neoclassicismo, inspirado em frases latinas de Horácio, como fugere urbem (“fugir da cidade”) e carpe diem (“aproveite o dia”).
Nas produções artísticas, de modo geral, podemos constatar uma liberdade maior sobre temas, texturas e traços. Além disso, os quadros que se concentravam nas mãos dos monarcas franceses, passam a ser expostos para visitação pública no palácio do Louvre, Paris.