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Persistência do ducto arterioso em cães: revisão bibliográfica e relato de caso em cão adulto

Acadêmica: Isabella Nascimento

Prof Orientador: Adriano Ramos Cardoso

DEFINIÇÃO

DEFINIÇÃO

Ducto arterioso é um vaso fetal que interliga a artéria pulmonar e a artéria aorta descendente e é responsável por desviar o sangue oxigenado da arteria pulmonar para a aorta, já que os pulmões do feto não estão desenvolvidos e funcionais, realizando assim a oxigenação adequada para o feto.

(Canavari et. al. , 2015)

PATOGENIA

PATOGENIA

Ap´ós o nascimento, com o aumento da tensão de oxigênio arterial há inibição de prostraglandinas locais que promovem a contrição da musculatura lisa e fechamento do ducto atraves de necrose e fibrose nas primeiras semanas de vida, originando em um ligamento fibroso.

Porém quando há falha nesse processo o resultado é a cardiopatia congênita mais comum relatada em cães, resultando em uma sobrecarga de volume sanguiíneo, dilatação e hipertrofia das câmaras cardíacas,

(Ettinger & Feldman, 2004)

CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

Persistência do ducto arterioso CLÁSSICA:

  • Resistência pulmonar é menor;

  • Sangue flui da esquerda para a direita.

Persistência do ducto arterioso REVERSA:

  • Resistência pulmonar é maior;

  • Sangue flui da direita para a esquerda.

(Jones et. al., 2000)

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA

A PDA ´é uma doença congênita e hereditária, amplamente comum em cães e raras em gatos e com predisposição racial e sexual.

(FEITOSA, 2008)

RAÇA

PREDISPOSIÇÃO RACIAL

Amplamente comum em Chiuaua, Maltês, Collie, Lulu da Pomerânia, Eniglish Springer Spaniel, Keeshound, Pastor de Shethland, Cavalier King, Charles Spaniel, Labrador, Bichon Frisé, Poodles Toy e Pastor Alemão.

(ETTINGER E FELDMAN, 2004)

SEXO

PREDISPOSIÇÃO SEXUAL

Segundo Ettinger e Feldman (2004) as fêmeas são mais acometidas que os machos, sendo que a cada 1000 fêmeas - 2,49 desenvolvem a PDA já os machos a cada 1000 animais - 1,45 são acometidos.

CASO CLÍNICO

RELATO DE CASO CLÍNICO

Paciente adulto, com 5 anos, pesando 4.300kg, demonstrando prevalencia racial relatada em literatura, sendo uma das raças mais acometidas Poodle Toy e divergindo com a parte de predisposição sexual pois se trata de um animal do sexo masculino.

(FEITOSA, 2008)

SINAIS CLÍNICOS

SINAIS CLÍNICOS

O desenvolvimento de sinais clinicos nas primeiras semanas de vida é raro, comumente são detectados nas primeiras consultas do animal para vacinação. Na forma reversa da doença, pode demonstrar sinais a partir de 3 a 4 anos de idade.

(CANAVARI et.al., 2015)

PDA CLÁSSICA

PERSISTÊNCIA DO DUCTO ARTERIOSO CLÁSSICA

  • Sopro de maquinária continuo, proeminente;
  • Pode haver frêmito;
  • Intolerância ao exercício;
  • Dispnéia;
  • Taquipnéia;
  • Ortopnéia.
  • Tosse;
  • Fraqueza nos membros pélvicos;
  • Sincope;
  • Anorexia;
  • Caquexia;
  • Atraso no crescimento e subdesenvolvimento corporal.

(RELVA, 2010)

PDA REVERSA

PERSISTÊNCIA DO DUCTO ARTERIOSO REVERSA

  • Taquipneia;
  • Tosse;
  • Dispnéia;
  • Descoordenação;
  • Convulsões;
  • Colapso;
  • Cianose;
  • Apatia;
  • Anorexia;
  • Hemoptise;
  • Edema pulmonar;
  • Caquexia;
  • Ascite.

(STOPIGLIA et. al., 2004)

CASO CLÍNICO

SINAIS CLÍNICOS DO PACIENTE RELATADO

O animal em questão era ativo e não possuia mucosas cianoticas, contrastando com os principais sinais apresentados em literatura, porém o sinal clínico mais evidente apresentado pelo animal desde filhote era o sopro de maquinária, reafirmando ser o sinal patognomonico da doença.

(STOPIGLIA et. al., 2004)

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico precoce é de extrema importância para seguir a melhor terapia e evitar ciclos reprodutivos com os acometidos para evitar que a doença propague para gerações futuras.

(GOODWIN & BORDE, 2007)

CLÍNICO

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Exame físico:

  • Realização de boa auscultação cardíaca para auscultar o sopro de maquinária que muitas vezes é o único sinal clínico encontrado;
  • aferição do pulso arterial podendo estar hipercinético com elevada pressão;
  • identificação de mucosas cianóticas.

(STOPIGLIA et. al., 2004)

DEFINITIVO

RADIOGRAFIA

Utilizada para avaliação da dimensão cardíaca e detecção de edema pulmonar, os animais acometidos podem apresentar cardiomegalia generalizada e alongamento da silhueta cardíaca, dilatação do ventrículo e átrio esquerdo e vasos proeminentes. O achado mais específico de PDA é o abaulamento da artéria perto do ducto.

No relato apresentado, o animal demonstrou em exame radiografico, corroborando também com a literatura, cardiomegalia e remodelamento da silhueta cardíaca.

(KAHN, 2008)

ELETROCARDIOGRAFIA

Não é um indicador da doença pois muitos animais com PDA não apresentam alterações neste exame, porém as alterações mais comuns encontradas nos pacientes com esta cardiopatia demonstram aumento do ventrículo esquerdo através da amplitude da onda R, aumento do átrio esquerdo através da onda P e aumento da duração do complexo QRS que é indicativo de arritmias cardíacas.

O paciente demonstrou durante o exame FC de 120 a 85bpm, arritmia sinusal e amplitude de onda R aumentada sugerindo aumento do ventrículo esquerdo e confirmando os relatos bibliográficos.

(ETTINGER E FELDMAN, 2004)

ECOCARDIOGRAFIA

Através deste exame podemos chegar a um diagnóstico definitivo de PDA, onde podemos visualizar e mensurar as estruturas das câmaras e as valvas cardíacas, o fluxo sanguíneo através do ducto, apesar de difícil é possível visualizar o ducto arterioso em modo 2D. Pode-se realizar ecocardiografia contrastada para diagnóstico de PDA reverso.

O animal apresentou ao exame, aumento ventricular e atrial esquerdo, valvas em funcionamento normal, fluxo sistólico turbulento no tronco pulmonar e observação do orifício persistente com diamêtro de 18mm na aorta e 2mm na artéria pulmonar, confirmando a PDA em sua forma clássica da doença.

(DOMENECH, 2006; PEREIRA, 2014)

TRATAMENTO

  • PDA REVERSA: Tratamento clínico paliativo.
  • PDA CLÁSSICA: Oclusão cirurgica curativa

TRATAMENTO

(Revista Ciências veterinárias trópicas, v. 15)

(@medicalcomunitty)

(KAHN, 2008)

CIRÚRGICO

CIRÚRGICO

PDA CLÁSSICO:

  • Oclusão cirúrgica com ligadura dupla do ducto é uma das técnicas mais indicadas,
  • A oclusão também pode ser feita via transcateter, com colocação de finos espirais de metais filmentados de dacrom específico que promove trombose do canal;
  • Recomenda-se realização da cirurgia mais rápido possível após diagnostico;
  • Prognóstico bom, diretamente ligado a idade do animal e cardiomegalia apresentada, baixa mortalidade cirúrgica.

(ETTINGER & FELDMAN, 2004)

CLÍNICO

CLÍNICO

PDA REVERSO:

  • Tratamento paliativo,
  • Limitação da atividade física, evitar estresse do animal;
  • Flebotomias periódicas visando controlar policitemia e manter o hematócrito entre 58% e 65%.

(KAHN, 2008)

RELATO CLÍNICO

TERAPIA REALIZADA NO CASO CLÍNICO

O animal apresentado foi submetido à cirurgia de oclusão curativa do ducto arterioso, através da toracotomia esquerda, rebatimento dos pulmões com gaze humedecida, e do nervo vago com sutura de seda 2-0, dissecação suave de tecidos ao redor do ducto, até atingi-lo e envolve-lo com um fio de polipropileno 0 em tamanho suficiente para corta-lo ao meio e realizar duas ligaduras no ducto. A primeira ligadura foi realizada próximo a artéria aorta e a segunda rente a artéria pulmonar. Após correção reposicionou-se o nervo vago e os pulmões e suturou-se a parede torácica seguida de expansão pulmonar, sutura da musculatura, do subcutâneo e da pele.

Realizou-se medicação pós operatória com antibiótico, antiinflamatório e analgesia, bem como a retirada dos pontos que ocorreu 10 dias após o procedimento quando verificou-se que o procedimento foi curativo, já que não foi possível auscultar o sopro de maquinária.

AGRADECIMENTOS

Quero registrar meu imenso agradecimento à Deus por me permitir chegar até aqui;

Ao meu orientador prof Adriano e a banca Cornélio;

À minha família, que sempre foi minha base, minha motivação e minha fortaleza em todos os momentos da minha vida. Em especial minha mãe Sandra e minha tia Sônia que confiaram, apoiaram e me ajudaram a persistir no meu sonho e em nenhum momento me deixaram desistir;

Agradeço imensamente à minha filha Bella que mesmo tão pequena me deu forças para continuar, me formar e buscar ser uma pessoa melhor a cada dia, ao meu namorado Guilherme pelo apoio diário e por ter vivenciado toda trajetória percorrida durante o curso;

Gratidão indescritível por ter a melhores amigas desse mundo, Isabela e Beatriz, que estão sempre ao meu lado, chorando com minhas percas, comemorando minhas vitórias e dividindo comigo todos os momentos da minha vida;

Agradeço também a todos meus amigos da faculdade, que ganhei como um presente pra vida toda, sempre me ajudaram em cada etapa de aprendizagem, principalmente Alana e Weslley pois se não fosse por eles também, eu não teria conseguido;

Não posso deixar de agradecer aos meus cães que me dão doses diárias de amor incondicional.

MUITO OBRIGADA!

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